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GEOGRAFIA

3º Ano - Ensino Médio

Geografia

Capítulo I Agricultura
Capítulo II Pecuária
Capítulo III Atividades industriais
Capítulo IV Principais Centros Industriais do Mundo
Capítulo V Recursos Naturais e Fontes de Energia
Capítulo VI Transporte
Capítulo VII Meios de Transporte
Capítulo VIII Comércio e o Mercado

Obs.: A cada término de capítulo, resolver os exercícios referentes, ao caderno de


atividades.
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CAPÍTULO I - AGRICULTURA

Atividades agrárias
Agricultura e pecuária são atividades agrárias, integrantes do setor primário da economia.
Os fatores naturais influenciam fortemente as atividades agrárias – solos férteis e água são fundamentais
para o sucesso dessas atividades. Entretanto, modernas técnicas de correção de fertilidade e de irrigação podem
resultar em excelentes resultados na produção agrícola. A função principal da agricultura é a produção de alimentos
e de matérias-primas para atender às necessidades humanas. Após a Revolução Industrial, as atividades agrárias
têm contado com avanços técnicos que resultaram no aumento da produtividade.
Essa atividade não é praticada da mesma forma nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Nos países
ricos utilizam-se maciçamente agrotóxicos, adubos e uma mecanização intensa. Nos países pobres, a agricultura
tem graves problemas: concentração de terras, melhores solos ocupados por produtos de exportação, baixos preços
desses produtos no mercado internacional. Tudo isso faz com que os rendimentos sejam escassos e as produções
insuficientes.

Agricultura tradicional extensiva


Característica de espaços com uma densidade populacional muito baixa utiliza técnicas de cultivo
elementares. O sistema mais habitual é a rotatividade de áreas cultivadas, que são semeadas durante um tempo e
depois abandonadas para que os elementos nutritivos do solo se reconstituam de forma natural.
É praticada nas savanas e estepes das áreas tropicais e nas florestas equatoriais. Predomina nas bacias do
Congo e do Amazonas, nas savanas africanas e nas grandes ilhas da Índia insular.
As culturas predominantes na savana são o milhete (espécie de milho) e o sorgo, e, nas zonas equatoriais, a
mandioca.
A técnica de rotação mais utilizada é a queimada da vegetação. Com ela se consegue um solo fértil, que se
esgota ao término de algumas semeaduras. Os instrumentos de cultivo são rudimentares, como as varas e enxadas.
Pastoreio tradicional itinerante
Sistema de produção pecuária em franco desuso, praticado apenas em áreas muito secas, com baixa
densidade populacional e sem meios de comunicação modernos. Localiza-se basicamente nas fronteiras desérticas
do norte da África (algumas comunidades tribais africanas, como os maçais da Tanzânia e do Quênia ou as tribos
do sudoeste africano) e do Oriente Próximo, e nas zonas mais áridas da Ásia Central.
Os rebanhos deslocam-se procurando os pastos naturais que surgem nas regiões que recebem alguma
chuva.
Agricultura intensiva de subsistência
Conhecida também como agricultura de jardinagem é um sistema agrícola de sociedades com grande
crescimento populacional, pois responde à necessidade de se obter maiores quantidades de alimento. Seu objetivo é
conseguir uma alta produtividade da terra por meio do trabalho de um grande número de pessoas. O exemplo mais
característico é o arrozal da Ásia de Monções, que alimenta as maiores concentrações populacionais do mundo
(China, Índia, países do sudeste asiático). Também apresentam características parecidas as áreas americanas de
trópicos úmidos, onde se cultiva o milho.
As grandes densidades populacionais proporcionam mão-de-obra abundante para conseguir o máximo de
produção por unidade de superfície (um hectare, por exemplo).

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Aproveita-se todo o adubo natural disponível (de origem tanto vegetal como animal) e a força de tração
animal do pouco gado de trabalho existente.

Agricultura de plantation
Localizada basicamente nas zonas tropicais, caracteriza-se por cultivos destinados a exportação (palmeira,
café, chá, abacaxi, seringueira), para satisfazer a crescente demanda dos países desenvolvidos. As empresas
multinacionais agroalimentares dominam o mercado mundial dos produtos de plantation, o que faz com que muitos
Estados do Terceiro Mundo sejam submetidos a seus interesses.
Em geral, exige grandes investimentos, com milhares de hectares cultivados, como é o caso do café no
Brasil ou do abacaxi na América Central.
Essas grandes explorações empregam técnicas modernas para aumentar a produção e melhorar a qualidade.
A agricultura de plantation tende atualmente à monocultura.

Agricultura mediterrânea
A agricultura mediterrânea apresenta um claro contraste entre a terra não irrigada e a irrigada. Nas zonas de
irrigação, geralmente planícies fluviais próximas às costas, há o cultivo intensivo de hortas. Na terra não irrigada
predominam os cereais e as culturas arbóreas (oliveiras, aveleiras, amendoeiras) e arbustivas (vinhas).
Atualmente, tende-se a reagrupar os cultivos em vastas zonas de monocultura para aumentar a rentabilidade. As
condições climáticas, especialmente a falta de umidade do verão, levam à técnica de rotação de terras ou descanso.
Nesses casos, podem ser associados o cultivo de cereais e a pecuária extensiva.

Agricultura cerealista
Os cereais, mais especificamente o trigo, têm sido à base da alimentação humana em amplas regiões do
planeta, sobretudo nas latitudes temperadas e frias. A existência de variedades mais resistentes ao frio ou de um
ciclo vegetativo mais curto (cereais de primavera) permitiu expandir o cultivo de cereais a grande parte das áreas
continentais frias da Ásia e da América.
A maior parte dos espaços cerealistas encontra-se em regiões de fraca pluviosidade (entre 300 mm e 500
mm anuais): regiões do interior dos Estados Unidos, Austrália, pampas Argentinos, Ucrânia, Rússia ou Estados da
Ásia Central.
Esse tipo de agricultura desenvolve-se em grandes explorações totalmente mecanizadas, da semeadura até a
colheita.
Nessas áreas são obtidos grandes volumes de produção, que são determinantes para o comércio e o preço
mundial dos cereais.
Pecuária extensiva
A pecuária extensiva é realizada em imensas explorações de milhares de hectares e com dezenas de
milhares de cabeças de gado. Não há utilização de fertilizantes para regenerar o solo, o que faz com que os
rendimentos sejam muito baixos. Apesar disso, constitui a maior reserva de carne do mundo.
Abarcam extensas zonas do oeste dos Estados Unidos, o norte do México, a área mais seca dos pampas
argentinos, diversas regiões do Brasil e os espaços mais secos da Austrália e da República da África do Sul.
É uma pecuária de ovelhas e gado dedicado basicamente à produção de carne, lã e couro. O leite não pode
ser aproveitado, por falta de uma rede de transporte adequada para sua distribuição.

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As crias e parte do rebanho são vendidas no início da estação seca, quando os pastos começam a se tornar
escassos.

Pecuária intensiva
A diferença fundamental com o sistema extensivo é que o período de déficit dos pastos é compensado pela
produção de forragens, o que permite completar a alimentação do gado nos períodos de frio mais intenso. A
pecuária intensiva localiza-se na zona de clima temperado oceânico do oeste da Europa (Alemanha, Países Baixos,
Dinamarca, Escandinávia, Reino Unido e França), na Nova Zelândia, no nordeste dos Estados Unidos e no sudeste
do Canadá.
As precipitações, regulares e pouco intensas, e a suavidade do clima permitem a existência de pradarias
permanentes onde o gado pode pastar ao ar livre em grande parte do ano.
Essas condições naturais são especialmente adequadas para o desenvolvimento do gado leiteiro.
Com esse tipo de pecuária são obtidos altos rendimentos, devido à utilização de técnicas mais modernas de
criação e seleção do gado.

Horticultura
A horta é um sistema agrícola no qual o abastecimento de água é fundamental para o desenvolvimento de
uma grande variedade de plantas, que são cultivadas de forma intensiva. Por isso são necessários altos
investimentos e uma abundante mão-de-obra. É típica da região mediterrânea, onde os cultivos de horta dispõem de
condições de temperatura muito favoráveis no inverno. Os cultivos desenvolvidos, graças à irrigação nos meios
desérticos (oásis), lembram vagamente os cultivos hortícolas, mas carecem da orientação comercial dos
mediterrâneos. No Brasil, o cinturão verde na região metropolitana da Grande São Paulo caracteriza-se como uma
área de horticultura.
As áreas de hortas encontram-se muito próximas aos centros urbanos, o que favorece seu transporte e
consumo.
Atualmente, as produções hortícolas tendem a se desenvolver em plantações uniformes do mesmo produto:
cítricos, prunáceas (pêssego e damasco) ou qualquer tipo de hortaliça.

Agricultura e alimentação
Os recursos alimentícios mundiais encontram-se em uma situação de desequilíbrio. Enquanto em alguns
lugares há constantes excedentes de alimentos, em amplas regiões a escassez é contínua e a alimentação é
deficitária em quantidade e qualidade (subalimentação). Mas o mais grave é a impossibilidade de equilibrar
excedentes e déficits, já que a falta de capitais não permite aos países subdesenvolvidos fazer as compras
necessárias. Portanto, a subalimentação é o resultado da divisão desigual da riqueza e não de uma produção
insuficiente.

Estrutura fundiária e agrícola moderna


Revoluções agrícolas e verde e transgênicos.
O espaço rural de vários países se modernizou. A mecanização agrícola, o uso da biotecnologia, de
sistemas de estocagem e escoamento da produção tornou a agropecuária mais produtiva e competitiva. Os
investimentos e o controle da produção agrícola por grandes empresas disseminou a utilização de produtos

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apropriados à correção do solo, de adubos químicos, de agrotóxicos, de rações, de sementes geneticamente


modificadas, etc. Por outro lado, diversas regiões do mundo vivem as tragédias da subnutrição e da fome.
O Brasil em seu imenso território vive essa mesma contradição. Coloca-se entre os dez maiores
exportadores agrícolas mundiais, desenvolve uma agricultura moderna e de elevada competitividade, possui o
maior rebanho bovino comercial do mundo, ao mesmo tempo em que uma parte expressiva da população rural vive
em condições miseráveis.

A Revolução Agrícola.
O primeiro grande avanço tecnológico nas atividades agropecuárias ocorreu dentro do mesmo processo da
Revolução Industrial, no século 18. Os países que se industrializaram nesse período modernizaram os seus sistemas
de cultivo, elevaram a produção e a produtividade - produzir mais com menos terra e mão-de-obra introduziram
novas técnicas com o desenvolvimento de instrumentos agrícolas.
A migração para as cidades, nesse período, também diminuiu o número de pessoas envolvidas nas
atividades agrícolas. Dessa forma, a Revolução Industrial e a intensa urbanização gerada por ela exigiram uma
Revolução Agrícola, capaz de ampliar o fornecimento de matérias-primas à indústria e a produção de alimentos
necessária ao abastecimento de uma população que se urbanizava.

A Revolução Verde
A partir da segunda metade do século 20, os países desenvolvidos criaram uma estratégia de elevação da
produção agrícola mundial por meio da introdução de técnicas mais apropriadas de cultivo, mecanização, uso de
fertilizantes, defensivos agrícolas e a utilização de sementes VAR (Variedades de Alto Rendimento) em
substituição às sementes tradicionais, menos resistentes aos defensivos agrícolas. Concebido nos Estados Unidos,
esse processo ficou conhecido como Revolução Verde. Sua principal bandeira era combater a fome e a miséria dos
países mais pobres, por meio da introdução de técnicas mais modernas de cultivo.
Dessa forma, muitos pequenos proprietários ligados à agricultura comercial ficaram incapacitados de
incorporar essas novas tecnologias, abandonaram suas atividades e venderam as suas propriedades, com impacto
desastroso na estrutura fundiária de diversos países, entre eles o Brasil. Quanto à erradicação da fome, a principal
promessa da Revolução Verde, os próprios dados da ONU mostram os resultados insuficientes.

A Revolução Transgênica
Os transgênicos são espécies cuja constituição genética foi alterada artificialmente e convertida a uma
forma que não existe na natureza. É um ser vivo que recebeu um gene de outra espécie animal ou vegetal. O gene
inserido pode vir de outra planta ou mesmo de outra espécie completamente diferente. No caso das plantas a
modificação é feita visando um organismo com características diferentes das suas, como por exemplo, tornar uma
planta mais resistente a pragas e insetos. A planta resultante dessa inserção passa a ser denominada como
"geneticamente modificada".
A partir de 1953, com a descoberta da estrutura das moléculas do DNA, a biotecnologia provocou uma
nova revolução na agricultura. Com isso o homem viu a possibilidade de manipular, trocar de lugar as letras do
código genético e já na década de 70, descobriu-se como unir fragmentos de diferentes espécies.
Pouco mais de dez anos depois, as primeiras plantas transgênicas passaram a ser produzida comercialmente
e com isso a biotecnologia ganhou cada vez mais destaque no cenário científico e tecnológico, com a promessa de
uma agricultura mais produtiva e menos dependente do uso de agrotóxicos

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É uma discussão que envolve oposições econômicas, sociais e ambientais. De um lado estão os defensores
da biotecnologia, que defendem o aumento da produção de alimentos a partir da redução de custos a ponto de
atacar o problema da fome mundial. De outro lado, estão aqueles que argumentam sobre o impacto ainda
desconhecido dos transgênicos sobre a saúde e o meio ambiente.
As principais variedades transgênicas da grande agricultura como soja, milho, algodão, canela, mandioca,
tabaco, arroz, tomate e trigo são controladas atualmente por poucas empresas multinacionais como a Novartis, a
Monsanto, a Du Pont, a AstraZeneca e a Aventis.
Como as sementes transgênicas, diferentemente das sementes tradicionais, nunca são geradas pela própria
planta e, portanto, têm que ser adquiridas a cada novo plantio, teme-se que tais corporações assumam o controle da
produção das sementes transgênicas e isso resulte no controle do mercado mundial de alimentos, apesar da vasta
produção de produtos orgânicos.
Talvez o mundo não esteja ainda totalmente preparado para os grandes avanços da era da moderna
biotecnologia ou tecnologia do DNA recombinante. A chegada da genética como a nova matéria prima da
economia, provavelmente irá causar grandes modificações na história da humanidade.

Transgênicos no Brasil
Em março de 2005, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei da Biossegurança, essa Lei tem o objetivo
de proteger a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país, ou seja, um conjunto de medidas
destinadas à prevenção de riscos em processos de pesquisas, serviços e atividades econômicas que possam garantir
a saúde humana e evitar impactos negativos ao meio ambiente.
A viabilidade da agricultura menos dependente de insumos e mais produtiva é uma realidade no mundo
todo. No Brasil, a questão sobre plantar ou não transgênicos não pode ser dirigida somente às questões voltadas ao
mercado consumidor, pois envolvem aspectos de natureza econômica, política e social.
Governos e instituições devem se cercar de todas as garantias que indiquem, previnam e evitem males
resultantes da introdução precipitada e em larga escala de qualquer tecnologia que, se usada sem cautela, em vez de
ser uma arma capaz de ajudar a produzir alimentos, pode resultar em desastres, uma vez que os riscos à saúde e ao
ambiente não foram ainda suficientemente estudados.

Os prós e contra das novas culturas


Na discussão entre os defensores e os opositores dos OMGs, são levantados vários pontos, alguns ainda não
possuem resultado científico conclusivo. Conheça alguns deles:
 Argumentos a favor: O argumento mais forte em defesa e difusão da agricultura transgênica é a
necessidade urgente de ampliar a produção de alimentos como forma de solucionar o problema da fome no planeta.
Tendo em vista o problema da subnutrição em várias partes do globo, acredita-se que a indústria biotecnológica
possa na constituição dessas novas culturas, incorporar nutrientes importantes para fornecerem uma alimentação
mais completa às populações, como o novo arroz transgênico, rico em vitamina A.
Há também a promessa do cultivo dos super alimentos: legumes, grãos e verduras mais nutritivos,
resistentes a agrotóxicos, e com menos gordura. Fora isso, pelo que se conhece até aqui, pesa a favor dos
transgênicos a melhor adaptação às mais diferentes características de solo e variação de temperaturas, logo, são
culturas mais resistentes, produtivas e menos dependentes de agrotóxicos que as tradicionais.

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 Argumentos contra: O principal argumento contra o cultivo dos transgênicos seria a dúvida sobre
seus efeitos secundários e as consequências que podem provocar à saúde e ao fato de se tornarem incontroláveis
uma vez lançados no meio ambiente. Ou seja, seu impacto na saúde e na natureza ainda é desconhecido.

Grandes Culturas do Globo


O Brasil ultrapassou em 2009 a Argentina e se tornou o segundo país que mais usa produtos agrícolas
geneticamente modificados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos a ISAAA, órgão internacional que
acompanha a adoção de produtos transgênicos.
Os EUA lideram com folga a adoção de produtos alterados geneticamente, com 64 milhões de hectares.
Na avaliação de James, há espaço para um crescimento ainda maior na adoção de transgênicos no Brasil,
especialmente depois de as autoridades de biossegurança terem acelerado a aprovação de outras variedades
transgênicas ao longo de 2009 o país conta com duas dezenas de produtos transgênicos autorizados.

Potencial do milho
A área do milho cresceu 3,7 milhões de hectares, o equivalente a um aumento de aproximadamente 400 por
cento sobre 2008, e foi de longe o maior aumento absoluto para qualquer cultura GM em qualquer país em 2009,
segundo relatório da ISAAA (sigla em inglês para Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agro
biotecnologia).
A adoção do milho transgênico só foi aprovada mais recentemente no Brasil. A soja e o algodão alterados
já são plantados há mais tempo.
"Milho, vocês são os terceiros produtores no mundo... e como você sabe o milho é cultivado em duas safras
no Brasil, há uma oportunidade de crescimento na safrinha, mas também na safra de verão", declarou James.

Olhar além
"No algodão também há mais oportunidades para crescimento, mas o mais importante é olhar além, e ver
produtos que estão vindo", disse James, citando uma soja transgênica desenvolvida pela Embrapa em parceria com
a Basf, recentemente aprovada para uso comercial.
Ele prevê que o novo produto da Embrapa/Basf esteja disponível em 2010/11. "É um bom exemplo de
como o setor privado e setor público podem atuar juntos", afirmou, lembrando que na China entidades públicas
também estão desenvolvendo tecnologia transgênica.
Segundo a ISAAA, as avaliações de impacto mundial das culturas transgênicas indicam que, no período de
1996 a 2008, os ganhos econômicos com a adoção de transgênicos foram de 51,9 bilhões de dólares, com a redução
nos custos de produção e os ganhos de produtividade.
Durante o mesmo período, de 1996 a 2008, a redução de defensivos foi avaliada em 268 milhões de kg de
ingredientes ativos, uma economia de 6,9 por cento.
A entidade defende o uso de transgênicos também em relação a emissões. Segundo ela, em 2008, a redução
da emissão de CO2 na atmosfera com as culturas transgênicas é estimada em 14,4 bilhões de kg de CO2,
equivalente à remoção de 7 milhões de carros das ruas.

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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo I – Agricultura.

CAPÍTULO II - PECUÁRIA
Pecuária é a arte ou o conjunto de processos técnicos usados na domesticação e criação de animais com
objetivos econômicos, feita no campo. Assim, a pecuária é uma parte específica da agropecuária.

Etimologia e história
Pecus quer dizer "cabeça de gado". A palavra tem a mesma raiz latina de "pecúnia" (moeda, dinheiro). Na
antiga Roma, os animais criados para abate também eram usados como reserva de valor.
A criação de gado é uma das mais velhas profissões conhecidas. A pecuária é mencionada na Bíblia como a
primeira tarefa dada por Deus a Adão: nomear e cuidar do Jardim do Éden e dos animais (Gênesis). Muito anterior
à agricultura, deriva de aperfeiçoamentos da atividade dos caçador-coletores, que já existiam há cerca de 100.000
anos e que primeiro aprenderam a aprisionar os animais vivos para posterior abate; depois perceberam a
possibilidade de administrar a sua reprodução. Nos primeiros estágios da pecuária, o homem continuava nômade, e
na maioria das vezes conduzia seus rebanhos domesticados em suas perambulações, já não procurando a caça, mas
sim novas pastagens para alimentar o rebanho. Há evidência da prática da agricultura somente a partir de 8000 a.C.
mas seus efeitos foram drásticos sobre a pecuária, já que a agricultura fixou o homem no lugar do plantio, e
portanto novas soluções para a pecuária tiveram de ser implementadas.

A pecuária na atualidade
Nos tempos atuais, os peões, vaqueiros ou campinos (em inglês, cowboys ou em espanhol, caballeros) são
trabalhadores que montam em cavalos para realizarem trabalhos com gado e /ou bubalino criados primariamente
para serem usados como fontes de proteína animal.
Através da atividade pecuária, os seres humanos atendem a uma parte considerável de suas necessidades de
proteínas (com uma pequena parte sendo satisfeita pela pesca e pela caça, além das proteínas presentes nos
vegetais). Carne (bovina, bubalina, de aves etc), ovos, leite e mel são os principais produtos alimentares oriundos
da atividade pecuária. Couro, lã e seda são exemplos de fibras usados na indústria de vestimentas e calçados. O
couro também é extensivamente usado na indústria de mobiliário e de automóveis. Alguns povos usam a força
animal de bovínos e equídeos para a realização de trabalho. Outros também usam o esterco seco (fezes secas) como
combustível para o preparo de alimentos.

Subdivisões da pecuária
A ciência da criação de animais chama-se Zootecnia e é ensinada em muitas universidades e faculdades,
principalmente em áreas rurais.
Historicamente, certas sub-profissões dentro do campo da Zootecnia são especificamente nomeadas de
acordo com o animal de que tratam. Um suinocultor é uma pessoa que cria porcos, um ovinocultor cria ovelhas, um
bovinocultor cria bois, um caprinocultor cria cabras. Em muitas partes do mundo é comum ter-se rebanhos
constituídos de bovinos e caprinos. Neste caso a pessoa é chamada de pastor.

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Problemas ambientais
A domesticação de animais e plantas em larga escala é um fator histórico de degradação da biodiversidade,
gerando a seleção artificial de espécies, onde alguns seres vivos são selecionados e protegidos pelo homem em
detrimento de outros.
A pecuária ruminante, em escala industrial, devido ao processo digestivo de fermentação entérica, é
reconhecida como uma importante fonte de emissão de gás metano - um potente gás de efeito estufa que contribui
em 15% para o aquecimento global. As emissões globais de metano geradas a partir dos processos entéricos são
estimadas em 80 milhões de toneladas por ano, correspondendo a cerca de 22% das emissões totais de metano
geradas por fontes antrópicas.
Pecuária no Brasil
No Brasil, os pioneiros da pecuária foram os senhores da Casa da Torre de Garcia d’Ávila, utilizando como
vaqueiros muitas vezes, mão-de-obra indígena. Entretanto, com uma grande seca no Nordeste e a descoberta de
minerais preciosos em Minas Gerais no final do século XVIII, o pólo pecuarista no Brasil transferiu-se para as
regiões Sudeste e Sul, mais especificamente São Paulo e Rio Grande do Sul.
Atualmente a produção pecuária de bovinos é partilhada principalmente pelo Centro-Oeste, Sudeste e Sul,
cabendo ao Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos e muares. Os ovinos se concentram no Sul, assim
como os suínos e aves, no Sudeste e no Sul. Desde o início do século XX, no entanto, o principal centro pecuarista
do Brasil é o estado de Mato Grosso do Sul, o maior exportador de carne bovina do planeta. Quanto à distribuição
da produção agropastoril pelo território nacional, as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte dela, embora o
Centro-Oeste esteja experimentando uma participação mais expressiva, no decorrer dos últimos anos. Também o
Nordeste necessita ser lembrado, pois a região conta com aquilo que se convencionou chamar de "ilhas de
modernidade".
A presença do mercado consumidor do Centro-Sul é o mais importante fator que justifica a maior
concentração da atividade criatória na região, onde um número significativo de laticínios e frigoríficos absorve o
principal da produção.

Circuito Pecuário
Circuitos pecuários são divisões geográficas estabelecidas no Brasil, reunindo estados com o mesmo status
sanitário, favorecendo estratégias específicas de combate à febre aftosa. Existem cinco circuitos pecuários no país
que são:
 Circuito Pecuário Nordeste: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande
do Norte;
 Circuito Pecuário Centro-Oeste: São Paulo, parte do Paraná, oeste de Minas Gerais, Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de Tocantins;
 Circuito Pecuário Sul: parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
 Circuito Pecuário Leste: parte de Minas Gerais, não incluída no Circuito Pecuário Centro-Oeste,
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe;
 Circuito Pecuário Norte: parte de Tocantins não incluída no Circuito Pecuário Centro-Oeste, Pará,
Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá.

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Sistema de Criação
A nomenclatura "intensiva" e "extensiva" não se aplica à criação de ovinos. O que se considera é que
existem as criações menores, desde as domésticas até as de tamanho médio, e aquelas de larga escala com sólida
infraestrutura de manejo, estas são consideradas criações extensivas. Recentemente tem sido incentivado o sistema
de confinamento, com a criação em cabanas e fornecimento de ração balanceada.
Criações Domésticas
Lotes pequenos (7 a 10 ovelhas x 1 macho), utilizando os animais para capinar pomares ou para
acompanhar outras criações (como bovinos e eqüinos) e culturas (café, citrus). Para o pasto, com até 10 animais em
um hectare, sem baixadas úmidas e com árvores para sombreamento, é suficiente para um ano (Capim Pangola,
Quiquio, Coast Cross, Seda). Se não tiver pasto suficiente, forneça alimentação no cocho. Os piquetes devem ser de
arame liso com 1,24 m de altura, com espaçamento menor na parte inferior, e ter unia fonte de água (natural ou
bebedouro) e cocho de sal mineral. O melhor é dividir uma área de até dois hectares em quatro piquetes e fazer
rodízio a cada 10 dias (1 mês de descanso/piquete).

Pequena criação comercial


A partir de 30 animais, a criação já pode ser considerada comercial e a escolha da raça depende das
proximidades do mercado para lã, carne ou leite e derivados. Utilizar 1 carneiro com idade acima de um ano e meio
para cada 30 ovelhas. Nesse tipo de criação, além da alimentação mencionada para a criação doméstica, é
recomendável um reforço diário à base de grãos, especialmente para ovelhas que pariram gêmeos. Na época da
seca, complementar com fenos, silagens ou ração. Adicionar farelo de soja com uréia pecuária ao cocho de sal
mineral (fonte de proteína suplementar). Se a criação for para corte, o desmame dos cordeiros deve ocorrer aos 3
meses; para leite, aos 10 dias, fornecendo leite de vaca com (250 ml/dia com 1 colher de sopa de óleo de soja por
litro).

Criação de tamanho médio


Recomenda-se que a criação seja mista (lã e cordeiros para o abate), com uni rebanho de 100 a 150 cabeças
e algumas das raças recomendadas são a Corriedale, Ideal e Romney Marsh A escolha de bons machos
reprodutores é fundamental para o sucesso da criação, que devera contar com boa infraestrutura (cercas, divisões
para separar os animais de acordo com sexo e idade, pastagens, abrigos, aguadas etc.). E possível fazer
consorciamento com gado, alternando os rebanhos bovino e ovino, mas deixando pastar somente bovinos adultos
para evitar contaminação exagerada dos piquetes com verminoses comuns às duas espécies.

Criação em larga escala


Para grandes extensões de terra, são criações que comportam de 200 a 1000 cabeças, calculando 3 cabeças
por hectare; são utilizadas principalmente as raças Merino, Ideal, Corriedale, Romney Marsh, para as regiões mais
úmidas (Sudeste); e as deslanada e Somalis, em regiões mais quentes e secas (Nordeste).

Principais rebanhos no Brasil


Bovinos: queda no Centro-Oeste e maior crescimento no Amapá
O Brasil é o segundo maior produtor de bovinos do mundo (de acordo com o Departamento de Agricultura
dos EUA – USDA/2007), atrás somente da Índia. Embora dispersos por todo o território nacional, os bovinos

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concentram-se na Região Centro-Oeste, responsável, sozinha, por 34,2% do total brasileiro, com predominância
dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Em 2006, foi registrada queda de 2,0% no rebanho da Região Centro-Oeste, na comparação com 2005, com
taxas negativas atingindo todos os estados. O maior recuo ocorreu no Distrito Federal (-3,5%), mas, em termos
absolutos, a diminuição mais expressiva foi registrada em Mato Grosso do Sul (de 24,5 milhões de cabeças em
2005 para 23,7 milhões em 2006) e Mato Grosso (de 26,7 milhões em 2005 para 26,1 milhões em 2006). A redução
pode ser um indicativo de que houve deslocamento do rebanho para outras regiões e um abate de animais maior do
que a reposição no período em análise. A Região Norte, que detém 19,9% do efetivo nacional, também apresentou
recuo em 2006 (-1,0%), em especial, no Pará (-3,1%) e em Tocantins (-2,5%). Em contrapartida, o Amapá registrou
a maior taxa de crescimento do efetivo nacional, com 12,9% sobre a obtida em 2005. O Acre também registrou alta
expressiva (6,0%). Em parte, esses aumentos podem ser atribuídos à atualização do cadastro de vacinação contra
febre aftosa (principal fonte de dados da pesquisa) e não somente ao crescimento real do número de cabeças.
Na Região Sudeste, com 19,0% do rebanho nacional, houve aumento de 0,7% na comparação com 2005.
Minas Gerais (alta de 3,7%), individualmente, ocupa a primeira posição, reunindo 10,8% de todo o efetivo
nacional, seguido por São Paulo, com participação de 6,2%. Em São Paulo, foi verificada a queda mais relevante
em termos de quantidade (-4,7%). Um dos fatores que podem explicar esse resultado é a concorrência de áreas de
pastagens com a expansão da cultura da cana-de-açúcar, em detrimento das primeiras.
A Região Nordeste participa com 13,5% do efetivo nacional e mostrou crescimento de 3,4% em 2006, na
comparação com o ano anterior. Foi à região que apresentou a maior variação efetiva e alta generalizada.
Individualmente, Pernambuco registrou expansão da ordem de 9,7% e Sergipe, de 6,2%.
No Sul, houve contração do rebanho em 2006 (-2,1%). Santa Catarina foi o único estado da região a
experimentar aumento (2,5%).
Em termos municipais, entre os dez principais produtores de bovinos, nove estão na Região Centro-Oeste,
com Corumbá (MS) assumindo a primeira posição (1,99).

Suínos: rebanho cresce; vendas externas caem

O Brasil é o quarto maior produtor mundial


de suínos (USDA/ 2007), atrás da China, União
Europeia e Estados Unidos. O efetivo nacional no dia
31/12/2006 foi de 35,2 milhões de cabeças, com um
aumento de 3,3% em relação a 2005.
A Região Sul concentra 45,4% do rebanho
brasileiro e Santa Catarina, isoladamente, é o
principal estado produtor, com 20,4% dos animais.
Há efetivos relevantes distribuídos pelo Nordeste
(15,6%) e Sudeste (17,2%). O principal município
produtor de suínos no Brasil é Uberlândia (MG), com
538.203 cabeças e aumento de 9,9% em 2006.
No mercado externo, houve queda de cerca de 16,4% no volume exportado de carne suína, comparado com
2005. Um dos motivos apontados foi a restrição ao produto imposta pela Rússia.

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GEOGRAFIA

Frangos: mercado interno contrabalança perdas


Em 31/12/2006, existia no Brasil 821,5 milhões de unidades de frangos, o que representou um acréscimo
de 1,1% em relação a 2005. Desse total, 49,9% estavam localizados na Região Sul e 19,6% no Paraná, principal
estado produtor.
A Região Sudeste é a segunda principal produtora de frangos, com 27,9% do efetivo, alojados, sobretudo,
em São Paulo (17,0%).
O maior crescimento no rebanho ocorreu no Sudeste (2,4%), com a taxa mais elevada registrada em São
Paulo (4,6%). A Região Sul apresentou alta de 1,7%, com a principal expansão do efetivo ocorrendo no Paraná
(5,9%).
Quanto à criação de galinhas, havia, na data de referência, 191,6 milhões de unidades no país, volume 2,7%
maior que o registrado no ano anterior.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China (FAO, 2006).
Em 2006, as vendas externas registraram queda de 6,4% em relação a 2005, em decorrência da retração mundial do
consumo desse produto, atribuída à epidemia de gripe aviária. Contudo, a carne brasileira que, a princípio, seria
destinada à exportação, foi redirecionada para o mercado interno.

Produtos de origem animal: alta generalizada


Todos os produtos de origem animal, pesquisados (Tab. 2) apresentaram crescimento na produção: mel
(7,2%), ovos de galinha (5,8%), casulos de bicho-da-seda (5,8%), ovos de codorna (5,2%), leite (2,9%) e lã (0,9%).
Leite – A produção de leite de vaca atingiu o volume de 25,4 bilhões de litros em 2006, 3,2% superior ao
do ano anterior, porém, contrariando expectativas de um crescimento maior. A Região Sudeste é a maior produtora
nacional, com participação de 38,4%, seguida pela Região Sul, com 27,7%. Minas Gerais é o principal estado
produtor, respondendo, isoladamente, por 27,9% do total. O principal município produtor é Castro (PR) (134
milhões de litros em 2006).
A produção brasileira de leite de vaca ocupa a sexta posição mundial, atrás dos EUA, Índia, China, Rússia
e Alemanha (FAO, 2006).
Ovos de galinha – A produção de ovos de galinha alcançou 2,9 bilhões de dúzias, 5,8% maior do que em
2005. A Região Sudeste é a principal produtora, com 45,8% do total. São Paulo, isoladamente, deteve 28,2% do
volume nacional e o município paulista de Bastos manteve a liderança da produção (189,5 milhões de dúzias), com
acréscimo de 6,5%.
O Brasil é o sétimo produtor de ovos de galinha do mundo, atrás da China e dos EUA.
Ovos de codorna – A produção de ovos de codorna está concentrada na Região Sudeste, que respondeu por
67,8% do total nacional. São Paulo é o principal estado produtor e nele os municípios de Iacri e Bastos que,
somados a Santa Maria do Jetibá (ES), responderam por 35,3% do volume registrado no ano.
Mel – A produção de mel cresceu 7,2% em comparação com a obtida em 2005. A Região Sul
concentra 45,4% da produção nacional, com o Rio Grande do Sul responsável, individualmente, por
21,6%. O município de Ortigueira (PR) é o principal produtor municipal de mel do Brasil.
O país ocupa a 11ª posição na lista dos principais produtores (FAO, 2006). (Gráfico 2).

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GEOGRAFIA

Casulos do bicho-da-seda – O bicho-da-seda é criado no Paraná (88,0%), São Paulo (6,4%) e Mato Grosso
do Sul (5,6%). Os principais municípios produtores são Nova Esperança, Alto Paraná e Cruzeiro do Sul, todos no
Paraná.
Lã – A lã é produzida em apenas sete estados brasileiros, com o Rio Grande do Sul concentrando 92% do
volume nacional. A Região Sul é responsável por 98,4% e o principal município produtor do país é Santana do
Livramento (RS).

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo II – Pecuária.

CAPÍTULO III - ATIVIDADES INDUSTRIAIS


Entre as micros e pequenas empresas, (que representam 99% das empresas formais constituídas no país), os
setores da indústria que mais se destacam são:
 Construção civil; Confecções;
 Fabricação de Alimentos/Bebidas e a Indústria Metalúrgica.

EVOLUÇÃO DA INDUSTRIAL
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo
impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século
XVIII expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo (que de acordo com alguns
autores se registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho
humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs novas relações entre nações s estabeleceram e
surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a
uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de
invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tronou-se o sistema econômico vigente.
Contexto Histórico:
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo
manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de
artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão
cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final.
Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época
cominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.
Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez
que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da
matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar maquinas que
pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho
realizado com as máquinas ficou conhecido por maquino fatura.

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GEOGRAFIA

Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e
social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a
Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escória, Países
Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e
num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os
países protestantes.
De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou
o conjunto das chamadas Revoluções Burguesa do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo
Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a
acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos
princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx,
o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa. Com a evolução do processo, no
plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um
período de acelerado progresso econômico tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e
conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha
Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por
novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Revolução Industrial
produziu uma acirrada disputa entre as potencias industrializadas, causando diversos conflitos e um
crescente espirito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial
(1914).
O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi à Inglaterra, a partir de meados do século XVIII,
seguida, no século XIX, por outras nações européias: Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Suíça,
Suécia, Áustria, e Rússia.
Fora do continente europeu, apenas Estados Unidos e Japão realizaram sua Revolução Industrial ao mesmo
tempo em que os países da Europa. Na grande maioria dos países subdesenvolvidos o processo de industrialização
chegou cerca de duzentos anos atrasado em relação à Inglaterra. É ocaso da Revolução Industrial no Brasil,
Argentina, México, África do Sul, Índia.
O espaço geográfico dos países altamente industrializados da Europa Ocidental caracteriza-se pelo menos
por três aspectos: intensa industrialização, forte urbanização e grande aproveitamento do aspecto físico por uma
agricultura e pecuária em bases modernas.
A Revolução Industrial dos Países da Europa ocidental apoiou-se em vários fatores, que resumidamente
são:
 Acumulação de capitais em decorrência da intensa exploração da atividade comercial no mundo e
particularmente nas colônias americanas, nas feitorias e nas colônias asiáticas e africanas.
 Existência de abundantes reservas de carvão mineral, minério de ferro e outras matérias primas
industriais em muitos países europeus.
 Grande desenvolvimento das técnicas de produção mediante a aplicação de dinheiro em pesquisas
cientifica.

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GEOGRAFIA

 Disponibilidade de mão de obra e intensa exploração da força de trabalho do operário ou


trabalhador mediante o pagamento de baixos salários.
 Expansão de empresas multinacionais ou transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Surgiram então, no séc. XIX, as estradas de ferro, que facilitaram muito o transporte dos produtos
manufaturados, tomando-os mais baratos e colaborando para a Revolução Industrial. A invenção dos altos fornos
desenvolveu muito as indústrias de ferro e aço. A população das cidades aumentou demais: um número cada vez
maior de pessoas deixava o campo para trabalhar nas fábricas. O povo sofreu bastante com os vários problemas
ligados a salários e condições de trabalho, tendo a Grã-Bretanha que importar cada vez mais gêneros alimentícios
para suprir sua população sempre crescente.

As cidades e as Fábricas na Revolução Industrial


Antes da invenção da máquina a vapor, as fábricas situavam-se em zonas rurais próximas às margens dos
rios, dos quais aproveitavam a energia hidráulica. Ao lado delas, surgiam oficinas, casas, hospedarias, capela,
açude, etc. A mão de obra podia ser recrutada nas casas de correção e nos asilos. Para fixarem-se, os operários
obtinham longos contratos de trabalho e moradia.

Com o vapor, as fábricas passaram a localizar-se nos arredores das cidades, onde contratavam
trabalhadores. Elas surgiam "tenebrosas e satânicas", em grandes edifícios lembrando quartéis, com chaminés,
apitos e grande número de operários. O ambiente interno era inadequado e insalubre.
Até o século XVIII, cidade grande na Inglaterra era uma localidade com cerca de 5 000 habitantes. Em
decorrência da industrialização, a população urbana cresceu e as cidades modificaram-se. Os operários, com seus
parcos salários, amontoavam-se em quartos e porões desconfortáveis, em subúrbios sem condições sanitárias.

Os grandes avanços tecnológicos da Revolução Industrial


Na primeira metade do século os sistemas de transporte e de comunicação desencadearam as primeiras
inovações com os primeiros barcos a vapor (Robert Fulton/1807) e locomotiva (Stephenson/1814), revestimentos
de pedras nas estradas McAdam (1819), telégrafos (Morse/1836). As primeiras iniciativas no campo da eletricidade
como a descoberta da lei da corrente elétrica (Ohm/1827) e do eletromagnetismo (Faraday/1831). Dá para imaginar
a quantidade de mudanças que estes setores promoveram ou mesmo promoveriam num futuro próximo. As
distâncias entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se encurtariam. Os contatos mais regulares e
freqüentes facilitaram a Revolução Industrial, permitiriam uma maior aproximação de mundos tão distintos como o
europeu e o asiático.
No setor têxtil a concorrência entre ingleses e franceses permitiu o aperfeiçoamento de teares (Jacquard e
Heilmann). O aço tornou-se uma das mais valorizadas matérias-primas. Em 1856 os fornos de Siemens-Martin, o

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GEOGRAFIA

processo Bessemer de transformação de ferro em aço. A indústria bélica também se revolucionou (como os Krupp
na Alemanha) acompanhando a própria tecnologia metalúrgica.
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético para a Revolução Industrial com a energia
elétrica e os motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do
dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes.
Os meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o telefone dava novos
contornos à comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e Sklodowska/1898), o telégrafo sem fio (Marconi/1895), o
primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière/1894) eram sinais evidentes da nova era industrial consolidada.
E, não podemos deixar de lado um importante avanço na Revolução Industrial, a invenção do automóvel
movido à gasolina (Daimler e Benz/1885) que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O
motor a diesel (Diesel/1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia
avançava a passos largos.
A indústria química também se tornou um importante setor de ponta no campo fabril. A obtenção de
matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogênio e fosfatos. Corantes, fertilizantes,
plásticos, explosivos, etc.
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformado pelas possibilidades que se
apresentavam na Revolução Industrial proporcionada pelo avanço tecnológico.

Tipos de indústrias
A Revolução Industrial tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser
produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, a Revolução aumentou
também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão de obra humana. A
poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também
foram consequências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos
países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo
após a Revolução Industrial. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e
robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais
criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos têm faltado empregos para a população.

Indústria de base
São aquelas que atuam na transformação de matéria-prima bruta em matéria-prima para outras indústrias,
com esse aspecto temos o exemplo das indústrias siderúrgicas, de mineração, química e petroquímica.

Indústria de bens de consumo


Nessa categoria industrial o objetivo é a produção direcionada ao consumidor final, para a fabricação de
mercadorias que atenda esse mercado é preciso utilizar matéria-prima oriunda da indústria de base. Esse tipo de
indústria divide-se em:
• Indústria de bens duráveis: responsável pela produção de mercadorias de grande vida útil, ou seja, longa
durabilidade, como automóveis e eletrodomésticos.
• Indústria de bens semiduráveis: produzem artigos que oferecem uma vida útil média, como roupas,
calçados, celulares entre outros.

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• Indústria de bens não duráveis: encarregada pela produção de bens perecíveis, cuja durabilidade é rápida,
como o ramo de alimentos e medicamentos.

Organização da Produção Industrial


Em 1911, o engenheiro Frederick W. Taylor publicou o livro “Os princípios da administração cientifica”,
no qual preconizava a implantação de um sistema de organização cientifica do trabalho. Consistia basicamente em
controlar os tempos e os movimentos dos trabalhadores e fracionar as etapas do processo produtivo, de forma que o
operário desenvolvesse tarefas ultra especializadas e repetitivas, com o objetivo de aumentar a produtividade no
interior das fábricas. Esses novos procedimentos organizacionais aplicados à indústria ficaram conhecidos como
taylorismo.
O industrial norte-americano Henry Ford inovou os métodos de produção conhecidos em sua época ao pôr
o taylorismo em sua empresa, a Ford Motor Company, fundada em 1903, nos Estados Unidos. Em 1913,
desenvolveu seu próprio método de racionalização da produção ao introduzir esteiras rolantes nas linhas de
montagem dos automóveis: as peças chegavam até os operários que, parados executavam sempre as mesmas
tarefas referentes à produção de cada parte do carro.
O fordismo distingue-se do taylorismo por apresentar uma visão abrangente da economia, não ficando
restrito a mudanças organizacionais no interior das fábricas. Ford percebeu que a produção em grande escala
exigia consumo em massa, o que pressupunha produtos mais baratos e salários mais altos aos trabalhadores. Para
viabilizar a produção fordista era fundamental criar um arranjo socioeconômico a fim de garantir a expansão
capitalista. A intervenção do Estado na economia, nos moldes do keynesianismo, foi à solução encontrada. Esse
novo arranjo assentava-se no combate ao desemprego e no constante aumento de salários.
Estavam criadas as condições para a melhoria do padrão de vida dos trabalhadores e para o
desenvolvimento da sociedade de consumo nas décadas seguintes. A elevação da recita dos Estados permitiu que
os governos, sobretudo nos países europeus ocidentais, implantassem uma ampla rede de proteção social. A partir
de 1950, com a ascensão ao poder dos partidos socialdemocratas, socialistas e trabalhistas consolidou-se em vários
países da Europa Ocidental, nos EUA, Canadá, Japão e Austrália, em maior ou menor grau, o Estado do bem-
estar-social.
Assim, o modelo fordista-keynesiano criou as condições para o crescimento continuo das economias
capitalistas no pós-II Guerra Mundial. Nesse período que se estendeu por mais de 30 anos, ocorreram as maiores
conquistas sociais e trabalhistas nos países industriais. Essa onda de crescimento econômico nos países
desenvolvidos foi interrompida em meados nos anos 1970. A produtividade não crescia em ritmo suficiente para
atender a pressão dos sindicatos por aumentos salariais nem a elevação dos custos sociais do Estado de bem-estar.
Os Estados passaram a emitir moeda para financiar a elevação de seus gastos, e as empresas a repassar aos preços,
o aumento dos custos de produção. O resultado foi à elevação da inflação, que em 1975 era de 10% nos EUA e de
13% na Europa Ocidental. A crise da década de 1970 foi agravada pela alta do preço dos barris de petróleo.
No final dessa década, os governos dos países industrializados passaram a adotar política de contenção da
inflação. Elevaram as taxas de juros, fazendo com que muitas pessoas e empresas deixassem seu capital aplicado
em bancos em vez de investir na produção. Em consequência disso, os índices de crescimento econômico
baixaram. Com a crise, houve uma tendência da redução da taxa de lucro das empresas e modelo fordista-
keynesiano foi posto em xeque. Para superar essa situação, os governos começaram a implantar novas politicas

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econômicas defendidas pelos antigos liberais agora denominados de neoliberalismo. Já as empresas começariam a
promover uma transformação tecnológica.
Como resposta a crise de produção fordista, as empresas passaram a introduzir máquinas e equipamentos
tecnologicamente mais avançados, como robôs e novos métodos de organização da produção. Essas inovações
implantadas nos países desenvolvidos ficaram conhecidas como produção flexível, em contraposição a rigidez do
modelo fordista, permitindo uma nova fase de expansão para muitas empresas. Muitos também chamam essas
inovações de toyotismo porque começaram a ser desenvolvidos nas fábricas da Toyota no Japão. Entretanto,
enquanto o toyotismo ficou mais associado aos métodos organizacionais no interior das fábricas, a produção
flexível se refere a um conceito mais amplo no qual se inserem, contemplando além das formas de organização
produtiva, também as relações de trabalho e as políticas econômicas.
O desenvolvimento dessa nova organização da produção tem gerado novas relações de trabalho, novos
processos de fabricação e novos produtos. A palavra de ordem passa a ser a competitividade e, para aumenta-la, as
empresas buscam incessantemente racionalizar a produção, cortando custos e implantando novos processos de
produção. Tudo isso, visando aumentar os lucros. A economia de escala desenvolvida no interior das fábricas é
gradativamente substituída pela economia de escopo, desenvolvida em plantas menores e flexíveis. Nesta, a
produção passa a se descentralizar em escala nacional e mundial. Ao mesmo tempo dissemina-se a prática da
terceirização, que consiste em repassar para outras empresas atividades de suporte, como limpeza, segurança,
manutenção, alimentação, etc.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo III – Atividades Industriais.

CAPÍTULO IV - PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS DO MUNDO


O G20 (países industriais) é um grupo que integra as maiores potências do mundo.
O principal objetivo do G20 é discutir e desenvolver uma política que promove o "crescimento sustentável"
da economia mundial.
Promovem uma discussão entre os principais países industriais e emergentes do mercado, procurando assim
uma estabilidade financeira entre os mesmos.
O poder de influência do G-20 foi confirmado na fase final das negociações que levaram ao acordo-quadro.
Graças aos esforços do G-20, o acordo-quadro adotado reflete todos os objetivos negociadores do Grupo na fase
inicial de negociações da Rodada de Doha: (I) ele respeita o mandato de Doha e seu nível de ambição; (II) aponta
para resultados positivos das negociações de modalidades; e (III) representa, além disso, uma melhoria substantiva
em relação ao texto submetido em Cancun, em todos os aspectos da negociação agrícola.
Durante as próximas negociações de modalidades, o G-20 manter-se-á engajado nas negociações,
intensificará sua coordenação interna e seus esforços de interação com outros grupos, visando à promoção dos
interesses dos países em desenvolvimento nas negociações agrícolas.
Países integrantes do G20
01. África do Sul
02. Alemanha

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03. Arábia Saudita


04. Argentina
05. Austrália
06. Brasil
07. Canadá
08. China
09. Coréia do Sul
10. Estados Unidos
11. França
12. Índia
13. Indonésia
14. Itália
15. Japão
16. México
17. Reino Unido
18. Rússia
19. Turquia
20. União Europeia
A Europa foi palco da Revolução Industrial, nela encontram-se as mais antigas áreas industriais do mundo.
Vários fatores contribuíram para isso:
 Abundância de mão de obra (com o crescimento das cidades), e ampliação do mercado
consumidor, estimulou a criação de indústrias.
 O acúmulo de riquezas oriundas da exploração colonial que forneceram durante séculos, ouro e
prata para o continente, seguido do fornecimento de matérias-primas industriais.

Dentre os países da União Europeia, destacam-se:


ALEMANHA:
Cresceu rapidamente, após a 2º guerra mundial, graças principalmente, a ajuda do Plano Marshall, seguida
da entrada no CECA e no MCE, além da abundância de mão-de-obra devido ao repatriamento e às imigrações.
Com a reunificação do país, em outubro 1990, a porção ocidental direcionou investimentos
consideráveis para a porção oriental que apresentava altos índices de desemprego e atraso tecnológico, era
preciso recuperar a porção atrasada do país. Distribuição territorial: A região de maior concentração está na
confluência dos rios RUHR e RENO, graças às reservas de carvão, às facilidades de transportes por ferrovias e
hidrovias do vale do Reno e a proximidade do maior porto do mundo Roterdã.
Principais setores industriais: Siderúrgica, Metalurgia, Mecânica, Química e Naval.
Siderúrgica: o 4° produtor mundial de aço do mundo concentra-se no vale do Rhur; Metalurgia: o aumento
da produção de alumínio (a bauxita e quase totalmente importada) vem crescendo com o apoio das indústrias
navais, eletrotécnicas, automobilísticas e mecânicas; Mecânica: o país é um dos maiores exportadores de
maquinários industriais e automotivos; Química: Utilizando grande parte da matéria-prima nacional, produzem
adubos, produtos farmacêuticos, borrachas, fios sintéticos e plásticos; Naval: em grande expansão, localizam-se nas
cidades portuárias do mar do Norte e do Báltico.

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Destaque:
Frankfurt - possui indústrias diversificadas e o principal mercado de capitais alemão e está entre os maiores
do mundo.
Stuttgart - possui importantes indústrias mecânicas com destaque para automobilística, sedia o maior
grupo industrial da Alemanha, o Daimler-Benz (que fabrica Mercedes Bens).
Wolfsburg - importante por sediar a Volkswagem.
 Munique (região da Baviera) importante centro de indústrias químicas, sede de um dos maiores
conglomerados químicos do mundo a Bayer, e de indústrias de veículos BMW.
 Hamburgo - na foz do rio Elba, no norte da Alemanha e sua vizinha Bremen, bem como as cidades
portuárias do Báltico (Kiel e Hostock), destacam-se as indústrias Navais.

FRANÇA
A revolução Francesa de 1789, a tradição de pequenas, a tradição de pequenas indústrias (dificultando a
acumulação de grandes capitais), além da demora em produzir carvão mineral, retardou o desenvolvimento
industrial do país.
Distribuição da Indústria:
 Região Norte: principais centros industriais são: Amiens, Lille, Dunquerque e Reims. Apresenta
grande diversificação com destaque nos ramos Siderúrgico, Metalúrgico, Químico e têxtil. Aí se encontram jazidas
de carvão;
 Região Lyon: Destaca-se pelas indústrias de Bens de produção (Siderurgia/Refinaria, etc);
 Região Parisiense: Essa área contém todos os ramos industriais. É a principal área em termos de
produção industrial, quase metade da produção do país.
Toulouse (sul): Destaque para a indústria aeronáutica.
Setores e localização:
 Siderúrgico - concentra-se nas áreas carboníferas com destaque para a região de Lorena (nordeste),
produtora de cerca de 60% do aço nacional, de Lille (norte) responsável por 35% da produção de aço.
 Automobilístico - concentrada na bacia Parisiense, as principais empresas são a Renault, a Citroen
e a Peugeot.
 Aeronáutico- O setor militar absorve 50% da produção. Concentra-se na região de Bordeaux e
Toulouse.
 Químico - Destacando-se com um dos setores de maior porte, são responsáveis pela produção de
enxofre, plásticos, fibras têxteis, porcelana e produtos petroquímicos. Péchiney e Rhodia são as maiores empresas.
Regiões Norte: Amiens, Lille, Dunquerque e Reims, Região Nordeste- Nancy, Lorena e Estrasburgo.
 Têxtil - É o mais antigo e geograficamente mais disperso, embora as maiores empresas estejam em
Lion, Rouen e Mulhouse, o desenvolvimento da indústria química superou a escassez de lã, algodão etc.
Facilitando a produção têxtil sintética- náilon, poliéster, etc.

ITÁLIA
Como a Alemanha a Itália só conheceu o desenvolvimento industrial após a unificação em 1870. A
industrialização Italiana sofreu um atraso no contexto europeu, devido, principalmente, da pobreza em jazidas de
carvão e ferro. Ao término da 2° guerra mundial o desenvolvimento industrial sofreu um grande incremento

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motivado pela entrada de capitais norte-americanos, em função do Plano Marshall, e a ampliação do mercado
consumidor.
Com a ajuda do Estado, e avanço tecnológico, a Itália modernizou e diversificou seu parque industrial.
Atualmente, a Itália coloca-se como a quinta maior economia do mundo, embora marcada por um contraste
geoeconômico entre o norte - rico e industrial e o sul agrário.
Distribuição territorial e setorial da indústria:
Concentração no norte do país - Turim, Milão, Gênova, Bolonha, Verona e Veneza. Responde por dois
terços da indústria química, 80% da indústria mecânica e produz 75% da energia hidrelétrica. Milão é um dos
centros industriais, comerciais e financeiros mais importantes do país. Turim cidade - sede da indústria
automobilística FIAT. Gênova, além de ser porto de desembarque de matérias-primas, abriga uma importante
indústria naval.

REINO UNIDO
Durante mais de um século, a Inglaterra dominou com exclusividade a produção industrial. Mas, na década
de 90 do século XX era a 6ª economia do mundo.
A concentração industrial, historicamente, se deu próxima às bacias carboníferas, hoje, praticamente
esgotadas. Responsável pela maior produção européia e Sexta produção mundial de petróleo, o Reino Unido
apresenta menor dependência energética que seus vizinhos de continente. A exploração se da no mar do Norte e na
Plataforma continental do sudeste (canal da Mancha e oceano Atlântico).
Centro - Norte - indústrias metalúrgicas, siderúrgicas e têxteis - tradicionais na região. Contam hoje, com
especialidades industriais como a química e eletromecânica. Em expansão estão as indústrias de ponta, como
aeroespacial, aparelhos elétricos, de informática e a química. Destaca-se a alimentícia, que esta entre as 30 mais
importantes da União Europeia (20 são Britânicas), a Unilever é a primeira do continente.
As regiões Sudeste, Centro (Midlands) e Noroeste agrupam os maiores centros industriais, como Londres,
Liverpool, Manchester, Birmingham e Leeds.
Destacam-se ainda as regiões industrializadas do Centro da Escócia, País de Galles e Nordeste da Irlanda
do Norte.
Evolução da União Européia
 1952 - Europa dos 6 - França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, os Países Baixos e
Luxemburgo.
 1973 - Europa dos 9 - ingressaram o Reino Unido, a Dinamarca e Irlanda.
 1981 - Europa dos 10 - ingressaram a Grécia.
 1986 - Europa dos 12 - ingressaram Portugal e Espanha.
 1995 - Europa dos 15 - ingressaram Áustria, Finlândia e Grécia.
Criada após a 2º guerra mundial, a Europa "se casa" para evitar a decadência, com o Tratado de Roma 1953.
Os objetivos da União Européia, muito abrangentes, foram sendo alcançados paulatinamente. A
substituição do Tratado de Roma, com o de Maastricht (países Baixos) em 1991, determinou de fato a existência de
um bloco econômico supranacional, concretizado em uma União Aduaneira, cuja meta final foi à moeda única o
Euro (já em circulação financeira).

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GEOGRAFIA

Dos países que fazem parte da União Europeia, Finlândia, Dinamarca e Irlanda apresentam elevado padrão
de vida, mas ainda não atingiram o nível de industrialização dos países que formam o bloco, exceto Portugal,
Espanha e Grécia que apresentam uma industrialização tardia, século XX.

RÚSSIA
No extenso território russo (17 milhões Km2), encontram-se recursos naturais, minerais e energéticos que
favorecem amplamente o desenvolvimento da indústria de base. Essa disponibilidade de recursos e a política
socialista promoveram o incremento da indústria de base em detrimento da indústria de bens de consumo.
Com o fim da economia planificada, através da Glasnost e Perestróika, os Combinats (conjunto de
indústrias interdependentes que se complementavam) passaram por um processo de reformulação, onde muitas
indústrias de base transformaram-se em de bens de consumo.
Atualmente, o governo da Rússia vem buscando a modernização do parque industrial através de
providências como: privatizações, estímulos à iniciativa privada, abertura do país ao capital internacional e a
modernização de empresas ainda controladas pelo Estado.
Áreas de maiores concentrações industriais:
 Região de Moscou: indústria têxtil com matéria-prima vinda da Ásia Central, indústrias de
automóvel, de material ferroviário, aeronáutico, elétrico e eletrônico. A presença do rio Volga, a leste de Moscou e
de petróleo (Baku - mar Cáspio) cuja produção de energia permitiu o desenvolvimento da indústria química.
 Região de São Petersburgo: caracteriza-se pela indústria de papel cuja matéria-prima provém da
floresta boreal de coníferas, conhecida como Taiga, indústria de materiais elétricos e ferroviários. As margens do
mar Báltico, concentração de indústrias navais, já que a região possui um dos maiores portos do país.
 Região dos Urais: As jazidas de carvão, ferro, metais não ferrosos e petróleo (oeste dos Urais)
favoreceram a instalação de indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. Além do desenvolvimento de indústrias
químicas, favorecidas pela presença de potássio e enxofre.
 Região da Sibéria Oriental: industrializou-se devido á riqueza hidráulica, no lago Baikal e no rio
Lenissei, estão as maiores barragens do mundo (Krasnoiark e Brastsh), desenvolveram os setores eletroquímico e
metalúrgico.

CHINA
O Socialismo Chinês, diferente do Soviético, baseou-se no movimento popular camponês e numa economia
essencïalmente agrária, sob o comando de Mao Tse-Tung. A economia da China passou por um rápido crescimento
entre 1949 e 1976, com o plano conhecido como "grande salto à frente", queimando etapas de evolução industrial,
investindo e priorizando o setor de vens de produção ou de base. Mas, esse modelo, apesar de mão de obra
numerosa, de abundantes recursos minerais e fósseis, mostrou-se um grande fracasso, desarticulando totalmente a
economia industrial e agrícola do país (Vale lembrar que a agropecuária constitui uma atividade econômica
importantíssima da China, ocupando cerca de 60% da PEA e contribuindo com 25% do PIB).
O setor bélico, todavia, crescia de maneira a causar divergências entre Moscou e Pequim, quando em 1964,
a China explodiu sua primeira bomba atômica e, em 1967 os de hidrogênio, fato que culminou com o rompimento
entre URSS e China, em 1965. Como conseqüência a retirada dos técnicos soviéticos de território chinês,
agravando os problemas econômicos do país.

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GEOGRAFIA

O rompimento com a URSS aproximou a China dos EUA, e a viagem de Nixon ao país, em 1972, marcou
nova etapa nas relações internacionais da China.
Com a norte de Mao-Tse-Tung, em 1976, teve início um período de grandes disputas pelo poder, que foi
finalmente assumido por Den Xiaoping, que promoveu a "desmaoização" e iniciou um processo de
desenvolvimento inovador. Sua estratégia foi baseada na formação de uma moderna economia de mercado, porém
sob o controle do Estado, associada a um amplo programa educacional. Paralelamente, mantendo a política
administrativa sob o autoritarismo de Estado, com a finalidade de manter a unidade interna.
Concentrações Industriais:
Encontram-se nas planícies orientais (embora apresentem hoje tendência de descentralização). As
indústrias pesadas siderúrgicas, metalúrgicas, químicas e de equipamentos, situam-se principalmente na
Manchuria, em Pequim, no vale do Yang Tsé-Kiang (rio Azul - em Nanquim, Xangai, Wuhan) e no Cantão
(próximo a Hong Kong). As indústrias leves como a têxtil, concentram-se, tradicionalmente, em Xangai, Pequim e
Tientsin. E em centros recentes como Tsingtao e Sian. Já as indústrias alimentícias e artesanais encontram-se
espalhadas pelo país.
Em termos energéticos a China é o 1° produtor mundial de carvão e o 4° de Petróleo, demonstrando a
riqueza de seu subsolo. No nordeste do país ao alongo do rio Huang Ho (rio Amarelo), o potencial hidrelétrico
parcialmente explorado, detém a 5ª maior produção de eletricidade.

ESTADOS UNIDOS DA AMERICA


COLÔNIAS DO CENTRO – NORTE: OCUPADAS POR (ARTESÕES, AGRICULTORES,
PROFESSORES, DIVERSOS), QUE SE ESTABELECERAM EM PROPRIEDADES RURAIS, CRIANDO
COLÔNIAS DE POVOAMENTO;
COLÔNIAS DO SUL: CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FAVORÁVEIS AO CULTIVO (ALGODÃO,
TABACO, ARROZ);
UTILIZAVAM MÃO-DE-OBRA ESCRAVA;
EXPORTAVAM PARA O MERCADO EUROPEU;

AGRICULTURA
REPRESENTA 3% DO PIB (3,6% DA PEA É UTILIZADA);
PRODUZEM CEREAIS (MILHO, TRIGO, SOJA, AVEIA, E CEVADA), BATATAS, BETERRABA-
PRINCIPAL FONTE DE OBTENÇÃO DE AÇÚCAR; CÍTRICOS, ALGODÃO E TABACO;
RESPONSÁVEIS: ¼ DE PRODUÇÃO MUNDIAL DE LARANJA;
2/3 DA SOJA CONSUMIDA NO PLANETA;
+ OU - 50% DE TODO O MILHO QUE ABASTECE O PLANETA;
GRANDES PRODUTORES MUNDIAIS DE TRIGO;
OS CINTURÕES AGRÍCOLAS SÃO ENCONTRADOS NAS PLANÍCIES CENTRAIS DA CALIFÓRNIA;

PRINCIPAIS CINTURÕES
DAIRY-BELT: CRIAÇÃO INTENSIVA DE GADO PARA A PRODUÇÃO DE LEITE–NORDESTE DOS
USA;
CORN-BELT: PRODUÇÃO DE MILHO, ALFAFA, AVEIA, SOJA (CENTRO - LESTE DOS EUA);

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GEOGRAFIA

COTTON-BELT: MAIOR REGIÃO ALGODOEIRA DO MUNDO (SUL - SUDESTE DOS USA);


WHEAT-BELT: PRODUÇÃO DE TRIGO (LIMITES DO CANADÁ ATÉ O NORTE DO MÉXICO);
TEXAS - RANCHING-BELT: CRIAÇÃO DE GADO PARA O CORTE;
CALIFÓRNIA - GREEN BELT: HORTALIÇAS;
RECURSOS NATURAIS
CARVÃO (BASE PARA O COMEÇO DA INDUSTRIALIZAÇÃO);
CARVÃO (ENCONTRADO: PRÓXIMO DOS MONTES APALACHES, JAZIDAS NO CENTRO -
OESTE, AO REDOR DAS MONTANHAS ROCHOSAS);
TÊM: FOSFATO COBRE ZINCO, PRATA, BAUXITA, CHUMBO;
PETRÓLEO (JUNTO DO GOLFO DO MÉXICO, TEXAS, E LOUSIANIA);
ÁREAS INDUSTRIAIS
MANUFACTURING BELT: GRANDE REGIÃO INDUSTRIAL DO PAÍS (NOVA YORK,
PENSILVÂNIA, ILLINÕIS, OHIO; (MAIORES CENTROS INDUSTRIAIS: NOVA YORK, CHICAGO,
DETROIT E FILADÉLFIA));
COSTA DO PACÍFICO: ÁREAS INDUSTRIAIS (LOS ANGELES, SÃO FRANCISCO, PORTLAND E
SEATLE);
COSTA DO GOLFO DO MÉXICO: INDÚSTRIAS LIGADAS AO PETRÓLEO (TEXAS E
LOUISIANA); LIGADAS À PRODUÇÃO DE FRUTOS (FLÓRIDA);
SUN BELT: ONDE SE DÁ O MAIOR CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA; (INSTALAÇÃO DE
INDÚSTRIA DE ALTA TECNOLOGIA);
SUN BELT: SÃO FRANCISCO (INDÚSTRIA DE INFORMÁTICA E CENTROS DE PESQUISA);
VALE DO SILÍCIO (ARREDORES DE SÃO FRANCISCO) TEM INDÚSTRIA DE ALTA
TECNOLOGIA;
VALE DO SILÍCIO: LOCALIZADO NA REGIÃO DA CALIFÓRNIA;
HOUSTON: INDÚSTRIA PETROLÍFERA, BIOTECNOLOGIA.

JAPÃO
Devastado pela Segunda Guerra Mundial, reergueu-se rapidamente com o auxílio fornecido pelos EUA
com o Plano Colombo. Em pouco tempo, tornou-se importante produtor e exportador de tecnologias de ponta, de
produtos eletrônicos e informáticos. Além disso, desenvolveu forte indústria automobilística e química, escoando a
produção com uma rede de transportes eficiente e moderna, que cobre todo o país.
Sua pequena área territorial o obriga a importar muita matéria-prima e alimentos (os principais
fornecedores são China, EUA e Austrália). O Japão integra o G8, detém gigantes empresas multinacionais (caso de
Mitsubishi e Toyota), a maior bolsa de valores e a maior região metropolitana do mundo (a de Tóquio),
constituindo-se importante centro financeiro.
Junto com a Coréia do Sul, o Japão é um dos países mais preocupados com a pesquisa nuclear e com a
ambição norte-coreana de possuir mísseis nucleares de longo alcance.
O país só abriu sua economia para o Ocidente e para o mundo após o início da dinastia MEIJI, que se
estendeu de 1868 a 1912, e isso foi fundamental para que o país iniciasse o processo de industrialização. Antes
disso era um país agrário, de estruturas feudais, que mantinham suas portas fechadas para o ocidente.

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GEOGRAFIA

O período marcado pela abertura para a economia do Japão para o ocidente ficou conhecido como Meiji,
que foi o governador da dinastia.
Os Imperadores da era Meiji, preocuparam-se com medidas que foram fundamentais para a industrialização
e a modernização do país, entre elas posso citar:
 Criação de infraestrutura (ferrovias, portos, etc.);
 Instalação de indústrias e de bens de produção;
 Investimento na educação, para obter uma mão-de-obra preparada para novas atividades;
 Os investimentos feitos nas indústrias pelos grupos familiares, os Zaibatsus, que se tornariam
posteriormente grandes conglomeradas;
 A adoção do Xintoísmo, religião que fazia do Imperador, um chefe sagrado do estado, ajudou a
incentivar o povo japonês ao culto à disciplina que é uma das principais características dessa nação.

O Imperialismo Japonês
Com um território pequeno – o Japão é um arquipélago vulcânico – e pouco favorecido do ponto de vista
mineral e energético, o destaque do país é a expansão imperialista na Ásia em parte para suprir deficiências.
As principais áreas ocupadas pelos japoneses foram:
 Coréia e Taiwan (1895);
 Manchúria, no norte da china (1931), e nordeste chinês (1937);
 Península da Indochina (1941);
 Ilhas do pacífico, como Iwojima, Marianas, Carolinas, Palau (na segunda guerra).

Novos Países Industrializados


Nações que realizaram o desenvolvimento industrial após a década de 1950 ficaram conhecidas como NIC
(Novos Países Industrializados). Esse setor da economia se concentrava em países europeus (em especial França,
Alemanha, Reino Unido e Itália), no Japão, Estados Unidos e Canadá. Entretanto, a partir da década de 1950, o
processo de industrialização se expandiu para várias partes do mundo.
Um dos maiores responsáveis por esse fenômeno foi à difusão de filiais de empresas transnacionais para
diversos países. Os principais destinos dessas empresas foram, primeiramente, o Brasil, Argentina, México e África
do Sul, pois havia um grande mercado consumidor, além de matéria-prima e, em alguns casos, benefícios fiscais e
doações de terrenos nessas nações.
Posteriormente, o setor industrial se intensificou em diversas regiões do planeta e, em 1960, quatro países
asiáticos se destacaram (Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura), ficando conhecidos como os “Tigres
Asiáticos”. Essas nações apresentaram uma expansão industrial extraordinária, recebendo filiais de transnacionais,
com exceção da Coréia do Sul, que desenvolveu empresas nacionais.
Na década de 1980, outros países se industrializaram, com destaque para as nações asiáticas: Índia,
Malásia, Tailândia, Indonésia e China, que, atualmente, é uma das maiores potências econômicas do planeta, com
seu Produto Interno Bruto (PIB) sendo o terceiro maior do mundo (3,2 trilhões de dólares), atrás somente dos
Estados Unidos e do Japão.
Além da difusão das transnacionais, a necessidade de reduzir os gastos com importações impulsionou o
desenvolvimento industrial, ou seja, passou-se a produzir para abastecer o mercado interno. Esse processo ocorreu
nos países latino-americanos, como por exemplo, o Brasil, a Argentina e o México.

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GEOGRAFIA

Os Novos Países Industrializados têm apresentado grande destaque no cenário econômico global,
aumentando a representatividade política nos organismos internacionais, além de expandirem suas empresas para
vários países, inclusive instalando filiais em nações industrializadas. O Brasil, por exemplo, possui mais de 300
empresas atuando no mercado internacional.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo IV – Principais Centros Industrializados do Mundo.

CAPÍTULO V - RECURSOS NATURAIS E FONTES DE ENERGIA

Recursos Naturais
Recursos naturais são elementos da natureza com utilidade para o Homem, com o objetivo do
desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a
energia do Sol e do vento. Já a água, o solo e as árvores que estão sendo considerados limitados, são chamados de
potencialmente renováveis. E ainda não renováveis, como o petróleo e minérios em geral.

Def inição
Os recursos naturais são componentes, materiais ou não da paisagem geográfica, mas que ainda não tenham
sofrido importantes transformações pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do Homem, mas
aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e culturais. Portanto, só podem ser
compreendidos a partir da relação homem-natureza.
Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser aproveitados em seu estado
natural. Quase sempre o ser humano precisa trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de
satisfazer alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser armazenados e canalizados,
quer para consumo humano directo, para irrigação, ou para geração de energia hidrelétrica.
Os recursos podem ser:
 Renováveis: elementos naturais que usados da forma correta podem se renovar. Exemplos: animais,
vegetação, água.
 Não renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou demoram muito tempo
para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro.
 Inesgotáveis: Recursos que não se acabam como o Sol e o vento.

Classif icação
Frequentemente são classificados como recursos renováveis e não renováveis, quando se tem em conta o
tempo necessário para que se dê a sua reposição. Os não renováveis incluem substâncias que não podem ser
recuperadas em um curto período de tempo, como por exemplo, o petróleo e minérios em geral. Os renováveis são
aqueles que podem se renovar ou serem recuperados, com ou sem interferência humana, como as florestas, luz
solar, ventos e a água.

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GEOGRAFIA

Também podem ser classificados de energéticos e não energéticos, se atendermos à sua capacidade de
produzir energia. Os carvões e o petróleo são recursos naturais energéticos. Por vezes a água é também considerada
um recurso energético, pois as barragens transformam a força da água em energia.
A maioria dos minerais são recursos não energéticos, com exceção do volfrâmio, o urânio e o plutônio por
se tratarem de substâncias radioactivas e usadas para a geração de energia.
Há situações nas quais um recurso renovável passa a ser não renovável. Essa condição ocorre quando a taxa
de utilização supera a máxima capacidade de sustentação e renovação do sistema.

O extrativismo
São as atividades de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem vegetal, animal, ou
mineral.
Esses produtos podem ser cultivados para fim comerciais, industriais e para subsistência, e ela é a atividade
mais antiga desenvolvida pelo ser humano.

Extrativismo vegetal
É um processo de exploração dos recursos vegetais nativos (ou seja, naturais de um lugar), onde a pessoa
apenas coleta ou apanha os produtos que vai encontrando em uma região. Não é um processo que produz muito,
porque a pessoa tem que vagar pela mata ou campo à procura do seu objetivo: madeira, borrachas, ceras, fibras,
frutos, nozes, produtos medicinais etc.
A exploração da madeira é a principal atividade extrativa vegetal no Brasil. A madeira é retirada
principalmente na Amazônia, provocando o desmatamento da floresta.
Além da madeira, são extraídos produtos como a castanha-do-pará, o palmito, o látex de seringueira, o babaçu, e
muitos outros produtos em todo o Brasil.
Alguns desses produtos são extraídos de forma muito tradicional, não ocasionando um impacto tão grande
na natureza como no caso da castanha-do-pará.
A pesca e o extrativismo são atividades relacionadas com os costões rochosos. A pesca, porque muitos dos
peixes de interesse vivem associados ao costão (ex. garoupa, robalo). O extrativismo é realizado principalmente
sobre os organismos que vivem fixos no costão.
O extrativismo de algas marinhas é realizado ha muitos anos nos países asiáticos e em menor escala,
também no Brasil. As algas são fonte de sais minerais e proteínas, tendo seu lugar na base da alimentação japonesa.
Além do uso direto, as algas possuem substâncias que, ao serem isoladas, podem ser utilizadas em diversos ramos
da indústria moderna. Os ficolóides (ágar, carragena e alginato) são utilizados em produtos derivados do leite,
shampoos, cosméticos, pastas de dente, gelatina e muitos outros.

Extrativismo mineral
O extrativismo mineral trata da exploração dos recursos minerais da terra para posterior transformação nas
indústrias, ou para consumo imediato, caso da água mineral. O Extrativismo Mineral é responsável pela grande
transformação no ambiente onde ele é praticado, pois normalmente é encontrado no subsolo. O extrativismo
mineral é um grupo que contém esses seguintes itens: Água, rochas, fogo, ar, sal, entre outros.
Existem dois tipos de extrativismo mineral: aquele que emprega tecnologia reduzida, como o garimpo de
ouro em rios, e o que utiliza equipamentos sofisticados e técnicas avançadas, como a exploração e extração de
petróleo.

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GEOGRAFIA

Fontes de Energia
Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou
esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia
inesgotáveis. Por outro lado, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma
quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional.

Principais fontes de energia


Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso
país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica
existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a
implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte
considerada limpa.

Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A
geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do
efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e
gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é
uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e
transformada para gerar calor ou eletricidade.

Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais


orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar
energia.

Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que,
os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é
desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para
gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo. Os
acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em
algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar
turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

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GEOGRAFIA

Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um
custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro,
esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.

Petróleo
Petróleo (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον [petrélaion], "óleo da
pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion] óleo de oliva, qualquer substância oleosa, no sentido
de óleo bruto), é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico
e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).
Trata-se de uma combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos,
alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de
enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e
pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que
requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do
petróleo, tais como óleos de Xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha, não se
incluem nesta definição.
O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de
estudos. É também atualmente a principal fonte de energia, servindo também como base para fabricação dos mais
variados produtos, dentre os quais se destacam benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até
mesmo medicamentos. Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no
Oriente Médio.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no
mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta
petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.

Origem
A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas do querogênio
começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e gasosos, num processo denominado
catagênese. Para ter uma acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de
geração) e expulsão, ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até
encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu caminho, sobre a qual ocorrerá a
acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha reservatório.
É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos, que ele se forme a partir de substâncias
orgânicas procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua
formação.
Resumindo, há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém a mais aceita é que ele surgiu
através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações
químicas ao longo de milhões de anos. Substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor
do que a água. Sua composição química é uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio
(hidrocarbonetos).

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GEOGRAFIA

Carvão Mineral
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos
chamados camadas de carvão. As formas mais duras, como o antracito, podem ser consideradas rochas
metamórficas devido à posterior exposição à temperatura e pressão elevadas. É composto primeiramente por
carbono e quantidades variáveis de enxofre, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio e elementos vestigiais. Quanto maior
o teor de carbono mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral; turfa, linhito, hulha e
antracito, em ordem crescente do teor de carbono. É extraído do solo por aberto ou subterrâneo.
Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se
ser o carvão mineral o mais abundante.
Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos, são vitais para muitas indústrias modernas.

Formação do carvão
O carvão mineral foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais, especialmente
durante períodos Carbonífero e Permiano.
As alterações climáticas registradas no mundo explicam por que o carvão ocorre em todos os continentes,
mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas
acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir às camadas de turfa.
A elevação do nível das águas do mar ou o rebaixamento da terra provocaram o afundamento dessas
camadas sob sedimentos marinhos, cujo peso comprimiu a turfa, transformando-a, sob elevadas temperaturas, em
carvão. Apenas o carvão de cor marrom (linhitos) tem origem estritamente a partir de plantas.
Empregam-se, em geral, dois métodos para determinar a composição dos carvões: a "análise elementar"
estabelece as porcentagens totais dos elementos presentes (carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre e nitrogênio); e a
"análise aproximada" fornece uma estimativa empírica das quantidades de umidade, cinza e materiais voláteis, e de
carbono fixo. Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja
proporção aumenta à medida que o minério se forma. Em ordem ascendente, os principais tipos são: linhito, que se
desgasta rapidamente, pode incendiar-se espontaneamente e tem baixo valor calorífico; é usado, sobretudo na
Alemanha e na Austrália; carvão sub-betuminoso, utilizado principalmente em estações geradoras; carvão
betuminoso, o tipo mais comum e que, transformado frequentemente em coque tem amplo emprego industrial; o
antracito, um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico.

Elétrica
Energia elétricaé uma forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial elétrico entre dois
pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos. Mediante a transformação adequada é possível
obter que tal energia mostre-se em outras formas finais de uso direto, em forma de luz, movimento ou calor,
segundo os elementos da conservação da energia.
É uma das formas de energia que o homem mais utiliza na atualidade, graças a sua facilidade de transporte,
baixo índice de perda energética durante conversões.
A energia elétrica é obtida principalmente através de termoelétricas, usinas hidroelétricas, usinas eólicas e
usinas termonucleares.
Subestação para transformação e transporte de energia elétrica do parque eólico da Serra do Barroso,
Portugal.

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GEOGRAFIA

Geração de eletricidade
A geração de energia elétrica se leva a cabo mediante diferentes tecnologias. As principais aproveitam um
movimento rotatório para gerar corrente alternada em um alternador. O movimento rotatório pode provir de uma
fonte de energia mecânica direta, como a corrente de uma queda d'água ou o vento, ou de um ciclo termodinâmico.
Em um ciclo termodinâmico se esquenta um fluido e se consegue com que realize um circuito no qual
move um motor ou uma turbina. O calor deste processo se obtém mediante a queima de combustíveis fósseis, as
reações nucleares ou outros processos, como o calor proveniente do interior da Terra ou o calor do Sol.
A geração de energia elétrica é uma atividade humana básica já que está diretamente relacionada com os
requerimentos primários do homem. Todas as formas de utilização das fontes de energia, tanto as convencionais
como as denominadas alternativas ou não convencionais, agridem em maior ou menor medida o nosso meio
ambiente.

Outras fontes de energia


Energia Eólica
A utilização da força dos ventos para gerar eletricidade é uma das fontes de energia de maior crescimento
no mundo: a taxa média é de 27% nos últimos cinco anos.
Ela causa um dos menores impactos ambientais, por não utilizar água nem produzir gases poluentes. Aqui
na Petrobras, utilizamos uma unidade-piloto desde 2004, na cidade de Macau, no Rio Grande do Norte.

Energia Solar
O sol é essencial para a vida na terra. Seus raios emitem energia que pode ser convertida para aquecimento
de água ou para geração de energia elétrica. Nossas linhas de pesquisa abrangem essas duas formas: energia
térmica e fotovoltaica.
Sua utilização substitui os geradores a diesel em equipamentos de monitoramento de pequenas plataformas
de produção de petróleo.
Desenvolvemos ainda um programa de instalação de unidades termossolares em refinarias, campos de
produção e postos de serviços no Brasil.

Energia Hídrica
As hidrelétricas são conhecidas dos brasileiros. Com elas, obtemos a energia elétrica de mais baixo custo.
Para utilizar a força dos rios, um recurso natural abundante em nosso país investiu nas Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH). Esse tipo de empreendimento possibilita melhor atendimento às necessidades de carga de
pequenos centros urbanos, regiões rurais e unidades industriais.

Hidrogênio Combus tível


Na busca por uma fonte de energia que não produz compostos tóxicos, as maiores companhias investem
pesado em estudos para tornar viável o uso do hidrogênio combustível.
Nossas pesquisas utilizam uma célula há combustível de hidrogênio, que fornece a eletricidade para mover
o veículo. Desenvolvemos o protótipo de um ônibus inspirado no conceito dos trolebus (ônibus elétricos).
No fim do processo, o hidrogênio combina-se com o oxigênio e forma as moléculas de água que serão
expelidas pelo escapamento dos veículos.

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GEOGRAFIA

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo V – Recursos Naturais e Fontes de Energia.

CAPÍTULO VI - TRANSPORTE
Uma rede de transporte é um conjunto interligado de rotas específicas, onde circulam transportes. Estas
redes (em estudos matemáticos também conhecidos por grafos) são constituídas por um conjunto finito de nós e
arcos. Os nós são geralmente os pontos de maior relevância da rede, sendo as ligações entre os nós feita pelos
arcos. (Novaes, 1989, p. 20).
Existem várias redes de transportes, tais como:
 Rede urbana – rede localizada num meio urbano ou citadino (exº: estrada local);
 Rede rodoviária – rede de longo percurso (exº: autoestrada);
 Rede ferroviária – rede de caminhos-de-ferro (exº linha de alta velocidade (TGV));
 Rede aérea – rede de transportes aéreos (não existe delimitação das vias neste caso, pois o espaço
aéreo não restringe a circulação dos transportes a um local exacto).

Evolução e organização das redes de transporte


As infraestruturas de transportes como estradas, pontes, túneis, vias férreas, aeroportos, portos marítimos e
fluviais têm contribuído para reduzir as distâncias, permitindo ultrapassar barreiras físicas como rios e montanhas,
condicionando a acessibilidade das regiões e, por isso, o seu desenvolvimento econômico e social.
Atualmente, os transportes:
 São responsáveis pela crescente mobilidade das pessoas para os empregos, nas deslocações
quotidianas, nas viagens de turismo, promovem o aproveitamento dos recursos endógenos (exploração dos recursos
locais):
 Facilitam o desenvolvimento do comércio e das atividades produtivas;
 Permitem a difusão de ideias, de culturas e de técnicas;
 Estruturam o espaço urbano (cidades que crescem serviços, comércio, industriais e urbanos que se
expandem etc.);
 Promove a troca de produtos, bens, pessoas, informação (interação espacial) entre as diversas
regiões dentro do país e entre os diferentes povos do mundo;
 Promovem as atividades econômicas e sociais, permitindo a implantação da indústria, o
alargamento dos mercados (intensificam as trocas comerciais) e o aumento da produção;
 Geram uma multiplicidade de serviços e de comércio e atividades produtivas;
 Criam emprego;
 Facilitam a divisão internacional do trabalho;
 Flexibilizam a localização das atividades econômicas;
 Permite uma melhor e mais rápida distribuição de bens (produtos, equipamentos e matérias-primas)
e serviços, traduzindo-se na subida do nível médio de vida da população;
 Permitem a mobilidade da população (casa / trabalho, viagens de negócios, turismo...);
 Facilitam o intercâmbio de técnicas e constituem um fator de aproximação de povos e culturas;

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GEOGRAFIA

 Quebram o isolamento das regiões desfavorecidas;


 Atenuam as assimetrias socioeconômicas regionais;
 Permitindo a especialização, o aumento de rendimento, de produtividade e dispersão das atividades
econômicas, permitem o desenvolvimento integral das diferentes regiões;
 Um sistema de vias de comunicação desenvolvido e eficiente (grande acessibilidade) indica a
grande mobilidade da comunidade à procura das suas necessidades, assegurando às populações e agentes
econômicos iguais oportunidades de aceder a níveis de serviços elevados e com características idênticas.
Antes da Revolução Industrial, as comunicações e os transportes eram lentos e pouco seguros. Os fluxos
comerciais, as viagens e o conhecimento de outros lugares eram muito limitados. A evolução dos transportes e das
comunicações tem sido tão rápida que quase podemos afirmar que o ser humano vence distâncias, dando-nos a
sensação de que a distância física diminuiu, "encolhendo" o Mundo.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VI – Transporte.

CAPÍTULO VII - MEIOS DE TRANSPORTE

Meios de transporte
Os principais meios de transporte são os seguintes: terrestres (ferroviário, rodoviário e metroviário),
aquáticos ou hidroviários (marítimo, fluvial e lacustre) e aéreos.

Transporte Fluvial
É um dos mais antigos meios de transporte que se conhecem, tendo desempenhado importante papel na
penetração, povoamento e ocupação do interior dos continentes. Nesses casos, os rios funcionaram como
verdadeiros caminhos naturais.
A navegação fluvial é praticada, com maior ou menor intensidade, em todo o mundo. Destaca-se, no
entanto, na Europa, onde grandes e importantes obras (canais artificiais, instalações portuárias, barragens etc.)
foram construídas para permitir melhor aproveitamento no transporte de mercadorias diversas.

Transporte Marítimo
Esse tipo de transporte sofreu grande evolução ao longo do tempo. Das primitivas embarcações movidas a
remo e a vela, evoluiu para embarcações movidas a carvão, a petróleo e já está entrando na fase da energia atômica.
Quanto à capacidade de carga, a evolução foi também espetacular: de 1.000 toneladas no século XVIII, hoje já
existem navios com capacidade de transporte de 500 mil toneladas.
Apesar de ter sido suplantado pelo avião no transporte de passageiros, continua sendo o principal meio de
transporte de mercadorias a longas distâncias.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das
embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em condições de
receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência portuária,
responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de muitos produtos, acarretando enormes

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GEOGRAFIA

prejuízos. O transporte marítimo divide-se em dois tipos: internacional ou de longo curso (de grandes distâncias) e
navegação costeira ou de cabotagem (ao longo do litoral).

Transporte Ferroviário
O trem foi o principal meio de transporte do século XIX, tendo sofrido grande expansão mundial entre a
segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, principalmente na Europa e na América do
Norte, áreas que concentram cerca de 70% do total mundial. Grande número de ferrovias foi construído na Europa,
ligando as áreas portuárias ao interior, bem como as capitais às diversas regiões, promovendo a integração
nacional, estimulando o comércio e facilitando a circulação de pessoas e mercadorias.
Em países de grande extensão territorial, como os EUA e o Canadá, foram construídas grandes ferrovias
(transcontinentais), algumas delas cruzando o território de leste a oeste, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Na
União Soviética foi construída a Transiberiana (a maior ferrovia do mundo), ligando Moscou a Vladivostok, no
litoral do Pacífico. Essas ferrovias foram de grande importância na ocupação territorial de áreas distantes, na
dinamização econômica e comercial, no maior controle governamental e na própria unidade e integração nacional.
Entre 1940 e 1960, verificou-se certa estagnação e até mesmo declínio das ferrovias, chegando muitas delas
serem desativadas. A causa dessa estagnação foi à expansão das estradas de rodagem em conseqüência do uso de
novas fontes energéticas (petróleo, por exemplo).

Transporte Rodoviário
A utilização do automóvel como meio de transporte data do início do século XX (modelo Peugeot de
1901). Sua produção em maior escala iniciou-se em 1902, na Alemanha, e em 1903, nos EUA. Com a Primeira
Guerra Mundial, tanto a produção quanto a diversificação dos tipos de veículo (carros de passeio, caminhões,
ônibus, tratores etc.) sofreram enorme aumento. No início, o transporte rodoviário funcionou basicamente como
complemento do transporte ferroviário. Entretanto, com o decorrer do tempo, tornou-se concorrente das ferrovias,
acarretando inclusive a desativação de inúmeras delas, por se tornarem deficitárias.
As causas principais que explicam a maior preferência do transporte rodoviário em relação ao ferroviário
no caso de médias e pequenas distâncias em alguns países são:
 Caminhão possui maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares;
 Caminhão pode entregar a mercadoria porta a porta;
 As operações de despacho (papéis), de carga e descarga das mercadorias são mais simplificadas em
relação à ferrovia;
 Maior rapidez na entrega das mercadorias.
Do inicio do século XX até os dias atuais, a expansão do transporte rodoviário foi espetacular. No Brasil,
que até a Segunda Guerra Mundial só possuía uma rodovia pavimentada (a Rio-São Paulo) e menos de 300 mil km
de estradas, os números atuais mostram o quanto esse meio de transporte se expandiu entre nós.

Transporte Aéreo
A utilização do avião no transporte de passageiros data de 1919. Entretanto, a invenção do avião pode ser
situada no período entre 1890-1900. Em 1898, Santo Dumont realizou o primeiro vôo em balão mecanicamente
dirigido e, em 1906, bateu o recorde de vôo com o 14-Bis, de motor a explosão, voando 220 metros em 21
segundos.

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GEOGRAFIA

Na Primeira Guerra Mundial o avião começou a ser utilizado para fins bélicos e, no final da década de 20, a
aviação comercial já estava definitivamente estabelecida, apresentando daí até os dias atuais grande
desenvolvimento.
Tanto a multiplicação dos aeroportos, em todo o mundo, quanto o desenvolvimento e aperfeiçoamento da
aviação em termos de maior segurança, maior capacidade e maior rapidez fizeram do transporte aéreo um sério
concorrente aos demais meios de transporte. Nos EUA, por exemplo, cerca de 85% das viagens externas e 60% das
internas são feitas por transporte aéreo.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VII – Meios de Transporte.

CAPÍTULO VIII – COMÉRCIO E O MERCADO


O mercado é um espaço construído especificamente para o processo pelo qual as pessoas (físicas ou
jurídicas) procedem à troca de bens por uma unidade monetária ou por outros bens.
No Brasil é comum os municípios terem mercados centrais ou municipais e algumas cidades grandes terem
mercados em bairros distantes dos centros comerciais, que geralmente oferecem mercadorias perecíveis como
frutas, legumes e alimentos. Porém podem servir de espaço para qualquer tipo de comércio, notadamente o de
artesanato.
Uma economia é o sistema consolidado de atividades humanas relacionadas à produção, distribuição, troca
e consumo de bens e serviços de um país ou outra área.
A atividade económica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos
naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas.
A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização e da
organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, e.g. eco-regiões que representam
diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere
também à medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.
A economia inclui diversos setores, que se desenvolveram em fases sucessivas.
 A economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência.
 A Revolução Industrial diminuiu o papel da a agricultura de subsistência, convertendo-a ao
processo capitalista de produção, de forma que as fazendas passaram a ser mais extensas e monocultoras nos
últimos três séculos. O crescimento econômico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e na
indústria manufatureira.
 Nas economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia corresponde ao setor de
serviços, o que compreeende o setor financeiro e de tecnologia que compõem a chamada economia do
conhecimento.
Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica:
 Setor primário: Compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão,
medeira e ferro. (Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do setor primário).

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GEOGRAFIA

 Setor secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento


intermediáio em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em roupas. (Um
pedreiro e uma estilista seriam trabalhadores do setor secundário).
 Setor terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os consumidores,
como creches, cinemas e casas lotéricas. (Um vendedor de shopping e um contador seriam trabalhadores do setor
terciário).
No entanto essa não é a única forma de se classificar uma economia em setores. Também se pode usar a
uma divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o setor público do privado, ou ainda uma
classificação mais moderna entre "primeiro setor", o governo; "segundo setor", empresas que visam o lucro; e o
"Terceiro Setor, as chamadas organizações não governamentais.
Mais detalhes sobre as várias fases de desenvolvimento econômico se seguem. Como esse processo estava
longe de ser homogênea geograficamente, a proporção entre esses setores varia muito entre as regiões do mundo,
podendo ser uma forma para se examinar a desigualdade econômica.
O comércio baseia-se na troca voluntária de produtos. As trocas podem ter lugar entre dois parceiros
(comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros (comércio multilateral). Na sua forma original, o comércio
fazia-se por troca direta de produtos de valor reconhecido como diferente pelos dois parceiros, cada um valoriza
mais o produto do outro. Os comerciantes modernos costumam negociar com o uso de um meio de troca indireta, o
dinheiro. É raro fazer-se troca direta hoje em dia, principalmente nos países industrializados. Como consequência
hoje pode separar a compra da venda. A invenção do dinheiro (e subsequentemente do crédito, papel-moeda e
dinheiro não físico) contribuiu grandemente para a simplificação e promoção do desenvolvimento do comércio.
A maioria dos economistas aceita a teoria de que o comércio beneficia ambos os parceiros, porque se um
não fosse beneficiado ele não participaria da troca, e rejeitam a noção de que toda a troca tem implícita a
exploração de uma das partes. O comércio, entre locais, existe principalmente porque há diferenças no custo de
produção de um determinado produto comerciável em locais diferentes. Como tal, uma troca aos preços de
mercado entre dois locais beneficia a ambos.
Sinais empíricos do sucesso do comércio podem surgir quando se compara países como a Coreia do Sul -
que adota um sistema de comércio livre quase sem restrições - e a Índia - que segue uma política mais
proteccionista. Países como a Coreia do Sul tiveram um desempenho bastante melhor (se medido por critérios
económicos) do que países como a Índia, ao longo dos últimos cinqüenta anos.
O comércio mundial é regulamentado pela Organização Mundial de Comércio.
O comércio pode estar relacionado à economia formal, legalmente estabelecido, com firma registrada,
dentro da lei e pagando impostos, ou pode ainda estar relacionado à economia informal, que são as atividades à
margem da formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem pagar imposto.
Quando a economia começou a criar excedentes, é que, surgiu a necessidade de trocas de mercadorias que
se produziam, por outras que não eram produzidas internamente; pois, é nesta fase, que começa a surgir algo que
sirva como mediador, no intercâmbio entre os produtos.
Esta fase teve como inicio, mais ou menos, por volta da passagem do estagio paleolítico, ou da pedra
lascada, para o neolítico, ou como é comumente conhecida, de Revolução Agrícola que foi a primeira revolução
que aconteceu na história. Na era paleolítica não se trocava nada. O que se encontrava na natureza era de imediato
consumido, de acordo com o surgimento da fome de cada participante da tribo, onde fazia parte. Esta fase da

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história durou séculos e séculos, até o homem encontrar maneiras de como se sedentarizar, quer dizer, não viver de
arribada em busca de alimentação, ou fugir das intempéries que são próprias da natureza universal. Na etapa
paleolítica da história, não necessitava de meio de troca para a movimentação das mercadorias. Primeiro não
existiam mercadorias, porque não havia troca, o que estava à disposição do homem eram produtos, ou bens livres
para o consumo de quem precisasse de forma livre. Segundo, para existir mercadorias é necessário que existam
mercados; pois, não existiam excedentes, ou sobra de produção, não tinha como aparecerem às mercadorias. As
mercadorias surgiram a partir da formação de excedentes, cujo montante era necessário trocar por produtos que
determinada tribo não produzia, frente a isto, surgem os mercados, as mercadorias; e, consequentemente, algo que
servisse como meio de troca entre os produtos; todavia, isto só veio acontecer na fase neolítica da história e que
vem se aperfeiçoando até os tempos modernos, com possibilidade de durar séculos e séculos.
O meio de troca que foi utilizado no processo de intercâmbio entre as mercadorias; com o transcorrer da
história foi chamado de moeda, e, nos tempos hodiernos, bem mais especializados do que se esperava. No começo
da utilização deste instrumento de troca, a Economia usou como padrão de intercâmbio, algumas mercadorias, que
tivessem algumas características próprias, como por exemplo: fossem duráveis, não se deteriorassem com o tempo,
pudessem servir como acúmulo de valor tivesse alguma equiparação de valor e fossem aceitas por toda
comunidade. A história mostra que alguns produtos do dia a dia tiveram função de moeda, tais como, o boi, o peixe
seco, cigarro, sal, metais preciosos e muitos outros produtos da época; contudo, os únicos que foram aprovados por
longo tempo, foram os metais preciosos, por terem todas as características precisas.
O Brasil tem uma vasta gama de produtos que importa e que exporta.
Entre os importados, poderíamos citar: componentes e equipamentos eletrônicos; veículos fora-de-estrada; veículos
de passeio, de luxo; máquinas e equipamentos - industriais, médicos, etc.; peças de veículos; adubo químico;
compostos de titânio; chumbo; cobre; trigo; cevada; navios; aviões, etc.
Dentre os exportados, seriam: minério de ferro; carne bovina, de frango e suína; soja; açúcar; veículos de
passeio; retroescavadeiras; tratores; geladeiras; fogões; máquinas e equipamentos - industriais, médicos,
odontológicos, etc.; frutas; flores; etanol; gasolina; jogadores de futebol, etc.

MERCADO
Alfândega (do árabe al-fundaq, "hospedaria", "estalagem") ou aduana (do árabe ad-dīwān, "registro",
"escritório") é uma repartição governamental oficial de controle do movimento de entradas e saídas de mercadorias
para o exterior ou dele provenientes, responsável, inclusive, pela cobrança dos tributos pertinentes.
Não se deve confundir alfândega ou aduana, responsável pelo controle do tráfego de mercadorias, com a
polícia de fronteira, responsável pelo controle do tráfego de pessoas.
Alfândega ou aduana é uma repartição governamental oficial de controle do movimento de entradas e
saídas de mercadorias para o exterior ou dele provenientes, responsável, inclusive, pela cobrança dos tributos
pertinentes.
Não se deve confundir alfândega ou aduana, responsável pelo controle do tráfego de mercadorias, com a
polícia de fronteira, responsável pelo controle do tráfego de pessoas.
Moeda é o meio através do qual são efetuadas as transações monetárias. É todo ativo que constitua forma
imediata de solver débitos, com aceitabilidade geral e disponibilidade imediata, e que confere ao seu titular um
direito de saque sobre o produto social.

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É importante perceber que existem diferentes definições de “moeda”: (i) o dinheiro, que constitui as notas
(geralmente em papel); (ii) a moeda (a peça metálica); (iii) a moeda bancária ou escritural, admitidas em
circulação; e, (iv) a moeda no sentido mais amplo, que significa o dinheiro em circulação, a moeda nacional. Em
geral, a moeda é emitida e controlada pelo governo do país, que é o único que pode fixar e controlar seu valor. O
dinheiro está associado a transações de baixo valor; a moeda (no sentido aqui tratado), por sua vez, tem uma
definição mais abrangente, já que engloba, mesmo no seu agregado mais líquido (M1), não só o dinheiro, mas
também o valor depositado em contas correntes.

Blocos Econômicos
Tipos de blocos econômicos, União Européia, APEC, MERCOSUL, Nafta, Pacto Andino,
globalização.
Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são
criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos
ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais.
Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento
econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades
culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos
cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.
A União Europeia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é
formado pelos seguintes países: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica,
Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma
moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são
também cidadãos da União Européia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da
União Europeia.
A União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum.
A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA
Fazem parte da NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) os seguintes países: Estados
Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no
acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum,
proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziram tarifas de
aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL
O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado
pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada
de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do MERCOSUL é eliminar as barreiras
comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os
países e num futuro próximo, uma moeda única.

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PACTO ANDINO
Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os
países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do
bloco.

APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle
(Estados Unidos da América). Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados Unidos da América,
Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong (região administrativa
especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua
Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países,
chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o
maior bloco econômico do mundo.

ASEAN
A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É composta por
dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos,
Camboja).

BENELUX
Considerado o embrião da União Européia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e
Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.
Economia do MERCOSUL, blocos econômicos, objetivos, dificuldades do MERCOSUL, comércio
internacional, globalização, o Brasil e o MERCOSUL, países do MERCOSUL, Brasil, Argentina, Uruguai,
Paraguai, Venezuela.

Criação
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de
Assunção no Paraguai. Os membros deste importante bloco econômico do América do Sul são os seguintes países:
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A aprovação da entrada da Venezuela está na dependência de aprovação do
Congresso Nacional do Paraguai, pois os congressos nacionais do Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a
entrada da Venezuela no MERCOSUL.
Embora tenham sido criados apenas em 1991, os esboços deste acordo datam da década de 1980, quando
Brasil e Argentina assinaram vários acordos comerciais com o objetivo de integração. Chile, Equador, Colômbia,
Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco econômico, pois assinaram tratados comerciais e já estão organizando
suas economias para tanto. Participam até o momento como países associados ao MERCOSUL.

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Etapas e avanços
No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A partir deste ano, cerca
de 90% das mercadorias produzidas nos países membros podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns
produtos não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou por
aguardarem legislação comercial específica.
Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica entre os países
membros. Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação.
Futuramente, há planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do fez o Mercado Comum Europeu.
Atualmente, os países do MERCOSUL juntos concentram uma população estimada em 311 milhões de
habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 2 trilhões de dólares.

Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina


As duas maiores economias do MERCOSUL enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A
Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca (geladeiras, micro-ondas,
fogões), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que o governo
brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um
preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio argentino.
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC (Organização Mundial do Comércio), pois a Argentina estabeleceu
barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa a exigir selo de
qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no
mercado argentino.
Estas dificuldades estão sendo discutidas e os governos estão caminhando e negociando no sentido de
superar barreiras e fazer com que o bloco econômico funcione plenamente.

Bandeira do MERCOSUL
Espera-se que o MERCOSUL supere suas dificuldades e comece a funcionar plenamente e possibilite a
entrada de novos parceiros da América do Sul. Esta integração econômica, bem sucedida, aumentaria o
desenvolvimento econômico nos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o MERCOSUL e
outros blocos econômicos, como o NAFTA e a União Europeia. Economistas renomados afirmam que, muito em
breve, dentro desta economia globalizada as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre
blocos econômicos. Participar de um bloco econômico forte será de extrema importância para o Brasil.

ATENÇÃO: Agora coloquem em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VIII – Comércio e Mercado.

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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA Lúcia Marina Alves de, RIGOLIN Tércio Barbosa Geografia – Série Novo Ensino Médio,
Editora Ática volume único.
TERRA Lygia, COELHO Marcos de Amorim, Geografia do Brasil - Espaço natural, territorial e
socioeconômico brasileiro, Editora Moderna, volume 3º Ensino Médio.
TERRA Lygia, COELHO Marcos de Amorim, Geografia Geral - O espaço natural e socioeconômico,
Editora Moderna, volume 3º Ensino Médio.

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