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Muito se pergunta, mas pouco se responde sobre o assunto, por isso cá estou mais uma vez

e como o assunto é longo vou dividi-lo em pequenas partes para não cansar os leitores. Desta
forma contemplarei apenas os barris de padrão KEG e farei, como de costume, conexões para
materiais com informação de outros tipos de barris através de links para não repetir coisas
batidas aqui.

O que me motivou a falar sobre embarrilamento foi a quantidade de perguntas e dúvidas que
recebi ultimamente sobre o assunto e também a variedade de desinformação que acaba
chegando às pessoas que acabam por ficar perguntando a mesma coisa para um monte de
gente e checando as respostas para ver se estão lhe passando a informação corretamente,
contudo esse procedimento não garante ao que questiona uma resposta correta, pois como já
dizia a minha bisavó, “uma mentira dita muitas vezes por várias pessoas vira uma verdade” e
não raramente vejo pessoas caírem nessas “verdades” criadas acreditando piamente ser a
coisa certa a se fazer. Também não quer dizer que quem responde está mentindo, mas pode
também ter comprado uma "verdade relativa" que repassa a todos sem efetivamente ter
pesquisado o assunto.

Envasar cerveja em barril é muito mais prático do que em garrafas? Sim, é, principalmente se
você faz mais de 20 litros por brassagem, carbonata bem mais rápido com CO2 e não precisa
de priming, porém tudo tem dois lados e transportar garrafas é mais cômodo, não precisa de
cilindro de CO2 pra beber, dá para colocar em qualquer geladeira, não precisa levar 10 litros
por vez, dá pra dar uma garrafa pra cada amigo, enfim, tudo vai depender da sua necessidade,
por isso o melhor será sempre variável, entretanto, se sua necessidade é levar 15, 30, 50, 100
litros de cerveja para um evento não tenha dúvida, barril é a melhor alternativa e
aqui começamos outra polêmica, que tipo de barril usar? Na minha opinião o KEG de aço
inoxidável é claro. Você pode me perguntar (ou se perguntar) ai do outro lado, mas eles não
são todos de inox?
Na verdade não, segundo minhas vagas lembranças de infância (não, eu não bebia, mas ia a
festas e via os barris) no passado não muito distante aqui no Brasil haviam outros dois tipos
utilizados para cerveja e que tinham funcionamento semelhante, mais remotamente os barris
de madeira e há algum tempo os de alumínio, (sim eles tinha uma abertura lateral), contudo
atualmente só encontramos os de aço inox com válvula única em uso. Além de minha memória,
podemos encontrar na famosa Wikipédia a explicação abaixo:

“Um KEG é um recipiente usualmente construído de alumínio, aço ou madeira, comumente


utilizado para armazenar, transportar e servir cerveja. Outras bebidas alcoólicas e não
alcoólicas, carbonatadas ou não, também podem ser armazenadas em KEGs com ou sem
pressão. Antigamente um keg era um pequeno barril de madeira geralmente feito à mão e
utilizado para transportar pregos e pólvora.”

Podem estar bradando: Mas porque não o Cornélius? O que muita gente não sabe é que o
Cornelius também é chamado de Cornelius KEG, mas quando eu me refiro ao KEG realmente
demonstro minha preferência pelos barris de inox com válvula única, mas minha intenção aqui
não é falar disso, o objetivo é ensinar o leitor, homebrewer, a utilizar seu KEG com segurança e
dar informações sobre como carbonatar sua cerveja com CO2 (e quem sabe uma palha de N2
e blended CO2-N2) e a pressurizar sua linha e seu barril para equilíbrio e extração da bebida.

Terminarei a série ensinando vocês como reutilizar um mini KEG de cinco litros seja de
Heineken ou de outro tipo como os de itaipava, Skol, Warsteiner etc..

Cerveja no Barril - 2
Comecemos pelos tipos de barris KEG que temos disponíveis e encontramos com mais
facilidade aqui no Brasil:
Os fabricantes têm barris de capacidades diferentes, as medidas podem variar sensivelmente,
há padrões DIN, padrões Europeus, mas sua produção se dá sob encomenda e os valores são
pra lá de salgados, você pode consultar caso tenha interesse acessando os sites que estão no
final da postagem. Pelo mundo há outros modelos com desenhos diferentes, mas isso não
importa muito, o importante é o que temos aqui ao alcance das mãos, mas há links de
fabricantes internacionais também, caso haja curiosidade.

Mais raros, mas também encontrado por aqui são os barris de inox com revestimento
chamados de KEG PLUS. São barris bem legais com interior em inox que possuem um
revestimento de poliuretano, geralmente preto e são mais comuns com 30 litros, são bem mais
resistentes a impacto e não apresentam marcas e amassados como os de inox aparente.
Exemplares desse tipo de barril são figuras fáceis em bares que vendem Erdinger, Maredsus,
Guinness, entre outros “como chopp”. Para quem nunca viu um desses, segue a foto de um:

Keg Plus B&R de 30 litros 

Falemos agora das válvulas, há alguns tipos diferentes, mas novamente como aqui no Brasil é
mais utilizado um específico me aterei a este, abaixo uma foto de alguns tipos diferentes de
válvula:
A comumente encontrada em nossos barris é a válvula “S” e a peça abaixo (válvula-sifão) que
teremos que manusear caso optemos por envasar nossa cerveja em barris KEG de válvula
única. Quando utilizada adequadamente sua manutenção é bem simples e suas vedações
duram por muito tempo.

Antes de mais nada é preciso saber que esses barris que compramos e que foram utilizados
pelas cervejarias possuem uma trava de segurança. Para que possamos utilizá-los ela
precisará ser removida, caso contrário você não conseguirá lavar seu barril adequadamente a
menos que tenha uma lavadora industrial ou um amigo que possa sanitizar o barril para você
cada vez que precise enchê-lo. Portanto, esteja ciente e preparado para essa surpresa quando
abrir o barril usado que acabou de comprar e descobrir que a válvula dele pode não sair
facilmente. Se der sorte pode comprar um barril que já foi destravado. Não vou mostrar aqui
como remover essa trava por duas razões, uma porque vocês poderão estragar a válvula e
depois me culpar por isso e outra porque poderão se machucar, portanto minha sugestão é que
você tente adquirir barris destravados ou encontre um profissional para destravá-lo para você.

Uma vez destravada é ideal que você tenha uma chave adequada para remover a válvula sem
danificá-la, pois você terá que fazer isso com uma freqüência razoável e não vai querer
estragar algo em que investiu centenas de reais por causa de uma chave de fenda e um
martelo, por isso compre ou faça uma chave que seja adequada para a tarefa.

Observe abaixo um exemplo simples de adaptador que você pode mandar fazer  e que
pode ser utilizado com qualquer catraca de jogo de chaves “cachimbo” ou “pito”, facilmente
encontrado no mercado, e que evitará que você cause danos à sua válvula além de possibilitar
um fechamento mais seguro e uma abertura com menos esforço.
Exemplo de chave/adaptador adequados

Uma vez aberto o barril precisamos nos certificar de que ele está limpo, pois quase sempre
barris descartados pela indústria possuem resíduos difíceis de serem removidos, por isso uma
inspeção cuidadosa deve ser feita. Caso não haja nenhuma “craca” uma sanitização com água
fervente e com peracético bastam, porém se houver sólidos impregnados nas paredes, no
fundo e principalmente na parte superior (onde muitas vezes ninguém olha) você deverá utilizar
uma solução de água e soda cáustica a 2 ou 3% (dependendo do grau da sujeira).

Não tenha medo disso, sabendo utilizar e tomando os devidos cuidados, não haverá
problemas, porém seja cauteloso, já que o produto é corrosivo e pode causar queimaduras na
pele se manuseado incorretamente.

 ATENÇÃO: ao adquirir o produto verifique se o mesmo traz instruções de uso, caso


contrário procure por outro fabricante.

Você não precisará encher o barril com a mistura, basta 1/4 do volume, algum trabalho girando
o barril e um ou dois dias de “molho” que praticamente todas as impurezas serão dissolvidas.
Lembre-se somente de colocar e apertar bem a válvula antes de virá-lo de ponta-cabeça. Após
esse tempo, um bom enxágüe com água limpa e pode sanitiza-lo como explicado
anteriormente (água fervente e depois peracético). Fácil não acham? Pois é.

Se não quiser utilizar soda cáustica há a alternativa de água pressurizada e vapor, mas
sinceramente, além de ser mais difícil ter um equipamento que forneça jatos de vapor com
pressão suficiente em casa, considero muito mais perigoso e passível de ocorrer algum
acidente com vapor do que com soda.

Se não quiser utilizar nem um nem outro, tente somente a água quente e um jato de água
pressurizada intercalados até que considere o barril limpo e o sanitize com peracético, mas
você correrá o risco de ainda sobrar algum contaminante e sua cerveja pode ser prejudicada,
mas de qualquer forma, tenha cuidado e faça somente o processo para o qual se considera
apto e esteja confortável em realizar.
OK, já adquiri um barril, destravei, limpei, sanitizei, e agora?

Agora vamos falar dos “periféricos” necessários para que você possa fazer uso adequado do
seu barril.

Cerveja no Barril - 3
  “Periféricos”
OK, você tem um KEG prontinho para utilizar, detalhemos agora a “infinidade” de componentes
que você precisa para tornar esse sonho uma realidade e de vez em quando deixar de fazer
priming e tampar garrafas.

Considero a simplicidade outra grande vantagem desse sistema. Em linhas gerais você
precisará, além do próprio barril, de uma pequenina lista de periféricos, são eles:

01 válvula extratora;
01 torneira;
01 adaptador;
01 cilindro de CO2;
01 manômetro;
50cm mangueira cristal 1/4”.

Será que esqueci de algo? Tem certeza que é só isso Breda? Não tem todas aquelas válvulas
e vedações e pinos e mangueiras???

Pois é, só isso!

Falemos de cada um em particular e fechemos esta parte com os incrementos que você poderá
fazer com o tempo, mas com essa pequenina lista você não precisará mais “esquentar” sua
cabeça, já poderá fazer aquele churrasco com cerveja bem tirada para surpreender os mais
céticos e abrir os olhos daqueles que por questões óbvias (não necessariamente por que
desejam) não conhecem nada além de Br...., Sk.., Ant......

IMPORTANTE: as vedações não são eternas, mas como disse, se você adquirir um bom KEG,
mesmo tendo sido usado por um bom tempo, não terá o trabalho de reparar as vedações tão
cedo. Basta cuidar bem do brinquedo.

VÁLVULA EXTRATORA
 Válvula Extratora 

Embora pareça complexa, é composta de um sistema inteligentemente simples de rosca e


trava rápidas possibilitando uma conexão fácil e uma extração segura. Abaixo você pode ver
um desenho em corte mostrando o interior de uma extratora, assim fica um pouco mais fácil
compreender seu funcionamento.

  Desenho em corte de uma extratora

Para conectar a extratora ao barril, basta encaixá-la à válvula de entrada do KEG e girar o
corpo da válvula pressionando levemente para baixo, a rosca especialmente desenhada se
encarregará de pressionar a vedação e se posicionar corretamente para que o curso da
alavanca de trava possa deslizar sem esforço e sem ocasionar nenhum vazamento.
Desenho esquemático da utilização da extratora

Se o barril estiver cheio e/ou pressurizado, não baixe a alavanca da extratora sem ter conectado a torneira
ou uma tampa de vedação. Se o barril estiver com cerveja e você baixar a alavanca sem ter acoplado uma
tampa, torneira ou a mangueira de sua choppeira terá um belo chafariz de espuma à sua frente, caso
somente esteja pressurizado, menos pior, apenas um forte jato de ar fará um barulho semelhante aquele
que você ouve quando encaixa mal o bico de calibragem do pneu num posto de gasolina.

TORNEIRA

Há vários tipos de torneiras para extração de cervejas, alguns coloco-os aqui, mas não procurei
cobrir a todos, já que mais produtivo será concentrar-nos naqueles que vemos e usamos com
mais freqüência na “ilha de vera cruz” . Os exemplos abaixo estão sem as alavancas de
manejo, exceto a “monobloco”. O modelo mais encontrado por aqui é o chamado de "Torneira
Italiana" aquela que pra frente sai cerveja e pra trás sai espuma. Um outro também bastante
utilizado é o "standard", muito comum em bares onde se encontra cervejas importadas em
barril, como Erdinger, Old Speckled, New Castle, entre outras.

Fonte: http://www.draughtquality.org - adaptação by Breja do Breda

As alavancas podem ser facilmente removidas, pois são presas com uma simples rosca, por
isso com frequência a original "simples de cor preta" é substituída por uma alavanca de formato
criativo e personalizada com a marca/logotipo da cerveja que está conectada àquela torneira,
isso além de uma forma de marketing para o consumidor serve de identificação para quem irá
encher os copos. 
As torneiras italianas e “standard” podem ser utilizadas para cervejas ALEs e LAGERs. Esses
modelos podem ser encontrados em inox ou em latão cromado, pois possuem orifícios de
limpeza e devem ser desmontadas com frequência para checagem. O modelo "monobloco"
apesar de ser fácil para limpar, possuí menos partes removíveis, por isso somente é produzido
em inox.

"Ventless" - Seu corpo não tem entradas adicionais para limpeza

O modelo "Stout" é utilizado para cervejas nitrogenadas (geralmente as próprias stouts). Essas


torneiras possuem um diafragma que controla o fluxo tornando a bebida mais cremosa quando
servida. Pois é, agora você sabe que a Guinness além de nitrogênio tem uma torneira especial
para chegar no ponto ideal, um bom "tirador" também ajuda.
 
Torneira para cervejas nitrogenadas

ADAPTADOR

A forma mais simples de se conectar uma torneira à uma extratora é utilizando uma
mangueira com dois conectores em suas extremidades, contudo, essa maneira não
permite que sua torneira fique firme o suficiente para a extração da bebida com uma
única mão no manejo da alavanca, além de ser um material de vida mais curta que o aço
inoxidável, por isso, a melhor maneira partindo de pressupostos como custo, efetividade
no manuseio, facilidade de sanitização e durabilidade  aponta para um adaptador em "L" feito
totalmente de aço inox e que pode ser montado entre a extratora e a torneira possibilitando a você extrair
sua cerveja diretamente de um barril previamente refrigerado sem a necessidade de serpentinas e
chopeiras.

Não me aterei muito nessa peça, é um cano de inox de 5/16" dobrado em "L" e com adaptadores de rosca
nas duas extremidades de forma que você possa acoplar a extratora de um lado e a torneira do outro
somente com o aperto das mãos, sem a necessidade de chaves especiais e retirar sua cerveja do KEG sem
nenhum problema. (ver detalhe acima em vermelho).
CILINDRO DE CO2

Não há muito o que dizer, basta olhar para eles e você já saberá parte do que precisa fazer
para identificar um cilindro que valha a pena. Em primeiro lugar ele precisa estar em bom
estado, limpo, sem partes enferrujadas, com  pintura em ordem ou com o polimento do
alumínio adequadamente realizado. Alguns números marcados no corpo do cilindro também
devem ser observados, eles dirão a você qual a idade do equipamento, seu tempo útil, a
quantidade de pressão suportada entre outras informações. Como em geral encontramos
cilindros usados para comprar, essa análise superficial não basta, é necessário que você
realize em uma empresa confiável um teste hidrostático e uma verificação de contaminação do
interior do cilindro. Depois de aprovado nos testes e com os reparos substituídos, pode
carregá-lo com CO2, também procure uma empresa idônea para fazer a carga, caso contrário
poderá contaminar sua cerveja.

MANÔMETRO
O manômetro será sua peça fundamental deste ponto em diante, Composto por dois
mostradores analógicos, um mostra a pressão dentro do cilindro e o segundo indicará qual é a
pressão que você está inserindo no barril. Com a ajuda deste aparelho acoplado ao cilindro de
CO2 e conectado à sua válvula extratora já corretamente travada ao barril, você poderá
consultar a tabela de pressão x temperatura para adequar qual a carbonatação desejada para
sua cerveja. Utilizando as calculadoras de carbonatação por estilo você determinará quantos
kgf de pressão deseja e executará os passos para carbonatação dos quais falarei no post
número 4. 

MANGUEIRA
Você pode adquirir 50cm ou 1m de mangueira cristal atóxica de 1/4" de diâmetro interno com
1,5mm de parede. Essa mangueira será suficiente para sua entrada de CO2. Mas antes de
adquiri-la, verifique se seu adaptador de mangueira do manômetro e da extratora tem essa
medida.

That's all Folks! Prontos para encarar o próximo desafio? Já montaram seus equipamentos? Carregaram
seus cilindros, sanitizaram tudo? Vamos encher seu barril com o precioso néctar e ensiná-los a pressurizar
e carbonatar sua cervejas de acordo com seu estilo.

Cerveja no Barril 4
Esgotando e enchendo
Ok, não foi fácil escrever este post, não necessariamente pelo assunto, mas pela falta de
tempo, entretanto, para caminharmos mais um pouco nesse aprendizado, cá estou novamente
com a quarta parte do capítulo “Cerveja no Barril”.

Recapitulando, vocês já sabem como sanitizar seu barril e devem estar de posse dos
componentes mínimos necessários, portanto adotarei como premissa que vocês já leram os
posts anteriores e estão com tudo em ordem.

Lembrando um pouco o post sobre priming (ver aqui), você deve considerar como base que
sua cerveja deve possuir algo em torno de 0,9g/l de CO 2 residual após a primária para sermos
conservadores. No mesmo post você encontrará uma tabela de pressões gerais por grupo de
estilo e também algumas calculadoras. Nesse post não sugiro que as use para ver a
quantidade de açúcar para primimg, já que não faremos isso agora, mas para identificar a
pressão recomendada para o estilo de cerveja que você estará carbonatando, se quiser seguir
os parâmetros fornecidos, é claro.
A essa altura você está com seu barril limpo e sem nenhum resíduo de água, sanitizante ou
qualquer outro em seu interior. Sua cerveja já deve ter maturado o tempo necessário (e/ou
planejado por você), está decantada a seu gosto e refrigerada (de 0 a 2°C será ótimo), mas
não custa nada colocar novamente o processo inteiro, certo? Certo!

Como provavelmente você não tem um sistema de enchimento industrial (como eu também
não tenho) siga o seguinte procedimento:
1. Sanitize o barril (sugiro peracético, mas pode utilizar o que estiver acostumado);

2. Injete CO2 com o barril aberto até observar uma leve fumaça branca saindo de dentro dele
(cuidado com o fluxo muito alto, sua mangueira pode ficar bem gelada e endurecer, mas não se
assuste), isso é rápido, alguns segundos com 0,5kgf/cm² de pressão é mais do que suficiente;

3. Imediatamente após desligar o jato de CO 2 passe sua cerveja maturada e decantada para o
barril, faça a trasfega o mais rápido que puder, mas cuidado, esse "rápido" é o máximo de
velocidade que você conseguir trasfegar SEM fazer revoluções com a cerveja dentro do barril,
se aqui você provocar tumultos no líquido, ou espuma, esse fato aumenta a probabilidade de
oxidação muito mais do que não esgotar o ar de dentro do barril;
4. Observe pelo menos 3cm de headspace (sabemos, de acordo com o Cerveja no Barril 3 que
headspace é a distância que você deixará entre o topo do barril e o nível da cerveja lá dentro
dele);

5. Dê mais um jato "spray" de CO2 ainda com a válvula aberta (não insira a mangueira no
líquido);

6. Feche a válvula do barril (ela deve estar sanitizada) e aperte com sua chave apropriada;

7. Conecte a extratora;

"""ATENÇÃO"""
Certifique-se de que a saída da extratora esteja vedada. Nesse momento não vazará cerveja,
pois não há pressão, mas você precisa fechar a saída para pressurizar e se não tiver uma
tampa ou uma torneira/choppeira conectada à extratora o CO 2 vai sair todo pela sonda.

8. Conecte a mangueira do cilindro de CO2 à extratora;

9. Pressurize com 0,5 kgf/cm² até equalizar;

Como saberei quando equalizou?

Em termos práticos você precisa ter uma boa audição. Hã? Como assim?

Mesmo que pareça engraçado falar que audição tem a ver com carbonatação, a questão é que
você ouvirá o CO2 adentrando o barril e, quando esse ruído de fluxo cessar você terá
equalizado, momentaneamente, a pressão interna do barril à do fluxo liberado pelo manômetro
que está em 0,5Kgf/cm², no nosso caso;

10. OPCIONAL: se ainda estiver inseguro com o ar dentro do barril, abra levemente a válvula
de alívio mantendo o CO2 em pelo menos 0,1kgf/cm². Deixe escoar o possível ar residual +
CO2 por alguns segundos e feche a válvula.

Pois é, foi muito fácil não foi? Se fez tudo direitinho terá um barril cheio de cerveja, livre de O 2 e
pronto para a carbonatação que deve começar imediatamente.

Essa é a parte polêmica e cheia de folclores, por isso reforço mais uma vez: a idéia aqui é
esclarecer as pessoas que precisam de informações detalhadas e confiáveis e não questionar
outros métodos. O que escrevo é fruto de minhas pesquisas e testes, mas não objetivo apontar
certos e errados, mesmo porque graças a Deus as coisas evoluem e vão se aprimorando com
o passar do tempo. O que escrevo aqui são experiências práticas e concretas apoiadas por
processos obtidos na literatura, muitas vezes versando sobre produção industrial, e que eu e o
Riva adaptamos/utilizamos com sucesso em nossa produção caseira.

Isto posto, coloque seu barril novamente sob refrigeração (0-2°C será nossa referência para
cálculo). Não coloque o cilindro dentro do freezer ou geladeira, pois o CO 2 se comprime à
medida que a temperatura baixa, logo a leitura de seu manômetro será afetada se o cilindro
estiver gelado e você estará liberando uma pressão no mínimo equivocada. Não estou dizendo
que não pode colocá-lo dentro da geladeira, mas não há nenhuma razão para isso, ademais,
caso queira deixá-lo lá, observe corretamente a tabela de “temperatura x pressão” que
encontrará no final da postagem e boa sorte, mas lembre-se de não dizer que isso foi indicado
pelo Breja do Breda, minha recomendação é deixar o cilindro do lado de fora.

Carbonatando
Consideremos que o CO2 está conectado à sua extratora (lembrando que isto é uma sequência
dos passos acima):
11. Verifique a pressão recomendada para o estilo de cerveja (é, tem isso sim, mas se não
pretende seguir parâmetros de estilo, tudo bem), meça a temperatura da cerveja, defina a
pressão de carbonatação e calibre o manômetro para carbonatar;

Como faço isso?? Vamos a um exemplo:

Suponha que você está iniciando a carbonatação de uma cerveja de trigo, vamos utilizar uma
calculadora para facilitar, mas se quiser fazer na mão, no final colocarei os cálculos.

- Abra a calculadora (para acessar a calculadora, clique aqui!)


- Selecione na lista de estilos “weizen/weissbier”;
- Digite no campo a pressão desejada dentro do intervalo do estilo – em nosso exemplo 4.0
volumes de CO2;
- Selecione a opção “Kegging”;
- Digite a temperatura em que está a sua cerveja no barril (observe que não é a temperatura do
cilindro de CO2, é a do barril!!!) em nosso exemplo 2,0°C.
"""ATENÇÃO""" 
Coloque 2C no campo para que o sistema entenda que você está inserindo os valores em
sistema métrico;
- Pressione o botão “Calculate!”;
- Observe o resultado que no exemplo foi de 25,0 psi.

Logo, para ter uma carbonatação de 4,0 volumes de CO2 e ficar dentro do estilo desejado,
você deverá regular seu manômetro da saída para 25,0 psi ou 1,76kgf/cm² (para converter
psi e outras medidas clique aqui!), contudo não se esqueça de que sua cerveja tem algo em
torno de 0,9g/l de CO2 residual, então, se convertermos g/l em volumes de CO 2 você já terá
algo em torno de 0,46 volumes de CO2 residual na sua cerveja.

Como sei que 0,9g/l é aproximadamente 0,46 volumes de CO 2???

Usando a fórmula de conversão!!!!

Assim temos que:  d= (M*p)/(R*T)

onde:
 d = gramas/litro de CO2 residual
M = massa molecular do CO2 (que é 44)
 p = volume (é o que queremos saber)
 R = constante de conversão = .0821 (pois é, .0821 L atm/mol Kelvin)
 T = Temperatura em K (kelvin) Como 0°C = 273 K e temos cerveja a 2°C, seu “T” será 273 + 2
= 275 K

Legal hein??? Se achar alguma coisa em sistema métrico juro que coloco aqui...se souberem
me avisem!

Substituindo (passo a passo como ensino matemática para minha filha), teremos:

0,9 = (44*p)/(0,0821*275)
0,9 = 44p/22,58
44p = 0,9*22,58
44p = 20,32
p= 20,32/44
p= 0,46 volumes

Como queremos no exemplo uma cerveja com 4,0 volumes, se descontarmos o residual, basta
colocar na calculadora 3,54 ao invés de 4,0 (ver figura abaixo).

Nesse caso o valor será 20,4 psi o que convertendo para kgf/cm² resulta em 1,43. Agora você
já pode decidir se usa 1,76 ou 1,43kgf/cm², a decisão é sua, mas também dependerá da
precisão da escala do seu manômetro para poder regular com esses valores, mas fica a
informação. No exemplo estamos “um grão de cevada” abaixo da carbonatação recomendada,
mas isso não será perceptível, trust me, entretanto, se preferir, arredonde para 3,6 e recalcule.
Teremos 21,0 psi ou 1,48kgf/cm².

Voltando à nossa sequência (já ajustado o manômetro):

12. Libere o fluxo de CO2 para o barril até que não ouça mais ruídos provenientes da entrada
de gás (não há tempo determinado para isso);

13. Desconecte o CO2;

14. Desconecte a extratora;


15. Mantenha o barril refrigerado (0-2°C);

Repita a operação (passos 12 a 15) duas ou três vezes ao dia por três ou quatro dias. Como há
variações de estilo e pressão de carbonatação escolhida esse ritual pode variar um pouco, mas
nada de regras gerais de 24 horas ou vários dias com "x" quilos de pressão para qualquer
cerveja e outros folclores (há livros que trazem esse procedimento), contudo, se você já adotou
um processo como o “set and forget” e está feliz com os resultados mantenha sua prática, pois
isso é o mais importante.

Após seguir esses passos, verifique se a cerveja está como você imaginava, mas tome cuidado
ao extrair a bebida, pois temos uma pressão de carbonatação e uma pressão de extração.

O quê? Como assim?

Explico! Ao extrair a cerveja, mantenha o barril pressurizado! O maior erro dos usuários é
extrair a cerveja com o CO2 fechado ou desconectado. Isso irá desequilibrar a bebida durante o
consumo, afinal 10, 20, 30 ou 50 litros "nem sempre" acabam em 5 minutos e a pressão em
que você deixou o barril não será suficiente para extrair toda a bebida lá de dentro. Assim,
regule a pressão do cilindro, regule o fluxo de CO 2 de sua torneira (caso ela tenha o ajuste
para isso), procure manter a temperatura do barril estável e pode servir.

"""ATENÇÃO"""
O CO2 deve permanecer conectado por todo o tempo em que você estiver retirando cerveja.

Mas Breda, o que você diria sobre balançar o barril?

Balançar na verdade “data maxima venia” é um procedimento inadequado. Se fosse ideal as


indústrias teriam um chacoalhador de barris pra agilizar. Brincadeiras à parte, o único
diferencial (observe que nem julgo um benefício) que vejo em balançar, chacoalhar ou rolar o
barril é acelerar a absorção do CO 2 o que é impreciso e controverso em termos de mensuração
da incorporação, mas não vem ao caso entrar nessa polêmica. Se você não “precisa” beber a
cerveja no dia seguinte não faça isso, pois se o fizer não terá uma definição do “quanto”
exatamente carbonatou sua cerveja e da próxima vez que precisar carbonatar será no chute,
de novo. Se seguir os passos sugeridos acima terá um padrão e poderá proceder ajustes no
SEU processo para deixar SUA cerveja no ponto adequado planejado por VOCÊ.

A diferença você sentirá quanto começar a envasar suas garrafas com um enchedor de contra
fluxo, falarei sobre isso em um próximo post.

Use o chacoalhão como último recurso, caso tenha realmente muita pressa em beber sua
cerveja, afinal você levou semanas cuidando dela com todo carinho e atenção aos detalhes e
não vai querer diminuir sua qualidade pela pressa nem ficar com dores nos braços e nas costas
no dia da sua degustação por ter balançado barris na noite anterior.

Ok, ainda há uma coisa a se considerar caso você precise ou queira deixar o barril fora da
geladeira e utilizar uma choppeira.

Nesse caso, preste bastante atenção à relação “pressão x temperatura”, use a calculadora ou a
tabela para verificar como estará a pressão no barril e capriche no gelo em sua choppeira (ou
na temperatura se ela for elétrica). Mas no final das contas o tirador de cerveja é que tem a
missão de regular o equipamento e extrair o néctar da forma mais adequada possível, isso não
dá para ensinar escrevendo, tem que ser na prática mesmo.

Boa sorte a todos e se precisarem de mais detalhes fiquem à vontade para comentar aqui no
blog, responderei a todos como de costume.

Ahh, não se esqueçam de me chamar para o churrasco!

Prosit!!!
Breda

Tabela CO2 - Temperatura x Pressão

Cerveja no Barril 5

Muito bem, como foi a experiência? Barril cheio, cerveja bem carbonatada, espuma
cremosa...

Divida conosco os resultados do aprendizado, envie seus comentários e fotos da aplicação dos
conhecimentos que obteve aqui, mas falando nisso, continuemos com o "Tratado sobre Barris",
como disse nosso colega cervejeiro matogrossense e leitor assíduo do Breja do Breda Marco
Piacentini da Kessbier.

Neste post escreverei como montar um enchedor de contra pressão e como fazer o
engarrafamento de sua cerveja sem utilizar priming, isso mesmo, você não precisará mais se
preocupar com a quantidade de açúcar que você colocará na garrafa nem com os riscos de
estar produzindo bombas relógio ou granadas de mão.

Porém, antes de mais nada, gostaria de informar aos desavisados que não é por isso que suas
cervejas perderão aquela charmosa turbidez das artesanais, pois elas continuarão assimm bem
menos, mais ainda levemente turvas já que não serão filtradas, além disso é importante frisar
que mesmo sem priming as garrafas podem ter defeitos no vidro e ainda continuarão sujeitas a
quebra pela pressão.

Avisos realizados, vamos ao que interessa, começo à partir do ponto em que paramos no post
anterior, ou seja, considerarei que você já leu todos os outros posts sobre barris aqui no Blog,
carbonatou adequadamente sua cerveja no barril e passará agora a envasar garrafas com a
bebida já carbonatada e pressurizada da mesma forma em que é feito na indústria, porém com
equipamentos menos sofisticados e manualmente, afinal somos artesanais.

O enchedor
Há alguns tipos diferentes disponíveis no mercado (fora do Brasil), mas com criatividade e boa
vontade é possível montar seu próprio enchedor em casa. Colocarei aqui os links para quem
deseja adquirir um equipamento pronto em um site de comércio eletrônico, mas também darei
a lista de peças e o passo-a-passo para que você faça seu "counter filler" na sua garagem.

1. BeerGun
Conheci o Beer Gun na casa de um amigo cervejeiro e pude verificar que funciona bem e
atende ao propósito pelo qual foi criado.
Tem como diferencial possibilitar ao cervejeiro utilizar uma única mão para manipular o
enchedor, embora com a outra geralmente precise segurar a garrafa...
Não vi o funcionamento dele com o CO 2 ligado, deduzo que não seja tão eficiente, pois as duas
vezes que presenciei pessoas diferentes utilizando-o não tinham nenhum cilindro de CO 2
conectado. De qualquer maneira, o beergun difere do enchedor de contra pressão por não
pressurizar a garrafa, assim você perceberá que se sua cerveja for de alta carbonatação como
uma weiss e/ou estiver a uma temperatura não muito baixa, bastante espuma pode ser gerada
durante o enchimento, mas nada que você não possa contornar.

DICA: Quando utilizar o BeerGun procure deixar sua cerveja no barril entre 0°C e 2°C durante
todo tempo em que estiver enchendo as garrafas.

2. Enchedor de Contra Pressão

O CPF (como os gringos o chamam) nesta configuração da figura ao lado que traz um único
registro é um sistema de enchimento que tem algumas vantagens sobre o BeerGun a começar
da vedação que permite a equalização da pressão do barril e da garrafa o que garante a não
formação de espuma durante o enchimento. Além disso, há uma válvula de alívio lateral o que
permite ao cervejeiro realizar duas importantes manobras:
A primeira é permitir que você tenha certeza de que o CO 2 ocupou todo o espaço interno da
garrafa eliminando o ar (O2 e outros) e a segunda é regular a velocidade do enchimento à
medida em que você permite "escapar" mais ou menos CO 2 de dentro da garrafa. Isso agiliza o
processo de enchimento e evita a formação de espuma no engarrafamento.

Como "desvantagem" o CPF exige que você utilize as duas mãos no enchimento
(particularmente não vejo isso como uma desvantagem) além disso a rolha precisa ser trocada
caso você queira encher um growler, por exemplo (como nós fazemos sem problema nenhum).

Veja um filme feito por nós onde o Riva demonstra como utilizar corretamente o CPF
(tradicionais desculpas pelas variações da imagem, pois foi feita por um cervejeiro
utilizando um celular).
IMPORTANTE: Como bem comentou nosso leitor Fábio, sempre utilize óculos de proteção
quando estiver enchendo suas garrafas com contrapressão para evitar qualquer risco de
ferimento nos olhos no caso de alguma garrafa defeituosa estourar. (Nunca ocorreu conosco,
mas sempre utilizamos óculos de proteção).

Gostaram da nossa B&R English IPA?

DICA: Da mesma forma que o BeerGun, é interessante deixar a cerveja gelada, mas nesse
caso não precisa ser de 0 a 2°C, pode estar mais amena. Logo você pode deixar o barril
gelado, mas fora do freezer enquanto enche suas garrafas.

3. Enchedor caseiro
Este é o melhor dos mundos, ter todas as vantagens do CPF e ainda abusar do custo reduzido
por tê-lo feito em casa.
O desenho acima é de um esquema que pode ser facilmente encontrado na internet, figurinha
carimbada. O confrade do PXTO Cerveja Artesanal montou o dele, confiram no link, parabéns
ao Rogério! 
Embora funcione bem e tenha ficado bacana a montagem, eu particularmente não acho legal
essa configuração devido ao excesso de válvulas, mas o importante é que funciona bem.

4. Enchedor de Garrafas B&R ®


Nacional, barato, simples e eficaz, ou seja, insuperável!

Foi pensando em todos os cervejeiros caseiros que hoje só encontram soluções para suas
necessidades em algum site gringo ou equipamentos caríssimos e desproporcionais a sua
produção no Brasil que começamos a estudar a possibilidade de reduzir ao máximo a
complexidade e o custo de montar um enchedor eficiente para torná-lo acessível. Depois de
estudos, desenhos, testes e análises dos resultados chegamos a dois protótipos diferentes e
muito práticos.

Na sequência posto um esquemático do Enchedor de Garrafas B&R® de menor custo e no


último post sobre barris vocês verão um filme do bichinho em ação.

O desenho ao lado mostra como um enchedor de contra pressão pode ser algo que está ao
alcance das suas mãos e não um sonho distante. Com pouco mais de 50% do valor que você
pagaria em um CPF importado dá pra construir um ou adquirir um aqui mesmo pelo Blog.
Infelizmente ainda não é MAIS barato porque o inox no Brasil é uma máfia vergonhosa, mas
tenho fé de que um dia isso vai acabar, e logo.

Logicamente, se deixarmos o purismo de lado dá pra baratear um pouco mais sem prejudicar


sua cerveja, basta substituir as peças de inox por latão cromado ou cobre e para os mais
radicais até por peças plásticas e mangueiras, mas deixo as substituições por conta de vocês.
O importante é a idéia que compartilho aqui!

Quer fazer o seu também?

Vamos lá, sem mistérios, ao contrário de como normalmente agem nossos grandes amigos
"do lojinha", por isso peguem lápis e papel ou preparem a impressora; Na sequência vai a
lista de peças (bem menor do que a dos outros que você encontra na internet) e o "know how"
pra fazer o seu "Enchedor de Garrafas B&R®" em sua casa:

Material necessário:

* Na medida do possível procure tudo em inox, exceto a rolha. É possível encontrar o bico e a
válvula em metal também.

A válvula de escape caseira - by Breda & Riva é a grande sacada do sistema B&R de
enchimento, ela torna tudo mais simples de fazer e muito mais barato, basta se acostumar a
utilizá-la.

Como montar (nível muito fácil):


a. Conecte os bicos de mangueira nas laterais da válvula de esfera;
b. Conecte o tubo de inox ao adaptador de pressão;
c. Conecte o adaptador + tubo à saída inferior da válvula;
d. Fure a rolha bem no centro e insira o tubo de forma a mante-lo bem pressionado;
e. Faça um pequeno orifício (1,5mm de diâmetro) para inserir a válvula de escape B&R®.
Pronto! Você já tem um Enchedor de Garrafas B&R ® bem barato e funcional projetado por
nós e montado por você.
 
Conecte as mangueiras, prenda-as com as braçadeiras apropriadas e pode sair enchendo suas
garrafas sem medo e veja só, sem priming, priming nunca mais; a menos que você queira.
Muita gente prefere as suas cervejas com priming, cada um com seu cada um, o importante é
ser feliz! 

Se preferir adquirir seu enchedor pronto, sem esforço, mais barato que os gringos e ainda  sem
a demora, os riscos e as complicações da importação, envie e-mail para
mhbreda@hotmail.com, enviamos nosso enchedor via correio para todo o Brasil.

Prestigie os equipamentos B&R®.

Prestigie a criatividade e a produção nacionais.

Prestigie a cerveja artesanal.

Em tempo, não perca o sexto e último capítulo de Cerveja no Barril - por Breja do Breda. A
forma como você leva sua cerveja em festas e eventos por aí ou mesmo como a armazena em
sua casa nunca mais será a mesma depois dessa postagem.

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