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A agricultura desenvolve-se, porntanto, num quadro técnico em plena evolução, embora nem
todas as regiões do mundo estejam da mesma forma, envolvidas. A revolução agrícola, que
acompanha a resolução industrial, iniciou-se em Inglaterra há mais de 200 anos. Ela conduziu
à supressão do pousio, criando-se prado artificiais, semeando, por exemplo,trevo, o que
permitia restituiro azoto à terra, levando à intensificação da produção e à mecanização.
A revolução verde, segunda revolução agrícola, caracterizou-se pelo aparecimento, nos anos
60, de plantas híbridas, como o «arroz híbrido», que permite um rendimento extraordinário.
Introduzidos nos países em desenvolvimento, estes híbridos deviam atenuar o problema de
fome no mundo. O agrónomo Norman Borlaug, inventor dos «trigos híbridos», recebeu em
1970 o prémio Nobel da paz. O sucesso desta revolução vende foi, no entanto, muitos
relativos, devido às condições socioeconómicas da agricultra dos países em desevolvimento.
A irrigação é o conjunto das técnicas que permitem fornecer água , no momento desejado, a
várias culturas. Nalgumas regiões secas é indispensável: é a rega de carência. Noutras
zonas, ela fornece um acréscimo de água, principalmente na estação seca: é a irrigação de
complemento. Convém distinguir, antes de mais, as técnicas de inundação das técnicas de
irrigação propriamente dita. A irrigação pressupõe poder conduzir a água no momento que se
deseja. A inundação é a simples utilização, para fins agrícolas, das águas de uma cheia, que
são, por exemplo, retidas nos tabuleiro, isso é, em campos rodeados por pequeno diques. O
arquétipo da culturas de inundação era a dos camponeses egípcios antes da entrada em
funcionamento da barragem de Assuão. A construção da barragem permitiu a passagem para
uma culturas irrigada.
No que respira às técnicas, a captação da água pode fazer-se a partir de um rio «ao longo da
corrente», de um lençol de água, através da abertura de poços, ou construido uma barragem. O
transporta séra depois feito por meio de canais, aéreos ou subterrâneos fogga-ras no Sara,
qanat no Irão, que conduzem a água. Finalmente, a distribuição da água no campo pode ser
feita por aspersão, em que a água é lançada sob a forma de chuva ou por submersão, em que o
campo é completamente coberto de água, ou, ainda, por gota a gota, quando se rega apenas o
pé das plantas.
Todas estas técnicas foram estudadas pelos geógrafos: arrozais asiáticos, sistemas de irrigação
pré-colombianos dos Andes e canais das margens do sara. De facto todas elas criam não só
uma agricultura e paisagens específicas, mas, também, uma sociedade com características
própria, visto que a distribuição de água impõe o trabalho comunitário.
É frequente contrapor os países ricos de agricultura intensiva aos países pobres de agricultura
extensiva. É verdade que os países pobre sofrem de um atraso técnico e os métodos de
cultivo ou de criação de gado são, por vezes, primitivos.
São múltiplos os factores que intervêm numa agricultura intensiva, nomeadamente técnicos,
mas, também, económicos e até políticos. A mecanização, a dimensão das explorações e a
utilização de fertilizante são alguns dos factores fundamentais. A irrigação em zonas ou
período secos, a drenagem em zonas húmidas e a cultura em estufas também têm influência.
Instrumentos de moderação das restrições climáticas podem até permitir alguns paradoxos: a
Islândia produz a 65º de latitude norte bananas e melões de forma intensiva.
O papel da agricultura numa económia local pode ser muito relevante. O exemplo da
viticultura francesa é o símbolo de uma agricultura regional que adquire uma reputação
mundial e um poder económico que ultrapassa a dimensão local. Mas a agricultura tem cada
vez mais um papel económico a nível mundial.
Este facto explica que muitos países ou alguns grupos de países tenham uma política agrícola.
A Política Agrícola Comum (PAC), Criada no contexto da Comunidade Económica
Europeia, virias, após 1962, a fixar os os preços, as ajudas aos agricultores e a contribuir para
a passagem da agricultura de subsistência para uma agricultura comercial especializada de
sucesso. Praticando o princípio da «preferência comunitária», isto é, um proteccionismo de
facto, ela contrario outros organismo internacionais, particularmente o GATT/OMC. Do
mesmo modo, os Estados europeus acompanham estas políticas económicas com medidas
sociais, por exemplo, encorajando os agricultores idosos, supostamente menos produtivos, a
Mas esta ajuda é considerada uma arma, a arma alimentar (denominada food power nos
Estados Unidos). Há dois motivos para isso: pode ser um meio para escoar uma
superprodução e pode constituir uma dependência.