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Terras aráveis – ocupadas com culturas temporárias (as que tem que ser
ressemeadas com intervalos inferiores a cinco anos) e com os campos em
pousio;
Culturas permanentes – plantações que ocupam as terras durante um longo
período, como um olival, uma vinha, um pomar, etc.;
Pastagens permanentes – Áreas onde são semeadas espécies por um período
superior a cinco anos, destinados ao pasto de gado;
Horta familiar – Superfície ocupada com produtos hortícolas ou frutos
destinados a autoconsumo.
Na Beira litoral, as terras aráveis ocupam mais de metade da SAU, seguidas das culturas
permanentes. As culturas permanentes têm maior importância no Algarve e na Madeira, onde
a produção de frutas e vinho é importante. As pastagens permanentes ocupam a quase
totalidade da SAL nos Açores, onde as condições climáticas favorecem a formação de prados
naturais e a criação de gado bovino é muito importante, e cerca de dois terços no Alentejo,
onde o aumento de pastagens permanentes reflete o investimento na criação de prados
artificiais, com recurso a modernos sistemas de rega, sobretudo para o gado bovino.
10- Distinguir rendimento de produtividade da agricultura.
Rendimento estabelece a relação entre produção e a área cultivada, enquanto que a
produtividade estabelece a relação entre a produção e o tempo usado.
11- Relacionar a ocupação do solo com as suas aptidões e com o tipo de clima.
A utilização dos solos nem sempre respeita e potencia a sua aptidão natural.
Em Portugal, mais de metade dos solos tem uma boa aptidão para floresta e apenas
cerca de um quarto para a agricultura. No entanto, e apesar de a área de floresta ter tendência
a aumentar, a área ocupada com atividade agrícola continua a ser superior à dos solos com
aptidão para a agricultura. Além disso, existem solos com boa aptidão agrícola utilizados para
outros fins. Conclui-se, assim, que muitas atividades agrícolas se desenvolvem em solos
pouco aptos para a agricultura. Este problema é ainda agravado pelo facto de, por vezes, se
escolherem as espécies a cultivar sem estudos prévios que permitam uma boa adequação
entre a aptidão natural e o uso do solo. Tudo isto condiciona o rendimento da terra e dos
agricultores, contribuindo para os baixos níveis de rendimento e produtividade da agricultura
portuguesa
A aplicação muitas vezes inadequada, dos sistemas de produção constitui outro
problema, pois conduz ao empobrecimento e à degradação dos solos:
No sistema extensivo, a utilização do pousio absoluto, sem recurso às culturas
forrageiras ou às pastagens artificiais, facilita a erosão dos solos.
A prática da monocultura conduz ao empobrecimento e esgotamento de determinados
nutrientes do solo essenciais ao desenvolvimento das culturas;
A excessiva mecanização, sobretudo a utilização de máquinas pesadas, contribui
também para a compactação dos solos;
No sistema intensivo, a utilização excessiva ou incorreta de fertilizantes químicos e
pesticidas degrada e polui os solos e diminui a sua fertilidade.
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior. Uma parte
significativa do território continental, sobretudo no Interior e no Sul, apresenta uma tendência
para a desertificação. As vastas áreas de floresta ardida durante os meses de verão agravam
esta tendência.
O clima, também é um fator bastante importante quanto aos solos, visto que por vezes
ou o tempo é muito seco e empobrece este, ou caem chuvas intensas que provocam erosão.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua incorreta utilização,
o ordenamento territorial assume um papel de grande importância, uma vez que permitirá
adequar as diferentes utilizações do solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por
exemplo, se continue a ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com
construção urbana e industrial.
15- Demonstrar que a Companhia das Lezírias respeita as normas de produção da PAC.
Podemos dizer a Companhia das Lezírias respeita as normas da produção da
PAC em muitos aspetos. Tem multifuncionalidade da qual recebe subsídios. Não utiliza
adubos químicos em demasia, e aplica uma agricultura integrada (por ex: aproveita as
pastagens forrageiras para adubar a terra e alimentar o gado) contribuindo assim para
uma agricultura sustentável. Tem um comprovativo que comprova a segurança
alimentar e ainda promove o desenvolvimento rural com atividades e turismo no
espaço rural praticados na companhia. Promove também o desenvolvimento rural ao
dar emprego a várias pessoas residentes naquele espaço rural.
Vantagens Desvantagens
Plurirrendimento Oscilação de preços
Disponibilidade de mão de obra para Abandono parcial da agricultura –>
outras atividades diminuição do rendimento das terras.
Ordenado fixo Problemas com o clima -> Diminuição da
Melhorias para as famílias produção -> Diminuição dos rendimentos
25.2 – Comercialização
Potencializar o setor agrário implica também a criação de condições para o
escoamento da produção, o que passa pela organização dos produtores e pela
melhoria das redes de distribuição e comercialização.
O recurso ao marketing e a novas formas de distribuição são outras medidas
que poderão incrementar o consumo dos produtos.
25.3 – Valorização dos Recursos Humanos
A potencialização do setor passa pela valorização dos recursos humanos,
através do rejuvenescimento da população agrícola e do aumento do seu nível de
instrução e qualificação profissional. A fixação de população jovem é fundamental para
o desenvolvimento rural sustentável, no entanto, isso dependerá da criação de
condições de vida atrativas.
É fundamental elevar o nível de instrução e de qualificação dos agricultores,
pois o uso de novas tecnologias, a necessidade de preencher formulários de
candidatura às ajudas, crédito e subsídios e de apresentar projetos para obter
financiamentos ou as negociações com parceiros comerciais exigem cada vez melhor
preparação.
25.4 – Proteção do ambiente
Os sistemas de produção agropecuária exercem um crescente impacte
ambiental, nomeadamente sobre os solos e a água. O uso de pesticidas em geral e a
fertilização do solo com nitratos e fosfatos poderão provocar ou agravar a contaminação dos
solos ou das águas subterrâneas ou superficiais. O aumento da frequência da mobilização dos
solos e da mobilização de instrumentos mais potentes contribuem para a erosão dos solos e a
diminuição da qualidade do habitat de muitas espécies.
Na pecuária, sobretudo nas explorações do regime intensivo, os dejetos sólidos e
líquidos e as águas de lavagem, se não forem devidamente tratados têm graves impactos
ambientais.
Os apoios comunitários ao rendimento estão condicionados pelo cumprimento das
normas ambientais: eco condicionalidade.
25.5 – Multifuncionalidade do Espaço Rural
A multifuncionalidade das áreas rurais implica a pluriatividade que permite o
plurirrendimento, através de atividades alternativas ou complementares. Implica, também, um
esforço de preservação dos valores, da cultura, do património e de mobilização e
potencialização dos recursos locais.
Esta é uma opção estratégica que poderá melhorar as condições de vida de muitas
áreas rurais, afastando-as da situação de desfavorecidas”. Tal só será possível com a fixação de
população e o desenvolvimento de atividades económicas sustentáveis.