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3.1.

1
3.1.1 AS
AS FRAGILIDADES
FRAGILIDADES DOS
DOS SISTEMAS
SISTEMAS AGRÁRIOS
AGRÁRIOS
As características da população
agrícola
A Superfície Agrícola Utilizada
EXISTEM TRÊS FORMAS DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO RURAL:

Área do espaço agrícola efetivamente ocupada com


Superfície culturas. É constituída pelas terras aráveis
Agrícola ( culturas temporárias, pousio e estufas), culturas
Utilizada (SAU) permanentes, pastagens permanentes e hortas
familiares.
Superfície
Área destinada à produção florestal.
Florestal

Área ocupada com formações vegetais espontâneas


Incultos e degradadas, que se encontram abandonadas em
termos de exploração agrícola ou florestal.
A SAU PODE SER OCUPADA POR:
Culturas Temporárias – Culturas cujo ciclo vegetativo não excede a um ano,
como é o caso dos cereais, ou que são ressemeadas com intervalos inferiores a 5
anos.

Culturas temporárias: cereais, batata e produtos


hortícolas.

Culturas Permanentes – Culturas que ocupam a terra durante um longo período


de tempo, oferecendo colheitas, como os pomares, as vinhas, os olivais.

Culturas permanentes: vinha, oliveira e árvores de fruto.


A SAU PODE SER OCUPADA POR:

Pastagens Permanentes – Culturas, geralmente herbáceas, semeadas ou


espontâneas, que permanecem por períodos superiores a cinco anos e se destinam
a pasto para o gado.

Hortas Familiares – Superfícies de pequena dimensão, onde se cultivam produtos


destinados, regra geral, ao autoconsumo.
SUPERFÍCIE AGRÍCOLA UTILIZADA

A repartição da SAU apresenta


uma distribuição regional
muito heterogénea.
Distinguindo-se:
 Alentejo com cerca de
metade;
 Madeira com apenas 0,1%.

Fig. Distribuição da SAU pelas regiões agrárias (2009).


As explorações agrícolas ocupam
51% da superfície territorial do país.

Dentro desses 51% a SAU


corresponde a 78%, seguindo-se a
superfície florestal com 18%.

A SANU é entendida como as


explorações com potencial agrícola,
mas que não estão ser utilizadas.
Este valor corresponde a 3%.

As outras superfícies (edifícios,


caminhos ou albufeiras)
correspondem a 1%.
A SAU Portuguesa ocupa 3% da SAU da U.E.;

A maior parte da SAU está localizada em áreas pouco favoráveis à prática


agrícola (85%);

E desses 85%, 28,7% localizam-se em regiões montanhosas.

O que constitui um importante obstáculo


natural à intensificação da agricultura
Portuguesa.
Nesses dez anos, houve uma
alteração expressiva na ocupação da
SAU:

As culturas temporárias e o pousio,


que estão integradas nas terras
aráveis, diminuíram.

Já as pastagens permanentes
aumentaram, ocupando quase
metade da SAU.
EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS
EM 2009
EVOLUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL

Regiões com maior


Entre 1999 e 2009, número de
explorações*
registou-se um
• Trás-os-Montes;
decréscimo do número • Beira Litoral;
de explorações agrícolas • Entre Douro e Minho.
no território nacional. Regiões com menor
número de
Em 2009, eram 305 mil, explorações:
menos 111 mil do que em • Algarve;
1999. • Açores;
• Madeira.
* Maior número de explorações devido há
grande fragmentação).
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EM
PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

O decréscimo das explorações agrícolas


entre 1999 e 2009 foi mais significativo: O decréscimo das explorações
• na Beira Litoral; agrícolas entre 1999 e 2009 não foi
acentuado:
• no Ribatejo e Oeste;
• Madeira;
• no Algarve.
• Trás-os-Montes;
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, SAU EM
PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

Em 2009 a SAU (superfície agrícola utilizada) ocupava 3668 mil


hectares, menos 195 mil hectares do que em 1999, o que representa
um decréscimo de 5%, bem inferior ao verificado no número de
explorações (– 27%).
VARIAÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS, SAU EM
PORTUGAL E REGIÕES AGRÁRIAS, 1999-2009

A superfície agrícola utilizada (SAU) acompanhou a


evolução do número total de explorações agrícolas –
em 10 anos diminuiu – tendo também uma
repartição desigual.

- Madeira, Açores,
- Alentejo registou a
Algarve, Beira Litoral e
maior área de SAU,
Entre Douro e Minho
mais de metade da SAU
detiveram a menor área
nacional.
de SAU.
MODOS DE EXPLORAÇÃO DA TERRA

Modos de exploração
da SAU

Forma de Natureza
exploração jurídica

Conta Arrendamen Produtor


Outros singular Sociedade Outros
própria to
FORMAS DE EXPLORAÇÃO*:

Exploração por conta própria Exploração por arrendamento

Quando o produtor é o
Quando o produtor paga uma renda ao
proprietário da exploração,
proprietário da exploração (ou seja, o
sendo responsável igualmente
produtor não é o proprietário da
pela tomada de decisões e a
exploração), podendo usufruir de todo
obtenção de perdas ou lucros.
o resultado da exploração consoante o
contrato celebrado com o proprietário.
* Existem outras formas com
menos preponderância em
Portugal como é o caso da
cedência
MODOS DE EXPLORAÇÃO DA TERRA
(FORMAS DE EXPLORAÇÃO)

Formas de exploração da SAU, Portugal, 1999-2009

Ao nível das principais formas de exploração da SAU, tem-se


assistido:
Ao predomínio da exploração por conta
própria;
Ao aumento da importância do arrendamento,
mais significativo nas explorações agrícolas de
maior dimensão.
MODOS DE EXPLORAÇÃO DA TERRA
(NATUREZA JURÍDICA)

Repartição do número de
explorações segundo a
natureza jurídica, por classe de
SAU, Portugal, 2009 *
Os produtores singulares continuam a predominar, utilizando
principalmente mão de obra familiar, enquanto as sociedades
agrícolas apesar do aumento, registam um menor peso,
verificando-se, no entanto:
Uma maior importância nas explorações de
maior dimensão;
Uma maior produtividade e competitividade
face às outras explorações.
https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resourc
e/135180/L?se=3223&seType=&coId=130139

3.1.1 AS FRAGILIDADES DOS SISTEMAS AGRÁRIOS (Cont.)

AULA DE DIA 4 DE NOVEMBRO


SUPERFÍCIE ARÁVEL UTILIZADA (SAU) POR REGIÃO AGRÁRIA,
EM 2009

A redução do
número de
explorações
agrícolas é
acompanhada
pelo aumento da
sua dimensão
média.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

A redução do número de explorações agrícolas resultou:


- Da absorção das superfícies
- Do abandono das terras das pequenas explorações
agrícolas; agrícolas pelas de maior
dimensão.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

O abandono das terras agrícolas está associado à conjugação de fatores


naturais e humanos, nomeadamente, económicos, sociais e políticos
sendo estes diferentes ao nível regional.
Na Beira Interior tem-se verificado devido à falta de viabilidade
económica da agricultura, que acaba por promover a emigração.

No Algarve tem resultado, tal como em outras regiões, do


envelhecimento demográfico.

Nas regiões agrárias do litoral, tem sido consequência da valorização


das terras, fruto da pressão urbanística, do desenvolvimento de vias
de comunicação rodoviárias e de equipamentos sociais e do
desenvolvimento do setor terciário.
FATORES QUE EXPLICAM A REDUÇÃO DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Contudo tem havido excepções:


Em algumas regiões do interior, onde a falta de alternativas profissionais e
o apego à terra, podem levar à manutenção da atividade agrícola, mesmo
que estas tenham pouca viabilidade económica.

No Alentejo, onde a alteração do regime de ajudas diretas inseridas na


Política Agrícola Comum, que substituiu total ou parcialmente os apoios
diretos pelo Regime de Pagamento Único, desligando as ajudas da produção,
levou a um sistema de cultura mais extensivo, mas não provocou o abandono
das terras;

Nos Açores e na Madeira, devido à exploração sustentada dos recursos


naturais, apesar do sistema de cultura intensivo.
PRINCIPAIS PRODUÇÕES AGRÍCOLAS

Em 2009, verifica-se uma


tendência de especialização,
67% das explorações agrícolas
dedicavam-se maioritariamente
a uma única atividade ou
cultura.

Fig. Nível de especialização das


explorações agrícolas, NUTS III e regiões
agrárias (2009).
PRINCIPAIS PRODUÇÕES AGRÍCOLAS

A especialização produtiva apresenta vantagens para os produtores:

 Simplifica o trabalho agrícola;


 Exige menor diversidade de máquinas e equipamentos;
 Reduz os custos de produção;
 Aumenta a produtividade e os rendimentos dos agricultores.

Fig. Mecanização agrícola.


Nas últimas décadas têm-se mantido as principais produções
agrícolas nacionais.
Destacando-se:
 frutos;
 vegetais e produtos hortícolas.

Fig. Estrutura da produção vegetal (1980–2009).


O que são culturas forrageiras?

As culturas forrageiras  são  culturas de


plantas herbáceas de ciclo vegetativo
anual destinadas à alimentação animal
por norma cortadas na forma de erva Exemplo
gramíneas: aveia
verde ou conservadas sob a forma de Exemplo
gramíneas: azevém
silagem ou feno-silagem.
A produção de forragens pretende
assegurar a alimentação animal e
manutenção de determinadas
atividades nos sistemas de produção.
Podemos distinguir dois grandes tipos
de culturas forrageiras, as
Exemplo de
gramíneas e as leguminosas. leguminosas: Exemplo de
Lentilhas leguminosa: feijão
A PECUÁRIA EM
PORTUGAL Aves de capoeira
incluem galinhas,
perus, patos,
gansos e
codornizes.
A sua criação
inclui ovos, carne
e penas

Outras carnes:
exemplo coelho

Fonte: GPS 8 ano, Areal Portugal tem um défice na produção de carne,


recorrendo à importação.
Análise: n.º de explorações diminuiu para todas as espécies; o número de
bovinos foi o único que aumentou no que diz respeito ao n.º de espécies. A
principal razão para a diminuição do n.º de explorações prende-se com a
cessação das unidades pecuárias de pequena dimensão.
O Alentejo que
apresenta o
maior n.º de
cabeças em
bovinos, suínos
e ovinos e o
Centro
(principalmente
a Beira Interior)
surge em
primeiro lugar
para o número
de cabeças de
gado caprino.
HÁ DOIS REGIMES ASSOCIADOS À
PECUÁRIA…

Gado ovino e
caprino.
Gado bovino *

Destaque para as
raças autóctones.

*Nota: na grande maioria dos casos, o recurso a rações,


principalmente no inverno quando as pastagens
escasseiam. Sendo comum um regime misto.
PECUÁRIA: REGIME EXTENSIVO:

Gado Ovino e caprino:


Beira Interior, Trás-os-Montes,
Alentejo

Gado suíno*: Alentejo


RAÇAS
AUTÓCTONES
Ribatejo e
Gado suíno Oeste, Beira
Litoral
Avicultura e
cunicultura

Ribatejo e
Oeste, Beira
Litoral
Gado Bovino pode ser criado em
regime intensivo, extensivo ou
misto
Principais regiões produtoras:
Açores; Beira Litoral; Entre Douro e
Minho; Ribatejo e Oeste, Alentejo.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA

A população agrícola portuguesa


tem registado:
• Uma diminuição;
• Um envelhecimento;
• Uma baixa instrução e
qualificação

A população agrícola, em 2009, é


sobretudo familiar. Em termos
regionais, a população agrícola:
É predominante nas
É menos expressiva
regiões: Entre
nas regiões do População agrícola familiar em portugal
Douro e Minho, (2009)
Algarve, Açores e
Trás os Montes e
Madeira.
Beira Litoral;
TRABALHO AGRÍCOLA

Em Portugal, a mão de obra agrícola é essencialmente familiar,


representando cerca de 80% do volume de trabalho.

A população agrícola familiar


assume ainda uma importância
considerável na população
residente, em algumas regiões
do país, sobretudo do interior
e das Regiões Autónomas dos
Açores e da Madeira
Fig. Composição regional da mão de obra agrícola (2009).
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(A DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA)

A população agrícola tem decrescido. Os maiores


decréscimos registaram-se nas regiões que viram mais
explorações agrícolas cessarem a sua atividade:
Beira Litoral (– 46%);
Ribatejo e Oeste (– 44%).
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(A DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA)
A diminuição da população ativa na agricultura está
associada
a fatores como:
A diminuição do número de explorações
agrícolas e do agregado familiar;
Os progressos tecnológicos, como a
mecanização dos campos;
O êxodo rural, resultante da procura de
trabalho em outros setores de atividade,
primeiro na indústria e depois nos serviços;
O envelhecimento da população que trabalha na
agricultura;
A pouca atratividade da agricultura para a
população mais jovem.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA)

Idade média da população


agrícola familiar, Portugal e
região agrária, 1999-2009

O aumento da idade média dos agricultores foi uma realidade em


todo o território nacional, assistindo-se ao nível regional que
O Algarve manteve a liderança como a
região mais envelhecida;
Os Açores foi a região com a população
agrícola mais jovem.
A POPULAÇÃO AGRÍCOLA

O envelhecimento da população que se dedica à agricultura tem vindo a


acentuar-se. Em 2009 apenas 2% dos produtores tinham menos de 35 anos e
quase metade detinham 65 ou mais anos.

Nota: A
maioria dos
agricultores
são homens.
A maioria das
mulheres
surge na
categoria de
Fig. Estrutura
mão-de-obra etária dos
familiar produtores
agrícolas (2009).
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(O BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL)
O grau de instrução e
de qualificação dos
agricultores nacionais
é baixo, apesar dos
progressos, dado que a
taxa de analfabetismo
diminuiu e a
frequência no ensino
Em termos regionais verificou-se que: secundário e superior
aumentou.
Os Açores, além de ser a região com a população
agrícola familiar mais jovem é também a que registou
a melhor taxa de alfabetização;
A Madeira representou a menor taxa de frequência escolar,
apesar dos progressos registados;
Entre Douro e Minho e Algarve foram as regiões com piores
taxas de alfabetização, visível na população agrícola sem
nenhum grau de instrução.
A POPULAÇÃO AGRÍCOLA

O nível de instrução dos agricultores, embora tenha vindo a aumentar, é


ainda relativamente baixo. Só uma pequena parte tem habilitações que vão
além do ensino básico, correspondendo, em geral, aos mais jovens.

Fig. Nível de instrução dos produtores agrícolas, segundo as classes etárias (2009).
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO AGRÍCOLA PORTUGUESA
(O BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL)

Quanto maior a idade dos agricultores menor é o seu nível


de instrução.
O decréscimo, o envelhecimento e o baixo nível de instrução e
qualificação profissional dos agricultores nacionais traduzem:
Um entrave à modernização e inovação do setor, uma
vez que a inovação e a utilização de nova tecnologia é
condicionada, bem como a capacidade de investir e de
atender às normas comunitárias de produção e
comercialização dos produtos;

A manutenção do baixo rendimento e da baixa


produtividade agrícola.
A POPULAÇÃO AGRÍCOLA

BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO ENVELHECIMENTO DA


E FORMAÇÃO PROFISSIONAL POPULAÇÃO

condicionam:

 Adesão a inovações;
 Capacidade de investir e arriscar;
 Adaptação às normas comunitárias de produção e de
comercialização.

Diminuição
Diminuição do
do número
número Fig. Envelhecimento agrícola.
de
de efetivos
efetivos
PLURIATIVIDADE E PLURIRRENDIMENTO

Caracterizam e condicionam a agricultura portuguesa

Acumulação dos
rendimentos
provenientes da
agricultura com os de
outras atividades,
contribui para reduzir o
abandono nas áreas
rurais.
Fig. Origem do rendimento do agregado doméstico dos produtores agrícolas, por região (2009).
PLURIRRENDIMENTO

O rendimento da maioria dos agregados familiares agrícolas


provém principalmente de outras atividades.

PLURIATIVIDADE

Prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura e


noutras atividades – surge como alternativa para
complementar o rendimento proveniente da agricultura.
PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA (Análise
SWOT- aspetos Fortes; aspetos fracos; oportunidades e ameaças)

PONTOS FRACOS

 Predomínio de explorações agrícolas de pequena


dimensão;

 Baixa densidade populacional e envelhecimento


demográfico nos meios rurais;

 Baixos níveis de instrução dos agricultores.

Fig. Plantação de bananas, Madeira.


PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

PONTOS FRACOS

 Insuficiente nível de formação profissional dos


produtores;

 Baixo nível de adesão às tecnologias de informação e


comunicação nas zonas rurais;

 Fraca capacidade de inovação e modernização.

Fig. Plantação de bananas, Madeira.


PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

AMEAÇAS

 Défice de gestão empresarial e de organização voltada


para o mercado;

 Falta de competitividade externa;

 Imagem dos produtos agrícolas portugueses pouco


desenvolvida nos mercados externos.

Fig. Plantação de bananas, Madeira.


PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

AMEAÇAS

 Dificuldades de autofinanciamento e acesso ao crédito;

 Fraca ligação da produção agrícola e florestal à indústria;

 Abandono dos espaços rurais;

 Elevada percentagem de solos com fraca aptidão agrícola.

Fig. Plantação de bananas, Madeira.


PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA

AMEAÇAS

 Riscos de desertificação em vastos territórios rurais;

 Fraca sustentabilidade social e económica das áreas


rurais.

Fig. Plantação de bananas, Madeira.


OPORTUNIDADES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

PONTOS FORTES

 Condições climáticas propícias para certos produtos, em


especial os mediterrânicos;

 Boas condições de sanidade vegetal;

 Existência de recursos genéticos com vocação para o


mercado.
Fig. Olival, Alentejo.
OPORTUNIDADES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

PONTOS FORTES

 Aumento da especialização das explorações;

 Aumento da disponibilidade de água para rega;

 Potencial de produção com qualidade diferenciada para o azeite, as


hortofrutícolas, o vinho e os produtos da floresta.

Fig. Olival, Alentejo.


OPORTUNIDADES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

PONTOS FORTES E OPORTUNIDADES

 Existência de um número significativo de denominações


de origem;

 Potencial para produzir com qualidade e diferenciação;

 Aumento da vocação exportadora de alguns produtos.

Fig. Olival, Alentejo.


OPORTUNIDADES DA AGRICULTURA PORTUGUESA

PONTOS FORTES

 Pluriatividade da população agrícola nas áreas com


maior diversificação do emprego, o que ajuda a evitar o
abandono;

 Utilização crescente de modos de produção amigos do


ambiente.

Fig. Olival, Alentejo.


Conceitos a reter:

Ou ao produção obtida
por total de trabalhadores
DEPENDÊNCIA EXTERNA

A produção agrícola nacional não permite satisfazer as necessidades de


consumo interno.
Assim, a balança alimentar portuguesa é deficitária em grande parte
dos produtos, mantendo-se uma forte dependência externa.

Fig. Comércio externo dos principais produtos agrícolas (2012).


BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

O saldo da balança A produção interna


comercial mantém-se Importação superior satisfaz menos de 75%
deficitário à exportação do consumo nacional

Conceito
Conceito de
de autoaprovisionamento:
autoaprovisionamento:
Quociente traduzido em percentagem, dado pela razão entre a produção interna
(exclusivamente obtida a partir de matérias-primas nacionais) e a utilização
interna total; mede, para um dado produto, o grau de dependência de um
território, relativamente ao exterior (necessidades de importação) ou a sua
capacidade de exportação.

Fonte: https://smi.ine.pt/Conceito/Detalhes/731
NÍVEIS DE RENDIMENTO E PRODUTIVIDADE

Os problemas estruturais da agricultura portuguesa refletem-se nos níveis


de rendimento da atividade agrícola, que têm crescido abaixo da média
comunitária.

Fig. Evolução do rendimento da atividade agrícola na UE–27 (2009–2011/2000–2002).


CONCEITOS A RETER De forma a caracterizar e comparar
estruturas e sistemas de produção
agrícolas da U.E, foi definida pela
Comissão Europeia uma tipologia
comunitária.

As explorações agrícolas são


classificadas segundo a Dimensão
Económica e a Orientação
Técnico-Económica
Explorações muito pequenas: inferior a 8000€;
Explorações pequenas: 8000 a menos de
25000€;
Explorações médias: 25000 a menos de 100
000€;
Explorações grandes: igual ou superior a 100
000€
ANÁLISE DE QUADROS, MAPAS E
GRÁFICOS DO MANUAL DAS PÁGINAS
36 E 37.
REALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS.
PRODUÇÃO FLORESTAL OU SIVILCULTURA

 Espaço florestal:
o Verificou-se um
aumento na
década de 70
associado à
indústria de
pasta de papel.

Ex. de sistemas
agro-florestais:
olival, souto,
montado ou
sobral
(sobreiros)
 IMPORTÂNCIA:
o A floresta é fundamental do ponto de vista ambiental, económico, social e
cultural, na medida em que permite, por exemplo:
 a manutenção da biodiversidade da fauna, da flora e dos habitats;
 a qualidade e a quantidade da água;
 o combate à erosão dos solos e à desertificação;
 a capacidade de retenção de CO2;
 o fornecimento de fontes de energia (biomassa) alternativas aos combustíveis
fósseis;
 a criação de emprego e o desenvolvimento rural.
 10% das exportações nacionais, ex. a cortiça.
 FATORES RESPONSÁVEIS PELA REDUÇÃO
GLOBAL DA ÁREA FLORESTAL:
o Sobre exploração dos povoamentos de algumas
espécies florestais sobretudo para a obtenção de
matérias-primas para a indústria transformadora
o O aumento da área destinada aa agricultura
o Pragas e doenças
o O desajustamento entre a utilização dos solos e da
sua verdadeira aptidão
o Crescente expansão urbana
o Construção de vias de comunicação
o Aumento de incêndios (fatores naturais:
temperaturas elevadas; baixa humidade do ar;
vento; fatores de ordem antrópica: ausência de
vigilância, a precária limpeza das matas; fraca
acessibilidade; “mão criminosa”).
Exame nacional de Geografia A, 2016
O espaço florestal tem sofrido alterações
estruturais e, desde o final do séc. XX ao
início do séc. XXI, verificou-se:
 a a diminuição das áreas de Pinheiro
Bravo, de Pinheiro Manso, de Azinheira,
de Carvalho e de Castanheiros;
 aumento das áreas de eucalipto e Floresta Laurissilva é o nome dado a um tipo de
manutenção das áreas com sobreiro ; floresta húmida subtropical, composta
No entanto, o eucalipto continua a ser maioritariamente por árvores da família das
lauráceas e endémico da Macaronésia - região
bastante procurado devido ao facto de ser
formada pelos arquipélagos da Madeira,
uma espécie de crescimento rápido e, por Açores, Canárias e Cabo Verde. Possui maior
isso, é bastante utilizado para a indústria de expressão nas terras altas da ilha da Madeira.
pasta e papel. É constituída essencialmente por lauráceas,
como o loureiro.
 A distribuição das principais espécies florestais pelo
território nacional permite verificar que:
o O pinheiro bravo - Centro, seguido do Norte.
o O pinheiro manso - Alentejo e em Lisboa.
o O sobreiro e a azinheira – Alentejo e Ribatejo e Oeste
o O castanheiro - Norte, sobretudo interior (Trás-os-Montes);
o O carvalho – Norte (destaque para o quercus perynaica- carvalho
negral) e no Centro interior;
o O Eucalipto - dispersa-se por todo o território continental, apesar de ser
no Centro que predomina.
UTILIZAÇÃO E GESTÃO DO SOLO ARÁVEL:
A aplicação, muitas vezes inadequada dos sistemas de produção, leva ao
empobrecimento e `a degradação dos solos e em última instância à desertificação,
por exemplo: Desertificação
relativo ao
- No sistema extensivo a utilização do pousio absoluto, facilita a erosão dos empobrecime
solos. nto do solo,
associado às
- A prática da monocultura conduz ao empobrecimento e o esgotamento de áreas mais
determinados nutrientes. áridas
(manual
- A excessiva mecanização.
Descobrir
- No sistema intensivo a utilização excessiva ou incorreta de fertilizantes Portugal).
químicos e pesticidas degrada e polui os solos, diminuindo a sua fertilidade.
A fraca aptidão agrícola dos solos (segundo a Carta dos Solos de Portugal, apenas
25% do território tem uma boa aptidão); e desses 25% , uma percentagem
significativa está com outro uso, nomeadamente urbano e industrial.
ESQUEMA-
SÍNTESE

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