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o setor primário era o setor dominante da o setor secundário crescia de forma pouco
consolidada;
população ativa em Portugal; o setor terciário crescia de forma acentuada;
o setor primário perdeu população;
Atualmente:
A agricultura é o setor económico que mais problemas enfrenta, a crise deste setor reflete-se na contribuição do PAB (Produto
Agrícola Bruto) para o PIB (Produto Interno Bruto):
PIB (Produto Interno Bruto): valor total de bens e serviços produzidos para consumo final de uma
economia, por residentes e não residentes de um país, independentemente da sua afetação a fatores
produtivos nacionais ou estrangeiros.
A incapacidade económica de muitas explorações em Portugal é causada pela reduzida dimensão das propriedades.
A solução para este problema é o emparcelamento.
• As estruturas agrárias agrupam as parcelas muito pequenas, procurando construir conjuntos maiores onde seja possível
a utilização de tecnologia agrícola moderna.
• Baseia-se na troca de parcelas entre os agricultores depois de uma avaliação das qualidades agronómicas dos
terrenos.
• O emparcelamento é tanto mais difícil quanto mais diferenciados forem os terrenos. (irregularidade das parcelas)
Redução de explorações de pequena dimensão
As culturas permanentes, que são constituídas pelas árvores de fruto, pela oliveira e pela vinha. Estas culturas são muito
características do espaço agrário português, principalmente devido à sua adaptação ao clima quente e seco e aos solos
pobres.
As culturas temporárias são constituídas pelos cereais, a batata, as leguminosas secas, as culturas industriais, a horticultura e a
floricultura.
• Culturas temporárias
Culturas arvenses - Culturas cujo ciclo vegetativo não excede um ano, geralmente integradas num sistema de rotação de
culturas, incluindo as culturas de cereais para a produção de grão, as oleaginosas, as proteaginosas (ervilha, feijão, tremoço) e etc.
Culturas hortícolas ao ar livre - Culturas hortícolas cultivadas ao ar livre, quer se destinem à indústria quer ao consumo em
fresco, bem como as culturas hortícolas destinadas ao autoconsumo, incluindo a batata.
Floricultura ao ar livre - Incluem-se as áreas destinadas à produção ao ar livre, de flores e folhagens para corte, plantas em
vasos ou sacos e vários tipos de transplante.
Culturas forrageiras - Incluem-se os prados temporários semeados e espontâneos, para corte e ou pastoreio e por um período
inferior a cinco anos, bem como outras culturas forrageiras.
Pousio - Superfície que esteve destinada à produção vegetal, não produziu qualquer colheita durante o ano agrícola, e que
no ano em curso é mantida em boas condições agrícolas e ambientais, incluindo todas as superfícies em pousio inseridas ou
não numa rotação.
• Culturas permanentes
Culturas frutícolas - Conjuntos de árvores destinados à produção de frutos, incluindo o castanheiro e o pinheiro manso.
Vinha - A superfície plantada com vinha em cultura estreme ou consociada e em que a vinha é predominante, igual ou superior a
60% da superfície da parcela.
Olival - A superfície ocupada com oliveiras, que apresenta uma densidade de plantação superior a 45 oliveiras/ha e em que a
oliveira é predominante.
Misto de culturas permanentes - A superfície ocupada com várias espécies de culturas permanentes não se verificando
dominância de qualquer espécie.
A superfície total das explorações agrícolas representa cerca de metade do território português.
As mudanças na ocupação do espaço agrícola mostram uma maior aposta na criação de gado em detrimento das culturas
temporárias.
A produção biológica em Portugal iniciou-se nos anos 90 e, desde então, tem registado um crescimento significativo.
Baseia-se:
• em processos naturais e numa tecnologia moderna não poluente e apoiada na investigação científica (interligação às
universidades, centros de investigação e laboratórios);
• não utiliza adubos e pesticidas químicos visando manter e melhorar a fertilidade dos solos, o equilíbrio e a diversidade do
ecossistema agrícola, a qualidade ambiental, a produção de alimentos de elevada qualidade nutritiva e a proteção da saúde
humana. – Promover a proteção ambiental e conservar a biodiversidade.
As vantagens da agricultura biológica passam, por exemplo, por contribuir para a vitalidade das economias rurais através
do desenvolvimento sustentável, por meio, por exemplo, da:
• promoção da criação de emprego ao nível da produção, transformação e serviços afins;
• proteção do meio ambiente.
A produção integrada é um sistema agrícola de produção de alimentos e de outros produtos alimentares de alta qualidade,
- Privilegiando a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção, contribuindo,
deste modo, para uma agricultura sustentável.
• aplicação rigorosa de fitofármacos, apostando na formação técnica da mão de obra, de modo a garantir produtos de
qualidade;
• utilização de mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção, contribuindo, deste modo, para
uma horticultura sustentável, com impactes positivos na saúde humana;
• plano de fertilização que garanta a eficácia e a segurança na aplicação dos fertilizantes, de modo a evitar perdas por
lixiviação, erosão e evaporação, e reduzir os riscos de poluição das águas superficiais e subterrâneas;
O número de produtores que aderiram a este modo de produção tem vindo a aumentar em Portugal;
A prática da agricultura biológica integra-se na perspetiva de produzir com mais qualidade, preservando os recursos e
protegendo o meio natural, ou seja, de forma sustentável.
A área ocupada em modo de produção biológica atinge
valores:
• Mais altos nos Alentejo e Beira interior.
A pecuária
A criação de gado está associada à atividade agrícola, como complemento de rendimento, como ajuda nas tarefas agrícolas e
ainda como modo de fertilização das terras.
• Atividade especializada;
• Privilegia as espécies mais competitivas.
Tipo de regime:
• Normalmente feita em regime fechado (intensivo) - controlo sobre alimentação e saúde dos animais.
• Incentivos atuais para a criação em regime aberto (extensivo) - alimentação mais natural, evita abuso de rações.
Aves > gado bovino > gado suíno > gado ovino > gado caprino
A exploração florestal
Para potencializar o setor agrícola nacional a PAC definiu 6 prioridades da política de desenvolvimento rural, para o
período 14-20
1. Promover a transferência de conhecimentos e a
inovação nos setores agrícola e florestal e nas zonas
rurais
- Incremento da Inovação e da base de conhecimento das zonas
rurais
- Reforço da ligação entre o setor e a investigação e inovação
- Aprendizagem ao longo da vida e formação profissional do setor
O desenvolvimento rural
Em Portugal, o desenvolvimento rural assenta em três programas, para o Continente, a Região Autónoma dos Açores e a Região
Autónoma da Madeira, integrando a Rede Rural Nacional.
- Objetivos operacionais:
• Competitividade – privilegiar as ações produtivas da iniciativa privada com vista à criação de valor acrescentado
• Organização estrutural – promover o aumento da dimensão e abrangência das organizações de produtores e estruturas
de concertação ao longo da cadeia alimentar.
• Sustentabilidade – promover boas práticas e utilização sustentável dos recursos e a valorização dos territórios rurais
Reforçar a competitividade:
Modernização das explorações:
A modernização dos meios de produção e de transformação é uma condição essencial para aumentar a competitividade do
setor agrícola português no mercado externo.
Através:
• Investimento em tecnologia produtiva. (máquinas, material de transporte, sistemas de rega, controlo da temperatura,
humidade ou dosagem de rações/fertilizantes)
• Melhoria das infraestruturas, como sistemas de drenagem, caminhos, armazenamento e distribuição de água, etc.
• Aumento da dimensão das explorações, que pode conseguir-se pelo emparcelamento. (agrupamento de parcelas ao
nível da propriedade, do direito do uso ou do cultivo)
A produção deverá:
• Ser orientada para as necessidades de mercado.
• Respeitar as preferências dos consumidores.
• Explorar vantagens e complementaridades.
• Apresentar novos produtos ou revalorizando produtos tradicionais.
• Apostar em produtos que podem ser certificados.
• Incentivo às reformas antecipadas para agricultores que pretendam passar a gestão da exploração para jovens;
• Agilização do processo de instalação de novos empresários, beneficiando os mais jovens.
Melhorar a organização:
Outra forma de aumentar a competitividade é melhorando a organização e gestão das empresas agrícolas, o que se
torna mais fácil através da associação dos produtores. (Cooperativas)
Garantir a sustentabilidade:
• O impacto ambiental dos sistemas de produção agrícola e pecuários é muito elevado e difícil de controlar.
• O menor recurso ao pousio e a maior frequência de mobilização dos solos e da utilização de maquinaria mais
potente contribuem para a erosão dos solos e a diminuição da qualidade dos habitats de muitas espécies.
• A utilização de inseticidas e pesticidas e a fertilização do solo com nitratos e fosfatos, sobretudo em áreas de
agricultura mais intensiva, contamina os solos e os recursos hídricos, superficiais (por escorrência) e subterrâneos (por
infiltração).
Regadio:
O regadio permite a regularização das produções agrícolas e o aumento das produções, diminuindo a dependência dos
ciclos climáticos.
• É um fator de sustentabilidade ambiental pois assegura a conservação da biodiversidade, a mitigação e adaptação
às alterações climáticas e a valorização das paisagens rurais.