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Exploração das potencialidades da biosfera:

Recuando ao 10º ano, o primeiro tema referido na disciplina de Biologia e Geologia foi a
Biosfera.
Entende-se por Biosfera o conjunto de todas as zonas do planeta Terra, onde é possível
encontrar formas de vida, esta inclui todos os organismos existentes e as suas inter-
relações, bem como os ambientes em que se desenvolvem.
Apesar de, na nossa proporção, a biosfera ser algo enorme, em relação às dimensões do
Globo, esta constitui uma fina película, que engloba, mares, lagos, águas correntes, solo e
a atmosfera até uma certa altitude.

A grande diversidade de organismos existentes requer uma organização da biosfera em


níveis mais específicos, como os ecossistemas, estes são caracterizados pela relação entre
fatores bióticos e abióticos que ocorrem num determinado meio.

Relembra que:
Fatores bióticos: seres vivos e as relações que estabelecem entre si
Fatores abióticos: ambiente físico onde se encontram os organismos, como água, luz,
temperatura, solo, …

Como sabemos, a vida na Terra é muito complexa e assume formas mais simples, como
bactérias e fungos até às mais complexas, como mamíferos ou plantas de grande porte.

De acordo com a convenção da diversidade biológica adotada pelas Nações Unidas, a


biodiversidade é entendida como a multiplicidade de seres vivos de diferentes espécies que
se agrupam em populações pertencentes a diversas espécies que interagem numa
variedade de comunidades e ecossistemas, diferenciando-se individualmente a nível
genético.

Na superfície terrestre consideram-se também vastas áreas caracterizadas pelo clima, pelo
solo, pela flora e pela fauna designadas por biomas.

● As florestas de coníferas são típicas do hemisfério norte e são caracterizadas por


um inverno bastante rigoroso e o verão com temperaturas abaixo dos 20ºC. Na
vegetação predominam as árvores coníferas, pinheiros e abetos, quase não
existindo arbustos e plantas herbáceas.

● Os desertos são caracterizados por solos principalmente compostos por areias,


podendo existir dunas. A vegetação é escassa com gramíneas. Os animais tal como
as plantas apresentam adaptações à falta de água.

● As florestas tropicais são caracterizadas por elevada humidade, precipitação, chuvas


e calor quase todo o ano. A biodiversidade é riquíssima com seres vivos de todos os
grupos. Verifica-se uma grande presença de árvores muito próximas umas das
outras.
● As altas montanhas são caracterizadas por temperaturas muito baixas, o que faz
com que estejam cobertas de neve o ano todo ou grande parte dele. Nestas
altitudes, ocorre uma baixa humidade relativa do ar, o que favorece o aparecimento
de vegetação cuja característica principal é perder as folhas durante o período do
inverno, as quais são recompostas na estação da primavera além de pinheiros
adaptados às condições de temperaturas muito frias.

A diversidade biológica apresenta funções muito importantes e sem o equilíbrio desta, é


colocada em causa a perfeita harmonia entre os fatores bióticos e abióticos e as trocas de
energia e de matéria que ocorrem entre estes.
Por este motivo a biodiversidade constitui uma riqueza, um património que é necessário
preservar e gerir da melhor forma.
(Quais acham que são as melhores formas de preservar a biodiversidade?
Há pelo menos dois caminhos para tentar fazê-lo: proteger os indivíduos de cada espécie e
os respetivos habitats.)

O desequilíbrio que vem progressivamente a fazer-se sentir na diversidade biológica, está


ligado à intervenção humana.

(Quais são as principais ameaças à biodiversidade?)

● Destruição de habitats
● Caça e pesca intensivas
● Comercialização de seres com valor comercial
● Poluição
● Introdução de espécies exóticas
Estas são as principais causas antrópicas que provocam a redução da biodiversidade.

No que toca à destruição de habitats, estão na base desta ameaça, a desflorestação, a


agricultura industrializada em grandes áreas e a degradação dos solos.

(títulos de notícias da desflorestação)

DESFLORESTAÇÃO:

Como viram a desflorestação é um problema que nos acompanha ao longo da história, pois
a relação da Humanidade com as florestas nem sempre foi harmoniosa.

A desflorestação consiste na destruição intensiva dos habitats florestais e apresenta como


graves consequências a redução da biodiversidade e a regulação do clima, aumentando o
aquecimento global.

Quais as principais causas antrópicas da desflorestação?


● conversão em vastas áreas destinadas à agricultura e à pecuária;
● fragmentação devida à construção de vias de comunicação e expansão de centros
humanas;
● sobrexploração de madeiras;
● incêndios;
● poluição atmosférica;
● introdução de espécies invasoras que levam à competição com as espécies
autóctones, podendo levar à sua eliminação

As grandes extinções que ocorreram na história da Humanidade foram devidas a


catástrofes naturais, no entanto atualmente o ser humano é o culpado pela extinção pois
buscam cada vez mais formas de exploração dos recursos naturais agressivas .

Deve-se então criar uma consciência ecológica ao redor do conceito de reflorestação.


Este consiste na regeneração natural ou intencional de florestas que foram destruídas
devido à desflorestação.

AGRICULTURA:

A agricultura surgiu há cerca de 12 mil anos.


O seu desenvolvimento foi fundamental para a evolução da Humanidade. No entanto, o
surgimento de novas tecnologias na produção agrícola foi lento.

O termo agricultura significa “arte de cultivar” e consiste no conjunto de técnicas concebidas


para cultivar a terra a fim de obter produtos dela.
Atualmente cerca de 35% dos solos não cobertos de gelo são aproveitados para agricultura
e pecuária, sendo a maioria dos terrenos agrícolas provenientes da desflorestação.

Ao longo dos anos, a agricultura evoluiu e além da agricultura tradicional surgiu a agricultura
intensiva e biológica. Vamos perceber melhor as diferenças entre elas e no que estas
consistem.

Nesses dois modelos de produção agrícola, o destino final é um só: a produção de


alimentos. No entanto, para atingir este objetivo, utilizam técnicas e tecnologias distintas.

A agricultura tradicional é praticada com o intuito de responder às necessidades das


famílias e é baseada no uso de ferramentas simples, como enxadas, machados e arados
puxados por animais, e marcada pela baixa produtividade e rentabilidade.

Características da agricultura tradicional:


● É baseada no conhecimento e nas tradições da comunidade;
● Uso intensivo de ferramentas de baixa tecnologia, como machados e enxadas;
● Utiliza animais, como bois e cavalos, para puxar o arado na preparação do solo;
● Nem sempre os produtores conhecem manuseamentos atuais que possam
minimizar eventuais impactos da atividade sobre o meio ambiente;
● Não existe produção excedente.

Algumas técnicas que surgem neste tipo de agricultura no sentido de manter a fertilidade
dos solos agrícolas são o pousio, a rotação de culturas e a associação de culturas. ( ler
página 240)

Algumas vantagens e desvantagens deste tipo da agricultura são:


Vantagens:
● Possibilita a renovação natural do solo
● Utiliza racionalmente os recursos naturais

Desvantagens:
● Degrada o solo
● Produz substâncias tóxicas para o meio ambiente
● Degrada a paisagem

Para incrementar a informação acerca deste tipo de agricultura vamos ler na página 239 o
quadro referente à agricultura tradicional.

A agricultura intensiva é um sistema de produção agrícola através do qual produzem-se


grandes quantidades de um único produto, por isso designa-se também monocultura
intensiva.

O conceito de agricultura intensiva implica maior uso de terras agrícolas para produzir os
maiores rendimentos possíveis para obter lucro e satisfazer as necessidades alimentares da
população.

Baseia-se num aumento do uso de fertilizantes e inseticidas, irrigação abundante,


tratamento de terras com máquinas pesadas, plantio de espécies de alto rendimento,
ampliação de áreas cultivadas, entre outros.

A maioria das grandes empresas agrícolas aplica a agricultura intensiva comercial e


considera-a como um simples negócio, tirando o máximo de cada pedaço de terra.
O trigo, o arroz, o milho, as batatas e os tomates são algumas das espécies cultivadas de
modo intensivo em regime de monocultura.

Características da agricultura intensiva:

● É um sistema agrícola que apresenta alta produtividade por hectar. Além do foco na
produtividade, há também preocupação com a redução do tempo entre o preparo do
solo e a colheita;

● Há uma intensa mecanização da produção;

● A mecanização reduz expressivamente a necessidade de trabalhadores, e a mão de


obra que é utilizada é especializada;

● Utiliza-se uma grande quantidade de fertilizantes e corretores do solo

● Há o investimento em técnicas e tecnologias, como biotecnologia (modificação


genética de sementes e plantas), irrigação, terraceamento, drenagem dos solos,
entre outros;

Vantagens:
● Origina-se grande quantidade de produto;
● Custo reduzido dos produtos

Desvantagens:
● Elevada utilização de produtos químicos
● Decadência e contaminação dos solos
● Problemas de saúde
● Afeta a diversidade biológica

Uma das técnicas muito utilizadas é o sistema de monoculturas em estufa, visto que
mantém um ambiente favorável às plantas em crescimento, embora altere,
consideravelmente, o ambiente natural.

Este tipo de agricultura recorre a recursos renováveis e a técnicas agrícolas não poluentes
com o objetivo de proteger e preservar o meio ambiente, é baseada no equilíbrio dos
sistemas agrários e não é permitida a utilização de fertilizantes sintéticos, de pesticidas e de
hormonas de crescimento.

Vantagens: (página 241)


● Produz alimentos saudáveis ricos em nutrientes
● Fertiliza o solo, reduzindo a desertificação
● Usa racionalmente a água e preserva os aquíferos
● Reduz o impacte sobre a biodiversidade
● Respeita a vida selvagem e os ambientes naturais
● Preserva a vida rural
● Protege a saúde do agricultores
● Permite uma autêntica segurança alimentar

Desvantagens:
● São mais caros que os produtos da agricultura intensiva
● Por vezes os produtos apresentam pior aspeto, um aspeto mais natural
● Têm menor prazo de validade

A degradação dos solos consiste em tudo aquilo que está relacionado com a destruição do
mesmo.

O solo é o meio essencial ao crescimento de plantas, é aqui que se fixam as raízes,


absorvendo as substâncias nutritivas.

Vamos agora estudar a composição do solo: gráfico página 242


São formados por uma mistura complexa de minerais e de componentes orgânicos , sendo
estes 50% do volume total. A água e o ar constituem a outra metade sendo cada um mais
ou menos 25%.

A erosão dos solos é um processo natural, mas a ação humana é responsável pela
aceleração deste processo.
Em que consiste a desertificação?
É uma consequência do clima e das ações antrópicas e consiste na perda da parte superior
do solo, deixando terrenos agrícolas sem a possibilidade de serem cultivados.

A degradação dos solos pode resultar de vários fenómenos:


● Erosão ou desertificação dos solos
● Utilização de tecnologias inadequadas
● Falta de práticas de conservação de água do solo
● Destruição da cobertura vegetal

Conclusão:

A intervenção humana na biosfera tem desencadeado inúmeras alterações nos


ecossistemas. A criação de áreas protegidas da sobre-exploração humana, abrangendo
ecossistemas com grande diversidade biológica, tem aumentado não só em Portugal mas
sim por todo o mundo.

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Dric-azul
Gabi-laranja
Nocas-verde

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