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DEPARTAMENTO DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE TERRITÓRIO

BIODIVERSIDADE

GRUPO Nº 04
Elementos do Grupo:
 Niria Henriques
 Uriel Xavier
 Sabina Feliciano
 Herineo Damião
 Valter Cabinda
2º Ano
Disciplina: Ambiente
DOCENTE
____________________
Rebeca Santos

BENGUELA, 2022
INTRODUÇÃO
A biodiversidade deriva de duas palavras ‘BIO’, que significa ‘VIDA’ e
‘DIVERSIDADE’, que significa ‘VARIABILIDADE’.
Esse termo foi criado em 1985 a partir da junção das palavras e posteriarmente,
em 1986, foi uilizada em um relatório apresentado pelo entomologista E.O.Wilson.
Refere-se a variabilidade de vida quando a biodiversidade é alta, significa que
existem muitos tipos de organismos e espécies.
Essa variabilidade aparece apenas como resultado da natureza em si, sem sofrer
intervenção humana. Assim ela pode variar de acordo com as diferentes regiões
ecológicas.
Falar em biodiversidade é falar da riqueza de espécies de uma região bem como
das variações ocorrentes nessas espécies. Todas as áreas do planeta apresentam
biodiversidade, entretanto, em algumas regiões, ela é maior, porém isso não significa que
sua importância seja diminuída quando em menor, quantidade. Cada espécie tem seu papel
na natureza e é fundamental para o equilíbrio do ecossistema.
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade pode ser definida, de maneira resumida, como a riqueza
de espécies de um ecossistema. Esse conceito relaciona-se com o número de espécies de
um local, mas também com a variação entre organismos da mesma espécie e sua
abundância. Utilizado como sinônimo de diversidade biológica.
A biodiversidade refere-se também a variação de forma da vida. Pode ser
usado para descrever a variação da vida em um único ecossistema, região geográfica ou
planeta inteiro.

Fonte: Google Imagens 2022

Biodiversidade é a grande variedade de formas de vida (animais e vegetais)


que são encontradas nos mais diferentes ambientes.
O número de espécies vegetais e animais apresentam maior concentração nas
áreas tropicais do planeta. Calcula-se que no Brasil estão concentrados 2/3 das espécies
de plantas e animais existentes na superfície da Terra, constituindo a região de maior
biodiversidade do mundo.
A biodiversidade é responsável por garantir o equilíbrio das espécies em todo o
mundo, e a ligação estreita que existe entre os seres e o ambiente resulta em sistemas
complexos, os ecossistemas, que reúnem factores vivos (plantas, animais- incluindo o
ser humano e micro-organismos) e por factores não vivos (luz, águas, ar, sol etc) que se
relacionam entre si em equilibrio realizando trocasa de energia e de matéria. As
florestas, a catinga, a tunda, os cerrados, os rios, os oceanos, os lagos são alguns
exemplos de ecossistemas. A soma de todos os ecossistemas existentes na Terra forma a
biosfera camada da atmosfera que engloba os seres vivos.

Tipos de biodiversidade
Actualmente, a biodiversidade é considerada em três níveis:
 Diversidade de espécies: É a riqueza de espécies existentes.
 Diversidade genética: É a diversidade de genes entre os indivíduos de
uma espécie.
 Diversidade de ecossistemas: É a diversidade de ecossistemas nos quais
as comunidades biológicas habitam e interage.

Ameaças à biodiversidade na atualidade:

Fonte: Google Imagens 2022

Poluição: desencadeia uma série de modificações no ambiente, as quais podem


dificultar o desenvolvimento de alguns organismos naquele local. A poluição da água,
por exemplo, pode desencadear a morte de várias espécies de peixes, plantas aquáticas,
algas e outras espécies, reduzindo, portanto, a biodiversidade local.

Introdução de espécies exóticas: espécies exóticas são aquelas que estão se


desenvolvendo em uma região que não é a sua área de ocorrência natural. A introdução
de novas espécies pode ser altamente prejudicial, uma vez que, ao achar um ambiente
adequado, sem predadores naturais, por exemplo, elas podem multiplicar-se de maneira
exagerada e competir com as espécies nativas, prejudicando o desenvolvimento destas e
podendo levá-las, inclusive, à extinção.

Desmatamento: provoca a destruição do habitat de inúmeras espécies. No


caso dos animais, por exemplo, eles podem tentar colonizar outras áreas, porém nem
sempre encontram um local adequado para o seu desenvolvimento.

Exploração excessiva dos recursos naturais: a sociedade atual destaca-se


pelo seu grande consumismo, o que leva a uma exploração excessiva de recursos
naturais.
De acordo com a WWW, “dados recentes demonstram que estamos utilizando
cerca de 50% a mais do que o que temos disponível em recursos naturais, ou seja,
precisamos de um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida atual”.

Mudanças climáticas: também atingem de maneira negativa os seres vivos e


ecossistemas do nosso planeta. Alterações nos regimes de chuva, intensificação de
alguns eventos climáticos, como tempestades, furacões e secas intensas, são alguns dos
problemas desencadeados pelas mudanças climáticas e que afetam negativa e
diretamente todos os seres vivos do planeta.

VARIAÇÕES GEOGRAFICAS DA BIODIVERSIDADE


Devido à curvatura da Terra e ao facto do planeta estar ligeiramente inclinado
sobre o seu eixo em relação ao Sol, diferentes regiões do planeta recebem diferentes
quantidades de energia solar ao longo do ano. Isso afeta a duração das estações quente,
fria, úmida e seca nessas diferentes áreas, bem como a temperatura, a umidade e outros
fatores ambientais que definem a região. Um foco de biodiversidade é uma região que
contém uma concentração excepcional de espécies endêmicas, mas está ameaçada pela
perda de habitat induzida pelo homem. Esses focos suportam perto de 60% das espécies de
plantas, pássaros, mamíferos, répteis e anfíbios do mundo. Muitas organizações globais
estão trabalhando para conservar esses focos de biodiversidade, como a World Wildlife
Foundation’s Global 200 e o Critical Ecosystem Partnership Fund. Um número
relativamente pequeno de países (17) tem menos de 10% da superfície global, mas suporta
mais de 70% da diversidade biológica da Terra. Países ricos em diversidade biológica e
conhecimento tradicional associado pertencem a um grupo conhecido como Like Minded
Megadiverse Countries (LMMC).

Fonte: Google Imagens 2022


Outra consequência da curvatura e rotação da Terra é que o ciclo
hidrológico distribui a água de forma diferente entre essas diferentes regiões. Assim há
discrepâncias marcantes na distribuição global de chuva e neve. Como resultado, as
diferentes regiões do planeta possuem conjuntos específicos de condições ambientais, o
que resulta em diferenças na vegetação predominante. Espécies residentes em diferentes
regiões são caracterizadas por adaptações específicas que permitem o sucesso sob o
conjunto particular de condições ambientais da região. As regiões podem ser amplamente
divididas em biomas terrestres e ecossistemas aquáticos.

DESTRUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE
A perda da biodiversidade envolve aspetos sociais, econômicos, culturais e
científicos. A situação é particularmente grave na região tropical.
Populações humanas crescentes e expressões econômicas estão levando a uma
ampla conversão das florestas tropicais em um mosaico de habitantes alterados por ação
humana. Como resultado da pressão de ocupação humana, a Mata Atlântica ficou
reduzida a menos de 10% da vegetação original. Os principais processos responsáveis
pela perda da biodiversidade são:

Fonte: Google Imagens 2022

 Perda e fragmentação dos habitantes;


 Introdução de espécies e doenças exóticas;
 Exploração excessiva de espécies de plantas e de animais;
 Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de
reflorestamento;
 Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;
 Mudanças climáticas.
De um modo geral, o Mundo precisa de reconhecer que a perda da
biodiversidade e as mudanças nos ecossistemas induzidas por ações humanas, não
constituem apenas problemas ambientais, mas também da humanidade depende de
ações urgentes de preservação da nossa riqueza natural, para que as próximas gerações
possam contemplar e beneficiar-se dos serviços que a natureza continuamente
proporciona.

IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO DA


BIODIVERSIDADE
A biodiversidade é importante em diversos aspectos. De acordo com a
Convenção sobre diversidade biológica a biodiversidade apresenta valores ecológico,
genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético.
No que diz respeito à importância ecológica, os motivos são claros: cada
espécie do planeta apresenta uma papel no ecossistema.
As plantas, por exemplo, são a base de toda a cadeia alimentar, além de
servirem de moradia para algumas espécies e fornecerem oxigênio no processo de
fotossíntese. Quando uma espécie entra em extinção, todo o ecossistema local é
impactado. A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como
sabemos, os seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos,
medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar é garantir, portanto,
que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente permaneça em
equilíbrio.
Apesar de saber da importância da biodiversidade, o ser humano ainda é
responsável pela sua destruição. A poluição, o desmatamento e a exploração exagerada
são algumas ações responsáveis pela redução da biodiversidade do planeta.

CONSERVAÇÃO EM ANGOLA
Actualmente 12,9% da superficie terrestre de Angola encontra-se sob proteção
legal, num total de 15 áreas de conservação, dentre as quais 9 parques nacionais (
Maiombe, Quissama, Cangandala, Bicuar, Mupa, Iona, Camaia, Mavinga, e Luengue-
Luiana), 1 parque regional ( Chimalavera), 2 reservas parciais ( Namibe e Búfalo) e 2
reservas naturais integrais ( Luando e Ilha dos Pássaros).
A maior parte da actual rede de áreas de conservação de Angola foi iniciada
nos anos 30, com o objectivo de proteger a grande fauna selvagem e algumas especies
icónicas como a Welwitschia Mirabilis ou a Palanca Negra Gigante, mas não
representam a totalidade da variedade de ecossistemas do país nem incluem as áreas de
maior importancia para a biodiversidade (hotspots). Em 2011, acrescentaram-se tres
novas áreas de conservação (Maiombe, Luengue-Luiana e Mavinga), protegendo assim
importantes áreas de florestas tropicais e savanas. Algumas áreas de importante valor
ecológico e endémico como o Morro Moco, a Floresta da Cumbira e a Serra de Pingano,
estão em processo de ser integradas na rede de áreas de conservação nacional.

Fonte: Google Imagens 2022


Todas as areas de conservação de Angola tem gestão do Governo, com
excepção do Parque Nacional do Iona que desde Janeiro de 2020 assinou um acordo de
co-gestão com a organização African Parks, Nos últimos 10 anos Ecoturismo nas suas
actividades de gestão, tendo este objectivo sido alcançado para os parques nacionais da
Quissama e do Iona.
CONCLUSÃO
Em sintese biodiversidade, ou diversidade biológica, pode ser definida como a
variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e
outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte. Essa
variabilidade aparece apenas como resultado da natureza em si, sem sofrer intervenção
humana. Assim, ela pode variar de acordo com as diferentes regiões ecológicas. Refere-
se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro
das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna,
de fungos microscópicos e de micro-organismos.
Pode-se compreender, do termo "conservação", a manutenção dos recursos que
constituem a terra, bem como os seres vivos que a compõem, dentre eles, o
homem. Difere-se da preservação (que exclui o fator humano para que seja possível a
manutenção supracitada), considerando que o homem, principal responsável pela
degradação do meio ambiente, é parte dele.
A biodiversidade refere-se tanto ao número de diferentes categorias biológicas
quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E
inclui variabilidade ao nível local, complementaridade biológica entre habitats e
variabilidade entre paisagens. Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou
biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da
biodiversidade para a sua sobrevivência.
REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS
CARVALHO, José Cândido de Melo. A Conservação da Natureza e Recursos
Naturais no Mundo e no Brasil, In: Simpósio sobre Conservação da Natureza e
Restauração do Ambiente Natural, publicado no Suplemento dos Anais da Academia
Brasileira de Ciências, vol. 41, Rio de Janeiro, 30/09/1969, p. 7;
FERREIRA, H. C. H.; CARNEIRO, M. J. Conservação ambiental, turismo e
população local. Caderno EBAPE.BR. vol.3 no.3 Rio de Janeiro, 2005.
Franco, José Luiz de Andrade (Novembro 2013). «O conceito de
biodiversidade e a história da biologia da conservação:da preservação da wilderness à
conservação da biodiversidade.». Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal,
Brasil;
Biodiversidade – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Veja mais sobre "Biodiversidade" em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/biodiversidade.htm

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