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Em tempos de busca pela sustentabilidade dos sistemas agropecuários frente às

mudanças climáticas e ao aumento dos custos de produção, a agricultura


conservacionista, que reúne um complexo de tecnologias de caráter sistêmico para
preservar e restaurar ou recuperar os recursos naturais com o manejo integrado do
solo, da água e da biodiversidade compatibilizados com o uso de insumos externos, se
mostra como caminho viável e necessário para que o produtor rural garanta a
eficiência e a rentabilidade da produção e ainda preserve o meio ambiente.

Independente do sistema de produção e da região, a agricultura conservacionista


segue três preceitos fundamentais: a redução ou supressão de mobilização de solo; a
manutenção de resíduos culturais na superfície do solo; e a diversificação de espécies,
em rotação, consorciação e/ou sucessão de culturas.

Quanto menor o revolvimento do solo, menor é a exposição desse solo à erosão e às


perdas de matéria orgânica e de carbono por oxidação. Além disso, há menos gasto de
energia e combustível com o revolvimento do solo. “Sempre quando se fala em
agricultura conservacionista, é interessante ter isto em mente: revolver o mínimo
necessário e manter o solo coberto o máximo de tempo possível, seja com resíduos
ou com plantas vivas, e permeado por raízes. Manter o solo coberto é protegê-lo”,
ensina o pesquisador Marcos Aurélio Carolino de Sá, da Embrapa Cerrados (DF), que
estuda a agricultura conservacionista no Bioma Cerrado.

Além dos três preceitos, uma série de práticas rigorosas são contempladas pela
agricultura conservacionista. As principais são apresentadas a seguir:

• Não queimar restos culturais – Isso permite a cobertura do solo e posterior


incorporação de carbono ao solo
• Manejo Integrado de Pragas (MIP) – É um importante auxiliar em sistemas
conservacionistas de uso e manejo do solo.
• Controle de tráfego mecânico, animal e humano sobre o solo agrícola
– Contribui para minimizar a compactação do solo.
• Precisão na aplicação de insumos agrícolas – A aplicação de adubo conforme
a análise do solo e o uso de defensivos de acordo com a necessidade para o
controle de pragas e doenças são dois bons exemplos.
• Aptidão agrícola das terras – Antes de produzir numa área, deve ser observada
a sua aptidão agrícola, fazendo-se o uso mais racional a partir de suas
características e potencialidades.
• Capacidade de utilização do solo – No Cerrado, as lavouras de grãos
atualmente mais produtivas estão sobre Latossolos de textura argilosa e muito
argilosa, onde há maiores teores de matéria orgânica do solo (MOS).
• Diversificação de sistemas de produção – Segundo Sá, a diversificação é
positiva do ponto de vista ambiental, por evitar o monocultivo.
• Adição de material orgânico ao solo – O solo tem uma capacidade de
decompor matéria orgânica por meio da atividade microbiana.
• Redução ou supressão do intervalo de tempo entre colheita e semeadura
(processo colher-semear) – Preconizado fortemente para o Sul do Brasil, o
processo de colher uma cultura e imediatamente semear outra tem o intuito de
deixar o solo o menor tempo possível descoberto.
• Implantação de práticas mecânicas e/ou hidráulicas – O pesquisador salienta
que em um sistema conservacionista, não basta fazer apenas Plantio Direto,
sendo necessário adotar um conjunto de ações integradas, para que o sistema
seja caracterizado como Sistema Plantio Direto.
• Cordões vegetados – São uma alternativa ao terraceamento, com cordões de
vegetação permanente de espécies como capim elefante, cana de açúcar ou
feijão guandu, que podem quebrar a velocidade de escorrimento da enxurrada e
tendem a favorecer a infiltração de água
• Quebra-ventos – São barreiras formadas por árvores que cortam a velocidade
principal dos ventos.
• Áreas de culturas perenes – Em culturas como o café e as frutíferas, os
princípios e práticas conservacionistas são os mesmos: manter o solo coberto
e permeado por raízes na maior parte do ano; minimizar o revolvimento do solo;
e fazer o cultivo em nível, pois as linhas de plantio passam a funcionar como
pequenos terraços, interceptando a velocidade de escorrimento da enxurrada.
• Pecuária – Nos sistemas pecuários, o conservacionismo envolve o
planejamento do local das cercas e estradas, a distribuição de cochos e
bebedouros nas pastagens, de modo a evitar a erosão, entre outras medidas.
• Não usar fogo em pastagens – Ainda comum em áreas de pastagens
contínuas no Cerrado, o fogo pode ter efeitos drásticos em áreas mais
acidentadas.

Ecossistema é o conjunto dos organismos vivos e seus ambientes físicos e químicos.

O termo ecossistema é originado a união das palavras "oikos" e "sistema", ou seja, tem
como significado, sistema da casa. Ele representa o conjunto de comunidades que
habitam e interagem em um determinado espaço.

Os componentes dos ecossistemas são: oi

• Fatores bióticos: Todos os organismos vivos. Produtores primários,


consumidores, decompositores e parasitas.
• Fatores abióticos: Ambiente físico e químico que fornece condições de vida.
Nutrientes, água, chuva, umidade, solo, sol, ar, gases, temperatura,etc.

O ecossistema é a unidade básica de estudo da Ecologia.

Tipos de Ecossistemas

Os ecossistemas são divididos em:

• Ecossistemas terrestres: São representados pelas florestas, desertos,


montanhas, pradarias e pastagens.
• Ecossistemas aquáticos: Compreendem os ambiente de água doce como
lagos, mangues, rios. Além dos ambientes marinhos como os mares e
oceanos.

Ao conjunto de ecossistemas terrestres damos o nome de bioma. Os biomas são


ecossistemas com vegetação característica e um tipo de clima predominante, o que
lhes confere um caráter geral e único.

Exemplos de Ecossistemas
Os ecossistemas apresentam diferentes escalas. Não existe tamanho para se definir
um ecossistema.

O maior ecossistema que existe é a biosfera. Ela reúne todos os ecossistemas


existentes. Refere-se à camada da Terra habitada pelos seres vivos e onde os mesmos
interagem.

Os ecossistemas também podem ser mais simples. Por exemplo, uma poça de água é
um ecossistema, pois nela existem diversos microrganismos vivos que interagem
entre si e com fatores do ambiente.

As florestas tropicais representam os ecossistemas mais complexos, dada a


grande biodiversidade e inúmeras relações ecológicas entre os seres vivos e os
fatores abióticos.

Ecossistemas Brasileiros

O Brasil apresenta grande extensão territorial, isso confere diferentes tipos de clima e
de solo, resultando em diferentes condições ambientais e ecossistemas.

Os principais ecossistemas brasileiros são:

• Amazônia: O maior ecossistema brasileiro. Abrange, aproximadamente, 60% do


território do Brasil.
• Caatinga: Compreende o Nordeste do Brasil. Apresenta vegetação adaptada às
secas.
• Cerrado: O segundo maior bioma brasileiro em extensão. Abrange os estados
do Amapá, Maranhão, Piauí, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Bahia.
• Mata Atlântica: Corresponde a 15% do território brasileiro. É o ecossistema
mais ameaçado do Brasil.
• Mata dos Cocais: Abrange parte do Nordeste. Representa uma vegetação de
transição entre a floresta amazônica e a caatinga.
• Pantanal: Localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil. É considerado a maior
planície inundável do mundo.
• Mata de Araucárias: Abrange a região Sul do Brasil. É característico pelo
predomínio do pinheiro-do-paraná, conhecido como Araucária.
• Mangue: É característico de regiões alagadiças do ambiente de encontro entre
águas doces e marinhas.
• Pampa: Presente no estado do Rio Grande do Sul. Tem como características a
presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno
porte.

Fluxo de energia e ciclagem de elementos

A transformação de energia mais importante nos ecossistemas é a conversão


da luz solar em energia química através da fotossíntese.

Por meio da cadeia alimentar, a energia passa através do ecossistema.


A cadeia alimentar representa o percurso de matéria e energia no ecossistema.
Ela inicia com os seres produtores, passa pelos consumidores e termina nos
seres decompositores.

A cadeia alimentar é importante porque garante a sobrevivência do


ecossistema, auxiliando na absorção de nutrientes e de energia pelos
organismos vivos.

As pirâmides ecológicas representam o fluxo de energia e matéria entre os níveis


tróficos. Através delas, observamos que a energia vai diminuindo a cada nível
trófico sucessivamente acima.

Além da energia, os organismos ajudam a transportar elementos químicos através


dos ciclos biogeoquímicos que ocorrem nos ecossistemas.

Eles representam o movimento dos elementos químicos entre os seres vivos e a


atmosfera, litosfera e hidrosfera do planeta.

O agroecossistema é todo o espaço modificado pelo ser humano para a


produção agrícola, que leva em conta todos os elementos bióticos e abióticos
que auxiliam na sua produção. Seus estudos buscam entender os processos
naturais de manutenção e de produtividade no meio rural, buscando um
equilíbrio com o ecossistema nativo da região, preservando a produção e a
biodiversidade em seu entorno.
Uma plantação agrícola normalmente tem uma menor biodiversidade quando
comparada a uma floresta. Contudo, esse espaço de terra ainda é um
ecossistema, sendo um lugar de abrigo e de equilíbrio entre espécies (quando
não existem pragas), e de inter-relação com os ecossistemas em sua borda.

A ideia central do agroecossistema é estudar os processos de manutenção e


da produção no meio rural a médio e longo prazo. Com isso, diversos estudos
de como aumentar a produção das atividades, seguindo as diretrizes do seu
empreendimento (uma agricultura sustentável, por exemplo) são realizados,
tentando melhorar as condições da plantação e a biodiversidade de seu
entorno.
Além disso, um agroecossistema busca estudar métodos de influenciar
positivamente o seu sistema agrícola, modificando o ecossistema a sua volta e
gerando um círculo que se retroalimenta em benefícios. Por exemplo, para
evitar que sua plantação seja alvo de pragas, é possível modificar o
ecossistema desse espaço, introduzindo espécies que irão se alimentar desses
invasores, evitando grandes perdas em sua plantação sem usar pesticidas e
sem contaminar os ecossistemas em seu entorno.

A importância dos agroecossistemas

A importância dos agroecossistemas é que, ao focar no lucro e produção, ele também


procura analisar os elementos bióticos e abióticos ao seu redor. Seu foco é
principalmente produzir a longo prazo, com efeitos mínimos a biodiversidade, e ao
meio ambiente.
Os estudos agroecossistêmicos, possuem quatro principais propriedades: a
produtividade, sustentabilidade, equidade e estabilidade, onde são avaliados se as
metas do empreendimento estão sendo atingidas.

Um exemplo de indicador para avaliar se um agroecossistema é sustentável ou não, é


o Marco para a Avaliação de Sistemas de Manejo de Recursos Naturais Incorporando
Indicadores de Sustentabilidade – MESMIS. Nele, são levados em consideração a
produtividade, a estabilidade, resiliência, confiabilidade e adaptabilidade, equidade e
auto-dependência. Esses pontos buscam responder lacunas de três áreas de
avaliação: a ambiental, social e econômica, sendo definidos critérios de avaliação para
cada uma delas.

Esse agroecossistema busca não só trocar os insumos químicos por orgânicos, e sim
se apropriar e utilizar os processos vivos e naturais a seu favor, usando delas uma
ferramenta vital para a manutenção da sua plantação.

Nesse caso, são empregadas medidas como a produção de biofertilizantes, a proteção


da biomassa e da fauna presente no solo, o manejo do solo com a plantação de
leguminosas e gramíneas.

Também temos o estudo agroecossistêmicos de várias outros agrossistemas, como:


os tradicionais, que normalmente são utilizados mão de obra familiar e com baixa
tecnologia e voltado para subsistência; os modernos, voltado para o comércio e com
um grande uso de tecnologias, intensa produção, uso de agrotóxicos e de maquinarias
modernas; e os alternativos que apresentam uma agricultura orgânica, sem o uso de
defensivos agrícolas artificiais, voltado para a preservação e equilíbrio socioambiental.

Principais diferenças entre ecossistema e agroecossistema

Enquanto o ecossistema é uma área que busca compreender a interação entre


diferentes comunidades de um local com o ambiente e si próprios, o agroecossistema
estuda esse mesmo tópico, mas em ambiente alterado pelo homem para a produção
de alimentos.

Os solos são corpos naturais formados pela desagregação das rochas, eles são
variados e formados pela desintegração das partículas que compõem a rocha, o nome
desse processo é intemperismo. Os solos são classificados de diversas formas, como
quanto à textura e à presença de areia ou argila em sua composição, e esta é
influenciada pelos elementos presentes neles.

Os solos são a base para o desenvolvimento das plantas e animais, ou seja, são base
da biodiversidade e também para as atividades econômicas, principalmente o setor
primário — agricultura, pecuária e extrativismo.

Formação do solo
O solo é definido como um corpo naturalcomposto por substâncias orgânicas e
inorgânicas presente na superfície terrestre e oriundo da desagregação das rochas. O
processo que dá origem à formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, a
desagregação das partículas das rochas e minerais que altera suas propriedades
químicas.

São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha
matriz ou rocha mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos
presentes no lugar de origem do solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área.
Todos esses elementos agem em conjunto ao promoverem a separação das partículas
das rochas.

Assim o solo é formado por meio de processos que fazem a desintegração de


partículas, promovendo sua evolução e seu crescimento. Esses processos levam em
conta a infiltração de água ou a descompactação de partículas por outros elementos
físicos ou químicos, e, assim, o solo vai aumentando, crescendo, desenvolvendo-se,
pois, quanto mais profundo é o solo, mais desenvolvido ele é. Para saber mais sobre
esse processo, acesse: Formação dos solos.

Tipos de solo

Os tipos de solo variam de acordo com a localização, seu processo de formação e as


condições do ambiente onde ele se formou. Alguns tipos mais comuns são:

• Solos arenosos: com muita presença de areia e pouca umidade, são


comuns em regiões tropicais. Micro-organismos e plantas vivem com mais
dificuldade neles devido à ausência de água.

• Solos argilosos: são menos arejados e mais compactados, portanto, são mais
úmidos, pois a água fica retida por mais tempo neles devido à sua lenta
infiltração.

• Solos siltosos: apresentam alta concentração de silte e são erosíveis, pois não
se apresentam estáveis ou compactados. Suas partículas são bastante leves,
pequenas e soltas

Composição do solo
• A composição do solo é variável de um tipo de solo para outro, pois
os elementos químicos presentes na sua composição variam por meio de
fatores como: umidade, Sol, vento, organismos vivos, clima e até a presença de
biodiversidade. No entanto, encontra-se na composição dos solos, de modo
geral, 45% de elementos minerais, 25% de ar, 25% de água e 5% de matéria
orgânica.
• O solo é composto por três fases distintas: sólido, que
compreende matéria orgânica e inorgânica; líquido, que é a
solução do solo ou água do solo; e gasoso, que é o ar do solo.
As matérias orgânica ou inorgânica compreendem partículas
minerais do solo, originadas do intemperismo da rocha, ou seja,
da sua desintegração. Há também materiais orgânicos
provenientes de animais e plantas, que entram em
decomposição e formam a camada de húmus (primeira camada
do solo).
• Cada horizonte dos solos possui composições diferentes,
observe:
• Horizonte O – Camada com alta presença de matéria orgânica,
água, animais e plantas.
• Horizonte A – Mais escura por possuir matéria orgânica, água e sais minerais.
• Horizonte B – Acumula sais minerais e materiais dos horizontes O e A, possui
presença maior de ar.
• Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do
horizonte D; grande presença de ar.
• Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo.
• O líquido compreende a água infiltrada, escoada ou presente no lençol freático.
Geralmente as plantas retiram do solo a quantidade de água necessária à sua
sobrevivência. Nem toda água que chega ao solo fica disponível às plantas,
pois ela pode continuar a infiltrar, abastecendo outros mananciais d’água.
O gasoso é constituído pelo ar presente nos poros dos solos; à medida que há
maior presença de argila no solo, menor é essa porosidade.

Classificação do solo

No Brasil há o predomínio de três tipos de solos, os latossolos, argissolos e neossolos,


que juntos abrangem cerca de 70% do território nacional, segundo o Sistema Brasileiro
de Classificação de Solos (SiBCS) - IBGE. Os latossolos e argissolos ocupam
aproximadamente 58% da área e são solos mais profundos, altamente intemperizados,
ácidos e de baixa fertilidade natural. Em certos casos, também ocorrem solos de
média a alta fertilidade, em geral pouco profundos em decorrência de seu baixo grau
de intemperismo. Estes se enquadram principalmente nas classes dos neossolos,
luvissolos, planossolos, nitossolos, chernossolos e cambissolos.

Os solos apresentam grande variedade química, física e biológica em sua composição.


São 13 classes contidas no sistema de solos brasileiro. São exemplos:

• Argissolos

• Cambissolos

• Chernossolos

• Esposossolos

• Gleissolos

• Latossolos

• Luvissolos

• Neossolos

• Notssolos
• Organossolos

• Planossolos

• Plintossolos

• Vertissolos

Importância do solo

O solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre e é muito importante para


o desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas. Ele é a base para
todos os objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos com a natureza.
Sua função não se resume à base da agricultura ou do plantio, pensando no aspecto
do cultivo de culturas.

O solo é aproveitado para diversas atividades econômicas, como a exploração de


recursos minerais e energéticos, pois é dele que retiramos minerais, rochas e minérios
usados no dia a dia e que servem de matéria-prima para a atividade industrial, da
construção civil e para a produção de objetos do nosso uso diário.

O solo também é um importantearmazenador de água, pois é por meio dele que ocorre
o processo de infiltração e, consequentemente, o abastecimento dos lençóis freáticos,
dos aquíferos e o surgimento de nascentes.

Por promover uma interação completacom a hidrografia, a atmosfera, as rochas e os


minerais e até os organismos vivos, é um consenso que a qualidade de vida dos solos
influencia diretamente na qualidade de vida de todos os fatores bióticos (vivos) e
abióticos (não vivos) do planeta Terra.

Sendo assim, há um debate diário sobre o processo de manutenção e cuidado em


relação aos impactos ambientais no solo, no qual se discute políticas públicas de
preservação do solo e de seus recursos, por tratar-se de algo essencial à vida e ao
planeta de modo geral.

Plantio convencional e plantio direto:


vantagens e desvantagens

Como vimos, a grande diferença entre plantio convencional e plantio direto é que o

primeiro exige a preparação do solo de forma mais intensiva, enquanto o segundo é

conservacionista, mantendo a cobertura morta sobre o terreno. Os dois métodos são


muito utilizados no Brasil e têm vantagens e desvantagens, o que demanda muito

cuidado na escolha de um deles.

Por exemplo, o revolvimento do solo realizado no plantio convencional aumenta a

atividade dos micro-organismos que fazem a mineralização da matéria orgânica, o que

é importante para que os elementos naturais estejam ainda mais presentes na terra e,

por consequência, disponíveis para as plantas, o que é fundamental para a nutrição

delas.

No entanto, esse revolvimento também pode reduzir a fertilidade do solo por causa da

lixiviação, um fenômeno em que a terra e seus nutrientes são carregados pela água da

chuva, que “lava” o terreno. Além disso, esse tipo de preparo também exige mais

manutenção durante o desenvolvimento dos cultivos, já que é necessário fazer capinas

constantes para manter o solo limpo.

A umidade do terreno é um fator a ser avaliado para a escolha entre plantio

convencional e plantio direto. Como a cobertura morta acaba conservando a umidade

do solo, essa técnica não é indicada para culturas que podem ser prejudicadas por

essa condição e para áreas com pouca permeabilidade ou clima muito úmido

naturalmente.

Por outro lado, o uso da cobertura é muito eficiente para controlar a temperatura do

solo, reduzir a compactação, a erosão e a lixiviação no terreno e até mesmo para

diminuir a infestação de plantas daninhas. Tudo isso faz do plantio direto o sistema

ideal para agricultores preocupados em manter a sustentabilidade das suas áreas

produtivas.

Em se tratando de custos, o plantio direto tem implementação mais onerosa do que o

convencional porque exige a experiência de profissionais qualificados e de máquinas

específicas para esse tipo de processo. No entanto, após a implantação do sistema, os


ganhos podem compensar o investimento inicial, já que há uma redução significativa

das perdas relacionadas às condições do solo.

Vale ressaltar que, para o plantio direto, é fundamental utilizar a rotação de

culturas para que haja uma boa quantidade de palhada para o uso na cobertura morta.

De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o ideal é

que exista, no mínimo, 4 t/ha de fitomassa seca. Para ter segurança, é indicado

implantar sistemas de rotação com produção de 6,0 t/ha.

Como vimos, a diferença entre plantio convencional e plantio direto impacta em vários

fatores para a lavoura. Por isso, é importante analisar bem os prós e os contras de cada

método para escolher o mais adequado às espécies cultivadas e às características do

terreno e do clima em que você planta. Com isso, as chances de ter mais produtividade

e qualidade no campo só aumentam

FERTILIDADE

Quando falamos em fertilidade do solo, estamos nos referindo à capacidade que o

solo possui em fornecer às plantas todos os nutrientes necessários para seu

crescimento e geração de frutos, dependendo de cada espécie de vegetal. Durante a

maior parte da história, o ser humano depende da fertilidade natural do solo.

CORREÇÃO DO SOLO

A correção do solo é um processo adotado antes do plantio com o objetivo de corrigir


a acidez, tornar a terra mais fértil e preparada para o plantio das sementes e garantir o
desenvolvimento saudável das plantas e a produtividade das plantações.

Neste contexto, a análise do solo também é uma etapa fundamental para determinar a
fertilidade da terra, nutrientes em excesso ou em falta e sua acidez. O processo de
correção da acidez do ácido pode ser feito através de três técnicas: calagem,
gessagem e fosfatagem.

• Calagem
A calagem consiste na aplicação de calcário, com o objetivo de aumentar o pH do
solo. Como o calcário demora um tempo para ser absorvido e fazer efeito, o ideal é
que essa aplicação aconteça no período de pré-safra.

• Gessagem

Na gessagem, que pode ser feita junto com a calagem, a correção do solo acontece
através da aplicação de gesso agrícola para melhorar o ambiente radicular da terra.
Aqui, o principal objetivo é melhorar a absorção de água e nutrientes pelas raízes.

• Fosfatagem

Já a fosfatagem é a técnica que consiste na adição, total ou gradual, de fósforo ao


solo, com o objetivo de melhorar a produtividade das lavouras. O fósforo, assim como
o nitrogênio e o potássio, é um dos principais elementos para as plantações.

Correção do Solo e neutralização do alumínio

O excesso de alumínio e a baixa absorção de cálcio são características comuns aos


solos ácidos. Sendo assim, a correção do solo também é importante para neutralizar a
ação do alumínio, um dos responsáveis pela baixa performance das plantas, e repor o
cálcio.

Uma boa saída é a aplicação de fertilizantes, como o Ultra Corresolo, que sejam fonte
de cálcio e magnésio, elementos capazes de neutralizar o efeito tóxico do alumínio e
garantir um melhor efeito de calagem, tornar o solo mais aerado e permitir a
circulação de água.

Quais as vantagens da Correção do Solo?

A correção da acidez do solo traz inúmeras vantagens para os produtores agrícolas e


para o setor agrícola em geral. Basicamente, é possível dizer que os principais
benefícios obtidos com a calagem, a gessagem e/ou a fosfatagem são esses:

• Corrigir a acidez do solo;


• Neutralizar a toxicidade do alumínio;
• Reduzir os efeitos tóxicos do manganês;
• Melhorar a absorção de água e nutrientes;
• Aumentar a disponibilidade de cálcio e magnésio.

Em resumo, para que a correção do soloseja efetiva em tornar a terra mais fértil e
produtiva, invista em uma boa análise das deficiências e necessidades da área de
plantio, considere o tipo de cultura que será cultivada e invista nos produtos certos.

Como as máquinas potencializam os resultados na agricultura?

Embora a mecanização dos processos agrícolas tenha surgido para atender à


necessidade de produção de alimentos em maior escala, os impactos positivos no
desempenho da propriedade rural vão muito além desse fator.Ao investir
na tecnologia, o agricultor ganha no aproveitamento máximo dos recursos, reduzindo
de maneira significativa os desperdícios em todas as etapas de produção.O negócio
se torna mais competitivo, uma vez que as tarefas são executadas com mais
agilidade, menor número de falhas e especialmente menos impactos ambientais.
Nesse contexto, os consumidores também são beneficiados com os alimentos de
melhor qualidade entregues ao mercado.Além disso, com a modernização das
técnicas de produção, o gestor tem mais tempo para se dedicar ao planejamento e
outras atividades estratégicas para seu negócio. Hoje, acompanhar de perto todas as
ferramentas disponíveis no mercado e saber fazer boas escolhas na hora de investir
são peças-chave para o sucesso.Como mencionado, a mecanização agrícola gera um
ganho de produtividade sem que seja necessário maior esforço humano — o produtor
consegue fazer mais com menos. Logo, isso também permite o cultivo de áreas mais
abrangentes, ou seja, viabiliza a escalabilidade do empreendimento.Em plena era da
transformação digital, conhecer as expectativas do mercado e, sobretudo, os recursos
disponíveis para entregar produtos ou serviços de alta qualidade tornou-se uma
condição básica de sobrevivência. Por isso, a automatização de processos é a palavra
de ordem para resultados bem-sucedidos

Quais são as principais máquinas usadas na agricultura?

A implementação de recursos tecnológicos e máquinas modernas na agricultura é


cada vez mais comum. Isso porque, além de ampliar a capacidade produtiva, as
máquinas são grandes responsáveis pela otimização de tempo, redução de perdas e
maior lucratividade da empresa. Desse modo, saber quais são as principais
ferramentas para auxiliar seu trabalho é uma oportunidade para sair na frente da
concorrência. Obviamente, cada cultivo e propriedade possuem demandas
específicas, mas algumas máquinas são excelentes aliadas para a maioria dos
negócios.

Colheitadeira

As colheitadeiras são equipamentos que combinam a função de colheita e limpeza


dos grãos. No geral, o seu papel é garantir que o alimento seja coletado da maneira
mais eficiente possível, evitando desperdícios ou a perda de qualidade. Elas também
são capazes de separar os grãos da palha. Embora as colheitadeiras sejam um
maquinário comum no cenário agrícola, existem diversos modelos disponíveis no
mercado — são diferentes desenhos e funcionalidades para atender às demandas
específicas do grão trabalhado. Isso significa que o equipamento utilizado para
colheita de milho, por exemplo, não será o mesmo para lavouras de trigo ou aveia. É
preciso conhecer as funções de cada uma dessas ferramentas e entender como ela se
encaixa à sua produção.

Plantadeira

Outro equipamento agrícola indispensável para quem busca a otimização de


desempenho é a plantadeira, que consiste em um implemento agrícola responsável
por proporcionar as melhores condições ao plantio de partes já vegetativas. Isto é, ela
insere ao solo plantas que já alcançaram um certo nível de desenvolvimento. Por meio
desse equipamento, o agricultor consegue definir alinhamento e espaçamento ideal
entre suas mudas. Com isso, é possível evitar perdas e garantir o melhor
aproveitamento do terreno.

Semeadeira

Podemos definir como semeadeira a máquina desenvolvida para realizar a introdução


das sementes ao solo. Basicamente, elas realizam toda a operação de plantio:

• abertura de sulcos no solo;


• distribuição das sementes pelos sulcos;
• cobertura das sementes implantadas;
• compactação do solo ao redor do local de depósito das sementes.

Tudo isso obedecendo as quantidades certas e o espaçamento adequado para cada


tipo de cultivo. Lembrando que as semeadeirasdependem do acoplamento a um trator
agrícola para desempenhar sua função.

Pulverizadores

Os pulverizadores são os equipamentos responsáveis pela aplicação de fertilizantes e


defensivos na cultura. É um recurso importante, pois permite o controle da dosagem
necessária do insumo em cada área de interesse. Afinal, conforme a extensão da
propriedade, talvez não seja a melhor estratégia aplicar quantidades iguais de
determinado insumo. Com a precisão dessa ferramenta, o agricultor consegue não
apenas gerar as melhores condições de desenvolvimento da lavoura, como também
eliminar desperdícios.

Arados

Os arados são peça-chave para o plantio de qualquer tipo de lavoura. Isso porque sua
função é romper as camadas compactadas e preparar o solo para alcançar as
circunstâncias ideais de aeração, infiltração e armazenamento de água, absorção de
nutrientes, luz solar e, consequentemente, fertilidade. Nesse contexto, vale destacar
que existem recomedações sobre o modelo de arado para cada tipo de solo. Quando
eles são duros, secos e pegajosos, os discos lisos são os mais indicados. Já para
solos com pedras e tocos, a orientação é o uso dos arados de aiveca

O que são as atividades agropecuárias? São atividades do setor primário da economia,


desenvolvidas em ambiente rural e associadas ao cultivo de plantas à criação de
animais. Podem ser divididas em 3 tipos: Agricultura – que lida com o plantio de
vegetais. Pecuária – que envolve a criação de espécies animais. Silvicultura –
atividades comerciais que envolvem plantações de árvores destinadas ao comércio de
madeira.Hoje, para o Brasil, as commodities (esses produtos do setor primário da
economia) fazem parte de um dos pilares da economia. Por isso, a agropecuária é
fundamental para o país.

Quais são os sistemas agropecuários do Brasil? Existem 3 sistemas agropecuários


mais usados nas nossas terras. Como característica comum, eles possuem
rendimento elevado. Conheça as particularidades de cada sistema: Extensivo: Em
geral, as propriedades usam esse sistema para a subsistência. Ele é caracterizado
pelas técnicas mais tradicionais – geralmente não possuem muita tecnologia, com
mão-de-obra manual. Além disso, é muito comum em grandes propriedades. Intensivo:
Está cada vez mais comum esse tipo de sistema agrário. O cultivo dele é basicamente
comercial. Ele é caracterizado pelo uso intensivo da propriedade para gerar maiores
ganhos. Conta com tecnologias e técnicas mais sofisticadas. Para um melhor
aproveitamento da terra, geralmente é feito a “rotação de culturas” do solo. Ou seja,
uma parte do terreno fica em descanso para a sua recuperação, enquanto a outra é
usada. Desta forma, elas vão alternando.Atende as pequenas e as médias
propriedades. Plantation: Esse sistema agrário é aderido nas monoculturas tropicais,
como na cana-de-açúcar, cacau, algodão e outros. Ele foi herdado da tradição colonial
escravista nas grandes propriedades rurais, especialmente as canavieiras. São muito
comuns em grandes propriedades para que a monocultura gere bastante dinheiro, pois
são destinadas à exportação.

Como podemos dividir as lavouras? As lavouras são as plantações – usamos esse


termo quando nos referimos ao ato de plantar e cultivar algum produto. Costumamos
dividir as lavouras em permanentes e temporárias. Permanentes são aquelas que
possuem vegetação de porte arbóreo. Nesse tipo, nós não precisamos ficar plantando
sempre e mesmo assim teremos várias colheitas. Exemplos: safras de laranja, café,
uva, oliva e cacau. Temporárias são aquelas que possuem vegetação herbácea. Nesse
caso, você tem que plantar a cada colheita que faz. Por exemplo: safras de soja, trigo e
cana-de-açúcar.

Quais são os tipos de exploração? Direta – quando a exploração é feita pelo


proprietário. Indireta – quando o terreno é alugado num processo chamado
arrendamento. Agronegócio – está mais envolvido às etapas da produção
agropecuária, desde o plantio até o processamento industrial.

Quais são os fatores naturais que influenciam as atividades agropecuárias? Clima –


pela quantidade de chuva e variação de temperatura ao longo do ano. Disponibilidade
de água – porque o cultivo depende da pluviosidade e de recursos hídricos. Qualidade
do solo – existem solos “saudáveis” e “doentes”. Alguns são melhores para um tipo de
coisa e outros são melhores para outro tipo de plantação. Os impactos sobre o solo –
esse tópico está diretamente associado ao de cima. Dependendo do como você usa a
terra, ela vai perdendo nutrientes e precisa de recuperação. Relevo – cada local é
indicado para um tipo específico de plantação. Biodiversidade – esse fator também
influencia nas atividades agropecuárias.

Qual a estrutura agropecuária no Brasil? Em função do nosso processo histórico de


concentração de terras, existem muitas terras nas mãos de poucas pessoas e restante
das terras ficam nas mãos de muita gente. Ou seja, há uma concentração fundiária no
Brasil.

Quais são os principais produtos do Brasil? Das nossas lavouras temporárias, temos a
soja, a cana-de-açúcar, o algodão, o milho, o trigo e o arroz. Já das lavouras
permanentes, temos o café, o cacau, a laranja, a banana e a fruticultura irrigada.

O que é compostagem? A compostagem é um processo de preparo de fertilizante


natural, o húmus, a partir de resíduos orgânicos – dejetos animais, palhas, restos de
frutas e verduras, entre outros materiais. Esses resíduos são misturados e
amontoados visando à formação de montes ou pilhas de compostagem, as quais
passam por um manejo e monitoramento seguindo princípios técnicos.

Os lagos são um exemplo de ecossistema aquático? Sim, os ecossistemas aquáticos


são lagos,represas, mangues, rios, mares e oceanos.

Como são classificados os organismos que compõem um ecossistema? Produtores,


consumidores e decompositores.

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