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O Cerrado é um dos maiores polos de produção de carne e soja do mundo.

Com seus parceiros, a TNC


está atuando para que o bioma também seja um campeão global de conservação.

Nas paisagens amplas – e lindas – do Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Amazônia,
vivem milhares de espécies de animais e plantas que só existem nessa região. Também habitam o Cerrado mais
de 14 milhões de pessoas, muitas das quais dependem da agricultura e da pecuária para sobreviver e ajudar a
economia a crescer. A “savana brasileira” é, ainda, a caixa d’água do país: concentra as principais nascentes e
alguns dos mais importantes afluentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazonas,
Paraguai e São Francisco).

Esse equilíbrio entre o agronegócio e o meio ambiente, porém, tem sido tenso. A expansão desordenada das
atividades do campo provoca desmatamento, perda de habitats e ameaça a disponibilidade de água. Por
acreditar que a atividade econômica e a conservação podem andar juntas, a TNC trabalha em parceria com
governos, produtores rurais e empresas dos setores de soja e carne para tornar essas cadeias produtivas mais
sustentáveis.

Um caminho que já está dando certo é testar e difundir boas práticas agrícolas e pecuárias, para que os
produtores possam produzir mais nos trechos que já estão abertos e, ao mesmo tempo, ajudar as famílias a
restaurar a vegetação em áreas essenciais para rios e nascentes. Outra frente de ação que tem funcionado é a
articulação com empresas e associações do agronegócio, para definir compromissos abrangentes de compra e
financiamento sustentável da produção, além do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que ajudem a
cumprir esses compromissos.

A importância do Cerrado para a saúde do Brasil

Publicado em 22 de setembro de 2021por geolab

O Cerrado é um dos principais biomas brasileiros, ocupando 2.036.448 km² do território nacional. E
mesmo assim, ainda é um bioma pouco conhecido e valorizado. Até poucas décadas atrás o…
O Cerrado é um dos principais biomas brasileiros, ocupando 2.036.448 km² do território nacional. E
mesmo assim, ainda é um bioma pouco conhecido e valorizado. Até poucas décadas atrás o
Cerrado era considerado de pouca beleza e utilidade, o que acabou contribuindo com sua rápida
destruição. 
Apesar disso, hoje temos conhecimento de sua tamanha importância. Atualmente sua aparência é
considerada de rara beleza. Um verdadeiro mosaico de vegetação e rios com belíssimas cachoeiras,
sem contar a imensa variedade de animais. Em sua flora possui plantas que produzem frutos de
sabor peculiar, como o pequi, e outras tantas consideradas até mesmo medicinais. 
Não apenas, o Cerrado também é responsável pelo fornecimento de água, seja por suas águas
subterrâneas ou pelas nascentes de diversos rios que contribuem para importantes bacias
hidrográficas do país. 
A IMPORTÂNCIA DO CERRADO PARA A SAÚDE DO BRASIL

Apesar de ter mais ou menos a metade do tamanho da Amazônia, o Cerrado é composto por quase
o mesmo número de regiões ecológicas. Sua diversidade de ambientes está relacionada aos
diversos mosaicos de vegetação e sua localização central, que permite o contato com outros quatro
biomas brasileiros. 
Essas áreas de contato são chamadas zonas de transição, nas quais os biomas adjacentes
compartilham espécies e, geralmente, apresentam maior biodiversidade. 

DIVERSIDADE DE FAUNA E FLORA

A fauna do Cerrado é riquíssima. Vale ressaltar que, apenas entre os vertebrados, há mais de 800
espécies de aves e 1.200 peixes. Além disso, também podemos contabilizar 17% e 28% de
endemismo na fauna de répteis e anfíbios, respectivamente. Não apenas, se a fauna de vertebrados
ainda é pouco conhecida, a de invertebrados é ainda menos. Algumas estimativas apontam que
existem cerca de 90 mil espécies de invertebrados no Cerrado. 
E tem mais, alguns estudos estimam que o Cerrado seja responsável por abrigar 13% das
borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins de toda a Região Neotropical. 
A flora não fica para trás, já que o Cerrado é considerado uma das savanas de maior biodiversidade
do planeta. Aqui existem mais de 7 mil espécies de plantas vasculares. Também já sabe-se que
mais de 700 de suas espécies vegetais apresentam potencial de uso para a nossa sociedade. 
Não apenas, cerca de 900 espécies de fungos já são conhecidos. E mais, pesquisadores acreditam
que possam existir mais de 38 mil espécies no Cerrado. 

FORNECIMENTO DE ÁGUA DE QUALIDADE

O Cerrado possui uma importância imensa para todo o país, incluindo o equilíbrio hidrológico. Isso
acontece porque, apesar do clima semiárido e ambiente com períodos de deficiência hídrica, as
águas das chuvas penetram no solo e abastecem aquíferos e nascentes. 
Dessa forma, o solo da região é rico em água e, por vezes, chega a ser comparado a uma “caixa
d’água” para todo o continente.  Nele há grandes reservatórios subterrâneos, dos quais se destaca
parte do Aqüífero Guarani.
Este bioma também é responsável por fornecer água para diversas regiões do país, porque é nele
que nascem rios de diferentes bacias hidrográficas.  A água é um importante e valioso recurso
natural do Cerrado e, dentre suas valiosas funções ambientais, destacam-se a manutenção do
suprimento e a qualidade de água, serviços de extrema importância econômica e social.
Sabendo de tudo isso, é praticamente impossível não se preocupar com a preservação de uma área
tão bela, rica e importante para todos nós. E é com muito orgulho que a Geolab está presente nesta
área, sempre cuidando do meio ambiente através do nosso projeto Futuro Sustentável!

O Cerrado e a água no Brasil

A relação entre o Cerrado e a água no


Brasil é muito acentuada, haja vista
que esse bioma abriga nascentes de
vários rios e também abastece
importantes aquíferos.
Bacia do Rio Araguaia no ambiente do bioma Cerrado *
O Cerrado é considerado por muitos como um importante berço das águas do Brasil, tão
importante para a disponibilidade dos recursos hídricos no país quanto a Amazônia. O principal
motivo dessa consideração é o fato de esse domínio morfoclimático concentrar uma área que
abriga nascentes de importantes rios, beneficiando oito entre as doze grandes bacias
hidrográficas brasileiras.
Essa configuração natural rendeu ao Cerrado o título de “caixa d'água do Brasil”, pois os seus
domínios florestais seriam responsáveis por abastecer a maior parte dos rios e recursos hídricos
do país, incluindo aí importantes áreas de abastecimento. Segundo a ONG WWF Brasil, 90%
da população brasileira consome energia diretamente produzida no Cerrado ou fornecida por
alguma hidrelétrica cujas águas nascem nesse bioma. As águas do Cerrado também abastecem a
agricultura e a atividade industrial de boa parte do território brasileiro.
A vegetação do Cerrado também auxilia na captação das águas das chuvas para o
abastecimento de três importantes aquíferos, com destaque para o Aquífero Guarani, um dos
maiores do mundo em extensão e também em volume, responsável pelo abastecimento de boa
parte do Brasil e também de outros países.
Alguns dos mais importantes rios brasileiros possuem boa parte de suas nascentes na região do
Cerrado. O Rio São Francisco é um deles: ao todo, o Velho Chico possui cerca de 90% de suas
nascentes localizadas nesse domínio, que abriga, no entanto, cerca de 55% de seu leito, o que
nos permite incluir que as áreas desse bioma são grandes fornecedoras de recursos hídricos para
outras localidades.
Até mesmo a Bacia Amazônia não escapa: o rio Xingu, um dos muitos afluentes do Amazonas,
advém de nascentes do Cerrado, o que também acontece com a maior parte da Bacia Tocantins-
Araguaia e com as bacias do Paranaíba, do Atlântico Leste e Atlântico Leste Ocidental.
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A Bacia Platina, por sua vez, é também resultante de águas que surgem no Cerrado, que abriga
o início das bacias do Paraná e do Paraguai. Essas bacias juntam-se e formam a rede de
drenagem em questão, que envolve o Rio da Prata, um dos mais importantes da América do
Sul.
Por que o Cerrado abriga a origem de tantas nascentes e fontes de água?
Boa parte dessa configuração estratégica do Domínio Morfoclimático do Cerrado está na sua
posição e no relevo. Em termos de extensão, o Cerrado é a segunda maior formação vegetal da
América Latina, atrás apenas da Floresta Amazônica, ocupando, assim, uma posição central ao
longo do espaço natural e geográfico do continente sul-americano. Além disso, as formas de
relevo, sobretudo nas zonas planálticas, contribuem para o surgimento de nascentes de rios, que
rapidamente se deslocam para outras áreas, ao mesmo tempo em que possuem um grande
potencial hidrelétrico.
Embora apresente uma importância tão estratégica no que se refere à conservação dos recursos
naturais e hídricos, o Cerrado já foi amplamente devastado. Atualmente, esse bioma contém
menos de 20% de sua área original. Dessa forma, é preciso adotar medidas para a conservação
desse importante domínio florestal, pois de outra forma não é possível vislumbrar perspectivas
viáveis para garantir a sustentabilidade da água potável no país.

Crise da água no Brasil


A crise da água no Brasil ocorre em maior grau na região Sudeste e é
motivada por fatores naturais e também relacionados com a gestão pública.

O Brasil vive, atualmente, uma de suas


maiores crises de água
O ano de 2014 representou um marco para o Brasil, sobretudo para a região
Sudeste e, em menor grau, para as regiões Nordeste e Centro-Oeste. Como
resultado de uma forte seca e uma série de erros de planejamento, instalou-se uma
verdadeira crise da água no país, o que gerou a queda dos níveis dos
reservatórios de abastecimento de grandes cidades, com destaque para a cidade
de São Paulo, que vive um de seus momentos mais dramáticos em toda a sua
história.
Uma das causas para a crise da água é de ordem natural, pois embora o Brasil
seja o país com a maior quantidade de água per capita do mundo, a sua
disponibilidade é má distribuída ao longo do território. A região Norte, que
apresenta as menores densidades demográficas, possui cerca de 70% das
reservas nacionais. Para se ter uma ideia dessa relação, segundo o Serviço
Geológico do Brasil, apenas 1% de toda a vazão do Rio Amazonas seria suficiente
para atender em mil vezes o que necessita a cidade de São Paulo.
Todavia, é justamente onde existem menos reservas de água no país que reside a
maior parte da população e também onde acontece a maior parte das atividades
econômicas – industriais, comerciais e agrícolas. Assim, os sistemas de
abastecimento ficam cada vez mais sobrecarregados, tornando-se vulneráveis a
qualquer grande seca que ocorra. E ela ocorreu.
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Uma última causa para a falta de água, mais especificamente em São Paulo, está
relacionada com problemas de gestão pública e planejamento de infraestrutura. Em
2004, na renovação de sua concessão, a SABESP já sabia que a quantidade
limitada de água existente, bem como a grande dependência em relação ao
sistema Cantareira – o maior da região –, seria um grave problema nos anos
posteriores. Por isso, se obras de abastecimento tivessem sido realizadas, talvez o
problema pudesse ter sido evitado.
Atualmente, os sistemas de abastecimento de São Paulo sofrem baixas históricas,
com destaque para o próprio sistema Cantareira, que já teve de liberar suas
reservas do primeiro e do segundo volume morto. Com isso, um racionamento de
água parece ser a única solução a curto prazo, além da construção de novas
barragens e realização de obras de transposição local.
Os impactos da falta de água no Brasil são variados. Muitos analistas, em razão
das chuvas abaixo da média no início de 2015, apontam cenários caóticos caso
medidas urgentes não sejam tomadas. Além disso, vale lembrar que outras regiões
brasileiras, além do Sudeste, vêm passando pelo mesmo problema, o que gera
certa preocupação em torno da produção de energia, que, por ser em maior parte
fornecida por hidrelétricas, depende muito da disponibilidade de água no país.

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