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pesticidas agrí PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL

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 PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL

O Brasil é famoso por seu território continental e por seus diversos


ecossistemas. O país é também conhecido por possuir a maior diversidade
biológica do planeta. O gigantesco patrimônio ambiental do Brasil inclui
cerca de 13% das espécies de plantas e animais existentes no mundo.

O Brasil possui também as maiores reservas de água doce da Terra e um


terço das florestas tropicais. Quase um terço de todas as espécies
vegetais do mundo se concentram no Brasil. A Amazônia por si só abriga
aproximadamente um terço das florestas tropicais do mundo e um terço
da biodiversidade global, além da maior bacia de água doce da Terra.
Cabe ressaltar que 63,7% da região amazônica se encontra em território
brasileiro.

A conservação do meio ambiente brasileiro é um desafio, pois o


crescimento econômico do país aumenta a demanda por recursos
naturais. Utiliza-se mais a terra, extraem-se mais minerais e torna-se
necessário expandir a infraestrutura. Evidentemente, a agricultura, a
mineração e a realização de novas obras impactam o meio ambiente.

Nas conferências internacionais sobre o Meio Ambiente, há um embate


ideológico entre o mundo desenvolvido e o subdesenvolvido. Se torna
inviável preservar a natureza em espaços habitados por uma população
miserável. Alguém que encontra dificuldades para se alimentar não vai se
preocupar com as consequências das queimadas nas lavouras e do
desmatamento nas florestas; ações que resultam na emissão de gases
estufa.

Por outro lado, as mudanças climáticas agravam ainda mais a miséria. Na


maioria dos casos, as pessoas que mais sofrem as consequências dos
desastres naturais e dos eventos climáticos extremos – inundações,
furacões, deslizamentos, etc. – são os pobres. Mesmo quando sobrevivem
à tragédia, muitas vezes acabam perdendo todos seus bens materiais: o
pouco que se acumulou após anos de trabalho pode ser perdido algumas
horas.

As mudanças climáticas dificultam a redução da pobreza no mundo e


ameaçam a sobrevivência física de milhões de pessoas. Em outras
palavras, é praticamente impossível dissociar a preservação ambiental da
péssima qualidade de vida de milhões de seres humanos.

A riqueza material também pode causar mudanças climáticas, pois uma


pesada pegada ecológica e de carbono exerce pressão sobre o ambiente e
o clima.

O Brasil vem apresentando melhorarias em alguns indicadores


ambientais. Apesar de tal progresso, ainda há grandes desafios que o país
precisa superar.

A Floresta Amazônica e o desflorestamento

Desflorestamento da Floresta Amazônica

O desflorestamento e a degradação produzem mais de 10% das emissões


mundiais de carbono.

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo. Abrange 6,9


milhões de quilômetros quadrados em nove países sul-americanos (Brasil,
Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana
Francesa). No Brasil, cobre 49% do território nacional e faz parte de nove
estados brasileiros: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia,
Roraima, Amapá, Tocantins e Maranhão.

A Floresta Amazônica compreende a maior biodiversidade do mundo, que


inclui mais de cinco mil espécies de árvores, três mil de peixes, 300 de
mamíferos e 1,300 de pássaros. Além disso, conta com um quinto da
disponibilidade de água potável do mundo - a maior bacia hidrográfica do
planeta. No território brasileiro da Floresta Amazônica habitam 20 milhões
de pessoas, entre elas, 220 mil indígenas de inúmeras tribos.
Na Floresta Amazônica, há muitas espécies em perigo de extinção. A
Amazônia sofre um ritmo acelerado de destruição. Na década de 1970, o
governo brasileiro, com o objetivo de desenvolver essa região e integrá-la
ao restante do país, criou inúmeros incentivos para que milhões de
brasileiros passassem a habitá-la. Contudo, os limites de propriedades
não foram claramente delineados e o caos fundiário passou a ser uma
realidade na região.

A Floresta Amazônica contém uma das maiores reservas de madeira


tropical do mundo. A extração dessa madeira e a ampliação de áreas
usadas para o gado e o plantio da soja resultam em desmatamento. O
garimpo e as grandes hidroelétricas também são nocivos para os rios da
região.

O governo brasileiro precisa conter o desmatamento, demarcar as


propriedades privadas e implementar leis que protejam as áreas de
conservação.

É importante não confundir a Amazônia Legal com a Floresta


Amazônica. A Amazônia Legal é uma área geoeconômica, delimitada em
1966 pelo Governo Federal, por meio da Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Inclui a Floresta Amazônica, os
cerrados e o Pantanal. A taxa anual de desflorestamento na Amazônia
Legal (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins,
Maranhão e Mato Grosso) foi reduzida significativamente nos últimos
anos. A quantidade de árvores desflorestadas em 2011 foi a menor desde
1988. Contudo, por mais que o número tenha diminuído, ainda é elevado:
em 2009, 14,6% da Amazônia Legal já havia sido desflorestada.

As queimadas e o desflorestamento são os principais responsáveis pelas


emissões de gases do efeito estufa no Brasil. Outros países pressionam o
Brasil a tomar medidas eficazes para preservar a Floresta Amazônica, por
esta ser considerada “o pulmão do mundo”.

Desmatamento dos outros ecossistemas


Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro que foi
mais alterado pela ocupação humana. O Cerrado, que é o segundo maior
bioma brasileiro e que abrange as savanas do centro do país, teve sua
cobertura vegetal reduzida pela metade. O percentual de área desmatada
nesse bioma é maior que o verificado na Floresta Amazônica.

Um dos impactos ambientais mais graves na região foi causado por


garimpos: os rios foram contaminados com mercúrio e houve o
assoreamento dos cursos de água.

Nos últimos anos, porém, a maior fator de risco para o Cerrado tem sido
a expansão da agricultura, principalmente do cultivo da soja, e da
pecuária. Graças ao desenvolvimento de tecnologia que permitiu corrigir
o problema da baixa fertilidade de seus solos, o Cerrado se tornou área
de expansão da plantação de grãos, como a soja, para exportação. As
atividades agropecuárias, por meio do desmatamento e das queimadas,
estão devastando a formação vegetal dos cerrados, causando processos
erosivos e levando à compactação do solo.

A Mata Atlântica continua a ser desflorestada. É um dos biomas mais


ameaçados do mundo. No presente, há apenas 133.010 km² de área
remanescente – menos de 10% do que havia originalmente.

A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais que possui uma


enorme biodiversidade e que se estende por uma faixa do Rio Grande do
Sul ao Rio Grande do Norte, passando por 17 estados brasileiros.
Originalmente, a Mata Atlântica se estendia por toda a costa nordeste,
sudeste e sul do Brasil, com faixa de largura variável. Na tentativa de
preservar o que restou dessa incalculável riqueza, foram criadas
Unidades de Conservação. A maior delas é o Parque Estadual da Serra
do Mar, que contém 315 mil hectares. Não obstante, a Mata Atlântica
continua a ser ameaçada pelo constante aumento das cidades e pela
poluição que muito dificultam as tentativas de preservá-la. Na Mata
Atlântica, há várias espécies em risco de extinção, como a onça pintada e
o mico-leão dourado.

As frentes humanas contra o desmatamento são chamadas de: empates.


A “política dos empates” foi a forma encontrada pelo grupo de Chico
Mendes para impedir que madeireiros e fazendeiros do Acre praticassem o
desmatamento ilegal. Já que o grupo não possui os recursos para
enfrentar seus adversários, adotaram a estratégia de formar uma
corrente humana, com as mãos de pessoas dadas, para impedir que os
tratores passassem.

Queimadas e incêndios
O desmatamento que resulta de práticas agrícolas e de queimadas altera
drasticamente o habitat de várias espécies. O período de reposição dessas
florestas é enorme e, em certos casos, impossível.

As queimadas são uma forma barata de o agricultor "limpar" uma área.


É uma prática bastante usada por pequenos agricultores e criadores de
gado.

As queimadas são responsáveis por grande parte das emissões de dióxido


de carbono no Brasil. Entre 2007 e 2009, houve uma queda de 63% no
número de focos de queimadas e incêndios nas florestas brasileiras.
Contudo, as queimadas continuam sendo um grave problema para o país.

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Sumário
- A Floresta Amazônica e o desflorestamento
- Desmatamento dos outros ecossistemas
- Queimadas e incêndios
- Poluição
- Chuva ácida
- Camada de ozônio
- Poluição das Águas
- Lixo
- Agrotóxicos
- Fauna
- Ações para proteger a biodiversidade
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PARA O ENEM

VÍDEOS RECOMENDADOS

 PROBLEMAS AMBIENTAIS BRASILEIROS

 PROBLEMAS AMBIENTAIS DO BRASIL

 DESMATAMENTO

 QUEIMADAS
 QUEM SOMOS
 DÚVIDAS
 ASSINATURA
 FORMAS DE PAGAMENTO
 POLÍTICA DE USO
 ENTRE EM CONTATO
 BLOG
 CURSOS
 FACULDADES

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colas pode causar doenças graves e até a morte.

A poluição das águas pode causar grandes epidemias e acarretar


impactos sociais e econômicos. A poluição de importantes cursos d’água
agrava a ausência de águas nas grandes metrópoles brasileiras, o que as
força a procurar fontes de abastecimento em mananciais distantes. Para
se bombear águas de bacias hidrográficas distantes, são necessários
enormes gastos e investimentos, que acabam por encarecer o custo da
água para o Estado e para a população.

É extremamente importante evitar o contágio com águas poluídas.


Algumas medidas a serem tomadas são:

 ferver a água para cozinhar;


 não ingerir água que não tenha sido tratada;
 não beber água, refrigerantes ou cerveja diretamente de latas e
garrafas; - lavar muito bem verduras e legumes;
 não se banhar em lagos, rios, cachoeiras e mares sem que haja
certeza que as águas não estão poluídas;
 evitar contato com águas de enchentes.

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Sumário
- Águas doces e águas marinhas
- Impactos nocivos da poluição das águas e medidas para evitar o
contágio

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VÍDEOS RECOMENDADOS

 POLUIÇÃO DA ÁGUA - SINBIOSIS

 PRINCIPAIS POLUENTES DA ÁGUA

 EUTROFIZAÇÃO - POLUIÇÃO DAS ÁGUAS


 QUEM SOMOS
 DÚVIDAS
 ASSINATURA
 FORMAS DE PAGAMENTO
 POLÍTICA DE USO
 ENTRE EM CONTATO
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lguns países em desenvolvimento, como o Brasil, o México e a Índia, não receberam metas de
redução.

A emissão de gases de efeito estufa pode ser reduzida através de várias medidas, entre elas:
reformas nos setores de energia e transportes; a utilização de fontes de energia renováveis; a
limitação de emissões de metano no gerenciamento de sistemas energéticos; e a proteção de
florestas.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que até 2100, a temperatura
global seja reduzida entre 1,4oC e 5,8oC.

Créditos de carbono
Para incentivar a redução de gases poluidores, foi criado, a partir do Protocolo de Quioto, um
mercado para créditos de carbono. Isso significa que cada tonelada de CO2 (e equivalente) não
emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento pode ser negociada no mercado
mundial.

O Protocolo de Quioto criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução
certificada das emissões. Ao conquistar tal certificação, o país que promove a redução da emissão de
gases poluentes adquire créditos de carbono que podem ser comercializados com os países que têm
metras a cumprir. As nações que não conseguem ou não desejam reduzir suas emissões podem
comprar os créditos de carbono e utilizá-los para cumprir suas obrigações.

O Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um tratado que estabelece medidas de redução de emissão de dióxido de
carbono a partir do ano de 2010. Negociado em Paris, o acordo foi aprovado em 12 de dezembro de
2015 e visa a limitar o aumento da temperatura global no máximo de 2ºC em relação aos níveis da
era pré-industrial.

O líder da conferência, Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, afirmou que esse
plano foi um ponto de virada histórica no importante objetivo de reduzir o aquecimento global.

O Acordo de Paris é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a


Mudança do Clima (UNFCCC).
A Convenção-Quadro das Nações Unidas constitui um tratado internacional resultante da
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, informalmente
conhecida como a Cúpula da Terra, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Firmado por quase todos
os países, esse tratado visa à estabilização da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na
atmosfera. A comunidade científica acredita que se a emissão desses gases continuar a crescer,
haverá graves danos ao meio ambiente.

O objetivo do Acordo de Paris


O objetivo do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura ao máximo de 2oC em relação
aos níveis da era pré-industrial e “continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a
1,5oC”. Para que isso ocorra, é necessário que haja uma redução significativa das emissões dos gases
causadores do efeito estufa. Isso significa que certas medidas precisam ser tomadas: economia de
energia, reflorestamento e mais investimento em fontes de energias renováveis.

O Acordo de Paris, que entrou em vigor no dia 4 de novembro de 2016, foi assinado por 196 países e
ratificado imediatamente por 147 deles. Foi acordado que os países industrializados “devem estar na
linha de frente e estabelecer objetivos de redução das emissões em valores absolutos”. Já os países
em desenvolvimento terão de “continuar a aumentar os esforços à luz de sua situação nacional”. O
Acordo de Paris prevê que o mesmo sistema seja aplicado a todas as nações signatárias.
Diferentemente do Protocolo de Quioto, o Acordo de Paris estabelece que as emissões dos países
em desenvolvimento devem “continuar, dentro das suas possibilidades, a melhorar os esforços” na
luta contra o aquecimento global.

Contudo, o acordo prevê uma certa flexibilidade conforme as diferentes capacidades dos países. Em
vez de estabelecer para os países o que devem fazer, o Acordo de Paris determina que cada um
deles deve apresentar, a cada cinco anos, planos nacionais que especifiquem os objetivos que visa a
cumprir para mitigar as alterações climáticas, de acordo com o que o governo considera viável a
partir de sua situação social e econômica. A intenção deve ser apresentada por meio de um
documento chamado de Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC). Vale
ressaltar que o Acordo é legalmente vinculativo, mas que os países que não cumprirem as
estipulações não serão punidos com sanções.

O Brasil se comprometeu a reduzir em 37% suas emissões de gases estufa até o ano de 2025 (em
relação ao montante registrado em 2005), e em 43% até 2030.

A retirada dos Estados Unidos


Em junho de 2017, o republicano Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou que seu
país se retiraria do Acordo de Paris. Trump alegou que o Acordo era “injusto” para a economia
norte-americana. Com tal decisão, os Estados Unidos se juntam à Síria (envolta em uma guerra civil
há anos) e à Nicarágua (que boicotou o acordo por considerá-lo pouco ambicioso) como as únicas
nações do mundo a não participarem do Acordo. A decisão foi duramente criticada, tanto por
governos como por especialistas em todo o mundo. A Rússia declarou que o Acordo de Paris é
“impraticável” sem os Estados Unidos, mas afirmou que manterá o compromisso de ratificar o pacto
climático global.

A decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris não é uma violação do tratado,
pois este permite a retirada de países. Contudo, a notificação de saída só poderá ser dada três anos
após o acordo entrar em vigor. Além disso, a saída só poderá ser efetuada um ano após a
notificação. Isso significa que os Estados Unidos poderão se retirar do Acordo de Paris apenas após o
primeiro mandato de Donald Trump. Portanto, a retirada dos Estados Unidos dependerá da
reeleição do atual presidente norte-americano. Se ele não conseguir se reeleger e um democrata for
eleito, é provável que tal decisão seja revertida, pois o Partido Democrata é, em geral, bastante
favorável ao Acordo de Paris. Vale lembrar que o antecessor de Donald Trump, o democrata Barack
Obama, negociou e ratificou o Acordo de Paris, considerando-o um dos grandes trunfos de seu
governo.

Os Estados Unidos são o segundo maior emissor global de gases do efeito estufa. O primeiro é a
China e o terceiro é a União Europeia (UE). Tanto a China como os países que constituem a UE
anunciaram que darão continuidade ao Acordo de Paris apesar da decisão de Donald Trump.

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