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Desastres ambientais ou ecológicos são eventos catastróficos de grande impacto ao meio

ambiente (em escalas regionais e globais) causados por ação humana. Além de levar a
destruição de ecossistemas locais e ocasionar a morte de incontáveis seres vivos, estes
desastres muitas vezes estão associados a perda de vidas humanas e ocorrência de danos
socioeconômicos que causam efeitos deletérios a curto e longo prazo.
O nosso país apresenta um extenso território e ecossistemas diversos, além de uma imensa
biodiversidade e variedade climática, porém tudo isso se encontra em perigo devido ao
desequilíbrio ecológico fomentado pelo nosso modelo de desenvolvimento e pelas
mudanças climáticas. Segundo dados da WWF, por causa da elevação das temperaturas e
da diminuição de chuvas na região, a Amazônia pode sofrer secas que causarão uma
frenagem no processo de regeneração florestal, perda de biodiversidade e, possivelmente,
extinção de espécies. Ademais, no Nordeste, haverá uma redução dos recursos hídricos e
até uma mudança na vegetação, que pode se tornar típica da região árida. Serão cada vez
mais frequentes secas, enchentes e desastres naturais que podem causar redução das
colheitas e da produção de alimentos se não houver um conjunto de mudanças e
comprometimento para combatê-los.

E quem são os mais impactados?


Os impactos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais latentes na
intensificação da desigualdade socioeconômica, expondo as camadas mais pobres da
sociedade a uma série de efeitos prejudiciais à saúde, à insegurança alimentar, ao déficit na
renda, entre outros. Dessa forma, as populações vulneráveis são as que mais sofrem com a
mudança climática. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) define
vulnerabilidade como “o grau de suscetibilidade de um sistema aos efeitos adversos da
mudança climática, ou sua incapacidade de administrar esses efeitos, incluindo
variabilidade climática ou extremos”.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura


(Unesco), as mudanças climáticas ameaçam a segurança das mulheres: “com frequência,
são os papéis tradicionais das mulheres que as colocam em maiores riscos derivados da
mudança climática”. Para além disso, o UNICEF chama atenção para a questão de como
crianças e adolescentes sofrem com os impactos das mudanças climáticas: “As diretrizes
observam que as mudanças climáticas estão se cruzando com as condições ambientais,
sociais, políticas, econômicas e demográficas existentes, contribuindo para as decisões das
pessoas de se mudar. Somente em 2020, quase 10 milhões de crianças e adolescentes se
deslocaram após choques climáticos”.

Os desastres ambientais podem ser classificados em naturais ou tecnológicos (provocados


pelo ser humano). Os naturais são divididos em cinco
grupos: geológicos, hidrológicos, meteorológicos, climatológicos e biológicos. Os
tecnológicos são divididos em quatro grupos: químicos, físicos, biológicos e mecânicos1.

Alguns exemplos de desastres ambientais naturais no Brasil são: terremotos, deslizamentos


de terra, enchentes, secas, furacões, geadas e epidemias21. Alguns exemplos de desastres
ambientais tecnológicos no Brasil são: vazamentos de óleo, acidentes nucleares,
rompimentos de barragens, incêndios florestais e urbanos, explosões e contaminações234.

As secas e estiagens, representam 40% dos problemas ambientais em 20221, seguidos


pelas chuvas fortes, as enxurradas, as inundações e os alagamentos, que juntos somam
15,7% das ocorrências
Os pesquisadores alertam que esses desastres podem se tornar mais frequentes devido às
mudanças climáticas.

O Brasil é um país com uma impressionante diversidade ambiental, que também já foi palco
de desastres ambientais de grandes proporções. Muitos desses desastres refletem até hoje na vida de
diversas pessoas, que lutam na justiça para serem indenizadas e tentam reconstruir as suas vidas, além de
estragos ambientais que podem nunca ser revertidos.

Os maiores desastres ambientais da história do Brasil são:

Incêndio na Vila Socó (São Paulo, 1984)

Em 1984, a cidade de Cubatão, em são Paulo, era uma área de segurança nacional, onde
cerca de seis mil pessoas viviam em terrenos próximos às instalações de tubos da Petrobrás,
utilizados para o transporte de derivados de petróleo.

No dia 24 de fevereiro, houve um erro de operação que acarretou um dos maiores desastres
ambientais do país: cerca de 700 mil litros de gasolina vazaram, causando um grande
incêndio e sem nenhum plano de evacuação da área.

O solo e parte do lençol freático da região foram contaminados e os números oficial são de
93 mortos. Ninguém foi responsabilizado criminalmente pelo desastre e as famílias que
viviam na Vila Socó receberam uma pequena indenização e casas em um bairro vizinho.

Contaminação de Césio 137 (Goiás, 1987)

É um dos maiores desastres ambientais causados por radiação do mundo. Em setembro de


1987, dois catadores de material reciclável abriram um aparelho radiológico que estava
abandonado em um antigo hospital na cidade de Goiânia e encontraram um pó branco, que
emitia uma luminosidade azul. Tratava-se do Césio, um dos materiais mais radioativos que
existem.
Eles levaram esse material para diversos pontos da cidade, causando a contaminação de
água, solo e ar. Pelo menos quatro pessoas morreram em decorrência da exposição e outras
centenas desenvolveram doenças.

A justiça condenou três sócios e um funcionário do hospital abandonado por descarte


incorreto de material perigoso e eles foram condenados a três anos de prisão, que foram
convertidos para prestação de serviços comunitários.

Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (Rio de Janeiro, 2000)

No dia 18 de janeiro de 200, um dos maiores desastres ambientais marítimos aconteceu no


Rio de Janeiro. Cerca de 1,3 milhões de litros de óleo foram lançados na Baía de
Guanabara, em decorrência de um problema originado em uma das tubulações da Refinaria
de Duque de Caxias.

O desastre teve proporções gigantescas, como a contaminação do espelho d’água da Baía


de Guanabara, causando destruição para a fauna nectônica e planctônica; contaminação das
areias e costões da Ilha do Governador e de Paquetá; prejuízos à vegetação do mangue;
prejuízos à avifauna e às atividades pesqueiras. O Ibama aplicou duas multas à Petrobrás:
uma de 50 milhões e outra de 1,5 milhão de reais.

Vazamento da barragem em Cataguases (Minas Gerais, 2003)

Um dos maiores desastres ambientais envolvendo barragens aconteceu na cidade de


Cataguases, MG, em março de 2009. O acidente aconteceu na Fazenda Bom Destino,
localizada a 13 quilômetros da área urbana do município. Com o rompimento da barragem,
900 mil metros cúbicos de rejeitos industriais, composto basicamente por lignina e sódio,
foram lançados na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, um dos mais importantes do
estado. O abastecimento de água foi interrompido por mais de uma semana em diversas
cidades ribeirinhas e cidades do RJ que fazem divisa com MG, como Muriaé, também
foram atingidas. o Ibama aplicou uma multa de 50 milhões de reais à Floresta Cataguases e
Indústria Cataguases de papel.

Deslizamentos na região serrana do Rio (Rio de Janeiro, 2011)

É o maior dos desastres ambientais naturais do país. Em janeiro do 2011, o volume de


chuvas em 12 dias nas cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, onde os estragos
foram maiores, superou em 84% todo o previsto para o mês de janeiro. As chuvas fortes,
aliadas à baixa capacidade de drenagem do solo e as encostas da região, constituídas por
uma camada fina de terra e vegetação sobre as rochas, deram um resultado desastroso:
enchentes e deslizamentos, que mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 15 mil
fora de suas casas.

Rompimento da barragem de Mariana (Minas Gerais, 2015)

O acidente de Mariana é o maior dos desastres ambientais envolvendo barragens do


mundo inteiro. No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, na
unidade industrial de Germano, provocou uma onda de lama que devastou os municípios
próximos, sendo o de Bento Rodrigues o mais atingido. Foram 62 milhões de metros
cúbicos de rejeitos, formados por restos de minério provenientes de operações da empresa
Samarco, controlada pela Vale.

A lama atingiu a bacia do Rio Doce, que abastece diversas cidades de MG, e atingiu cerca
de 80 quilômetros do leito d’água na região. Houve alterações significativas nos padrões de
qualidade da água, causando a mortandade de animais terrestres e aquáticos. Além disso,
diversas espécies de vegetação foram atingidas, devido ao assoreamento dos rios e à
contaminação do solo pela alta quantidade de ferro e uma concentração de mercúrio,
encontrados a partir de amostras.

A Samarco, responsável pelas atividades de mineração na região, recebeu diversas multas


do Ibama, totalizando um valor aproximado de 250 milhões de reais, além de ser obrigada a
arcar com todos os custos indenizatórios individuais e coletivos dos moradores dos
municípios atingidos e ainda com a recuperação ambiental da área impactada que, além que
difícil, possui um tempo imprevisível de incansável trabalho de órgãos ambientais.

Ainda que alguns desastres ambientais no Brasil tiveram causas naturais, grande parte
deles poderiam ter sido evitados por meio de uma gestão ambiental mais efetiva nas
empresas, por meio de relatórios e mapeamentos de risco, além de estudos aprofundados
sobre as condições ambientais das regiões em que as empresas atuam.

Por isso, contar com uma empresa de consultoria ambiental é tão importante. Uma equipe
de profissionais trabalha para auxiliar na tomada de decisões, a fim de aliar o crescimento
econômico da empresa, com atitudes sustentáveis e que não prejudiquem o meio ambiente.
Afinal, empresas de gestão ambiental oferecem soluções eficientes e personalizadas, para
que cada tipo de negócio caminhe de maneira sustentável.

Entre em contato conosco e deixe que a Ética Ambiental ajude a sua empresa a fazer uma
gestão eficiente dos resíduos!

O que devemos fazer para evitar os desastres ambientais?

Além da implementação de um plano de gestão de riscos, a contratação de um seguro


ambiental é a chave para uma atuação segura no mercado. Trata-se de um seguro que
protege o empreendedor contra danos decorrentes de desastres ambientais.

Como Reduzir Os Desastres Ambientais No Brasil?

É preciso unir forças para evitá-los tendo atitudes bem-intencionadas como:

1. Economizar água.
2. Evite o consumo exagerado de energia.
3. Separar os lixos orgânicos e recicláveis.
4. Diminuir o uso de automóveis.
5. Consumir apenas o necessário e evitar compras compulsivas.
6. Utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis.

O que causa os desastres ambientais?


Desastres ambientais são eventos que afetam negativamente uma sociedade ou
ecossistema em algum nível. Além disso, há aqueles desastres ambientais que foram
causados direta ou indiretamente pela presença humana. Exemplo deles é: rompimento
de barragens, acidentes em usinas nucleares, vazamento óleo no mar.

Quais são os efeitos dos desastres ambientais no Brasil?


Os desastres ambientais causados pelo homem no Brasil são vários, destacando-se como
mais recente o acidente em Mariana (MG). Frequentemente o homem é responsável por
causar danos ao meio ambiente, danos esses que não atingem apenas plantas e animais,
causando impacto negativo também na água, no solo e no ar.

O Que Pode Ser Feito Para Minimizar Os Impactos

Ambientais
7 dicas para sua empresa evitar o impacto ambiental de resíduos

 Dica 1: mapear a geração de resíduos por fonte geradora.

 Dica 2: entender o tipo de resíduo que é gerado.

 Dica 3: Reciclar os resíduos.

 Dica 4: destinar a um aterro sanitário legalizado.

 Dica 5: reduzir a geração de resíduos.

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