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PROPOSTA: QUAIS AS SOLUÇÕES PARA OS IMPACTOS AMBIENTAIS RESULTANTES DA AÇÃO DE GRANDES CORPORAÇÕES?

No mês de janeiro, de 2019, um novo crime ambiental ocorreu no Brasil, em Brumadinho. Ante a isso, surgem
questionamentos acerca da necessidade de uma maior fiscalização para evitar que novos desastres ocorram, tendo em vista os
impactos ambientais que surgiram, pois resultarão em problemas para a sociedade. Dessa forma, a proposta de redação do mês de
março é que você desenvolva a redação sobre o seguinte tema: Quais as soluções para os impactos ambientais resultantes da
ação de grandes corporações?
Para realizar a proposta, você deverá construir um texto dissertativo-argumentativo respondendo ao questionamento da
proposta, demonstrar domínio da norma culta da língua, mobilizar diversas áreas do conhecimento, ou seja, seu conhecimento de
mundo para desenvolver o tema, respeitando a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Além disso, você deve levar em
consideração os textos apresentados na coletânea e, de preferência, aprofundar a pesquisa sobre o assunto em outros
meios, levantar os principais argumentos, dados e exemplos e realizar uma análise crítica, deixando claro seu posicionamento
diante do tema na conclusão do texto.

TEXTO I

Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.
Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem exerça no meio ambiente provocará um
impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os impactos
são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o
aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção
constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afetam o meio, nós, com pequenas atitudes,
provocamos impactos ambientais diariamente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar a diminuição dos
mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de
ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, o aumento do
número de doenças na população e em outros seres vivos e afeta a qualidade de vida.
Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor quantidade, também
acontecem. Ao construirmos uma área de proteção ambiental, recuperarmos áreas degradadas, limparmos lagos e promovermos
campanhas de plantio de mudas, estamos também causando impacto no meio ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam
modificações e alteram a qualidade de vida dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva.
Você também pode ajudar a diminuir o impacto ambiental negativo. Veja a seguir algumas dicas:
- Economize água;
- Evite o consumo exagerado de energia;
- Separe os lixos orgânicos e recicláveis;
- Diminua o uso de automóveis;
- Consuma apenas o necessário e evite compras compulsivas;
- Utilize produtos ecológicos e biodegradáveis;
- Não jogue lixos nas ruas;
- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer doações.
Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio ambiente. Pense nisso!
Atenção: Empresas e obras que podem causar grande impacto ambiental negativo devem apresentar um Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que as atividades sejam ou não liberadas.

TEXTO II - Dano ambiental em Brumadinho ameaça centenas de espécies

BRUMADINHO (MG) —“A cachoeira é barranco de chão, e a água se caindo por ele, retombando; o senhor consome essa água, ou
se desfaz o barranco, sobra cachoeira alguma? Viver é negócio muito perigoso”, escreveu João Guimarães Rosa em “Grande
Sertão: Veredas”. Cachoeiras, nascentes, riachos, rio, floresta, a barragem da Vale em Brumadinho matou tudo em seu caminho,
num golpe de uma onda de rejeito só. Menor em quilômetros do que o desastre de Mariana, causado pela Samarco controlada pela
mesma Vale, o de Brumadinho é gigante em gravidade: as florestas e rios afetados eram muito mais ricos e importantes para o
equilíbrio ambiental, salientam especialistas.
— Desta vez, a perda de vidas humanas é colossal. Mas isso não significa que o dano ambiental seja pequeno, ao contrário.
Florestas de enorme importância hídrica e para a biodiversidade foram perdidas. O dano ambiental fará sofrer população e natureza
por muitos anos — afirma Servio Pontes Ribeiro, professor de ecologia da saúde da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP),
que estuda o impacto do desastre de Mariana e agora se debruça sobre o de Brumadinho.

TEXTO III - A MORTE DA NATUREZA

A lama da Vale afetou, destacam cientistas, algumas das últimas áreas significativas de Mata Atlântica e Cerrado de Minas,
dentro da Reserva da Biosfera da Unesco da Serra do Espinhaço. O lugar é considerado um refúgio de vida selvagem. Delas vem a
água que dá de beber a homens e animais. Sem bichos que semeiam as árvores não há floresta, sem floresta não há água. E sem
água, perecem os homens. Guimarães Rosa, que se criou nas terras do sertão do Paraopeba, foi profético sobre sua terra natal.
Viver sob as barragens de mineração, é mesmo muito perigoso.
A lama desce lentamente, mas não vai parar, alerta Ribeiro. E, desta vez, afetou o Paraopeba, um rio até então mais
saudável que o Doce e seus tributários, arrasados pela barragem da Samarco, em 2015. Não se sabe o quanto de lama se
entranhará no leito do Paraopeba, um rio que era a reserva da região metropolitana de Belo Horizonte para as secas, acrescenta
Ribeiro.
TEXTO IV
Ao matar a vida microbiana no solo e no leito dos rios, o impacto ambiental ganha profundidade e duração de décadas,
avalia Vasco Azevedo, cujo grupo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) investiga a relação entre o desastre de Mariana
e casos de dengue, zika e febre amarela.
Análise preliminar do Ibama indicou que 2,6 milhões de metros quadrados de mata foram destruídos pela lama. Essas eram
algumas das melhores florestas de Minas, frisa Yasmine Antonini, ecóloga e especialista em matas protetoras de cursos d’água do
Departamento de Biodiversidade e Meio Ambiente da UFOP e que também estuda o impacto do desastre de Mariana.
O governo de Minas recomendou às pessoas não beberem a água do Rio Paraopeba, devastado pela barragem da Vale.
Mas animais não assistem à TV. E não têm outra água para beber se não aquela que agora está cheia de lama de minério. O
presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba, Winston Caetano de Souza, observa que a área afetada era repleta de
nascentes que alimentam o rio.
Yasmine Antonini salienta que os inventários de fauna e flora são incompletos, mas o pouco que sabe revela que ali existem
árvores gigantescas e nobres da Mata Atlântica, como os jacarandás, plantas quase extintas do Cerrado e uma fauna rica o
suficiente para sustentar animais de topo de cadeia, como a onça-parda e o lobo-guará. Porém, desde o fim de semana passado
peixes agonizam e morrem sufocados em lama no Paraopeba.

O Que Fazer Quando Empresas Matam

Países têm o desafio de fazer com que grandes corporações, com receitas muitas vezes superiores a PIBs, respeitem os
direitos humanos e sejam punidas por suas violações. Legislações, tratados e convenções focam na penalização de Estados e
indivíduos.
25 de janeiro de 2019. Brumadinho, Minas Gerais. O rompimento de uma barragem de rejeitos considerada de "baixo
risco" e com "alto potencial de danos" da mineradora Vale, uma das maiores do mundo, deixou um país incrédulo. Era a repetição
de uma tragédia que mal completara três anos, ocorrida a 200 quilômetro dali, em Mariana —a lama de uma barragem da Samarco,
controlada pela Vale e pela BHP Billiton, causou em novembro de 2015 similar espetáculo de desrespeito a vidas e ao meio
ambiente.
14 de fevereiro de 2019. Congresso Nacional, Brasília. Fabio Schvartsmann, presidente da mineradora, comparece a
uma audiência na Câmara dos Deputados para explicar o rompimento da barragem de Brumadinho. “A razão pela qual estou aqui
é para proteger a Vale também. É uma empresa extraordinária (...) uma joia brasileira, que não pode ser condenada por um acidente
que aconteceu numa de suas barragens, por maior que tenha sido a tragédia. Para isso, peço a compreensão dos senhores.”
Nada ficou de fora do discurso calmo e preciso do executivo: a dor das famílias, as doações de 100.000 reais às vítimas, a história
de excelência da companhia, a pronta cooperação com as autoridades, a preocupação com o meio ambiente, o cuidado com os
animais atingidos, o reconhecimento de que a empresa falhou (apesar de não saber como) e levou à morte de 179 pessoas —
outras 133 continuam desaparecidas. Até mesmo a forma como quer tratar o assunto daqui para frente foi abordada: “não vamos
optar por judicialização, vamos optar por negociação como forma de acelerar o atendimento a todos os atingidos.”
A Vale matou. Destruiu o meio ambiente. Admite. Até sente muito. Mas não quer ser punida. Por isso, pede compreensão.
Um roteiro longe de ser inovador entre as empresas de todo o mundo.
Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008, feito após a análise de mais de 300 casos
de suspeitas de violações de direitos humanos relacionadas com empresas, apontou que a atividade empresarial pode impactar
quase todos os direitos humanos. Direta ou indiretamente, empresas matam, escravizam, discriminam, violam direitos civis, dentre
outros crimes reconhecidos internacionalmente. E suas punições estão aquém de seus delitos.
A ONU reconhece que os crimes ocorrem onde os desafios de governança são maiores em países pobres, regiões em
conflito, locais com democracia frágil ou onde os níveis de corrupção são altos. E o problema é agravado no caso das grandes
corporações, cujos negócios atravessam fronteiras, com receitas muitas vezes superiores ao PIB de alguns países, e cuja
propriedade é frequentemente pulverizada entre fundos de investimentos, bancos, sócios anônimos e, não raro, o próprio Estado.
É o caso da Vale
Essas particularidades fazem com que as discussões sobre punição entrem em um terreno arenoso, tanto em nível nacional
quanto internacional. A Constituição Brasileira, no artigo 225 (3º), fala em punição civil (de caráter reparatório), administrativa (como
advertência, multa, suspensão da atividade) e penal (geralmente, prisão) para empresas e/ou seus agentes que lesarem o meio
ambiente, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. A regulamentação deste artigo veio pela Lei 9605/1998
sobre Crimes Ambientais, que dá o norte de como devem ser estas punições. Esta lei, no entanto, não parece ser suficiente para
atender a responsabilização penal, pois, na prática, uma vez dada a condenação civil e/ou administrativa, o processo criminal sai de
cena.
TEMA DE REDAÇÃO: DESASTRES AMBIENTAIS – QUAL O PREÇO DO DESENVOLVIMENTO?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Desastres ambientais: qual o preço do
desenvolvimento? Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1
Vários crimes contra a natureza são dolorosamente memoráveis. O primeiro a chamar atenção mundial foi a destruição
atômica em Hiroshima e Nagasáki, no Japão, que matou pelo menos 150 mil japoneses e deixou o ambiente local radioativo por
décadas. Outra tragédia nuclear, a explosão de um reator na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, tirou a vida de 10 mil
pessoas e afetou milhares de quilômetros de florestas. Outras tristes lembranças são os derramamentos de óleo no mar do Alasca,
em 1989, e na costa espanhola, no ano passado. Ou o vazamento de gases tóxicos em Bhopal, na Índia, em 1984, considerado o
pior acidente químico da história. Em nosso mosaico de desastres ecológicos, entraram fatos causados pelo homem que
provocaram grande dano à natureza em um curto espaço de tempo.
“São catástrofes sérias por causa das perdas de vidas, mas são desastres pontuais. As verdadeiras tragédias ambientais
ocorrem durante décadas e destroem ecossistemas locais”, afirma a naturalista Dejanira de Franceschi de Angelis, professora da
Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP). Exemplos disso são o avanço do buraco na camada de ozônio ou do
efeito estufa, que podem comprometer a vida no planeta. Ou ainda o desmatamento das florestas brasileiras. Nos 503 anos de
colonização, a Mata Atlântica perdeu 93% de sua cobertura original. Em um tempo bem menor – cerca de 30 anos – sumiram 20%
da área da Amazônia e 80% do cerrado. “Esse último ecossistema deve levar milhões de anos para se recompor”, diz o biólogo José
Maria Cardoso da Silva, da ONG Conservation International.
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/ quais-foram-os-maiores-desastres-ecologicos-do-mundo)

Texto 2
Não é inesperado o que aconteceu em Mariana. Primeiro, pelos alertas dados pelo Ministério Público de Minas Gerais e por
especialistas; segundo, porque a mineração é uma atividade altamente agressiva e de elevado risco ambiental. A Vale está fazendo
furos e deixando rejeitos em Minas Gerais há 70 anos. Não pode, diante de um desastre dessa proporção, soltar uma nota lacônica
como se não fosse sua obrigação agir imediatamente.
A atividade mineradora no mundo inteiro tem uma série de procedimentos já consolidados ao longo do tempo para prevenir
e mitigar desastre. Neste caso, se vê, a cada novo passo da investigação, que as empresas foram displicentes na prevenção e não
demonstraram ter um plano de ação preparado para o caso de desastre. Prevenção e mitigação de danos é o mínimo que se pode
exigir de empresa que lida com atividade de alto risco.
Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/vale-de-lama.html

Texto 3
“Foi um acidente” — dizem. Acidente é quando o freio falha e um carro bate contra outro. Acidente é quando alguém
escorrega numa casca de banana e cai de costas. Grandes desastres ambientais, como os que ocorreram em Chernobyl, em
Fukushima, em Bhopal ou em Minamata, não são acidentes. São o resultado quase inevitável de políticas públicas equivocadas ou
de estratégias privadas gananciosas, ou de ambas as coisas.
Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/lamento-por-um-rio-18113116

Texto 4
Foi assim com a transposição imprudente do Rio São Francisco, que já começa a apresentar diversos problemas, antes
mesmo da conclusão das obras. Foi assim com a aprovação e início da construção da gigantesca Usina Hidrelétrica de Jirau, em
Rondônia, que também já causa impactos irreversíveis no Meio Ambiente, com reflexos desastrosos que são sentidos no Sudeste do
Brasil.
Foi assim com a grande devastação ocorrida no Pantanal, com queimadas imorais e desmatamento sem precedentes, que
já modificaram até mesmo o ciclo de chuvas da região que vêm sofrendo como nunca com longos períodos de secas. Tem sido
assim durante anos com total desrespeito aos riquíssimos biomas do Brasil, como, por exemplo, o Cerrado e a Mata Atlântica que
quase não existem mais.
É triste ver que tantos governantes não exercem autoridade e não se posicionam de forma enérgica contra tamanha
barbaridade que está sendo feita com a fauna e a flora de nosso país. É lamentável saber que muitos políticos não apenas se
omitem (que já é uma incoerência), mas ainda por cima apoiam e incentivam a destruição desenfreada da Natureza.
É lastimável presenciar a maioria esmagadora da população não fazer nada em vista da aprovação de leis que, literalmente,
agridem e acabam com o Meio Ambiente. Será que o progresso a qualquer custo justifica essa descabida intervenção desumana na
Natureza? Será que os sucessivos e cada vez mais intensos desastres naturais, que vêm causando tantos transtornos, prejuízos e,
pior do que isso, vêm ceifando vidas de tantas pessoas inocentes, não são suficientes para darmos um basta nesse total desrespeito
ambiental que estamos vivendo em nossa nação?
Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2011/02/23/o-alto-preco-do-desenvolvimento-insustentavel-artigo-de-gilson-de-oliveira-cheble/
TEMA: “AS DIFICULDADES DAS CRIANÇAS COM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM DE SE INSERIREM NA ESCOLA”

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As dificuldades das crianças com
distúrbio de aprendizagem de se inserirem na escola”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:

I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das
atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: (…)

b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;

Art. 8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns:
(…)

III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos,
metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a frequência
obrigatória;

IV – serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante: a) atuação colaborativa de professor
especializado em educação especial;

TEXTO II

As pesquisas científicas sobre distúrbios de aprendizagem são relativamente recentes – ganharam relevância a partir dos
anos 1980. Ainda não existem testes padronizados mundialmente para diagnosticá-los, embora haja referências importantes. Com
isso, é difícil encontrar crianças com diagnóstico fechado de outros transtornos além dos mais conhecidos como dislexia e
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou sem Hiperatividade (TDA). (…)
Outros distúrbios – menos diagnosticados, porém cada vez mais estudados – são as discalculias, as disgrafias e o
transtorno não verbal. Um estudante com discalculia é aquele incapaz de aprender matemática. (…) As disgrafias são os transtornos
relacionados à escrita. (…) O transtorno não verbal (Tanv) é um tipo raro de distúrbio e está ligado a procedimentos de estudos.

TEXTO III

A falta de informação costuma ser o principal obstáculo para o tratamento de pessoas com distúrbios de aprendizagem,
dificuldade real muitas vezes confundida com falta de atenção ou de interesse. “É um indivíduo que não consegue adquirir a
aprendizagem de forma eficiente”, explica a psicopedagoga clínica Tânia Maria de Campos Freitas. De acordo com ela, a situação é
mais comum do que parece: cerca de 70% da população possui algum tipo de distúrbio específico de leitura e escrita. Diretora
científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), Tânia afirma que o problema existe desde o nascimento, mas só se torna
evidente na idade escolar.
Mesmo assim, em grande parte dos casos, o diagnóstico demora. “Se você identifica uma criança de risco precocemente, melhora
toda a vida dela.” Embora apresentem um desempenho deficiente na escola, esses indivíduos têm inteligência normal ou superior à
média, que pode ser trabalhada com ajuda de especialistas e de professores. “Infelizmente não temos diagnósticos precoces”, diz
Tânia.
TEMA: “AUMENTO DA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL”

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Aumento da taxa de mortalidade
infantil no Brasil”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um determinado local (cidade, região, país,
continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas. Esse dado é um aspecto de fundamental importância
para avaliar a qualidade de vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, tais como:
saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade,
alimentação adequada, entre outros.
Esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela
mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência
hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água,
resultando em outras doenças) e desnutrição.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/mortalidade-infantil-no-brasil.htm Acesso em 17 julho 2018

TEXTO II
TEMA: A CULTURA DE ASSÉDIO NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A cultura de assédio no Brasil, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Texto 2
A Organização Internacional do Trabalho – OIT – definiu o assédio como atos de insinuações, contatos físicos forçados,
convites impertinentes, desde que apresentem umas das características a seguir: a) ser uma condição clara para dar ou manter o
emprego; b) influir nas promoções na carreira do assediado; c) prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a
vítima. Cumpre ressaltar que não é necessário o contato físico para configuração do crime de assédio sexual, pois até mesmo
expressões e comentários podem caracterizar o assédio. As maiores vítimas são as mulheres, mas há também, embora menos
frequentes, casos de homens que são assediados por mulheres no ambiente de trabalho e, também, casos de assedio entre
pessoas do mesmo sexo. Disponível em http://elisabeteamaro.jusbrasil.com.br/artigos/121816588/assedio<sexual<nas< empresas

Texto 3

Uma pesquisa online realizada pelo blog Think Olga, na campanha Chega de Fiu Fiu contra o assédio no espaço público
teve como uma de suas conclusões mais significativas o fato de que as mulheres possuem um medo real de caminhar nas ruas,
devido à sua condição de gênero. Um risco de ter sua integridade ameaçada, apenas por ser mulher.
Nessa pesquisa, de 7.762 participantes, 99,6% afirmaram que já foram alvos de algum tipo de assédio nas ruas. Esse dado mostra
que há um problema sistêmico em relação ao tratamento que a mulher recebe na sociedade. Basicamente, o assédio público
ameaça a integridade psicofísica da mulher e restringe suas liberdades constitucionais como, por exemplo, o direito de ir e vir [já que
muitas evitam ir para determinados lugares, ou mudam de caminho porque sabem que em determinados lugares sofrerão mais
assédio], mas é extremamente naturalizado pela sociedade e ainda por cima, é observado como comportamento padrão dos
homens.
Mesmo após décadas de luta do movimento feminista para a conquista do espaço público pelas mulheres, principalmente,
no âmbito trabalhista, as ruas ainda refletem a cultura do estupro e do machismo, por meio da invasão do espaço privado, do medo
causado e do cerceamento da liberdade — seja de comportamento, de vestimenta ou de mobilidade — das mulheres. O assédio nas
ruas, em suas diversas expressões é, sobretudo, uma violência de gênero que impede o alcance de um Estado Democrático ideal,
onde realmente exista justiça social e igualdade entre os indivíduos. O direito das mulheres à participação na vida pública exige que
elas tenham segurança para tal. Enquanto não houver espaço para as mulheres nas ruas, não há que se falar em igualdade de
direitos, em justiça social e, muito menos, em vivência democrática de fato.
Disponível em https://medium.com/revista-agora/assédio-nas-ruas-78592c9adc92#.230otu9y3.

Texto 4
“Eu ainda veria esse dia! Dia em que nós mulheres não teríamos mais medo de denunciar. Quem nunca foi assediada?”
A declaração acima da apresentadora Sandra Annenberg, de 48 anos, mostra como o apoio a denúncia da figurinista Susllem
Tonani, de 28 anos, sobre o assédio sexual do ator José Mayer, de 67 anos, inflou o debate em locais onde tentaram silenciá-lo. A
figurinista informou a todas as instâncias da Rede Globo sobre o abuso que vinha sofrendo, mas a emissora só se pronunciou após
a denúncia publicada no blog #agora que são elas ter viralizado.
Annenberg e outras mulheres, como as cantoras Luiza Possi e Valeska Popozuda, estão na capa da revista Veja desta
semana, com seus relatos de abuso sexual.
O trabalho foi o ambiente mais citado nos relatos à revista. A ex-consulesa da França Alexandra Loras, de 40 anos, por
exemplo, pediu dicas a um diretor de como melhorar ao não ter passado em um teste para trabalhar na televisão, o diretor ajudou,
mas queria algo em troca. “Ao receber minha negativa, respondeu que eu era manipuladora. Isso é muito comum em vários meios
de imprensa — na França, no Brasil, em todo o mundo.”
No caso de Sandra Annenberg, não ter compactuado com o assédio fez com que ela perdesse muitas oportunidades. “Agora não é
hora de lamentar o passado, mas de comemorar o presente e olhar para o futuro que deixaremos para as nossas filhas e filhos, um
futuro (ainda de muita luta!) de igualdade, sem seres superiores nem inferiores e em que todos tenham as mesmas oportunidades
para mostrar seus talentos.”
Em novembro de 2014, Juliana Faria, do coletivo Think Olga, de empoderamento às mulheres e responsável pelo documentário
Chega de fiu fiu’, resumiu a importância de não se calar: “Dizer não ao assédio é não aceitar mais que mulheres sejam vistas como
objetos sexuais passivos ou como vítimas frágeis do poder dos homens.”

TEMA DE REDAÇÃO: GERAÇÃO SMARTPHONE: OS EFEITOS DESSA TECNOLOGIA NO COTIDIANO DO JOVEM BRASILEIRO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Geração smartphone: os efeitos dessa
tecnologia no cotidiano do jovem brasileiro, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1
Na esteira da tendência da popularização dos smartphones e tablets, as crianças e os adolescentes internautas brasileiros estão
acessando mais à rede por meio desses dispositivos móveis. É o que indica a pesquisa TIC Kids 2013, divulgada nesta quarta-feira
pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), do Comitê Gestor da Internet do Brasil
(CGI.br), e que mede o uso e os hábitos digitais de jovens entre 9 e 17 anos em relação às tecnologias de informação e de
comunicação.
De acordo com o levantamento, o acesso à Internet por smartphones pelos jovens mais que dobrou entre 2012 e 2013, saltando de
21% para 53%. A utilização de tablets para o mesmo fim também registrou um expressivo crescimento, passando de apenas 2%
para 16%. Apesar das mudanças, os computadores de mesa continuam a ser as principais plataformas de conexão à rede, com 71%
dos internautas jovens fazendo uso delas.

Texto 2

Texto 3

Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais
intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãos públicos, o tema tem como pioneira no debate a
Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o
acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer
lugar”, “minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.
— Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo
burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa? — questiona Maria Rebeca Otero Gomes,
coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. — Já existem diversos aplicativos voltados para a educação especial, a
alfabetização e o ensino da matemática, por exemplo.
No Centro Educacional de Niterói, ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. O professor Nelson
Silva, de história, busca usar os smartphones como ferramenta de pesquisa em suas aulas.
— Normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles
mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é
saber como usá-lo em favor do aprendizado — afirma.
Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educadigital, os professores devem se planejar para incluir os celulares no
processo de ensino.
— É preciso olhar com empatia para os alunos que estão usando seus aparelhos em classe e se perguntar: por que o
celular está chamando mais a atenção deles do que a aula? — aponta Priscila, que se diz “super a favor” do uso de smartphones em
sala. — O professor tem, com os celulares, um infinito de possibilidades. Ao trazê-los para a sala de aula, a escola pode instruir os
alunos sobre temas importantes do comportamento cibernético, como o respeito à privacidade.
No entanto, Maria Rebeca Gomes identifica entre os docentes descrença e falta de conhecimento dos aparelhos.
— As escolas devem auxiliá-los nesse processo, com diálogo e formação — afirma.
TEMA: A EXPOSIÇÃO EXAGERADA NO AMBIENTE VIRTUAL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A exposição exagerada no ambiente virtual,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Embora depois os meios de comunicação não estejam dispostos a pagar fortunas pela exclusividade de mostrar essas
imagens que imortalizaram um passeio pelo supermercado ou que captaram os gestos do cidadão tomando um cafezinho, agora há
uma solução para o drama dos sem-fama. A internet oferece um outdoor com espaço para todos: nessas vitrines mais populares,
qualquer um pode ser visto como tem direito. As opções são inumeráveis e não cessam de se multiplicar: blogs, fotologs, Orkut,
Facebook, MySpace, Twitter, Youtube e um longo etcétera. Graças à rede mundial de computadores, enfim, parece que o acesso à
fama tem se democratizado.
Tudo aquilo que antes concernia à pudica intimidade pessoal tem se “evadido” do antigo espaço privado, transbordando
seus limites, para invadir aquela esfera que antes se considerava pública. O que se busca nessa exposição voluntária que anseia
alcançar as telas globais é se mostrar, justamente: constituir-se como um personagem visível. Por sua vez, essa nova legião de
exibicionistas satisfaz outra vontade geral do público contemporâneo: o desejo de espionar e consumir vidas alheias.
Essa repentina busca de visibilidade e da autoexposição, portanto, essa ambição de fazer do próprio eu um espetáculo e de
se tornar um personagem audiovisual, talvez seja uma tentativa mais ou menos desesperada de satisfazer um velho desejo humano,
demasiadamente humano: afugentar os fantasmas da solidão.

Texto 2

Saber exatamente o lugar onde a pessoa está ou qual a sua rotina. Esse é um dos grandes problemas que surge em um
momento onde a exposição diária por meio das redes sociais é super compartilhada. O “saber de tudo” expõe na vulnerabilidade do
usuário, que entrega para qualquer desconhecido o local onde mora, os lugares que costuma frequentar, seus hábitos e seu perfil
traçado. O uso inconsciente das redes traz uma realidade de medo em um mundo onde tudo é “perfeito”, mas onde sempre tem
alguém à espreita.

Texto 3
TEMA DE REDAÇÃO: DENGUE, ZIKA, CHIKUNGUNYA, FEBRE AMARELA: POR QUE O BRASIL NÃO CONSEGUE ACABAR COM O AEDES AEGYPTI?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A exposição exagerada no ambiente virtual,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

De oswaldo.cruz.edu para dilma@gov


Senhora,

Estive ontem com o doutor Adib Jatene, e ele contou Haverá quem pense que os clientes de hospitais de
que a participação do banco BTG Pactual na rede de bilionários estarão livres do risco. É verdade que existem
hospitais D’Or estaria sendo vendida por algo como R$ 2 doenças de pobres, mas o Aedes não trabalha com reserva
bilhões. Nesse caso, o negócio todo vale uns R$ 20 bilhões. de mercado. O problema está onde sempre esteve: no
Puxamos pela memória e vimos que o Brasil deve ter uns mosquito e na ideia de que ele só pica pobre. Ele nos trará
quatro bilionários (em dólares) que fizeram fortuna no setor mais surpresas.
de saúde. Estranha estatística. No Brasil, os bilionários são Termino com um pedido: Troque o nome de todas as
donos de hospitais ou atuam na área da saúde. Nos Estados ruas que levam o meu nome para “Rua do Mosquito”.
Unidos, os bilionários dão nome a hospitais que lembram Enquanto ele matar brasileiros, o venerável Instituto Oswaldo
suas atividades filantrópicas. O Langone e o Sloan Kettering Cruz terá o nome da praga: “Instituto Aedes Aegypti”. Assim,
Memorial, em Nova York, por exemplo. em vez de exaltar uma glória que não temos, lembraremos de
Seria de supor que a saúde no Brasil estivesse muito um problema que não resolvemos.
bem, porque em 1892, quando me formei em Medicina, não
havia dono de hospital rico. Nem quando o Jatene se Saúda-a o patrício,
diplomou, em 1953. As coisas aí vão de pior a péssimas. Se Oswaldo Cruz.
vos faltasse alguma desgraça, o Brasil tem uma nova
epidemia, transmitida pelo meu velho conhecido, o mosquito Texto 2 - Como podemos destacar o papel do poder
Aedes aegypti. público no combate ao mosquito, já que essa epidemia
Ele empesteava o Rio de Janeiro no início do século não é uma coisa nova? Onde está o erro?
XX, transmitindo a febre amarela. Tive mão forte do
presidente e fumiguei a cidade. Não se empregavam O erro está no modelo de desenvolvimento
apaniguados na saúde pública. O conselheiro Rodrigues econômico que o Brasil adotou a 500 anos. Não é um erro do
Alves nomeou um médico sem consultar-me. Levei-lhe minha gestor atual, mas deste processo de desenvolvimento
demissão, e ele desfez o ato. econômico, que privilegia o crescimento urbano acelerado e
A relação entre o mosquito, o vírus zika e desorganizado sem o devido suporte dos instrumentos
complicações neurológicas foi sugerida em 2013. No sábado necessários para atender a população, como, por exemplo,
passado, o seu Ministério da Saúde anunciou que o zika coleta regular de resíduos sólidos, fornecimento de água de
matara uma criança no Ceará e reconheceu a suspeita de modo regular para consumo doméstico e a própria
que tenha provocado 1.248 casos de microcefalia em bebês. distribuição geográfica de vários espaços.
Disparou-se um mecanismo neurastênico, como se a
calamidade estivesse no vírus. Ela não está no zika, mas na No combate ao Aedes aegypti, a educação da população
saúde pública. também é um fator a ser explorado?
O seu diretor do Departamento de Vigilância de
Doenças Transmissíveis disse o seguinte: “Não engravidem Sim, mas não a educação de ensino regular. Veja
agora.” Bem que a senhora poderia avisar às brasileiras só, se você andar pela rua, vai cansar de ver gente jogando
quando a gravidez deixará de ser arriscada. Levado ao pé da latinha fora do lixo. Enquanto persistir isso, não tem solução.
letra, meu colega extinguirá nossa população. A gente tem que se conscientizar. O brasileiro tem isso de se
O zika provoca distúrbios neurológicos em adultos, apegar a ilusões, só que a realidade nos confronta. Sabe o
homens, mulheres e mesmo em bebês. Alguns podem ser jogo do Brasil com a seleção alemã, o 7 a 1? Então. Nós
leves, outros, graves. Desde o ano passado, havia médicos estamos brincando de controlar o Aedes aegypti nesses trinta
trabalhando com a informação de que o vírus chegara ao anos que tem dengue no Brasil. Tem todo esse tempo e nós
Brasil. Ele estava aí, e posso lhe dizer que no primeiro estamos perdendo de 7 a 1 na luta contra esse mosquito. Nós
semestre um paciente nordestino foi diagnosticado, até estamos usando uma estratégia que não está dando certo. É
mesmo em São Paulo, com diversas suspeitas, menos zika. claro que uma coisa ou outra, prefeito A ou prefeito B, uma
Era. greve na coleta do lixo, enfim, podem contribuir para a
Isso é produto do descaso de um sistema de saúde situação. Mas, para além disso temos que refletir o que está
onde os mosquitos parecem fazer parte do mundo dos no cerne da questão, se é que queremos resolver o
pobres. O Aedes continua transmitindo dengue. Neste ano, já problema.
pegou 1,5 milhão de brasileiros, e esse número virou uma
simples estatística. É elementar que o zika atingiu também
adultos, diagnosticados sabe-se lá com o quê.
Texto 3
TEMA DE REDAÇÃO: PUBLICAÇÃO DE IMAGENS TRÁGICAS – BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO OU FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicação de imagens trágicas – banalização do
sofrimento ou forma de sensibilização? Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Um dos traços característicos da vida moderna é oferecer inúmeras oportunidades de vermos (à distância, por meio de
fotos e vídeos) horrores que acontecem no mundo inteiro. Mas o que a representação da crueldade provoca em nós? Nossa
percepção do sofrimento humano terá sido desgastada pelo bombardeio diário dessas imagens?
Qual o sentido de se exibir essas fotos? Para despertar indignação? Para nos sentirmos “mal”, ou seja, para consternar e
entristecer? Será mesmo necessário olhar para essas fotos? Tornamo-nos melhores por ver essas imagens? Será que elas, de fato,
nos ensinam alguma coisa?
Muitos críticos argumentam que, em um mundo saturado de imagens, aquelas que deveriam ser importantes para nós têm
seu efeito reduzido: tornamo-nos insensíveis. Inundados por imagens que, no passado, nos chocavam e causavam indignação,
estamos perdendo a capacidade de nos sensibilizar. No fim, tais imagens apenas nos tornam um pouco menos capazes de sentir,
de ter nossa consciência instigada.
Susan Sontag. Diante da dor dos outros, 2003. Adaptado.

Texto II

Quantas imagens de crianças mortas você precisa ver antes de entender que matar crianças é errado? Eu pergunto isso
porque as mídias sociais estão inundadas com o sangue de inocentes. Em algum momento, as mídias terão de pensar
cuidadosamente sobre a decisão de se publicar imagens como essas. No momento, há, no Twitter particularmente, incontáveis
fotos de crianças mortas. Tais fotos são tuitadas e retuitadas para expressar o horror do que está acontecendo em várias partes do
mundo. Isto é obsceno. Nenhuma dessas imagens me persuadiu a pensar diferentemente do modo como eu já pensava. Eu não
preciso ver mais imagens de crianças mortas para querer um acordo político. Eu não preciso que você as tuite para me mostrar que
você se importa. Um pequeno cadáver não é um símbolo de consumo público. ́
Suzanne Moore. “Compartilhar imagens de cadáveres nas mídias sociais não é o modo de se chegar a um cessar-fogo”. www.theguardian.com, 21.07.2014. Adaptado.
Texto III

A morbidez deve ser evitada a todo custo, mas imagens fotográficas chocantes que podem servir a propósitos humanitários
e ajudar a manter vivos na memória coletiva horrores inomináveis (dificultando, com isso, a ocorrência de horrores similares) devem
ser publicadas.
Carlos Eduardo Lins da Silva. “Muito além de Aylan Kurdi”. http://observatoriodaimprensa.com.br, 08.09.2015. Adaptado.

Texto IV
Diretor da ONG Human Rights Watch, Peter Bouckaert publicou em seu Twitter a foto do menino sírio de 3 anos que se afogou. Ele
explicou sua decisão: “Alguns dizem que a imagem é muito ofensiva para ser divulgada. Mas ofensivo é aparecerem crianças
afogadas em nossas praias quando muito mais pode ser feito para evitar suas mortes.”
“Diretor de ONG explica publicação de foto de criança”. Folha de S.Paulo, 03.09.2015. Adaptado.

Texto V
TEMA: A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores, e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, crie um texto
dissertativo-argumentativo conforme a norma padrão da língua portuguesa, sobre A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DO BRASIL.
Lembre-se de apresentar uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Toda semana são noticiados casos de violência nas escolas brasileiras. Infelizmente, o problema não é um exagero criado
pela mídia, mas sim uma realidade enfrentada diariamente por milhares de professores das redes pública e privada.
Dentre os casos mais comuns de violência, podemos citar as ameaças feitas por alunos a professores, sobretudo a respeito de baixo
rendimento escolar. Uma nota abaixo da média nem sempre é entendida como um alerta para que o aluno melhore e estude com
mais afinco: para muitos estudantes, a nota é compreendida como ofensa pessoal. Alguns ficam no enfrentamento verbal, enquanto
outros partem para agressão física ou provocam danos a bens do professor, sobretudo carros (pneus furados são os relatos mais
comuns). Depredações a patrimônios da escola e arrombamentos de salas também integram o vasto rol de atitudes violentas no
ambiente escolar. O tipo de violência mais comum, entretanto, se dá entre os próprios estudantes.
Apesar de a violência física estampar um número muito maior de manchetes, é a violência moral que mais assusta aos
professores de todos os níveis de ensino, desde o Infantil ao Superior. Xingamentos, gestos obscenos, perturbações, indisciplina.
Problemas que atrapalham o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da escola. Os casos de bullying –
a violência moral entre os próprios alunos – também chocam educadores e familiares, inclusive ultrapassando os muros da escola e
chegando ao ambiente virtual, no qual situações vexatórias de alunos podem ser acessadas por qualquer pessoa.
Disponível em http://www.revistaoprofessor.com.br.
Texto II

Para entender o fenômeno da violência nas escolas, é preciso levar em conta fatores externos e internos à instituição de
ensino. No aspecto externo, influem as questões de gênero, as relações raciais, os meios de comunicação e o espaço social no qual
a escola está inserida. Entre os fatores internos, deve-se levar em consideração a idade e a série ou o nível de escolaridade dos
estudantes, as regras e a disciplina dos projetos pedagógicos das escolas, assim como o impacto do sistema de punições e o
comportamento dos professores em relação aos alunos (e vice-versa) e a prática educacional em geral.
Diante do que se passa, uma das identidades mais comprometidas é a da escola – lugar de sociabilidade positiva, de
aprendizagem de valores éticos e de formação de espíritos críticos, pautados no diálogo, no reconhecimento da diversidade e na
herança civilizatória do conhecimento acumulado. Essas situações repercutem sobre a aprendizagem e a qualidade de ensino tanto
para alunos quanto para professores. Disponível em http://www.unicef.org/brazil/pt/Cap_02.pdf. Adaptado.
TEMADE REDAÇÃO: AS REDES SOCIAIS COMO MEIO DEATIVISMO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema As redes sociais como meio de ativismo,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

TEXTO II

(…) o apoio a causas pela internet motiva ações no mundo real? Segundo uma pesquisa da Universidade de British
Columbia, no Canadá, esse tipo de manifestação on-line pode ter, na verdade, um efeito inverso. Segundo o estudo, a sensação de
dever cumprido provocada pelo clique no botão “curtir” estimula as pessoas a deixarem de lado ações mais significativas, como doar
dinheiro a instituições ou se engajar de fato em um trabalho voluntário.
O objetivo dos cientistas era investigar um fenômeno que ainda gera controvérsias entre estudiosos, conhecido como
slacktivism. O termo em inglês, surgido em 1995, é formado pelas palavras slack (preguiçoso, negligente) e activism (ativismo). Na
época, a expressão se referia às atividades feitas por jovens na internet para afetar a sociedade de forma progressiva. Atualmente,
porém, é usada para definir atos de apoio que têm como único resultado real a satisfação pessoal de quem constrói uma falsa
imagem de engajamento sem fazer muito esforço.
Na investigação, os pesquisadores canadenses conduziram uma série de testes para verificar se, após demonstrarem apoio
a uma instituição, as pessoas se sentiam mais ou menos dispostas a doar dinheiro a essa entidade. No mais significativo deles, um
grupo de voluntários ganhou broches para mostrar apoio aos veteranos de guerra. Enquanto uma parte era convidada a usar o
bottom, a outra era orientada a não exibi-lo. Depois, todos os participantes foram convidados a fazer uma doação. Entre os que
ganharam as peças, mas não a penduraram na roupa, o índice de contribuição foi bem mais alto; já os que ostentaram o símbolo
não doaram muito mais do que as pessoas que não receberam brinde.

Licença moral - Para Kirk Kristofferson, principal autor do estudo, os resultados mostram que fazer demonstrações de
engajamento, como curtir uma página na rede social, usar uma pulseira ou divulgar a assinatura de uma petição on-line, pode inflar o
ego da pessoa a tal ponto que ela se abstém de ajudar de uma forma mais significativa. Isso pode ter relação com um efeito
inconsciente chamado licença moral: se o indivíduo fez uma boa ação, ele se sente no direito de ser negligente ou de fazer algo ruim
depois. É como quando uma pessoa se permite comer uma sobremesa depois de trocar o refrigerante por uma bebida light. (…)

Ações direcionadas - Há especialistas, no entanto, que contestam a visão negativa sobre o ativismo virtual. O argumento mais
comum é que as ações na internet não excluem ações na vida real. Ao contrário, elas seriam fundamentais para organizar encontros
fora da rede, como ocorreu com a Primavera Árabe, o movimento Occupy, nos Estados Unidos, ou mesmo as manifestações
populares que tomaram o Brasil neste ano. Nesses casos, os internautas não só divulgaram sua posição política, como também
colocaram os planos em prática. (…)

Diferenciação - Por isso, os especialistas acreditam que é necessário separar o slacktivism das ações virtuais que fazem a
diferença. Curtir uma foto de crianças em situação de risco, como o Unicef lembra, não vai comprar vacinas nem fazer qualquer
diferença na vida delas (leia Três perguntas para). Mas, talvez, uma pessoa seja influenciada por uma imagem compartilhada por um
amigo ou dê mais atenção a um post escrito em um blog de uma pessoa influente do que a um link patrocinado. “As organizações
precisam pensar em como auxiliar seus apoiadores a cumprir o papel de narradores em seu benefício”, lembra Julie Dixon, diretora
do Centro para Comunicação de Impacto da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.
TEXTO III

TEXTO IV

Pergunta: O que é ciberativismo?

É uma forma de ativismo pela internet, também chamada de ativismo online ou digital, usada para divulgar causas, fazer
reivindicações e organizar mobilizações.
“É uma arena complementar de mobilização e politização, somando-se a assembleias, passeatas, atos públicos e
panfletos”, diz o professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense, Dênis de Moraes, em seu texto O Ativismo Digital,
divulgado, claro, na internet. Usado principalmente por ONGs e entidades civis, o ciberativismo é uma alternativa mais democrática
e acessível do que os meios de comunicação de massa tradicionais e pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha acesso à
internet. E de várias formas. Você pode participar de fóruns e grupos de discussões, mandar e-mails a representantes políticos
exigindo providências sobre determinada questão, assinar abaixo-assinados online cobrando de empresas e autoridades o
cumprimento dos direitos do consumidor (…), apoiar a causa dos direitos humanos e defesa de minorias (…) e até mesmo criar
blogs para divulgar essas e outras causas, como o combate à corrupção, a conservação da natureza e a propagação da cultura de
paz. (…) No fim de 2006, por exemplo, a caixa postal do senador mineiro Eduardo Azeredo foi inundada por e-mails contrários ao
projeto de lei que obrigava a identificação dos usuários de internet antes de iniciar qualquer operação que envolvesse interatividade.
A mobilização surtiu resultado e o projeto acabou sendo arquivado.
TEMADE REDAÇÃO: “CAMAROTIZAÇÃO” DASOCIEDADE BRASILEIRA:ASEGREGAÇÃO DAS CLASSES SOCIAIS EADEMOCRACIA

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Camarotização” da sociedade brasileira: a
segregação das classes sociais e a democracia, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Os três primeiros textos aqui reproduzidos referem-se à “camarotização” da sociedade – nome dado à tendência a manter
segregados os diferentes estratos sociais. Em contraponto, encontra-se também reproduzido um testemunho, no qual se recupera a
experiência de um período em que, no Brasil, a tendência era outra.

TEXTO I

Na verdade, durante a maior parte do século XX, os estádios eram lugares onde os executivos empresariais sentavam-se
lado a lado com os operários, todo mundo entrava nas mesmas filas para comprar sanduíches e cerveja, e ricos e pobres igualmente
se molhavam se chovesse. Nas últimas décadas, contudo, isso está mudando. O advento de camarotes especiais, em geral, acima
do campo, separam os abastados e privilegiados das pessoas comuns nas arquibancadas mais embaixo. (…) O desaparecimento
do convívio entre classes sociais diferentes, outrora vivenciado nos estádios, representa uma perda não só para os que olham de
baixo para cima, mas também para os que olham de cima para baixo.
Os estádios são um caso exemplar, mas não único. Algo semelhante vem acontecendo na sociedade americana como um
todo, assim como em outros países. Numa época de crescente desigualdade, a “camarotização” de tudo significa que as pessoas
abastadas e as de poucos recursos levam vidas cada vez mais separadas. Vivemos, trabalhamos, compramos e nos distraímos em
lugares diferentes. Nossos filhos vão a escolas diferentes. Estamos falando de uma espécie de “camarotização” da vida social. Não
é bom para a democracia nem sequer é uma maneira satisfatória de levar a vida.
Democracia não quer dizer igualdade perfeita, mas de fato exige que os cidadãos compartilhem uma vida comum. O
importante é que pessoas de contextos e posições sociais diferentes encontrem-se e convivam na vida cotidiana, pois é assim que
aprendemos a negociar e a respeitar as diferenças ao cuidar do bem comum.

TEXTO II

Comentário do Prof. Michael J. Sandel referente à afirmação de que, no Brasil, se teria produzido uma sociedade ainda mais
segregada do que a norte-americana.

O maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode pagar por coisa melhor. Esse é o início da
destruição da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-
los, até os mais ricos. Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho fique na pública, e assim
teremos uma base política para defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem
shopping centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão.
Entrevista. Folha de S. Paulo, 28/04/2014. Adaptado.

TEXTO III

[No Brasil, com o aumento da presença de classes populares em centros de compras, aeroportos, lugares turísticos etc., é
crescente a tendência dos mais ricos a segregar-se em espaços exclusivos, que marquem sua distinção e superioridade.] (…) Pode
ser que o fenômeno “camarotização”, isto é, a separação física entre classes sociais, prospere para muitos outros setores. De
repente, os supermercados poderão ter ala VIP, com entrada independente, cuja acessibilidade, tacitamente, seja decidida pelo
limite do cartão de crédito.
Renato de P. Pereira. www.gazetadigital.com.br, 06/05/2014. [Resumido] e adaptado.

TEXTO IV

Até os anos de 1960, a escola pública que eu conheci, embora existisse em menor número, tinha boa qualidade e era um
espaço animado de convívio de classes sociais diferentes. Aprendíamos muito, uns com os outros, sobre nossas diferentes
experiências de vida, mas, em geral, nos sentíamos pertencentes a uma só sociedade, a um mesmo país e a uma mesma cultura,
que era de todos. Por isso, acreditávamos que teríamos, também, um futuro em comum. Vejo com tristeza que hoje se estabeleceu
o contrário: as escolas passaram a segregar os diferentes estratos sociais. Acho que a perda cultural foi imensa e as consequências,
para a vida social, desastrosas.
Tema de Redação: Demarcação de terras e impactos na cultura indígena

TEXTO 1 - Uma das questões geográficas e históricas mais no sentido de proteger suas áreas demarcadas e realizar, o
polêmicas no espaço brasileiro é a dos territórios indígenas. mais rápido possível, a demarcação daquelas que necessitam
Sabemos que, antes da chegada dos povos europeus no de tal para a manutenção segura de suas práticas. A
continente sul-americano, existiam milhares de povos expectativa é a de que, nos próximos anos, mais terras sejam
indígenas habitando aquilo que é hoje considerado como o demarcadas, o que depende não só do poder público, mas
território do Brasil. Desse total, existem ainda cerca de 305 também da articulação dos movimentos sociais e, claro, das
etnias atualmente, com cerca de 180 línguas distintas, a lideranças indígenas no sentido de lutarem pela sua
maioria delas filiada ao Tupi e ao Jê. soberania territorial.
Diante disso, existe uma profunda questão a ser resolvida * Dados da Funai (2014)
com esses povos, que é a demarcação das suas terras, ou Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/demarcacao-
seja, a delimitação legal das áreas indígenas. terras-indigenas-no-brasil.htm
A Constituição Federal define as Terras Indígenas como
todas as áreas permanentemente habitadas pelos índios, TEXTO 2 - A Corte Interamericana de Direitos
sendo elas utilizadas para suas atividades produtivas e Humanos condenou o Brasil em um processo que se arrasta
também para a preservação de suas culturas e tradições. desde 1989 para demarcação de um território tradicional
Portanto, mais do que simplesmente a área de moradia indígena localizado no município de Pesqueira,
direta, as terras indígenas devem envolver todo o espaço em Pernambuco. O País foi condenado a finalizar o processo
usado pelos índios para garantir sua sobrevivência, incluindo de demarcação do território e indenizar ocupações feitas por
áreas de caça e extrativismo. não indígenas na região.
As áreas indígenas do Brasil são de propriedade da União, de A decisão aponta a responsabilidade internacional do País
forma que os recursos naturais existentes dentro de seus quanto à violação a direitos de propriedade coletiva, garantia
limites são de pertencimento único e exclusivo dos índios que judicial e proteção judicial para o povo indígena da
habitam esse território. Além disso, somente com autorização etnia xukuru de ororubá, segundo informações do Conselho
legal da Fundação Nacional do Índio (Funai), é possível Indigenista Missionário (Cimi), que atuou no caso.
chegar a essas áreas não sendo um membro pertencente às Com a decisão publicada na segunda-feira, 12/03/2018, o
etnias indígenas, sendo, vedado, portanto, o acesso irrestrito. País tem o prazo máximo de 18 meses para cumprir as
Como ocorre a demarcação de terras no Brasil? determinações da Corte – no período de um ano, deverá
No Brasil existem aproximadamente 544 terras indígenas*, apresentar um relatório sobre as medidas adotadas.
sendo a maior parte localizada na área da Amazônia Legal. De acordo com Cleber César Buzatto, secretário Executivo do
Desse total, 426 estão regularizadas, 38 estão delimitadas, 66 Cimi, essa é a primeira decisão na qual o Brasil é condenado
estão declaradas e 14 estão homologadas, havendo ainda por violações contra os direitos dos povos indígenas. O
mais 129 locais em estudo. As fases do processo de processo havia sido julgado pela Corte em 21 de março, na
demarcação de terras obedecem à seguinte ordem: Cidade da Guatemala.
1º São realizados estudos de identificação e delimitação pela “A decisão é de fundamental importância para os xucuru e
Funai, envolvendo pesquisas geográficas, antropológicas, demais povos indígenas do Brasil. A Corte reconhece e
territoriais, ambientais e outras; afirma juridicamente o direito originário e coletivo dos povos
2º É feita a delimitação, que é repassada via Diário Oficial às suas terras tradicionais e a obrigação do Estado brasileiro
para o Ministério da Justiça, responsável pela sua declaração de fazer valer esse direito em tempo adequado”, diz Buzatto.
de limites; “Essa decisão fortalece a luta dos povos contra a tese do
3º Com a autorização, as terras tornam-se declaradas após a marco temporal, o parecer antidemarcação
realização de novos estudos, de forma que a área torna-se de da AGU (Advocacia-Geral da União) e permanente ameaça
uso exclusivo dos índios e a demarcação é autorizada. A da PEC 215/00, entre outras.”
demarcação física fica a cargo da Funai; A Corte Interamericana declarou que vai supervisionar o
4º É feito um levantamento fundiário pelo Instituto Nacional de cumprimento integral da sentença, que incluiu o pagamento
Colonização e Reforma Agrária (Incra) para avaliar as por benfeitorias feitas pelos ocupantes não indígenas do
benfeitorias realizadas pelos proprietários da área que agora território, que serão retirados, e a criação de um fundo, que
pertence aos índios, pois o dono das terras perde a posse, será administrado pelos índios xukuru.
mas recebe uma indenização caso tenha feito algumas O caso dos xukuru foi denunciado à Comissão Interamericana
dessas benfeitorias no local; de Direitos Humanos em 2002. Hoje vivem mais de 11 mil
5º As terras são homologadas pela Presidência da República; indígenas em uma área de 27.555 hectares.
6º É feita a retirada dos ocupantes não índios da área, com Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-
pagamento das eventuais indenizações; condenado-em-processo-de-demarcacao-de-terra-
7º É concluída a regularização e, portanto, a demarcação indigena,70002227751
oficial com registro em cartório em nome da União;
8º A Funai torna-se responsável por interditar a área, a fim de
garantir o isolamento e a proteção dos indígenas que ali
habitam.
Nem sempre essa sequência acima acontece de forma linear,
isto é, contínua. Muitas vezes, são realizados recursos
judiciais e disputas por parte dos proprietários,
agronegociantes, agricultores e outros com o objetivo de
garantir para si o uso daquelas terras. Com isso, mesmo com
a demarcação sendo concluída, o trâmite leva muitos anos
para concretizar-se, o que faz com que a questão territorial
indígena no país torne-se ainda mais dispendiosa para
ambos os lados.
Em alguns casos, grupos de posseiros, grileiros e fazendeiros
entram em conflitos com os indígenas em torno da disputa
territorial. Muitas vezes, os limites impostos pela demarcação
não são respeitados, o que se configura como um grave
crime, pois há invasão de uma área de proteção patrimonial.
Para resguardar a sobrevivência dos povos indígenas e suas
tradições, é necessário garantir a segurança deles, sobretudo
TEXTO 3

A partir da leitura dos conteúdos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “Demarcação de terras e impactos na cultura
indígena” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto
de vista.

TEMA DE REDAÇÃO: INDÍGENAS BRASILEIROS NA CONTEMPORANEIDADE

Com base nos textos motivadores abaixo, produza uma redação dissertativo-argumentativa sobre o tema: INDÍGENAS
BRASILEIROS NA CONTEMPORANEIDADE.

Texto 1 -

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a atual população indígena do Brasil é de aproximadamente 818.000
indivíduos, representando 0,4% da população brasileira. Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas. Há, contudo, estimativas de
que existam 315 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas.
A plena cidadania do índio depende de sua integração à sociedade nacional e do conhecimento, mesmo que precário, dos valores
morais e costumes por ela adotados. A Constituição de 1988 realizou um grande esforço no sentido de elaborar um sistema de
normas que pudesse efetivamente proteger os direitos e interesses dos índios brasileiros. Representou, ademais, um largo passo à
frente na questão indígena, com vários dispositivos nos quais dispõe sobre a propriedade das terras ocupadas por eles, a
competência da União para legislar sobre populações indígenas e a preservação de suas línguas, usos, costumes e tradições.
Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/a-situacao-atual-dos-indios-do-brasil

Texto 2

Os povos indígenas do Brasil ainda têm muitos desafios a enfrentar como forma de buscar melhores condições e também garantir os
poucos direitos já conquistados. Muitos já vivem em territórios demarcados, mas mesmo assim ainda enfrentamos diversas
situações, como conviver com os inúmeros conflitos pela terra. Afinal, algumas terras indígenas contam com invasões de
madeireiros e de garimpeiros. Por falta de uma ação mais efetiva do governo, esses confrontos ficam sem uma solução. Precisamos
buscar mecanismos para debater esses problemas e aumentar a participação dos índios nas discussões das políticas públicas para
o nosso povo, pois nossa presença nisso é muito baixa.
Fonte: https://redesustentabilidade.org.br/2016/04/19/lider-indigena-aponta-principais-desafios-dos-indios-brasileiros/
Texto 3

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/sites/default/files/chargelatuff%20indio
TEMA DE REDAÇÃO: POLUIÇÃO DO AR E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO

A partir da leitura dos conteúdos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Poluição do ar e seus impactos na
saúde da população” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

TEXTO 1

A OMS (Organização Mundial da Saúde) realiza, entre 20 de outubro e 1º de novembro (de 2018), em Genebra, na Suíça, o primeiro
congresso global sobre poluição do ar, para debater as recomendações aos 193 países-membros visando melhorar o meio
ambiente. Para preparar a participação brasileira no congresso, o presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental),
Carlos Bocuhy, fez nesta terça-feira (25/10/2018) exposição na OMS com novas recomendações que permitam melhorar as políticas
públicas para a qualidade de ar no País.
Segundo Bocuhy, o Brasil ainda conta com padrões de controle da poluição de 1990, extremamente defasados frente ao
conhecimento médico-científico atual. Ele também defende que é necessário melhorar a forma de orientação dada pela OMS aos
países-membros de modo a provocar mudanças efetivas.
“As recomendações da OMS, embora sejam fundamentais, infelizmente deixam em aberto um grande espaço subjetivo sobre a
implementação nos países menos desenvolvidos”, disse Bocuhy. Com isso, de acordo com o presidente do Proam, setores
industriais e governamentais do Brasil não se sentem na obrigação de adotar os padrões mais modernos.
As guias de qualidade do ar da OMS, conforme Bocuhy, são destinadas ao uso em todo mundo, mas foram elaboradas para
respaldar medidas orientadas a se obter uma qualidade de ar que proteja a saúde pública em situações distintas. As normas de cada
país variam em função da viabilidade tecnológica, os aspectos econômicos e outros fatores políticas e sociais.
De acordo com ele, atualmente a falta de um controle mais efetivo na poluição do ar provoca a morte anual de 7 milhões de pessoas
em todo o mundo e de 51 mil apenas no Brasil, conforme dados da OMS de maio último (2018).
Fonte: https://www.folhadelondrina.com.br/geral/congresso-da-oms-debate-poluicao-do-ar-1016253.html

TEXTO 2

Cientistas no Reino Unido detectaram, pela primeira vez, partículas de ar poluído na placenta de mulheres grávidas. A descoberta
coloca a possibilidade de a poluição nas grandes cidades chegar aos bebês durante a gravidez.
De acordo com a BBC News, investigadores da Universidade Queen Mary, em Londres, produziram a primeira evidência científica
de que os componentes da poluição do ar atingem a placenta depois de passar pelos pulmões e entrar na circulação sanguínea.
O estudo foi efetuado a partir da análise de placentas de cinco mulheres não fumadoras que tiveram bebês saudáveis no hospital da
universidade londrina. Os cientistas examinaram os macrófagos, células do sistema imunológico que “comem” partículas prejudiciais
ao organismo humano. Estas células estão presentes nos pulmões e também fazem parte do sistema que protege o feto no tecido
da placenta.
Usando um microscópio óptico, os investigadores encontraram 72 partículas negras entre 3.500 células. Essas partículas eram
iguais às partículas de poluição encontradas nos macrófagos dos pulmões.
‘’Ainda não sabemos se as partículas que encontramos podem passar para o feto, mas as pesquisas sugerem que isso é possível”,
disse à BBC News Brasil a pediatra Norrice Liu, que integra a equipe de investigadores da Universidade Queen Mary. “O nosso
próximo passo é examinar mais mulheres, mas também queremos saber como elas vivem e qual o nível de exposição que elas têm
à poluição.“
O sistema respiratório funciona como uma espécie de peneira que filtra as partículas de ar poluído. As maiores costumam ser
destruídas pelas células de defesa dos pulmões, mas as mais finas podem entrar na circulação sanguínea e chegar a outros órgãos
do corpo.
O estudo foi apresentado neste mês de setembro no Congresso Internacional daSociedade Respiratória Europeia (ERS, na sigla em
inglês), mas ainda não foi publicado em revistas científicas.
Fonte: https://tvi24.iol.pt/tecnologia/poluicao/bebes-ja-respiram-ar-poluido-antes-de-nasceram

TEXTO 3
TEMA DE REDAÇÃO: ELEIÇÕES 2018: O PAPEL DAS REDES SOCIAIS NAS DISCUSSÕES POLÍTICAS

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Eleições 2018: O papel das redes
sociais nas discussões políticas”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O acesso à internet no Brasil

“O papel das redes sociais na eleição se mostra ainda mais relevante quando observadas as taxas de acesso à internet no Brasil e o
crescimento do número de usuários de Facebook, Whatsapp e Twitter nos últimos anos.
Uma pesquisa realizada pela Ipsos e Fecomércio- RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) em 2016 estimou que
70% dos brasileiros tinham acesso à internet. Desse total, 69% afirmou que usava o celular como principal forma de navegar. Além
disso, mais de 90% dos entrevistados declarou, na pesquisa, que acessar as redes sociais é seu principal intuito quando entram na
internet.
O número absoluto de pessoas que utilizam as redes sociais também aumentou muito da eleição de 2014 para cá. De acordo com
informações publicadas pelo colunista Nilson Teixeira, do jornal Valor Econômico, o número de contas de Whatsapp e Facebook
mais que dobrou desde 2013, chegando a 120 milhões em 2018 – lembrando que cada pessoa pode ter mais de uma conta em cada
rede social.”

TEXTO II

Manipulação de redes sociais para uso político afeta 48 países

“Ação para induzir opinião pública quase dobra raio de ação em um ano, mostra estudo de Oxford
A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países
nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na
versão anterior da pesquisa , divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do
Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. “As ferramentas e técnicas de manipulação estão constantemente
evoluindo e se tornando mais sofisticadas” disse à Folha Samantha Brown, doutoranda do Instituto da Internet de Oxford e autora do
estudo com Philip Howard. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news
(notícias mentirosas), criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e
usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos.
Desde 2010, quando os pesquisadores encontraram as primeiras referências a esse tipo de ação estruturada, os 48 países
mencionados já gastaram US$ 500 milhões (R$ 1,85 bilhão) para montar suas sentinelas cibernéticas.
Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem
crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder,
aplicativo usado para relacionamentos.”
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/07/manipulacao-de-redes-sociais-para-uso-politico-afeta-48-paises.shtml
Acesso em 27 setembro 2018 Adaptado

TEXTO III

Disponível em: http://www.alemdeeconomia.com.br/blog/?p=13381 Acesso em 27 setembro 2018.


TEMA DE REDAÇÃO: OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM AUTISMO NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da inclusão de pessoas
com autismo no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O dia 2 de abril foi instituído pela ONU em 2008 como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O autismo é uma síndrome
que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo. […]
Apesar de o autismo ter um número relativamente grande de incidência, foi apenas em 1993 que a síndrome foi adicionada à
Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde. A demora na inclusão do autismo neste ranking é reflexo
do pouco que se sabe sobre a questão. Ainda nos dias de hoje, o diagnóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é
capaz de afirmar com precisão a incidência da síndrome.
Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-no-brasil Acesso em 27 abril 2018.

TEXTO II

LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei
no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Art. 2o São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista:
I – a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista;
II – a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e
o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação;
III – a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce,
o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm Acesso em 27 abril 2017

TEXTO III

Disponível em: https://www.facebook.com/AutismoOQueAconteceNoMundoDaLua/ Acesso em 27 abril 2017

TEXTO IV

“É urgente que se criem mecanismos de estímulo às autoridades no sentido de implementarem políticas de saúde pública para o
tratamento e o diagnóstico do autismo e, também, de apoio às pesquisas na área”, alega o ex-senador Flávio Arns (PR).
A intenção, segundo Arns, é realizar debates e campanhas de alerta, para conscientizar a população sobre o autismo e, com isso,
evitar a discriminação das pessoas com o transtorno e permitir a participação delas na vida em sociedade e o exercício da cidadania.
TEMA DE REDAÇÃO: CAMINHOS PARA EVITAR QUE O BRASIL VOLTE AO MAPA DA FOME

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para evitar que o Brasil volte
ao mapa da fome”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO, diz
estar preocupado com a possibilidade de o Brasil voltar a ter a fome como um de seus problemas crônicos e estruturais.
“Se o Brasil não conseguir retomar o crescimento econômico, gerar empregos de qualidade e ter um programa de segurança
alimentar voltado especificamente para as zonas mais deprimidas, nós podemos, infelizmente, voltar a fazer parte do Mapa da Fome
da FAO”, alerta, em entrevista por e-mail ao UOL, da sede mundial da instituição, em Roma (Itália).
O Mapa da Fome é um estudo elaborado desde 1990 pela FAO, principal órgão internacional de incentivo a políticas de combate à
fome e à promoção do alimento. O mapa reúne e analisa dados sobre a situação da segurança alimentar da população mundial,
fazendo diagnósticos por regiões e países.
Disponível em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/11/06/desemprego-pode-recolocar-brasil-no-mapa-da-fome-
diz-lider-do-orgao-da-onu-para-alimentacao.htm Acesso em 12 fevereiro 2018

TEXTO II

O relatório da FAO Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e no Caribe 2017 indica que o Brasil será
capaz de acabar com a fome, que hoje atinge cerca de 3% da população, até 2030. No entanto, para garantir a segurança alimentar
e nutricional, os brasileiros precisam consumir os nutrientes corretos e até mesmo praticar exercícios físicos.
No Brasil, a alimentação é um direito garantido pela Constituição Federal e, mundialmente, o tema é um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que tem como meta acabar com a fome no mundo até 2030.
“O Brasil está muito bem em termos gerais. Em 2014 saiu do Mapa da Fome, com índice de insegurança alimentar abaixo de 5%.
Isso revela uma situação que não é estrutural. São grupos, que precisam de políticas focais. O Brasil não tem mais o problema
estrutural da fome como outros países da América Latina”, diz o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.
[…]
“É importante manter o nível de investimento social que se tinha. A crise, com certeza, é uma ameaça para esses programas. Não é
fácil alocar recursos nesse momento, mas vamos torcer para que a economia consiga se recuperar e que haja recursos e
investimento efetivo no desenvolvimento rural sustentável, que é a chave [para a segurança alimentar]”, diz Bojanic.
Disponível em: https://istoe.com.br/fora-do-mapa-da-fome-fao-recomenda-que-brasil-invista-em-seguranca-alimentar/ Acesso em 12
fevereiro 2018

TEMA DE REDAÇÃO: LIMITES DEVEM SER IMPOSTOS NO MUNDO DAS ARTES?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Limites devem ser impostos no
mundo das artes?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I - A exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” foi cancelada após diversas manifestações
nas redes sociais, sendo o Movimento Brasil Livre (MBL) apontado como um dos principais grupos que articulou os protestos –
taxados como censura por diversos internautas.
A mostra, que acontecia no Santander Cultural em Porto Alegre, foi inaugurada em 15 de agosto e reunia 270 trabalhos de 85
artistas, de acordo com o jornal Zero Hora.
“Algumas peças apresentadas na mostra revelam imagens que podem provocar um sentimento contrário daquilo que discutem.
Porém, foram criadas justamente para nos fazer refletir sobre os desafios que devemos enfrentar em relação à questões de gênero,
diversidade, violência entre outros”, afirmou o Santander Cultural em suas redes sociais no último dia 8.
Esta não foi a leitura de muitos internautas, especialmente os seguidores do Movimento Brasil Livre, que se posicionou contra a
exposição. “O Santander cancelou uma amostra de ‘arte’ com material que contém pedofilia e zoofilia direcionado a público escolar
após pressão nas redes do MBL e de outros grupos de direita”, escreveu o grupo em sua página no Facebook.
Com a ajuda da campanha do MBL e da repercussão cada vez maior nas redes sociais, o Santander decidiu recuar e, no domingo,
anunciou o cancelamento da exposição.
“Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra. O objetivo do
Santander Cultural é incentivar as artes e promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar
qualquer tipo de desrespeito e discórdia”, afirmou o espaço em sua página no Facebook.
Disponível em: https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/entenda-obras-da-exposicao-queer-cancelada-pelo-santander/Acesso em 02 fevereiro 2018
TEXTO II - O ser humano não apenas tem limites naturais como a vida em sociedade exige limitações culturais. O que são as leis
senão isso? Não podemos dirigir veículos livremente, por exemplo; há uma série de limitações no código de trânsito que nos
“oprimem”. E que dizer das limitações do Código Penal? Alguém aí é livre para matar, roubar, estuprar e vilipendiar culto religioso?
Não segundo nosso Código Penal. Você pode discordar, achar absurdo etc. e tal, mas se cometer qualquer dessas ações será
sancionado, vendo sua liberdade contida.
Se você ainda tem dúvidas se arte tem limite, então faça um breve e singelo exercício de imaginação. Digamos que naquela
exposição sexual do Santander Cultural tivéssemos não uma pintura com dois sujeitos currando uma cabra, mas uma performance
“artística” com dois depravados currando uma cabra ao vivo. Agora “passou do limite” ou ainda pensa que artista pode tudo?
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/francisco-escorsim/2017/09/19/arte-tem-limite-e-defensor-politicamente-correto/ Acesso em 05 fevereiro 2018

TEXTO III - A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões do Ministério
Público do Rio Grande do Sul, Denise Villela, e o promotor da Infância e da Juventude de Porto Alegre Júlio Almeida estiveram,
nesta terça-feira (12/9), na exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, exibida no Santander Cultural de
Porto Alegre. Para os representantes do MP, o conteúdo das obras não configura pedofilia.
[…]
No Brasil não existe uma legislação específica sobre a classificação indicativa de mostras e exposições presentes em museus e
galerias — como ocorre com teatros, cinema e televisão. Porém, segundo a coordenadora, as instituições de arte podem adotar um
sistema baseado nos já existentes.
Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/exposicao/mp-gaucho-avalia-que-nao-ha-pedofilia-na-exposicao-queermuseu Acesso em 05 fevereiro 2018

TEXTO IV - Qual a importância da transgressão e da provocação na arte? ele deve ter limites? quais seriam e por onde deveriam se
pautar?

SOLANGE FARKAS A arte é um exercício contínuo de transgressão, principalmente a partir das vanguardas do começo do século
20. Isso dá a ela uma importância social muito grande porque, ao transgredir, ela aponta para novos caminhos e para soluções que
ainda não tínhamos imaginado para problemas que muitas vezes sequer conhecíamos. A seleção dos trabalhos dos artistas para a
próxima edição do festival [Videobrasil], por exemplo, me fez ver que os artistas estão muito antenados com as diversas crises que
estamos vivendo e oferecem uma visão inovadora para o nosso cotidiano e acho que isso é um bom exemplo.
MARCELLO DANTAS O papel da arte é abrir a cabeça das pessoas. Permitir novas ideias, proporcionar reflexão, imagem e revelar
algo do inconsciente coletivo. Para isso ela precisa necessariamente existir no território do inexplorado, do desconhecido, da
originalidade e do inominável. Esse território nunca pode ser alcançado se a arte for mantida em um cercado conceitual, onde está
pré-definido o que pode e o que não pode. A arte é sobre o que não sabemos e por isso deve poder ser transgressora, indefinida,
incompreendida, subjetiva. Sociedade que não tem isso é uma sociedade pobre, sem alma e sem potencial criativo. Incompreendido
hoje pode ser o gênio de amanhã. Uma sociedade sem transgressores é uma sociedade burra.
BAIXO RIBEIRO Através da arte, é possível dialogar em níveis que simples conversas não alcançariam. A arte tem a capacidade de
quebrar protocolos, regras e leis. E ainda ser elegante, sutil e sofisticada, mas, também, tosca, malcriada ou brega. Não existem
limites estéticos. Se percebermos a existência de um limite, é bom que exista uma arte que venha ultrapassá-lo. Faz parte da
natureza da sociedade possuir elementos que queiram preservar a ordem e seus antagonistas, que queiram transformá-la.
Geralmente o espírito da provocação é excitado por uma sensação de conformismo que tome conta do ar, a subversão é mais
intensa quando as leis são mais opressivas, a transgressão é mais legal quando a lei não é legal. Acho que deve haver sempre uma
tensão entre essas partes, mas não acho tão importantes estabelecer limites e, sim, procurar equilíbrios.
Disponível em https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/09/16/Quais-os-limites-da-arte-segundo-tr%C3%AAs-especialistas Acesso em 05 fevereiro 2018

TEMA DE REDAÇÃO: A DESVALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A desvalorização da ciência no
Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Cerca de mil pesquisadores e estudantes se reuniram neste domingo, 8, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, para a 3ª
Marcha pela Ciência. Eles pediam pelo fim dos cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações, que
deve receber em 2017 apenas 20% do necessário para fechar as contas do ano. Com isso, há a ameaça de que alguns institutos
tenham de fechar as portas no ano que vem.
“NÃO ESTAMOS LUTANDO POR MELHORES SALÁRIO, ESTAMOS LUTANDO PARA PODER TRABALHAR, PARA FAZER
CIÊNCIA. ESTAMOS LUTANDO PELO BRASIL”, AFIRMOU AO JORNAL “O ESTADO DE S. PAULO”, DURANTE A
MANIFESTAÇÃO, HELENA NADER, EX-PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA PELO PROGRESSO DA CIÊNCIA
(SBPC).
A manifestação, convocada pela entidade, juntamente com a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo
(APqC), reuniu professores, estudantes e simpatizantes de instituições como USP, Unicamp, Unesp, Instituto de Pesquisas
Tecnológicas e PUC-SP, que partiram do Masp e marcharam por cerca de 1h40 pela avenida.
Com gritos de guerra como “sem ciência não tem futuro” e “1, 2, 3, 4, 5 mil, se corta a ciência não avança o Brasil”, os manifestantes
lembraram que sem ciência não há remédios – como viagra -, nem vacinas, e a agricultura não teria como avançar. Afirmaram que
os cortes vão na contramão do que ocorre nos países desenvolvidos e também nos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul.
Disponível em: https://istoe.com.br/marcha-pela-ciencia-reune-cerca-de-mil-pessoas-na-avenida-paulista/ Acesso em 29 janeiro 2018

TEXTO II

Objetivos específicos – Marcha pela Ciência SP

1 – Valorização da ciência e do cientista


Sem ciência não existe desenvolvimento, portanto é urgente que a profissão de cientista esteja entre as tantas outras reconhecidas
pela sociedade, assim como o produto do seu trabalho.
2- Pelo desenvolvimento e pela soberania do país
O avanço da ciência e tecnologia brasileira é fundamental para a promoção de um novo ciclo de industrialização capaz de catalisar
um desenvolvimento econômico que seja socialmente e ambientalmente responsável, traçando um caminho para a superação da
dependência econômica, cultural e tecnológica que limita as possibilidades de superação das desigualdades regionais.
3 – Maiores investimentos para pesquisa e carreira acadêmica
Estamos preocupados com a redução do investimento federal e estadual via agências de fomento como CNPq (Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), FAPs
(Fundações de Amparo à Pesquisa) e afins. Sem investimento não há ciência de qualidade. Se perdermos nossos cientistas, como
será possível desenvolver o país?
4 – Mais contratações para Institutos de Pesquisa
Muitos Institutos de Pesquisa estão sucateados. Acreditamos que não basta direcionar investimento para a “modernização” destes
centros, se não houver equipe qualificada para usufruir destes espaços. Dessa forma, lutamos por mais contratações em Institutos
de Pesquisa Brasileiros.
5 – Maior investimento em ensino de ciências nas escolas brasileiras
Jovens treinados a pensarem de forma crítica darão origem a, uma sociedade pronta para discutir seus problemas e desafios de
modo qualificado.
6 – Por mais direitos para pós-graduandas e pós-graduandos
É fundamental que todo cientista em formação que desejar, tenha acesso à bolsa de pesquisa durante TODO o mestrado e
doutorado (universalização das bolsas de pesquisa). Defendemos também a assistência estudantil, licença parental (quando
necessário), inscrição no INSS, reajuste anual de bolsas e uma política de inserção e fixação de mestres e doutores no território
nacional.
7 – Pelo financiamento da ciência
Defendemos melhor financiamento à ciência, como por exemplo o direcionamento de 2% dos royalties do minério para a ciência e
tecnologia e o cumprimento da alíquota de 1% do ICMS para o orçamento estadual à FAPESP. Defendemos também o maior
investimento de empresas públicas e privadas à Ciência.
8 – Pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Em 2016, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi extinto, e suas secretarias incorporadas ao Ministério das
Comunicações, que passou a se chamar Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações. A junção dessas atividades
em um único Ministério enfraqueceria o setor de ciência, tecnologia e inovação, que, em outros países, ganha importância em uma
economia mundial crescentemente baseada no conhecimento e é considerado o motor do desenvolvimento. Europa, Estados
Unidos, China, Coreia do Sul, são alguns exemplos de países que, em época de crise, aumentam os investimentos em Pesquisa e
Desenvolvimento, pois consideram que esta é a melhor maneira de construir uma saída sustentável da crise. Assim, defendemos a
refundação do MCTI com financiamento adequado, bem como a reestruturação de importantes órgãos extintos neste processo: a
Secretaria de Ciência e Tecnologia pela Inclusão Social (SECIS) e o Departamento de Difusão e Popularização da Ciência (DEPDI)
9 – Pela divulgação ampla e democrática de ciência
Grande parte da população brasileira, inclusive paulistana, não se interessa pela ciência. Isso se dá, dentre outros motivos, devido à
falta de preparo dos cientistas para falar de uma forma clara e inteligível sobre sua ciência. Dessa forma, defendemos maiores
investimentos na formação de divulgadores científicos, como já vem acontecendo em algumas universidades do estado de São
Paulo, visto que este também é um grande nicho profissional a ser ocupado.
10 – Contra a política de juros altos e cortes na ciência
Enfatizamos que os orçamentos da ciência, educação e saúde não devem ser cortados a cada evento de crise econômica, devendo-
se buscar outras saídas para a superação da crise. Em especial, retomar a recomposição do orçamento do CNPq possibilitado a
partir de recursos da repatriação de recursos não declarados no exterior.
Disponível em: http://marchapelacienciasp.com/objetivos.html Acesso em 29 janeiro 2018
TEXTO III

Disponível em: http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/a-ciencia-brasileira-na-uti-2/ Acesso em 29 janeiro 2018


TEMA DE REDAÇÃO: CAMINHOS PARA COMBATER OS CRIMES DE PEDOFILIA NA INTERNET

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater os crimes
de pedofilia na internet”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A Lei 13.441/2017, que estabelece regras para a infiltração de agentes policiais na internet em operações de combate à pedofilia, foi
sancionada nesta semana pelo presidente Michel Temer. O texto é fruto de um projeto de lei apresentado pela CPI da Pedofilia em
2010, e aprovado pelo Senado, em definitivo, no dia 5 de abril deste ano.
De acordo com a nova lei, a infiltração deverá ser feita a pedido do Ministério Público ou de representação do delegado de polícia e
precedida de autorização judicial. A ação só será admitida se não houver outros meios de coletar provas. O senador Humberto
Costa (PT-PE), que foi o relator da matéria no Senado, acredita que a medida vai ajudar a desbaratar quadrilhas que agem na
internet.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2017/05/sancionada-lei-que-autoriza-infiltracao-na-internet-para-
investigar-pedofilia Acesso 27 outubro 2017

TEXTO II

A Câmara Legislativa do Distrito Federal analisa um projeto que cria o “cadastro distrital de pedófilos”. É um banco de dados que traz
informações como nome, foto e endereço das pessoas condenadas em última instância por crimes relacionados à pedofilia. De
acordo com a proposta, qualquer cidadão poderá ter acesso ao catálogo.
Pelas regras, o cadastro ficaria disponível na página da Secretaria de Segurança Pública na internet. Apresentado pelo deputado
Rodrigo Delmasso (Podemos), o texto começou a tramitar na última quinta-feira (5) na Comissão de Assuntos Sociais – uma das
primeiras etapas até ser discutido em Plenário.
Segundo o projeto, deverão constar na ‘ficha’ do pedófilo as seguintes informações:
 Nome e foto do criminoso
 Grau de parentesco ou relação com a vítima
 Idade do condenado e da vítima
 Circunstância e local em que o crime foi praticado
 Endereço atualizado do criminoso
Disponível em: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/camara-legislativa-estuda-criar-cadastro-de-pedofilos-no-df.ghtml Acesso em 27 outubro 2017
TEXTO III

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1277620-policia-paulista-cria-o-primeiro-cadastro-de-pedofilos-


do-
TEMA DE REDAÇÃO: IMPACTOS DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DIGITAL NO MERCADO DE TRABALHO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Impactos da revolução tecnológica
digital no mercado de trabalho”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Cloud Computing, Mobile Devices, Redes Sociais, Internet das Coisas (IoT), Big Data, são apenas algumas das novas tecnologias
que a cada dia surgem, e, tornam a quantidade de informações disponíveis no mundo digital maiores e mais abrangentes. A
tecnologia evolui de forma exponencial, causam uma verdadeira revolução digital, fazendo com que toda a evolução anterior seja
superada de forma excepcionalmente rápida. Há menos de 15 anos não existiam Tablets, MP3 Players e Smartphones, a telefonia
digital estava engatinhando e a internet estava disponível apenas para um pequeno número de pessoas e a uma velocidade
impensável para os dias atuais. A maior parte dos computadores que eram considerados “tops” possuíam uma capacidade de
processamento e armazenamento inferior ao de um smartphone atual.
[…]
Mas que impacto isto traz no mercado de trabalho, afinal de contas? Novas profissões e postos que ainda não existem devem ser
criados, e posições tradicionais como contadores, assistentes legais, analistas financeiros tendem a desaparecer por poderem ser
automatizadas e substituídas por sistemas e processamentos digitais. Isto porque, cada vez mais tudo o que puder ser automatizado
será automatizado. E isto fará com que tudo o que não possa ser automatizado se torne extremamente valioso. É em busca deste
tipo de profissional que as empresas irão atrás. Profissionais criativos, com ideias que possam alterar os modelos de negócio e
desenvolver novas formas de relacionamento com os clientes. E este, certamente é um caminho sem volta.
Disponível em: http://www.euax.com.br/2016/02/a-revolucao-digital-e-seus-impactos-no-mercado-de-trabalho/ Acesso e 15 agosto 2017

TEXTO II
As novas tecnologias ameaçam substituir os próprios profissionais especializados. Os médicos poderão ser substituídos por
equipamentos que fazem diagnósticos e prescrevem a terapia. Os milhões de professores poderão ser trocados por alguns tutores
que ensinam multidões a distância. Os pesquisadores poderão sofrer a concorrência de sistemas digitais que realizam milhões de
experimentos até encontrar a resposta para a questão pesquisada.
Ao lado dessas previsões catastróficas, muitos analistas argumentam, porém, que os impactos positivos das inovações tecnológicas
são demorados, mas vêm. Assim ocorreu com a introdução da mecanização na agricultura, com o invento da máquina a vapor e
com a entrada do motor elétrico e da telefonia na indústria e nos serviços. Em todos os casos, o emprego cresceu e os salários
subiram depois de certo tempo. Na verdade, o mundo nunca assistiu a uma avalanche de desemprego e a uma deterioração dos
salários em decorrência de inovações que elevam a produtividade.
Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-revolucao-digital-e-o-emprego-imp-,1580020 Acesso em 15 agosto 2017

TEXTO III

Disponível em: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/trabalho-revolucao-digital-obriga-mudar-rumo-119089 Acesso em: 15 agosto 2017


TEMA DE REDAÇÃO ENEM: SEDENTARISMO – O GRANDE MAL DO SÉCULO?

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Sedentarismo: o grande mal do
século?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado
necessariamente à falta de uma atividade esportiva. O sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com
atividades ocupacionais; o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo
dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas.
Disponível em: http://www.sc.senac.br/arquivos/brusque/portal_saude_arquivos/Page407.htm Acesso em 11 fevereiro 2017

TEXTO II

Na época de escola estudávamos sobre a melancolia como o mal do século. O mundo mudou, a tecnologia avançou muito. Essa
semana li uma frase interessante de uma propaganda de uma grande consultoria “Seu mais novo concorrente ainda nem existia esta
manhã” uma alusão às novas tecnologias, videogames e smartphones de última geração, o que nos fazem ficar cada vez mais
sedentários!
Portanto meu tema de hoje é sobre o novo mal do século: o sedentarismo.
O vilão do século está presente em mais de 60% da população mundial, o Diabetes presente em 10%, hipertensão 28% e tabagismo
22%, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Logo conclui-se que o estilo de vida sedentário é o maior fator de
risco do planeta.
Como endocrinologista trato, todos os dias na nossa cidade, obesos, pessoas com sobrepeso, diabéticos, deficientes hormonais e
portadores de câncer de tireoide, e me convenço que sem o combate efetivo ao sedentarismo não tratamos a causa maior desses
males.
Disponível em: http://www.edgarlisboa.com.br/colunistas/sedentarismo-o-mal-do-seculo-2/ Acesso em 11 fevereiro 2017

TEXTO III

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/12/1560143-quase-a-metade-dos-adultos-no-brasil-sao-sedentarios-aponta-ibge.shtml Acesso em 11 fevereiro 2017 (Adaptado)


A CRISE POLÍTICA E A SOCIEDADE: COMO CONTORNAR DIVERGÊNCIAS POLÍTICAS NAS RELAÇÕES SOCIAIS?

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A crise política e a sociedade:
como contornar divergências políticas nas relações sociais? Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Em época de eleição, não é só no horário político e nos debates da TV que as divergências políticas ficam mais expostas. Na
internet, as redes sociais acabam se tornando espaços antissociais, onde amigos se exaltam, se ofendem e, por fim se bloqueiam.
Que o diga a diretora de mídia mobile, Dede Sendyk, 46, que volta e meia recebe avisos de que será bloqueada.
“Uma vez foi por causa dos protestos do ano passado. uma colega de escola que eu não via havia anos me mandou uma
mensagem explicando por que ia me bloquear. Aliás, isso é típico, sempre sou avisada, deve ser um padrão. Recentemente eu
declarei meu voto. Fui avisada por um conhecido que odeia o PT que vai me adicionar de novo no futuro porque adora meus posts.
Não deu tempo de explicar que ele podia apenas me seguir, nem que eu mudei meu voto uns dias depois. O povo adora meus posts
fúteis, mas se incomoda com os engajados.
Disponível em: <http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/09/21/discussoes-politicas-acabam-com-amizades-nas-redes-sociais.htm> Acesso em 12 abri. 2016

TEXTO II

Polêmica das boas na internet envolve um dos principais canais do YouTube no Brasil, o Porta dos Fundos,
Desde que foi ao ar, o Porta dos Fundos tem sofrido ataques na internet – alguns vídeos foram postados na mesma plataforma, o
YouTube, criticando a verve assumidamente esquerdista de Duvivier e pedindo para as pessoas deixem de ver os vídeos do Porta.
Um dos criadores do Porta dos Fundos, Antonio Tabet – artista que critica abertamente o governo Dilma Rousseff – se pronunciou
hoje em seu perfil do Facebook.
O que mais me entristece nessa história é que vídeos como os dois “Reunião de Emergência” provam que não somos uma empresa
com um pensamento singular. Diferente de quem acha coerente promover boicote cultural.Quer evitar coxinhas? Não saia do seu
quarto. Quer evitar petralhas? Idem. Há pessoas dos dois lados aqui na Porta, na Globo, na Band, na sua novela favorita, no
supermercado que você faz compras, no salão de beleza, na igreja que frequenta, na mesa do bar, no time pelo qual você torce e,
se duvidar, até no quarto do lado.(…)Esse revanchismo bobo só fomenta o ódio.
Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/blogs/pop/2016/04/03/antonio-tabet-se-posiciona-sobre-boicote-ao-porta-dos-fundos-pelo-video-delacao/> Acesso em 12 abr.2016

TEXTO III

Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-t0p5HuMkdsc/VDhzcjXL3VI/AAAAAAAAOx4/rO1iCujXes4/s1600/01.jpg> Acesso em 12 ab. 2016

TEXTO IV

O que é Discurso do Ódio? É o discurso que visa à promoção do ódio e incitação a discriminação, hostilidade e violência contra uma
pessoa ou grupo em virtude de raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero, condição física ou outra característica de um
determinado grupo. O discurso do ódio tem sido empregado para insultar, perseguir e justificar a privação dos direitos humanos e,
em casos extremos, para dar razão a homicídios.
Disponível em: <http://artigo19.org/centro/files/discurso_odio.pdf> Acesso em 12 abr. 2016
TEMA: AS CONSEQUÊNCIAS DAS BOLHAS SOCIAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

TEXTO 1

As redes sociais, em especial o facebook, instagram e mais recentemente o próprio google tem trabalhado fortemente para
acompanhar todos os seus passos, tudo o que você lê, curte, comenta e acessa. Até mesmo suas conversas no whatsapp são
monitoradas e utilizadas para traçar o seu perfil. Não por acaso, em sua timeline só irão aparecer coisas das quais você se
interessa, dando uma falsa sensação do que acontece no mundo e gradativamente, fechando sua bolha em torno de suas ideias e
opiniões já definidas.
Por estar em uma bolha, tanto em relacionamentos pessoais como virtuais, você não consegue lidar com o contraditório. Acha um
absurdo alguém pensar diferente de você e, bem possivelmente você já esboçou mentalmente algo como: “em que mundo esta
pessoa vive? Como ela nunca ouviu falar disto? É preciso ser muito burra, muito estúpida para pensar como ela pensa”. E é neste
momento que começa a intolerância!
O fato de você estar embebedado de suas verdades, suas fontes, suas opiniões e suas crenças, te impede de ter a sobriedade
necessária para entender que o mundo é complexo, cheio de diferenças, de culturas distintas, de ideias que você nunca sequer
chegou a cogitar. Para cada fonte confiável que você tem para endossar sua opinião, existe uma fonte tão confiável quanto para
refutá-la.
Fonte: http://www.leonardolopes.com.br/o-perigo-das-bolhas-sociais/

TEXTO 2

Nada mais normal que “bolhas sociais” em nossa vida. Na infância tínhamos amiguinhos dos quais nos identificávamos mais; e
outros menos. Gostos em comum, aptidões, etc. Tudo fazem parte de nossa sociabilidade. Aqueles amigos que nos transmitiram
“segurança”, ou seja, confiabilidade e reciprocidade. Desenvolvemos juntos os caminhos para nortear nossa vida social, nos
fortalecemos. Não há possibilidade de salvar a sociedade se não salvarmos os indivíduos. Por outro lado, a sociedade nada mais é
do que o conjunto de indivíduos. Portanto, uma sociedade sem indivíduos é uma mera abstração (sem qualquer impacto na
realidade).

O ser social, tal como somos historicamente, os meios instintivos, e também estudos antropológicos para concluir que, “círculos” de
segurança, afetividade, cooperação, etc. São amplamente benéficos até mesmo para sobrevivência. E isso ocorre principalmente
porque é nossa tendência natural categorizar, racionalizar e simplificar o universo desconhecido e complexo até converter a
amplidão discernível em um mundinho em primeiro lugar conhecido, num segundo momento confortável, e numa terceira etapa de
organização de mundo.
Fonte: https://acervocriticobr.blogspot.com/2017/03/bolhas-sociais-critica.html

TEXTO 3
TEMA DE REDAÇÃO: LIXO E CIDADANIA – PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE

Com base na leitura dos textos a seguir e em seus conhecimentos sobre o assunto, REDIJA um texto dissertativo-argumentativo,
discutindo o seguinte tema: Lixo e cidadania: “Pensar globalmente, agir localmente”.
Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seus pontos de vista e suas propostas, sem ferir os
direitos humanos.

TEXTO I

Um dos principais problemas encontrados nas cidades, especialmente nas grandes, é o lixo sólido, resultado de uma sociedade que
a cada dia consome mais.
Esse processo decorre da acumulação dos dejetos, os quais nem sempre recebem tratamento adequado. Isso tende a aumentar,
uma vez que a população aumenta e gera elevação no consumo, e consumo significa lixo.
Para se ter uma noção mais ampla do problema, tomemos a cidade de São Paulo como exemplo: em média cada pessoa produz,
diariamente, entre 800 g e 1 kg de lixo, ou de 4 a 6 litros de dejetos; por dia, são geradas 15.000 toneladas de lixo, o que
corresponde a 3.750 caminhões carregados diariamente. Em um ano, esses caminhões enfileirados cobririam o trajeto entre a
cidade de São Paulo e Nova Iorque, ida e volta.
Por Eduardo De Freitas (Fragmento) - http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/os-probl ….

TEXTO II

Disponível em http://www7.rio.rj.gov.br/cgm/comunicacao/publicac…/7

TEXTO III

http://comeniusmania10.blogspot.com/2011/04/o-impa….

TEXTO IV - O destino do lixo digital

O tema da reciclagem de computadores começa a aparecer em círculos especializados. Mas, por enquanto, a Convenção de
Basileia (1989) é a única regulamentação internacional a respeito. Criada por representantes governamentais, de ONGs e de
indústrias de cerca de 120 países, entre eles o Brasil, ela visa proibir o movimento de resíduos perigosos entre as fronteiras dos
participantes. “A sucata eletrônica entrou na lista dos componentes vetados há apenas três anos”, diz Marcelo Furtado, coordenador
de campanha do Greenpeace, um dos participantes. “Não existe controle sobre a doação de equipamentos velhos – que muitas
vezes viram lixo”, alerta.
O interesse pela sucata eletrônica, em geral por parte de países em desenvolvimento, tem motivos econômicos. Muitos
computadores possuem metais preciosos em sua composição, como a prata e o ouro. Além de valiosos, 98% do ouro e da prata
podem ser reutilizados. Uma das maiores empresas de reciclagem na Itália, a Geodis Logistics, aproveita mais material. Segundo
seus cálculos, 94% dos componentes de um micro são reaproveitáveis. A notícia interessou outras grandes empresas.
TEMA DE REDAÇÃO: SEGREGAÇÃO DAS CLASSES SOCIAIS NO BRASIL (ADAPTADO DA FUVEST 2015)

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: Segregação das classes sociais
no Brasil.
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Na verdade, durante a maior parte do século XX, os estádios eram lugares onde os executivos empresariais sentavam-se lado a
lado com os operários, todo mundo entrava nas mesmas filas para comprar sanduíches e cerveja, e ricos e pobres igualmente se
molhavam se chovesse. Nas últimas décadas, contudo, isso está mudando. O advento de camarotes especiais, em geral, acima do
campo, separam os abastados e privilegiados das pessoas comuns nas arquibancadas mais embaixo. (…) O desaparecimento do
convívio entre classes sociais diferentes, outrora vivenciado nos estádios, representa uma perda não só para os que olham de baixo
para cima, mas também para os que olham de cima para baixo.
Os estádios são um caso exemplar, mas não único. Algo semelhante vem acontecendo na sociedade americana como um todo,
assim como em outros países. Numa época de crescente desigualdade, a “camarotização” de tudo significa que as pessoas
abastadas e as de poucos recursos levam vidas cada vez mais separadas. Vivemos, trabalhamos, compramos e nos distraímos em
lugares diferentes. Nossos filhos vão a escolas diferentes. Estamos falando de uma espécie de “camarotização” da vida social. Não
é bom para a democracia nem sequer é uma maneira satisfatória de levar a vida.
Democracia não quer dizer igualdade perfeita, mas de fato exige que os cidadãos compartilhem uma vida comum. O importante é
que pessoas de contextos e posições sociais diferentes encontrem-se e convivam na vida cotidiana, pois é assim que aprendemos a
negociar e a respeitar as diferenças ao cuidar do bem comum.
Michael J. Sandel. Professor da Universidade Harvard. O que o dinheiro não compra. (Adaptado)

TEXTO II

Comentário do Prof. Michael J. Sandel referente à afirmação de que, no Brasil, se teria produzido uma sociedade ainda mais
segregada do que a norte americana.
O maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode pagar por coisa melhor. Esse é o início da destruição
da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-los, até os
mais ricos. Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho fique na pública, e assim teremos
uma base política para defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem shopping
centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão.
Entrevista. Folha de S. Paulo, 28/04/2014. (Adaptado).
TEXTO III
[No Brasil, com o aumento da presença de classes populares em centros de compras, aeroportos, lugares turísticos etc., é crescente
a tendência dos mais ricos a segregar-se em espaços exclusivos, que marquem sua distinção e superioridade.] (…) Pode ser que o
fenômeno “camarotização”, isto é, a separação física entre classes sociais, prospere para muitos outros setores. De repente, os
supermercados poderão ter ala VIP, com entrada independente, cuja acessibilidade, tacitamente, seja decidida pelo limite do cartão
de crédito. Renato de P. Pereira. www.gazetadigital.com.br, 06/05/2014. [Resumido] e adaptado.
TEMA DE REDAÇÃO: O PODER DE MANIPULAÇÃO DAS MÍDIAS

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O poder de manipulação das mídias,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas.
[Orson Camargo] - Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm Acesso em: 21 mai. 2015.

TEXTO II

Disponível em: https://ninataboada.files.wordpress.com/2011/04/almapequena_tv.jpg (Acesso em: 21 mai. 2015)

TEXTO III

O ‘mundo’ dos telejornais: a teoria do agendamento

Por Alfredo Vizeu em 13/11/2007 na edição 459

Os telejornais contribuem de uma forma relevante para que os brasileiros entrem em contato e percebam o mundo que os cerca. A
agenda diária de cobertura dos fatos pelos noticiários muitas vezes se confunde com a agenda pública. As conseqüências desse
agendamento e do enquadramento dos acontecimentos feito pelos noticiários sugerem que eles não só nos propõem o que devemos
pensar, como também nos propõem como pensar.
No processo de produção da notícia, ao selecionarem determinados fatos excluindo outros, os informativos televisivos organizam,
sistematizam, classificam e hierarquizam a realidade, emoldurando os acontecimentos, o cotidiano. O mundo a que assistimos
diariamente nos telejornais é produzido dentro das normas e regras do campo jornalístico que, ao dar visibilidade aos demais
campos do conhecimento, os submete a seus processos e estratégias.
Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/o_mundo_dos_telejornais_a_teoria_do_agendamento/ (Acesso em: 21 mai. 2015)

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