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Cartografia:
Córrego Garrafinha
Objetivos:
- Mapear os tipos de atividades produtivas do município de Santana do Paraíso;
- Relacionar o que foi impactado no comércio da região com o rompimento da barragem de
Fundão e contaminação da Bacia do Rio Doce;
- Identificar se há atividade de exploração de minério na região em análise;
- Realizar planejamentos ambientais e trabalhos educativos.
Justificativa:
Em 05 de novembro ocorreu o rompimento da barragem de Fundão da mineradora
Samarco, em Mariana (MG), o maior desastre socioambiental do país no setor da
mineração; com o lançamento de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio -
ambiente.
A lama de rejeitos foi devastando vários rios, atingindo também o rio doce, causando
prejuízos sociais e econômicos em vários municípios, inclusive Santana do Paraíso.
O ribeirão da garrafa é um curso de água que nasce e desagua no município brasileiro de
Santana do Paraíso. Sua nascente encontra-se na zona rural do município. Segundo relatos
a lama teria prejudicado o lençol freático. O ribeirão da garrafa é um curso de água que
nasce e desagua no município brasileiro de Santana do Paraíso. Sua nascente encontra-
se na zona rural do município.
Alguns moradores do Córrego da garrafa (próximo a Ipabinha) em Santana do Paraíso,
relatam que pela proximidade do Rio Doce, sempre sofreram com enchentes. Entretanto,
as enchentes vieram de maneira mais devastadora pela quantidade de lama que ainda
seriam resquícios do rompimento da barragem
1. Como a Bacia do Rio Doce foi/é atingida pela mineração?
Em 5 de novembro de 2015, ocorreu o rompimento da barragem de Fundão pertencente a
empresa mineradora Samarco S.A e controlada pela Vale e BHP Billiton. Tal rompimento
vem sendo considerado um dos maiores desastres socioambientais do mundo no setor de
mineração, se levarmos em conta o volume de rejeito liberado pela ruptura da estrutura e
os danos socioeconômicos e ambientais que afetaram a bacia do Rio Doce.
Segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA), cerca de 45 milhões de m³ de rejeitos foram despejados pela
barragem, causando a morte de 19 pessoas e impactando 39 cidades, sendo 35 no
estado de Minas Gerais e 04 no Espírito Santo, percorrendo cerca de 663,2 quilômetros
de cursos d’água pelos rios Gualaxo do Norte, rio do Carmo e rio Doce, até atingir o
Oceano Atlântico (Fig. 1).
ENTREVISTA
Nome: Simone Aparecida Brito de Lima
Município/bairro:
Município Santana do Paraíso
Bairro Ipaba do Paraíso
Você nasceu aqui? Sim.
Sobre a tragédia de Brumadinho, qual foi o sentimento ao assistir nos canais de televisão
as imagens e notícias?
No início quando começaram as primeiras notícias do desastre, não conseguíamos
imaginar que seria um desastre tão grande e que veríamos com nossos olhos o rastro de
destruição.
No seu bairro quais foram os prejuízos causados pelo rompimento da barragem de
Brumadinho para as pessoas?
Muitas pessoas perderam plantações de milho, feijão, o abastecimento de água de uma rua
continua comprometido até hoje, porque as pessoas usavam cisterna ou poço artesiano, a
questão da pesca, para lazer e consumo, porque não podemos comer os peixes do rio.
Nos dias de hoje, qual o sentimento você tem em relação as empresas responsáveis pelo
acidente?
O sentimento é de perda, o que aconteceu deixou marcas que não serão jamais
recuperadas.
A empresa responsável tem feito algo para minimizar ou compensar pela tragédia?
Algumas ações em relação ao prejuízo material foram feitas, como indenização, porém em
relação ao meio ambiente, pouco ou nada foi feito no bairro
O que podemos aprender com a tragédia de Brumadinho?
Podemos dizer que a ganância e a irresponsabilidade do ser humano estão acima do bem
comum de toda humanidade.
Quais mudanças são possíveis de observar no bairro com o rompimento da
barragem em relação as atividades econômicas e até mesmo no contexto minerário?
A extração de areia ficou comprometida e a água.
A pesca para consumo, lazer e para venda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACSELRAD, Henri. Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008