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Poluição em rios de Pouso Alegre

A poluição marinha ocorre porque tanto os mares quanto os oceanos recebem


diariamente, em todo o mundo, uma infinidade de poluentes, como esgoto doméstico,
industriais, lixo sólido, que são levados pelos rios que deságuam no mar.
Pouso Alegre é um município da unidade federativa Minas Gerais. Seu território é
composto 100% pelo bioma Mata Atlântica. O IDHM de Pouso Alegre é 0,77. Pouso
Alegre possui alguns rios que o banham, entre eles: Sapucaí, Sapucaí-Mirim, Cervo,
Mandu (possuindo também o rio Itaim, porém sendo um rio que atinge um área pequena
em Pouso Alegre e não sendo um rio conhecido nem influente). Rios esses que sofreram
e ainda sofrem muitos casos da poluição marinha.
Rio Cervo- Nasce na serra do Cervo, próximo a Pedra do Itaguaçu no município de
Ouro Fino, percorrendo ainda os municípios de Borda da Mata, Senador José Bento,
Congonhal, Espírito Santo do Dourado, Pouso Alegre e Silvianópolis. Em Pouso
Alegre, o rio do cervo é desaguado no rio Sapucaí. O Rio do Cervo não possui muita
população por onde banha na área de Pouso Alegre, afetando apenas possuidores de
casas, sítios e chacras na área rural próximo ao rio.
Moradores que residem próximo ao Rio do Cervo, tem observado que muitos peixes
estão morrendo e, além da grande quantidade, as condições que levam a morte dos
peixes é algo muito triste.
Segundo um desses moradores, o Adilson Mendes de Oliveira, algum composto
químico que está sendo despejado no rio e que tem feito que os peixes fiquem cegos e
morram de fome, por não conseguirem buscar a comida.
Sapucaí- O rio Sapucaí é um curso de água que banha os estados de São Paulo e Minas
Gerais. Assim como o rio anterior, este é um rio que banha pelas redondezas de Pouso
Alegre passando por rodovias e áreas como: Rodovia Fernão Dias, Ponte sobre o rio de
Sapucaí, RNS transportes e suas proximidades, Rua Alipio Cide Ramos, além desses
também passa por chacras, sítios e áreas rurais que pessoas habitam, sendo esses
indivíduos da área rural os mais prejudicados com a poluição.
Ao longo de toda a bacia do rio Sapucaí existem inúmeras atividades de ocupação.
Destas predominam atividades agrícolas e industriais, as quais são responsáveis pelo
lançamento de diversos tipos de poluentes que degradam a qualidade da água do rio
Sapucaí e seus afluentes. Outras fontes importantes de poluição constituem as atividades
industriais, atraídas para a região da bacia sobretudo após a duplicação da rodovia
Fernão Dias, principalmente metalúrgicas e de eletrônicos. Sendo um problema que é
registrado em dados da internet desde pelo menos 2001.
Sapucaí-Mirim- O rio Sapucaí-Mirim é um curso de água que banha os estados de
Minas Gerais e São Paulo, no Brasil, sendo afluente do rio Sapucaí. Em Pouso Alegre o
rio passa tento em lugares urbanos (sendo mais presente no sul da cidade) quanto rurais
rurais, por exemplo: São Geraldo,Avenida Ayrton Sena, Rodovia Fernão Dias, Recanto
dos Rios, Xangrilá, Jardim Califórnia, R. Antônio Scodeler, R. Mirati (e áreas rurais
próximas), Rodovia Juscelino Kubitschek de Oliveira, além dessas áreas rurais que são
as mais afetadas.
O rio sofre com o despejo de esgoto em diversos pontos. No bairro Jatobá, as manilhas
estão soltas há anos e, por isso, os moradores acreditam que tudo está indo direto para o
rio. “Hoje não existe tratamento em Pouso Alegre. A gente bem já sabe que não existe.
É só uma maquiada para enganar a população. E nós estamos sendo enganados e
pagando a tarifa de 92%, né?”, questiona o lubrificador Altieres Carneiro.
O cheiro no local é forte e moradores dizem que, dependendo do dia, uma espuma que
é jogada no rio chega a até dois metros de altura, o que é possível constatar pelas marcas
de umidade no barranco
A taxa de esgoto cobrada na cidade é de 92,5% sobre o valor da água, o que quase
dobra a conta no fim do mês. A cobrança revolta os moradores ao ver a cena no leito do
Rio Sapucaí Mirim. “Um serviço que nós pagamos por ele e não é prestado em toda a
cidade, então a gente fica indignado, como morador aqui da cidade, de não haver o
tratamento 100% desse esgoto”, afirma o advogado Luiz Felipe de Lima.
Apesar da gravidade ambiental ocasionada pelo lançamento de lixo no leito do Sapucaí
Mirim, o vereador Bruno Dias ressalta que ainda é possível, com ações planejadas,
resgatar a vida no rio. “O Sapucaí ainda tem vida, é navegável, encontramos bichos
como capivaras. Ao contrário do Rio Mandu, que precisa de salvação e, em seu trecho
urbano, está visivelmente morto”, completa. O rio sofre com o despejo de esgoto em
diversos pontos. No bairro Jatobá, as manilhas estão soltas há anos e, por isso, os
moradores acreditam que tudo está indo direto para o rio.
Des da década de 90 já há registros de poluição no rio, quando se era descartado metais
e outros lixos no rio.
Mandu- O rio Mandu é um rio de Minas Gerais, cuja nascente se localiza em Ouro Fino.
Seu leito passa por Ouro Fino, Borda da Mata e Pouso Alegre. Sua foz é no Sapucaí-
Mirim, em Pouso Alegre. Atualmente em Pouso Alegre, o rio Mandu é o rio que mais
afeta a população urbana em questão de poluição, ele afeta áreas urbanas como São
Gerald (sendo o bairro mais prejudicado) Jardim Iara, Santa Lucia, Estrada da Linha,
Estação de Tratamento de Água Mandu, São Camilo e áreas rurais não intituladas.
O nível do Rio Mandu em Pouso Alegre subiu quase 2 metros em 24 horas (em
01/02/2022). Segundo a Defesa Civil, (em 01/02/2022) ele saiu de 1,10m para 3m
acima do normal. O nível é próximo do que gerou alagamento no início do ano em
Pouso Alegre, quando o Mandu chegou a atingir 3,70m.

Em 18/10/2021, equipes da Prefeitura de Pouso Alegre e da Associação Manducaí


recolheram cerca de 400 quilos de lixo no Rio Mandu e no seu entorno como parte da
celebração dos 173 anos de Pouso Alegre e do “Dia do Rio Mandu”, ambos
comemorados no dia 19 de outubro.
O rio Mandu antigamente entre 1970-1980 ainda era um rio que as pessoas
navegavam, passeavam com as famílias, era um ponto turístico muito importante da
cidade. No final da década de 70 o rio teve o seu leito desviado para dar lugar a Avenida
Perimetral, a ponte existente na época como ponto turístico não foi demolida, foi
soterrada e está debaixo da rotatória. Nos anos seguintes, foi se acumulando cada vez
mais lixo no rio e piorando a situação das pessoas que vivem as proximidades do rio.
Hoje em dia, a parte do rio que banha a região urbana da cidade é considerada por
muito como irrecuperável. A população que mora em torno ao rio tem sofrido muito
com ele. Em questões como o fedor do rio, as doenças que o rio causa as pessoas, e pela
falta de saneamento básico em bairros como o São Geraldo, ou ocorre o acúmulo de lixo
nas ruas ou o lixo é descartado no rio. Além de problemas de poluição que o rio traz,
também há o fato de que as margens do rio (lugares sujos embaixo de pontes)
atualmente são muito utilizadas como ponto de encontro ou moradia para pessoas que se
utilizam das drogas.
“O rio Mandu costumava ser maior, mais largo, mais profundo, era repleto de
peixes, era vivo, e mais saudável! No passado, não havia riscos à saúde em nadar
em nenhum trecho dos rios da cidade. Hoje, além de suja e poluída, a água mal
ultrapassa a canela. Infelizmente.”
“O tempinho só saudade. Eu pulei muito da ponta de cima da ponte nas enchentes
era um sonho bom demais, não tinha droga era tudo natural gente divertia muito”
“Quando eu era menor adorava brincar perto da ponte de antigamente, que hoje
não existe mais, com meus irmãos. Hoje nem gosto de passar perto da ponte, além
do cheiro horrível, é um lugar muito perigoso”
Esses são alguns comentários de pessoas que viveram próximo ao rio Mandu antes da
poluição e da destruição da ponte sobre o rio.
Algumas estratégias possíveis para evitar e reduzir a poluição dos rios são a
implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto, recuperação e revitalização
dos cursos d'água, controle do uso e ocupação do solo e gestão adequada dos resíduos
sólidos.

“Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último
rio, então as pessoas vão perceber que não vão poder comer dinheiro”
-Provérbio indígena

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