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Uma gotaIGARAPÈ

d’água é muito mais


DOuma bolsa de
preciosa do que
MINDÙ
ouro para um homem sedento

Silas Augusto Almeida Da Costa


Turma 2B

1
2

História do Igarapé do Mindú


É o principal igarapé de Manaus, cortando toda a zona leste da cidade,
passando pelas ruas/avenidas Paraíba, Recife, Djalma Batista e Constantino
Nery, juntando-se ao Igarapé dos Franceses, formando a Cachoeira Grande
(São Jorge), depois, se junta ao Igarapé do Franco, formando o Igarapé de
São Raimundo, desaguando, em seguida, no Rio Negro.
Estima-se que cada quilômetro quadrado da Amazônia Central contenha de
2 a 4 km de igarapés, o que torna essa rede hidrográfica a mais densa do
mundo.

JJ
Prédio, que era a sede da casa de banhos do balneário do Mindú no Parque
10. Foto: Antônio Lima.

O Mindu é muito mais que um espaço vistoso no bairro Parque 10 de


Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus, com café da manhã,
biblioteca, flora, fauna, além de trilhas. Esse é apenas o trecho que
deveria ser vitrine do maior igarapé que corta a cidade de Manaus. Dos
22 quilômetros de extensão, menos de um oferece água que pode ser
consumida por seres humanos. Logo depois da cerca que protege o
Parque das Nascentes (são três) está o primeiro de tantos bueiros que
ajudam a poluir as águas do igarapé que atravessa mais de dez
bairros, já foi balneário e fonte de abastecimento da cidade.

Sonho de recuperação
O sonho de ter o igarapé recuperado começaria com a instalação de
estações de tratamento para atender casas, indústrias, condomínios e
grandes áreas comerciais. De acordo com Elton Alves, a
responsabilidade de fazer ou cobrar a execução das estações é da
concessionária Manaus Ambiental. “Além do lixo comum, existe
poluição por poluentes orgânicos, compostos à base de fósforo e
nitrogênio, metais pesados vindos das indústrias e outras mais
discretas como óleo de cozinha, fezes e urina”, explica.

Um Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TACA), assinado em


maio de 2017 entre a Prefeitura de Manaus e o Ministério Público
Federal (MPF),  para a requalificação social e urbanística do igarapé  e
de áreas localizadas no entorno do curso d'água, está entre os
esforços para revitalizar o Mindu. No último dia 27, o MPF fiscalizou o
andamento dos trabalhos .
Margens ocupadas
De acordo com a nova legislação ambiental, toda nascente de água
tem que ser protegida num raio de 50 metros. Já na extensão dos
igarapés, o espaço que deve ficar livre de ocupação é de 30 metros, a
partir da margem, o que não ocorre nos 22 quilômetros de extensão do
Mindu, que corta a cidade, literalmente, no meio

Sem um Comitê de Bacia Hidrográfica


O maior igarapé de Manaus não tem um Comitê de Bacia Hidrográfica,
canal para o estabelecimento de políticas para a contenção do igarapé.
O deputado Luiz Castro, da Comissão de Meio Ambiente da
Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), propôs a criação de
um.

Atualmente, no Amazonas só existem dois, o dos rios Tarumã Açu e


Puraquequara. Até agora, nada foi feito. O comitê tem a função de
estabelecer políticas de proteção. Três partes do igarapé são
administradas diretamente pelo Município de Manaus: o Parque das
Nascentes, o Parque Municipal e o Parque dos Bilhares, e cada uma
delas tem um nível de qualidade de água. A única, realmente protegida
é a nascente.

Tratamento adequado e conscientização


Para a professora Selma Batista, coordenadora de projetos ambientais
da UEA, o problema é mais complexo do que pode parecer. “Os
igarapés não podem receber saneamento in natura e sim tratado.
Pequena parte da cidade é atendida pelo sistema de esgotamento
sanitário, não tem como se pensar em recuperação dos igarapés sem a
ampliação da rede coletora de esgoto”, afirmou a professora.

Segundo o diretor de Áreas Protegidas da Secretaria Municipal de Meio


Ambiente Sustentável (Semmas), o biólogo Márcio Bentes, o órgão
está investindo bastante no corredor ecológico, que vai do bairro Novo
Aleixo, Zona Norte, ao Parque do Mindu. Ele admite que, apesar do
esforço do poder público, sem a conscientização da comunidade, fica
difícil sanear o igarapé em toda sua extensão. “É possível revitalizar
esse igarapé, dim, desde que haja investimentos, vontade política e a
participação das comunidades”, afirmou o diretor.

Consequências
•      Crescente e Intenso desmatamento
•      Invasões de Áreas próximas á córregos.
•      Despejo do esgoto da cidade nos Igarapés.
•      Falta de Politicas Públicas.
•      Destruição de Habitats.
•      Alteração na qualidade do solo e da água.
•      Redução da Biodiversidade.

Até quando os nossos rios e igarapés serão transformados em lixo?! O que


um dia foi um espaço de lazer, um lugar para tomar banho e de diversão
para muitas famílias e amigos, hoje está coberto de muito lixo e odor. 

Não jogue lixo na rua! Não faça parte dessa história suja, faça parte da
história limpa!

"A sociedade produz as metrópoles, as conurbações, cidades


industriais, conjuntos habitacionais. No entanto, fracassa na
ordenação desses espaços

Doenças

Além da cheia dos rios colocar em evidência o acúmulo do lixo, a falta


de escoamento da água também traz outra preocupação aos
moradores. Doenças como a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, que se reproduz em locais com água parada, se tornam mais
comuns e com maior incidência já que as residências e comércios são
localizados próximos aos igarapés poluídos
diarréias
esquistossomose;
dengue;
cólera;
outras.

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