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Introdução
A água é um dos elementos essenciais para o desenvolvimento do nosso
planeta e sociedade. Todos nós precisamos de água para viver: beber,
cozinhar, lavar, se banhar, etc. Os animais também necessitam e água para
realizar diversas funções vitais. Nesse sentido, fica claro que a água é um dos
mais importantes bens naturais que possuímos e a falta dessa fonte de vida
pode gerar diversos problemas a nossa saúde. Além da escassez, a poluição
das águas gera diversas doenças que pode levar a morte dos seres vivos.
Cerca de 12% da água doce disponível no mundo está concentrada no Brasil.
Por possuir uma dimensão continental, o país detém uma grande quantidade
de recursos hídricos, que abriga um grande conjunto de rios, lagos e aquíferos.
Entretanto, o Brasil é um país que apresenta grandes problemas de
desperdício de água uma vez que sofre com a falta de fiscalização; além da
distribuição desses recursos no país é desigual, de forma que muitos lugares
sofrem com a escassez de água, por exemplo a região dos manguezais, aqui
em Santos.
A cidade de Santos, no litoral de São Paulo, está no topo da lista de cidades
que ostentam os maiores índices em quesitos como fornecimento de água
tratada, coleta e tratamento de esgoto. O município está em 12º lugar no
ranking do Instituto Trata Brasil com os índices de saneamento das cem
maiores cidades brasileiras. O que esses números não mostram é que a
universalização dos serviços exclui quase 12 mil famílias que residem em as
áreas de moradias irregulares.
Quem só conhece a orla e bairros nobres de Santos não imagina que há
locais na Cidade onde os moradores vivem a insegurança de não saber se a
casa, construída sobre estacas de madeira, irá resistir a uma forte tempestade.
Ou se os filhos chegarão a salvo depois de uma maratona de ziguezagues para
desviar de obstáculos em forma de lixo, tábuas de madeira com pregos
expostos e buracos pelo caminho.
No São Manoel, os moradores que vivem nas palafitas dividem espaço com
montanhas de lixo e insetos, que se espalham pelos caminhos de madeira. Os
dejetos que saem dos vasos sanitários vão direto para a maré, fazendo com
que fezes e urina passem o tempo todo debaixo das casas.
 Nosso projeto
Uma das mais revolucionárias obras de saneamento básico de nosso país, são
os canais da nossa cidade de Santos, que escoam a água da chuva para o
mar. Criados em 1905, pelo engenheiro Saturnino de Brito, os canais foram
uma forma de prover o saneamento básico à população e diminuir o grande
número de doenças assolavam nossa região. Como forma de conseguir
reutilizar essas águas das chuvas, através dos canais, decidimos criar um
modelo para a filtração e distribuição dessa água para as comunidades
manguezais de nossa região. Utilizando energia solar para o funcionamento do
sistema, esse aparelho conta com um processo de filtração, relativamente
simples. Após a filtração, a água será distribuída pelos encanamentos até as
comunidades. Nosso modelo funcionará da seguinte forma:

Processos
1. Coagulação e Floculação
Nestas etapas, as impurezas presentes na água são agrupadas pela ação do coagulante, em partículas
maiores (flocos) que possam ser removidas pelo processo de decantação. Os reagentes utilizados são
denominados de coagulantes.

2. Decantação
Os flocos formados são separados da água pela ação da gravidade em tanques normalmente de formato
retangular.

3. Filtração
A água decantada é encaminhada às unidades filtrantes onde é efetuado o processo de filtração. Um filtro
é constituído de um meio poroso granular, normalmente areia, de uma ou mais camadas, instalado sobre
um sistema de drenagem, capaz de reter e remover as impurezas ainda presentes na água.

4. Desinfecção
Para efetuar a desinfecção de águas de abastecimento utiliza-se um agente físico ou químico
(desinfetante), cuja finalidade é a destruição de microrganismos patogênicos que possam transmitir
doenças através das mesmas.

5. Fluoretação
A fluoretação da água de abastecimento público é efetuada através de compostos à base de fluor. A
aplicação destes compostos na água de abastecimento público contribui para a redução da incidência de
cárie dentária em até 60%, se as crianças ingerirem desde o seu nascimento quantidades adequadas de
íon fluoreto.