Você está na página 1de 16

INTRODUÇÃO

A atmosfera do planeta é uma excepção na medida em que é dos raros recursos


naturais que é compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos negativos sobre
esta são globalmente sentidos.

O ar, tal como a água e o solo, é um recurso indispensável à vida na Terra.


Através de ciclos naturais, os seus constituintes são consumidos e reciclados. A
atmosfera tem assim uma certa capacidade depuradora que, em condições naturais,
garante a eliminação dos materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilíbrio
deste sistema natural "auto regulado" conduz à acumulação na atmosfera de substâncias
nocivas à vida, fazendo nascer a necessidade de uma acção de prevenção ou de
saneamento artificial que, conforme os casos, seja capaz de assegurar a manutenção da
qualidade do ar.

Tem-se assim, por um lado, um sistema natural estável e auto-depurado e por


outro um sistema artificial, porque contem elementos introduzidos em resultado da
acção do Homem, o qual é necessário vigiar e gerir, isto é conservar.

1
Conceito

Uma atmosfera é uma camada de gases que envolve (geralmente) um corpo


material com massa suficiente. Os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são
retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a temperatura da
atmosfera for baixa. Alguns planetas consistem principalmente de vários gases e
portanto têm atmosferas muito profundas (um exemplo seria os planetas gasosos).

O termo atmosfera estelar é usada para designar as regiões externas de uma


estrela e normalmente inclui a porção entre a fotosfera opaca e o começo do espaço
sideral. Estrelas com temperaturas relativamente baixas podem formar compostos
moleculares em suas atmosferas externas. A atmosfera terrestre protege os organismos
vivos dos raios ultravioleta e também serve como um estoque, fazendo com que o gás
oxigênio não escape.

A atmosfera terrestre protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta


solar, aquecendo a superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo
os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra
aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido
pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera, e que existe também em outros planetas
do sistema solar dotados de atmosfera.

O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogênio, 20,95% de


oxigênio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbônico e pequenas quantidades de outros

gases. O ar contém uma quantidade variável de vapor de água, em média 1%.

2
O planeta Terra é envolto por uma camada gasosa conhecida como atmosfera terrestre.

A atmosfera tem uma massa de aproximadamente 5,1 x 1018 kg, sendo que três
quartos dessa massa estão situados nos primeiros 11 km desde a superfície. A atmosfera
terrestre se torna cada vez mais tênue conforme se aumenta a altitude, e não há um
limite definido entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior. Apenas em altitudes
inferiores a 120 km a atmosfera terrestre passa a ser bem percebida durante a reentrada
atmosférica de um ônibus espacial, por exemplo. A linha Kármán, a 100 km de altitude,
é considerada frequentemente como o limite entre atmosfera e o espaço exterior.

Características da atmosfera

Composta por gases como oxigênio, gás carbônico e nitrogênio, a atmosfera


terrestre desempenha importantes funções, como proteger a Terra dos raios ultravioletas,
nocivos aos seres vivos, e manter a temperatura média da Terra, evitando grandes
amplitudes térmicas entre o dia e a noite. Graças à atmosfera, é possível que haja vida
no planeta. É importante ressaltar que essa camada de gás não possui um limite físico
que a identifique, pois, à medida que se eleva altitude, os gases tornam-se cada vez mais
rarefeitos.

Características da atmosfera

Composta por gases como oxigênio, gás carbônico e nitrogênio, a atmosfera


terrestre desempenha importantes funções, como proteger a Terra dos raios ultravioletas,

3
nocivos aos seres vivos, e manter a temperatura média da Terra, evitando grandes
amplitudes térmicas entre o dia e a noite. Graças à atmosfera, é possível que haja vida
no planeta. É importante ressaltar que essa camada de gás não possui um limite físico
que a identifique, pois, à medida que se eleva altitude, os gases tornam-se cada vez mais
rarefeitos.

Alguns estudiosos do campo da climatologia limitam a atmosfera terrestre em


aproximadamente 100 quilômetros, considerando que não há um limite superior
estabelecido fisicamente. Contudo, em decorrência da força atuante da gravidade sobre
os gases que constituem a atmosfera terrestre, esta pode alcançar até 10 000
quilômetros, transitando, então, para o espaço sideral.

Gases que compõem a atmosfera

Os gases que compõem a atmosfera terrestre não se dissipam com facilidade em


decorrência da ação atuante da gravidade. São eles:

1. Nitrogênio: representa cerca de 78% do volume da atmosfera. O nitrogênio


absorve poucas quantidades de calor proveniente do Sol. Apesar de ser o gás
com maior volume na atmosfera, não apresenta papel muito importante.
2. Oxigênio: representa cerca de 21% do volume da atmosfera. O oxigênio é o gás
que possibilita a vida no planeta e que forma o gás ozônio na atmosfera.
3. Argônio: representa cerca de 0,93% do volume da atmosfera. O argônio é
considerado um gás inerte, pois não reage com outros gases que estão presentes
na atmosfera. Assim, pode ser encontrado em sua forma pura.
4. Gás carbônico: representa cerca de 0,039% do volume da atmosfera. O gás
carbônico é encontrado na atmosfera em decorrência do processo de respiração
dos seres vivos. Também pode ser proveniente de processos de combustão.
5. Outros gases: há, na atmosfera, gases como neônio, metano, hidrogênio, ozônio
e hélio.

4
Na atmosfera terrestre, também é encontrado vapor d'água, que não é um gás. O
vapor d'água representa cerca de 4% do volume atmosférico e diminui à medida que há
o aumento da altitude. Esse elemento atmosférico influencia diretamente nas dinâmicas
das temperaturas médias em todo o planeta, pois consegue absorver e emitir calor para
atmosfera.

Uma das funções da atmosfera é impedir que meteoritos atinjam a superfície terrestre.

Poluição atmosférica

A poluição atmosférica refere-se a mudanças da atmosfera terrestre susceptíveis


de causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por
gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia. A adição
dos contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde humana ou no

ecossistema, podendo estes danos serem causados diretamente pelos contaminantes, ou


por elementos resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a saúde, pode

5
igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores
desagradáveis. Esta poluição causa ainda mais impactos no campo ambiental, tendo
ação direta no aquecimento global, sendo responsável pela degradação de ecossistemas
e potenciadora de chuvas ácidas.

A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que estes são dispersos na


atmosfera, o que depende de fatores climatológicos, como a temperatura, a velocidade
do vento, o movimento de sistemas de alta e baixa pressão e a interação destes com a
topografia local, montanhas e vales, por exemplo. A temperatura normalmente diminui
com a altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma camada de ar quente
produzindo uma inversão térmica, a dispersão ocorre muito lentamente e os
contaminantes acumulam-se perto do solo. Para analisar a dispersão, recorre-se a
modelos de dispersão atmosférica, que são modelos computorizados onde através de
formas matemáticas complexas são simulados os comportamentos físico e químicos dos
contaminantes, podendo caracterizar ou prever a ação dos mesmos no meio envolvente.

Ao longo dos tempos, a comunidade política e civil foi sendo alertada para os
efeitos adversos, tendo sido assinados vários protocolos internacionais no sentido de
mitigar ou resolver alguns dos problemas existentes, como o caso do protocolo de
Montreal, que aboliu o uso dos CFCs, sendo considerado um dos protocolos de maior
sucesso, ou ainda mais recente, o protocolo de Quioto.

Poluição atmosférica significa uma introdução antropogénica, direta ou


indiretamente, de substâncias ou energia para o ar, resultando em efeitos prejudiciais de
modo a pôr em perigo a saúde humana, danos nos recursos vivos e nos ecossistemas
assim como nos bens materiais, pôr em risco ou prejudicar os valores estéticos e as
outras legítimas utilizações do ambiente.

A influência dos contaminantes, ou substâncias poluentes, no grau de poluição


depende da sua composição química, concentração na massa de ar ou mesmo
dependendo das condições climatéricas, que podem influenciar a sua dissipação, ou os
mecanismos relacionados com reações que podem dar origem a novos poluentes.

Troposfera

6
A camada mais próxima à superfície da Terra é conhecida como a troposfera,
que se estende do nível do mar a uma altura de cerca de 18 km e contém cerca de 80 por
cento da massa da atmosfera global. Esta camada é dividida em subcamadas, de acordo
com as suas especificidades. A parte mais baixa da troposfera é chamada Camada
Limite Atmosférica (CLA) ou na camada limite planetária (CLP) e estende-se desde a
superfície da Terra até cerca de 1,5 a 2,0 km de altura. Nesta camada, a temperatura
média varia entre 20 °C na parte inferior a -60 °C na parte superior, ou seja, diminui
com o aumento da altitude até atingir o que se chama a camada de inversão, onde a
temperatura passa a aumentar com o aumento da altitude, e que cobre a camada limite
atmosférica. A parte superior da troposfera, ou seja, acima da camada de inversão, é
chamada de troposfera livre e estende-se até cerca de 18 km do início da troposfera. É
na troposfera que se verificam os fenómenos atmosféricos, e grande parte dos
fenómenos associados à poluição atmosférica.

Estratosfera

A estratosfera é a segunda maior camada da atmosfera da Terra, logo acima da


troposfera, e abaixo da mesosfera. Apresenta estratificação na temperatura, com as
camadas superiores mais quentes e as camadas inferiores mais frias. Isto está em
contraste com a troposfera, próximo à superfície da Terra, que é mais frio nas zonas
altas e mais quente à superfície terrestre. A fronteira da troposfera com a estratosfera é a
tropopausa, onde se verifica essa inversão térmica. A estratosfera situa-se entre cerca de
10 km e 50 km de altitude acima da superfície nas latitudes moderada, enquanto nos
pólos começa em cerca de 7 km de altitude. É nesta camada que se encontra a camada
de ozônio, entre os 15 e os 35 km.

Poluentes

Os contaminantes do ar provêm de diversas fontes, como fábricas, centrais


termoeléctricas, veículos motorizados, no caso de emissões provocadas pela atividade
humana, podendo igualmente provir de meios naturais, como no caso de incêndios
florestais, ou das poeiras dos desertos. Os poluentes são normalmente classificados
como primários ou secundários. Poluentes primários são os contaminantes diretamente

7
emitidos no ambiente, como no caso dos gases dos automóveis, e os secundários
resultam de reações dos poluentes primários na atmosfera. Neste caso, o ozono
troposférico (O3), resultante de reações fotoquímicas entre os óxidos de azoto,
monóxido de carbono ou compostos orgânicos voláteis (COV).

Impactos da poluição atmosférica

 Saúde humana

A poluição atmosférica causa impactos negativos na saúde humana, cujo grau de


incidência e de perigosidade depende do nível de poluição, assim como dos poluentes
envolvidos. Os problemas com maior expressão são ao nível do sistema respiratório e
cardiovascular. Estudos recentes mostram que crianças sujeitas a níveis elevados de
poluição atmosférica têm maior prevalência de sintomas respiratórios, sofrem uma
diminuição da capacidade pulmonar com um aumento de episódios de doença
respiratória.

Profundidade óptica dos aerossóis.

Estudos efetuados em três


países, Áustria, França e Suíça,
demonstram que a poluição
atmosférica é responsável por
6% das mortes ocorridas
anualmente no conjunto desses países, sendo que metade dessas mortes deve-se a
poluição rodoviária. Alerta ainda para o facto de 4 000 pessoas morrerem por ano
devido aos efeitos da poluição atmosférica, e que cerca de 25 000 dos casos de ataque
de asma anuais têm como origem precisamente na exposição aos poluentes
atmosféricos. Tudo isto causa impactos nas finanças, sendo que os esforços do sistema
de saúde rondam 1,7% do seu PIB. Já nas grandes cidades da Ásia e América do Sul,

8
provoca vitimas de problemas respiratórios e cardíacos, infecções pulmonares e cancro,
sendo o valor de vítimas mortais a rondar os 2 milhões. Estas cidades albergam cerca de
metade da população mundial, esperando-se que atinja os dois terços em meados de
2030.

Impactos no ambiente

Os impactos ao nível do ambiente podem ser a uma escala local, regional ou


global, dependendo do tipo de poluição e das características ambientais.

Acidificação da atmosfera e chuvas ácidas

A principal causa da acidificação é a presença na atmosfera terrestre de gases e


partículas ricos em enxofre e azoto reactivo cuja hidrólise no meio atmosférico produz
ácidos fortes. Assumem particular importância os compostos azotados (NOx) gerados
pelas altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os compostos de enxofre
(SOx) produzidos pela oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos
carvões e petróleos.

Monumento danificado pela acção de chuvas ácidas.

Os efeitos ambientais da
precipitação ácida levaram à adopção,
pela generalidade dos países, de medidas legais restritivas da queima de combustíveis
ricos em enxofre e obrigando à adopção de tecnologias de redução das emissões de
azoto reactivo para a atmosfera.

Soluções

9
A maior preocupação dos ambientalistas é referente ao assustador aumento no
índice de CO2 (gás carbônico) na atmosfera atual. Este gás é responsável pelo
aquecimento global (efeito estufa). Apresentamos aqui a aplicação de elementos
químicos como alternativa para diminuir as taxas de CO2.

Enxofre (S) na estratosfera

O gás dióxido de carbono (CO2) é um agravante do aquecimento solar. O CO 2


absorve radiação infravermelha e a emite na superfície da Terra, esta então além de
receber a energia proveniente do sol ainda recebe esta cota de energia extra.

Esta proposta consiste em espalhar Enxofre na estratosfera e induzir à formação


de dióxido de enxofre (SO2): este composto teria a capacidade de refletir os raios
incidentes do sol, desviando seu curso e evitando que chegassem a Terra. Isso causaria
uma diminuição significativa no aquecimento global.

Se este método funcionasse, o dióxido de enxofre funcionaria como uma capa


protetora da radiação nociva.

Ferro (Fe) no fundo do mar

As algas presentes no fundo dos oceanos são eficientes quando o assunto é


absorver dióxido de carbono. Um aumento da população de plânctons (que são
pequenas algas) seria interessante para a diminuição de CO 2 atmosférico, o que fazer
então?

Estudos mostram que mares com grande concentração de Ferro apresentam mais
plânctons. A ideia de fertilizar os mares com Ferro é multiplicar esta população de algas
para que se tornem verdadeiras faxineiras de nossa atmosfera.

Através das alternativas propostas podemos perceber que os elementos Ferro e


Enxofre são soluções para a melhoria do planeta, e diante de tantas ameaças ambientais,
toda ideia é bem vinda.

Possíveis medidas para controlar a poluição do ar


10
A poluição do ar pode ser controlada mediante a incorporação de novas práticas
ao nosso cotidiano; ações promovidas diretamente pelos agentes econômicos como
forma de reduzir os impactos ao meio ambiente; e adoção de políticas públicas que
visem à redução e ao controle das emissões de gases poluentes na atmosfera, além do
monitoramento da qualidade do ar, com o estabelecimento de parâmetros a serem
cumpridos.

Destacamos abaixo outras medidas que podem auxiliar nesse processo.

 Maior uso do transporte coletivo em detrimento dos veículos particulares;


 Adoção de meios alternativos de transporte, como as bicicletas;
 Substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis e outros combustíveis
de origem renovável, que emitem menos gases poluentes na atmosfera;
 Evitar o uso de equipamentos domésticos que emitam gases poluentes e não
colocar fogo no lixo, em terrenos ou pastagens;
 Reflorestamento e ampliação das áreas verdes nos centros urbanos para a
captação do CO2.

Tecnologias de controle

Existem várias tecnologias de controle da poluição atmosférica e estratégias


disponíveis para reduzir a poluição do ar, sendo os mais utilizados na indústria e sector
automóvel, para redução da emissão de poluentes as seguintes tecnologias:

 Ciclones de poeiras: São separadores mecânicos de partículas, onde o gás com


partículas é forçado a girar de forma ciclónica, fazendo com que através da
diferença de massa entre as partículas e o gás, estas movam-se em direcção a
parte externa do vórtice, podendo então ser recolhidas.
 Precipitador electrostático: equipamentos industriais, utilizados na recolha de
material particulado de gases de exaustão. Operam carregando
electrostaticamente as partículas e depois captando-as por atracção
electromagnética. São máquinas de elevado custo e consumo energético, porém,
de alta eficácia.
 Carvão ativado: Os filtros de carvão activado são normalmente utilizados na
purificação de gases, para remover vapores de óleos, cheiros, e outros

11
hidrocarbonetos do ar. O carvão activado é uma forma de carbono que foi
transformado para torná-lo extremamente porosa e, portanto, a ter uma grande
área disponível para adsorção ou reações químicas.
 Conversor catalítico: dispositivo usado para reduzir a toxicidade das emissões
dos gases de escape de um motor de combustão interna. Introduzido nos Estados
Unidos da América a partir de 1975 de forma a que fosse comprida a Legislação
exigida pela EPA sobre emissões de gases nocivos.
 Biofiltros: consistem na aplicação de microorganismos incluindo bactérias e
fungos que são imobilizados no biofilme para degradar os compostos poluentes.
Estes microorganismos vão oxidar a matéria a CO 2 e H2O, eliminando assim os
compostos indesejados. É particularmente utilizado no controlo de COV´s, H2S,
odores e amoníacos.

Qualidade do ar

 Índice de qualidade do ar

O Índice de qualidade do ar (IQA) é um indicador padronizado do nível de


poluição do ar numa determinada zona, e resulta de uma média aritmética calculada
para cada indicador, de acordo com os resultados de várias estações da rede de medição
da zona. Mede sobretudo a Concentração de ozono e partículas ao nível do solo,
podendo contudo incluir medições de SO2,e NO2. Os parâmetros dos índices variam de
acordo com a agência ou entidade que os define, podendo haver várias diferenças.

Representação gráfica do índice de qualidade do ar na


costa leste.

12
A conversão de dados analíticos e científicos num índice de fácil compreensão
permite que a população em geral tenha um acesso mais fácil e compreensível da
informação. Usualmente é disponibilizada em tempo real a evolução do IQA,
especialmente no caso de grandes aglomerados urbanos ou industriais.

É atualmente uma ferramenta muito utilizada em todo o mundo, utilizada como


método de controlo da qualidade do ar, assim como meio de divulgação de informação
científica para a comunidade, de forma facilmente compreensível.

Os dados recolhidos pelas estações meteorológicas são tratados e inseridos em


programas computorizadas de modelização de dispersão atmosférica, onde são
aplicados modelos químicos e físicos de dispersão para prever o comportamento
químico e físico dos poluentes e da massa atmosférica, recorrendo a modelos
cientificamente validados como o CHIMERE. Posteriormente, os dados resultantes das
modelizações são cruzados pelos recolhidos pelas estações de medição, sendo então
validados ou não, de acordo com o grau de concordância. São estes dados validados que
entram em conta para a avaliação global do estado geral do nível de qualidade do ar,
importante para a verificação do cumprimento ou incumprimento das normas e
legislação aplicáveis.

Qualidade do ar interior

A qualidade do ar interior (IAQ) refere-se à qualidade do ar no interior de


edifícios e estruturas, especialmente no que tange à saúde e conforto dos ocupantes do
edifício. Abrange não só a componente química da composição do ar, como também a
sua composição bacteriológica.

A má qualidade do ar interior afeta principalmente países em desenvolvimento


com elevados índices de pobreza e populações que recorrem ao uso de madeira, carvão
ou esterco como meios de cozedura e aquecimento. Devido à frequente falta de
circulação de ar em espaços fechados, este tipo de poluição tem mais efeitos nefastos na
saúde humana que a poluição do ar externa. Segundo a OMS, a nível mundial morreram
prematuramente em 2013 cerca de 7 milhões de pessoas devido à poluição do ar
interior. Entre os sintomas mais comuns são de destacar as dores de cabeça, náuseas,
irritação nos olhos, bronquite, gripe, pneumonia, conjuntivites ou, a longo prazo,

13
problemas imunológicos e do sistema nervoso, defeitos congénitos, dificuldades
reprodutivas ou cancro, pois estudos apontam para que mais de 90 por cento de um dia
normal seja passado em espaços interiores. Como cada pessoa necessita diariamente de
cerca de 25 kg de ar, pelo menos 22 kg
serão inspirados no seio de espaços
fechados.

Residência doméstica com enorme quantidade de fungos.

Nos países desenvolvidos, as pessoas gastam uma média de 80% a 90% do seu
tempo em edifícios e interiores de veículos, respirando uma média diária de 15 000
litros de ar. Os mais vulneráveis acabam, subsequentemente, por desenvolver doenças
que afetam o trato respiratório, como asma, alergias ou cancro pulmonar. Por tais
razões, as autoridades de saúde estão cada vez mais empenhadas em atender à
problemática, com vista a incrementar estudos científicos e encontrar soluções para a
mesma.

Em 1989, a NASA publicou um estudo que demonstrava a eficácia de certas


plantas, como a espada-de-são-jorge, o lírio-da-paz, a hera-do-diabo, entre outras, em
remover do ar certos poluentes químicos altamente tóxicos para humanos, tais como o
metanal, o benzeno e o tricloroetileno. Todavia, um elevado número de plantas e
circulação de ar ainda se fazem necessários para que a absorção de tais químicos através
das folhas e raízes seja profícua. Outros estudos demonstram que a remoção de

14
poluentes por parte de plantas é exígua, sendo apenas eficiente em circunstâncias muito
específicas.

CONCLUSÃO

Depois de muitas pesquisa feitas pude chegar a conclusão que uma das
principais soluções para diminuir os problemas atmosféricos tem a ver com a
estabilidade da concentração atmosférica dos gases com efeito de estufa, nomeadamente
o CO2. Mas existem vários obstáculos, entre eles: o uso de combustíveis fósseis (gás
natural, petróleo e carvão) como base do comércio da energia mundial e um enorme
consumo de energia por maior parte da população.

As principais soluções que devemos tomar para resolver os problemas da


atmosfera são:

Poupança de energia; Utilizar mais eficientemente a energia primária e


desenvolver o uso das energias renováveis; Desenvolver as novas tecnologias de
produção de energia e inovação.

15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA

 BÉLIVEAU, Dr. Richard; GINGRAS, Dr. Denis (2015). Prevenir o Cancro -


Como reduzir os riscos. Lisboa: Guerra e Paz Editores, S. A. 278 páginas.
 «Air > Air Pollutants». www.epa.gov. Consultado em 21 de junho de 2009 Texto
" Browse EPA Topics " ignorado (ajuda); Texto " US EPA " ignorado (ajuda)
 Introdução ao Controle da Poluição Atmosférica».
www.universoambiental.com.br. Consultado em 1 de maio de 2009 Texto "
UNIVERSO AMBIENTAL " ignorado (ajuda)
 New WHO Global Air Quality Guidelines aim to save millions of lives from air
pollution». www.who.int (em inglês). 2021-09-22. Consultado em 1 de agosto de
2022.
 Poluição Atmosférica». www.gpca.com.br. Consultado em 20 de abril de 2009.

16

Você também pode gostar