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INTRODUÇÃO

A atmosfera é uma camada gasosa que envolve todo o planeta Terra. O nitrogênio e o
oxigênio são os dois gases presentes em maior quantidade na atmosfera, que contém
ainda elementos como argônio, dióxido de carbono, ozônio e vapor d’água. Por critérios
como a diferença de temperatura e a altitude, a atmosfera é dividida em cinco diferentes
camadas, sendo a troposfera a mais próxima da superfície e a exosfera a mais distante.
A proteção do nosso planeta contra elementos externos e as condições necessárias para
a manutenção de todas as formas de vida, como a filtragem da radiação solar e a
regulação térmica, são garantidas pela presença da atmosfera"

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COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
A atmosfera é o envoltório gasoso do planeta Terra. Sendo assim, essa importante
camada é formada essencialmente por gases, estando o nitrogênio e o oxigênio
presentes em maior quantidade. Vapor d’água é também encontrado na atmosfera, mas
em volume menor quando comparado ao conjunto de gases.

Confira, a seguir, os principais gases que compõem a atmosfera terrestre e a proporção


em que eles estão presentes:
 Nitrogênio (N2): 78%;
 Oxigênio (O2): 21%;
 Argônio (Ar): 1%;
 Dióxido De Carbono (CO2): 0,04%
 Neônio (Ne): 0,002%;
 Hélio (He): 0,0005%;
 Metano (CH4): 0,00017%;
 Hidrogênio (H): 0,00005%.

Além dos listados, existem outros gases que formam a atmosfera que estão presentes em
concentração muito menor. Um exemplo é o gás ozônio (O3), responsável pelo efeito
estufa e cuja proporção chega a traços de até 0,0008%.|1|"

A FUNÇÃO DA ATMOSFERA
A atmosfera é uma camada protetora da Terra, sendo responsável por condicionar a
presença e manutenção da vida no nosso planeta.
Uma de suas principais funções é a regulação das temperaturas por meio do que
conhecemos como efeito estufa, que corresponde a um fenômeno natural que mantém as
temperaturas médias planetárias. Esse efeito possibilita a existência de vida na Terra, e a
sua intensificação se deve às atividades antrópicas associadas à emissão de gases
poluentes.
Outra função da atmosfera é impedir a chegada de meteoritos e outros fragmentos de
corpos celestes até a superfície terrestre. Além disso, os gases presentes na atmosfera
realizam a filtragem dos raios ultravioleta e infravermelho emitidos pelo Sol."

ESTRUTURA DA ATMOSFERA
A atmosfera apresenta uma estrutura vertical de 10 mil quilômetros aproximadamente,
considerando a superfície terrestre como ponto de partida. Por meio da utilização de
critérios como a altitude e a variação de temperatura, divide-se a atmosfera em cinco
camadas distintas, que apresentamos, a seguir, com as suas principais características.

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"Troposfera" "Camada mais próxima da Terra, situando-se até 18 km a partir da
superfície. Representa cerca de 80% da massa de gases da atmosfera,
além de conter a maior concentração de vapor d’água. As temperaturas
se tornam mais baixas com a altitude. É na troposfera onde os
fenômenos do clima acontecem.
"Estratosfera "Situada acima da troposfera, iniciando-se a partir de 18 km da
superfície e se elevando até 50 km. É na estratosfera que se concentra o
ozônio, responsável pela filtragem da radiação solar. Por essa razão, as
temperaturas são mais elevadas nessa camada.
"Mesosfera "Situada entre 50-80 km acima da superfície, apresenta as temperaturas
mais baixas da atmosfera (-85º C aproximadamente). É nessa camada
que a maioria dos meteoroides que penetram na atmosfera entra em
combustão. Esse processo leva à sua fragmentação, e a maioria não
consegue chegar até a superfície.
"Termosfera" "Inicia-se a partir de 80 km da superfície aproximadamente, e é a
penúltima camada antes da exosfera. Na sua porção inferior, chamada de
ionosfera (entre 80-200 km), se concentra uma grande quantidade de
íons, que, quando reagem com a radiação solar, dão origem ao
fenômeno óptico conhecido como aurora polar. Na termosfera, as
temperaturas aumentam com a altitude.
"Exosfera" "Camada mais externa da atmosfera, tem início a partir de 700 km da
superfície em média. Não é possível identificar ao certo onde a exosfera
termina, mas estima-se que ela pode chegar a 10 mil km. As partículas
presentes na exosfera apresentam densidade muito baixa, confundindo-
se com os ventos solares e escapando para o espaço.

IMPORTÂNCIA DA ATMOSFERA
A atmosfera terrestre é importante pelas funções que desempenha na proteção do
planeta e também de toda a vida que aqui se desenvolve.

Sem a presença desses gases que se mantêm junto à Terra pela ação gravitacional, a
estrutura do planeta estaria mais suscetível aos agentes externos, como meteoroides e
outros fragmentos rochosos que trafegam pelo espaço.

"Essa camada é importante também porque viabilizou a existência e a manutenção de


todas as formas de vida aqui presentes, uma vez que, além de filtrar a radiação solar e
promover a regulação das temperaturas médias do planeta, ela contém o oxigênio, a
umidade e outros elementos fundamentais para os processos biológicos que acontecem
na superfície e na subsuperfície terrestres."

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COMO A ATMOSFERA PROTEGE A TERRA?
Existem alguns mecanismos por meio dos quais a atmosfera exerce a proteção do
planeta Terra:
 Absorção e reflexão da radiação emitida pelo Sol, o que garante a menor
passagem de raios ultravioleta e infravermelho. A parcela da atmosfera
responsável por esse processo é a camada de ozônio, localizada na estratosfera.
 Sela o planeta contra o vácuo existente no espaço em decorrência da manutenção
dos gases ao redor da Terra que é dada pela força da gravidade e também pela
pressão que o fluido atmosférico exerce sobre a superfície.
 Combustão e fragmentação dos meteoroides (fragmentos de rocha) e outros
objetos que viajam pelo espaço e constantemente entram nas suas camadas mais
elevadas. Essa reação acontece pelo atrito da rocha em alta velocidade com os
gases presentes na mesosfera, que, pela ação que desempenha, é apelidada
também de escudo do planeta Terra.

A atmosfera atua como uma camada protetora contra diversos fatores externos ao planeta Terra, como meteoroides e
radiação solar.

Existem alguns mecanismos por meio dos quais a atmosfera exerce a proteção do


planeta Terra:
 Absorção e reflexão da radiação emitida pelo Sol, o que garante a menor
passagem de raios ultravioleta e infravermelho. A parcela da atmosfera
responsável por esse processo é a camada de ozônio, localizada na estratosfera.
 Sela o planeta contra o vácuo existente no espaço em decorrência da manutenção
dos gases ao redor da Terra que é dada pela força da gravidade e também pela
pressão que o fluido atmosférico exerce sobre a superfície.
 Combustão e fragmentação dos meteoroides (fragmentos de rocha) e outros
objetos que viajam pelo espaço e constantemente entram nas suas camadas mais
elevadas. Essa reação acontece pelo atrito da rocha em alta velocidade com os
gases presentes na mesosfera, que, pela ação que desempenha, é apelidada
também de escudo do planeta Terra.

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EVOLUÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE
A atmosfera terrestre como hoje a conhecemos evoluiu por meio dos mesmos
processos que originaram a hidrosfera. A Terra primitiva, formada há 4,6 bilhões de
anos aproximadamente, consistia em um lugar inóspito com temperaturas muito
elevadas, erupções vulcânicas recorrentes e gases tóxicos que tinham origem no interior
do planeta, como gás carbônico, monóxido de carbono e metano.
O resfriamento do planeta Terra resultou no fenômeno da desgaseificação, quando
houve o aumento da concentração de gases, como o nitrogênio, na atmosfera, além da
maior formação de vapor d’água. Enquanto uma parte dos gases liberados foi dispersa
no espaço, outra parcela ficou retida nas camadas mais próximas da superfície em
decorrência da força de gravidade.
O desenvolvimento das primeiras formas de vida nos oceanos e a formação de matéria
orgânica fizeram com que os processos biológicos desses organismos produzisse novos
gases, que passaram a compor a atmosfera terrestre. Foi dessa maneira que elementos
como o oxigênio passaram a estar presentes em maior volume na atmosfera.
A complexificação das formas de vida, a constituição das demais esferas do planeta
Terra (hidrosfera e biosfera) e a interação entre elas levaram gradualmente ao processo
de evolução da atmosfera. Estima-se que a atmosfera terrestre adquiriu a
sua configuração atual há aproximadamente 65 milhões de anos.

TEMPERATURA DA ATMOSFERA
A atmosfera da Terra pode ser dividida em diferentes regiões com base em diferentes
parâmetros. Com relação à temperatura, a atmosfera é dividida em troposfera,
estratosfera, mesosfera e termosfera.
O limite entre a troposfera e a estratosfera, onde a temperatura para de diminuir e
começa a aumentar com a altura, é chamado de tropopausa. O nível de temperatura
máxima em torno de 50 km (cerca de 270 K) é chamado estratopausa e separa a
estratosfera da mesosfera. O nível de temperatura mínima em torno de 80 km (cerca de
180 K) é chamado de mesopausa e separa a mesosfera da termosfera.
O perfil de temperatura é variável com o tempo e o local. Em alguns casos, a troposfera
apresenta finas camadas dentro das quais a temperatura aumenta com a altura –
fenômeno conhecido como inversão. A altura da tropopausa também depende do tempo
e do local e principalmente da latitude geográfica. Abaixo de cerca de 20 graus de
latitude, ela está normalmente localizada entre o quilômetro 15 e 18, enquanto que,
perto dos polos, ela pode estar em alturas tão baixas quanto 8 km.

Íons e condutividade
Do ponto de vista dos íons e da condutividade, a atmosfera pode ser dividida em:
atmosfera inferior (correspondente à troposfera), média atmosfera (estratosfera e

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mesosfera) e atmosfera superior (acima de 85 km de distância, termosfera).
A atmosfera inferior e a média atmosfera são fracamente condutoras por ter pequena
concentração de íons. Nessas regiões, os íons são criados pela ionização de moléculas
neutras do ar, geralmente moléculas de nitrogênio e oxigênio, por raios cósmicos
primários e secundários e por partículas e radiação produzida pelo decaimento
radioativo de substâncias no solo, como urânio e tório, e no ar, como gás radônio. Como
resultado da ionização das moléculas, elétrons livres e íons positivos são criados. Os
elétrons são rapidamente ligados a outras moléculas neutras produzindo íons negativos.
A produção de íons por raios cósmicos varia com a altitude e a latitude.
A produção de íons devido ao decaimento de substâncias radioativas depende das
características do solo. Em particular, nos oceanos ela é várias ordens de magnitude
menor do que nos continentes.
Em geral, a razão média de ionização (produção de pares de íons) sobre os continentes
devido a substâncias radioativas é predominante sobre aquela devida a raios cósmicos
abaixo de 1 km. Acima de 1 km, a razão de ionização é dominada por raios cósmicos.
A razão de ionização é também dependente das condições meteorológicas e das
atividades geomagnética e solar. Após os íons serem formados, eles reagem com as
moléculas neutras e prendem-se a moléculas de água, do vapor d’água sempre existente
na atmosfera, formando aglomerados de íons. Estes aglomerados são relativamente
estáveis e constituem a maioria dos íons de tamanho molecular, também chamados de
pequenos íons.
Quando os pequenos íons agregam-se às partículas de aerossóis, eles formam grandes
íons. Em geral, grandes íons estão presentes na atmosfera em menores concentrações do
que os pequenos íons, exceto em regiões com altos níveis de poluição onde podem ser
mais numerosos.
Durante condições estacionárias, a concentração de pequenos íons em um dado instante
e local é o resultado do balanço entre a produção (razão de ionização) e a destruição de
íons. Pequenos íons são destruídos pela recombinação entre eles e pela combinação com
grandes íons e partículas de aerossóis. A concentração média total de pequenos íons
sobre os continentes e sobre os oceanos é aproximadamente a mesma e da ordem de
1000 cm-3, muito embora a razão de ionização sobre o oceano seja menor devido à
ausência de elementos radioativos. Este fato, entretanto, é compensado pela menor
razão de destruição devido à baixa concentração de aerossóis. Existem mais íons
pequenos positivos do que negativos e a diferença é responsável pela existência de uma
carga líquida positiva na atmosfera. A existência desta carga líquida próxima à
superfície da Terra implica que um processo adicional de íons deva existir desde que o
processo de ionização produza iguais concentrações de íons negativos e positivos.
Um destes processos é chamado descarga pontual ou corona, e está associado com
largos campos elétricos que ocorrem próximos às tempestades. À medida que o campo
elétrico aumenta, o campo ao redor de objetos pontiagudos alcança valores suficientes
para a quebra de rigidez do ar, produzindo pequenas descargas na atmosfera. Como
consequência, um largo número de íons de uma polaridade é injetado na atmosfera. Os
íons de uma só polaridade podem também ser formados na atmosfera próximos a

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quedas d’água (íons negativos) e por ondas nos oceanos (íons positivos).
A presença da superfície da Terra influencia a concentração de íons, aerossóis e
partículas radioativas por meio da distribuição de ventos, temperatura e vapor d’água.
Tal influência é dominada pela turbulência. A camada na qual esta influência é
significativa é chamada camada planetária ou camada limite. A profundidade desta
camada é altamente variável, indo de dezenas de metros até 3 km acima do solo. A
maioria das medidas elétricas na atmosfera é feita dentro desta camada.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A pressão atmosférica é a força exercida por uma coluna de ar sobre determinada
área. Essa pressão é maior nas áreas mais rebaixadas devido à maior extensão vertical
da coluna, diminuindo na medida em que a altitude se eleva. No nível do mar, a pressão
atmosférica é de 1,023 Pascal ou 1 atm (1 atmosfera).

Atmosfera e efeito estufa


O efeito estufa é um fenômeno atmosférico de ordem natural que apresenta grande
importância para a regulação térmica do planeta e para a manutenção da vida. Muitos
dos gases presentes na atmosfera, como o gás carbônico e o metano, são responsáveis
por reter parte do calor emitido pela superfície terrestre e também pela radiação emitida
pela própria atmosfera. Assim, há a manutenção do calor internamente a essa camada da
mesma forma como acontece em uma estufa botânica, motivo pelo qual o mecanismo
recebe esse nome.
Discute-se atualmente a forma como as atividades antrópicas, como a industrialização e
a maior queima de combustíveis fósseis, por exemplo, têm intensificado a ação do efeito
estufa e levado a um aumento anômalo das temperaturas no planeta Terra, o que
caracteriza o aquecimento global.

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CONCLUSÃO

Conclui que atmosfera é muito importante: ajuda a manter a temperatura, fornece


oxigênio para nossa respiração e é o cenário das mudanças climáticas! Como funciona?
Ela envolve nosso planeta como uma casca de laranja e é dividida em cinco camadas,
Além de garantir os gases necessários para a manutenção da vida no Planeta, a
atmosfera terrestre é responsável por uma série de funções que protegem a superfície
terrestre, como a manutenção da temperatura média, defesa contra o ataque
de meteoritos e bloqueio dos raios ultravioleta.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OMETTO, J. C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo: Ceres. 1981. 425 p.


HEUVELDOP, J.; J. P. TASIES; S. Q. CONEJO; L. E. PRIETO. Agroclimatología
tropical. San José: Editorial Universidad Estatal a Distancia. 1986. 394 p.
VIANELLO, R. L.; ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV –
Imprensa Universitária. 1991. 449 p.
VAREJÃO-SILVA, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília: Instituto Nacional de
Meteorologia-Ministério da Agricultura. 2001. 515 p.
ZUÑIGA, A. C. Agroclimatología. San José: Editorial Universidad Estatal a Distancia.
1985. 520 p

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