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Universidade Federal do Paraná

Engenharia Ambiental

Saneamento Ambiental I

Aula 03 – Vazões de Dimensionamento e


Sistema de Captação
Profª Heloise G. Knapik

1
Exemplos de Sistemas de Abastecimento de Água

75 mil habitantes 2
Exemplos de Sistemas de Abastecimento de Água

14 mil habitantes 3
Exemplos de Sistemas de Abastecimento de Água

4
5
6
Sistema Cantareira
• Produção: 33 m³/s (metade da demanda dos 19 milhões de habitantes da RMSP)
• Área aproximada de 228 mil hectares, abrangendo 12 municípios (4 em MG)
• Bacias: Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) e transpostas para a região da
Bacia do Alto Tietê

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Demandas em uma instalação para
abastecimento de água

Qualidade, quantidade, pressão e continuidade

Demanda atual e futura (alcance de projeto)

Consumo no próprio sistema (limpeza de ETAs)

Perdas no sistema
Demandas em uma instalação para
abastecimento de água

Variação temporal da Coeficientes de Reforço


vazão K1 e K2

𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑎 𝑛𝑜 𝑑𝑖𝑎


𝑲𝟏 = 𝑲𝟐 =
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎
Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água
PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

Dimensionamento Demanda máxima


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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

Sistema de produção
• Dimensionadas para atender a vazão média do
(montante do dia de maior consumo do ano (K1).
reservatório):

• Dimensionada para maior vazão de demanda,


Sistema de distribuição: que é a hora de maior consumo do dia de maior
consumo (K1K2).

• Recebe a vazão constante (média do dia de maior


Reservatório: consumo) e equilibra as variações horárias da
demanda.

• Consome certa de 1 a 5% do volume tratado para


ETA: lavagem dos filtros e decantadores.

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

𝑃 . 𝑞𝑝𝑐
Vazão média: 𝑄=
86400

𝑄 = 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝐿 /𝑠)


𝑃 = 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 (ℎ𝑎𝑏)
𝑞𝑝𝑐 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 (𝐿/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎)

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎
Cálculo do qpc: 𝑞𝑝𝑐 =
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜

Micromedição qpc efetivamente consumido pelos


(hidrômetros nas economias) usuários

Macromedição qpc utilizado no dimensionamento


(saída do reservatório) das unidades de um SAA

valores médios tabelados ou de


Ausência de medições:
áreas semelhantes

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

Macromedição Micromedição

𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 (𝑚𝑎𝑐𝑟𝑜𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜) 𝑉𝐶


𝑞𝑝𝑐 = 𝑞𝑚 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑠𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 (ℎ𝑎𝑏) 𝑁𝐸 × 𝑁𝐷 × 𝑁𝐻/𝐿

𝑞𝑝𝑐 − 𝑞𝑚
𝐼𝑃(%) = . 100
𝑞𝑝𝑐

qpc: consumo per capita (L/hab dia)


qm: consumo efetivo per capita de água (L/hab dia)
IP: Índice de perdas (%)
VC: volume consumido medido nos hidrômetros (micromedição) (L)
NE: número médio de economias
ND: número de dias da medição pelos hidrômetros
NH/L: número de habitantes por ligação 14
Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜


𝑞𝑝𝑐 =
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜

Macromedição qpc utilizado no dimensionamento


(saída do reservatório) das unidades de um SAA

O valor do consumo per capita (qpc) representa a média diária,


por indivíduo, dos volumes requeridos para satisfazer aos
consumos doméstico, comercial, público e industrial, além das
perdas do sistema. Unidade usual: L/hab.dia

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Perdas de água: macro e micromedição

Exemplo:
Suponha que em um sistema tenha sido apurado um valor médio do consumo
per capita micromedido de 100 L/hab.dia.

Se tal sistema apresenta uma média histórica das perdas de 35%, o consumo
per capita macromedido, o qual a capacidade das unidades do sistema deve
comportar, será de 154 L/hab.dia.

𝑞𝑝𝑐 − 𝑞𝑚
𝐼𝑃(%) = . 100
𝑞𝑝𝑐
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Perdas de Água

Perdas físicas ou reais Perdas não físicas ou aparentes


Vazamentos nas tubulações de Ligações clandestinas
distribuição e das ligações prediais
Extravasamento de reservatórios By-pass irregular no ramal das
ligações (“gato”)
Operações de descargas nas redes de Problemas de micromedição
distribuição e limpeza dos (hidrômetros inoperantes ou com
reservatórios submedição, fraudes, erros de leitura,
problemas na calibração dos
hidrômetros, entre outros).

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água
PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

𝑄 . 𝐾1 . 24 𝑄𝐷𝑖𝑠𝑡 = 𝑄 . 𝐾1 . 𝐾2 + 𝑄𝐸𝑠𝑝
𝑄𝑃𝑟𝑜𝑑 = 1 + 𝐶𝐸𝑇𝐴 + 𝑄𝐸𝑠𝑝
𝑡
𝑄 . 𝐾1 . 24
𝑄𝐴𝐴𝑇 = + 𝑄𝐸𝑠𝑝
𝑡
Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água
- Vazão da captação, estação elevatória e adutora até a ETA (L/s)

𝑄 . 𝐾1 . 24
𝑄𝑃𝑟𝑜𝑑 = 1 + 𝐶𝐸𝑇𝐴 + 𝑄𝐸𝑠𝑝
𝑡
- Vazão da ETA até o reservatório: Adutora de Água Tratada (L/s)

𝑄 . 𝐾1 . 24
𝑄𝐴𝐴𝑇 = + 𝑄𝐸𝑠𝑝
𝑡
- Vazão do reservatório até a rede (L/s)
𝑄𝐷𝑖𝑠𝑡 = 𝑄 . 𝐾1 . 𝐾2 + 𝑄𝐸𝑠𝑝

𝐶𝐸𝑇𝐴 = consumo de água na ETA (%) 𝑃 .𝑞𝑝𝑐


𝑄= = vazão média (L/s)
86400
𝐾1 = coeficiente do dia de maior consumo
𝐾2 = coeficiente da hora de maior consumo 𝑞𝑝𝑐 = consumo per capita (L/hab.dia)
𝑄𝐸𝑠𝑝 = vazão singular de grande consumidor (L/s) 𝑡 = período de funcionamento da produção (h)
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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água

Particularidades:

Alcance do projeto: pode haver diferenças entre


as unidades do sistema, resultando em valores
diferentes de população utilizada no
dimensionamento

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água
Exemplo:
Calcular a vazão das unidades de um sistema de abastecimento de
água, considerando os seguintes parâmetros:
• População para dimensionamento das unidades de produção, exceto
adutoras (alcance 10 anos) = 20.000 habitantes.
• População para dimensionamento de adutoras e rede de distribuição
(alcance 20 anos) = 25.000 habitantes.
• qpc = 200 L/hab.dia
• t = 16 horas
• qETA = 3%
• K1 = 1.2
• K2 = 1.5
• QS = 1.6 L/s
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Captação de água

Condições para a captação:

Quantidade de água

Qualidade da água

Garantia de funcionamento

Economia das instalações

Localização

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Captação de água

Quantidade de Água

A vazão é suficiente na estiagem


• Situação ideal
• Captação direta da correnteza
• Vazão suficiente, mas pouco nível: construção de barragem de nível (soleiras)

É insuficiente na estiagem, mas suficiente na média


• O excesso de vazão nos períodos de cheia podem ser armazenados para o
período de estiagem (barragem de regularização)
Existe vazão, mas inferior ao consumo previsto
• Necessidade de buscar um outro manancial ou utilizar de forma complementar
as vazões de outro manancial.

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Captação de água

Qualidade da Água

Rios: Reservatórios:
Nem tão superficiais, nem
tão profundas (podem
Instalar a montante de
ocorrer problemas de
descargas poluidoras
natureza física, química e
biológica)

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Captação de água
Qualidade da Água

Natureza física:
• Superficialmente: ações físicas danosas (ventos, correntezas, impactos de
corpos afluentes).
• Em profundidade: maior quantidade de sedimentos em suspensão (encarece
ou dificulta a remoção da turbidez no processo de tratamento)
Natureza química:
• Tendência na superfície de maior teor de dureza, de ferro e manganês

Natureza biológica:
• Maior proliferação de algas nas camas superiores da massa de água (odor
desagradável e gosto ruim). A profundidade da lâmina dependerá da zona
fótica (presença de luz)
• Fundo dos lagos: massa biológica de plânctons.
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Captação de água

Garantia de funcionamento:

Nível mínimo (para que a entrada de sucção permaneça sempre afogada)

Nível máximo (para que não haja inundações danosas às instalações de captação)

Velocidade de escoamento

Estabilidade das estruturas

Proteção contra correnteza

Proteção contra desmoronamentos

Proteção contra obstruções (utilização de grades, telas ou crivos)

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Captação de água

Economia nas instalações:

Princípios básicos da engenharia:


simplicidade, técnica e economia.

Projeto da captação deve se guiar por


soluções que envolvam o menor custo
sem o sacrifício da funcionalidade.

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Captação de água

Economia nas instalações:

Estudos prévios:
• Permanência natural das vazões no ponto de captação
• Velocidade da correnteza
• Natureza do leito de apoio das estruturas a serem edificadas
• Vida útil das edificações
• Facilidade de acesso e de instalação de todas as edificações
necessárias (por exemplo, a estação de recalque, quando for o caso,
depósitos, etc.)
• Flexibilidade física para futuras ampliações
• Custos de aquisição do terreno

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Captação de água

Localização:

Situação ideal: menor percurso de adução com menores


alturas de transposição pela mesma adutora no seu
caminhamento

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Captação de água – Localização das Instalações

Localização – Rios

Situação desejável Situação aceitável Situação incorreta

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Captação de água – Localização das Instalações

Localização - Reservatórios

Mais próximo possível da maciço de barramento:


• Há maior lâmina disponível
• Correntezas de menores velocidades
• Menor turbidez
• Condições mais favoráveis para captação por gravidade

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Captação de água – Localização das Instalações

Localização – Lagos naturais

Em lagos naturais as captações devem ser instaladas, de


preferência, em posições intermediárias entre as
desembocaduras afluentes e o local de extravamento do lago

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Captação de água de superfície – Tipos

Captação direta ou a fio de água

Captação com barragem de regularização de nível de água

Captação com reservatório de regularização de vazão destinado


prioritariamente para abastecimento de água
Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos

Captações não convencionais

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Captação de água de superfície – Dispositivos

Dispositivos nas instalações de captação

Tomada de água (presente em todo tipo de captação)

Barragem de nível ou soleira (mananciais com lâmina mínima de água


insuficiente)

Reservatório de regularização de vazão (vazão mínima disponível menor que a


vazão de captação)

Grades e telas

Desarenador (transporte intenso de sólidos)

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Captação de água de superfície – Dispositivos

Tomada de água

Função de conduzir a água do manancial até as demais partes do


dispositivo de captação

• Tubulação de tomada
• Caixa de tomada
• Canal de derivação
• Poço de derivação
• Tomada de água com estrutura em balanço
• Captação flutuante
• Torre de tomada

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Captação de água – Tomada de água

Tubulação de tomada
Dispositivo de tomada de água constituído por tubulação simples, que conduz
a água desde o manancial até a unidade seguinte

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Captação de água – Tomada de água

Margens estáveis

Margens sujeitas a erosão

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Captação de água – Tomada de água

Margens instáveis

Leitos rochosos com lâmina muito baixa

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Captação de água – Tomada de água

Principais cuidados (Norma NBR 12213):

• Velocidade nas tubulações/canais da tomada de água não deve ser


inferior a 0,60 m/s
• Prever dispositivo anti-vórtice

Dimensionamento:

• Perda de carga na tubulação da tomada de água: Fórmula de


Hazen-Williams
• Perda de cargas localizadas
• Perda de carga nos orifícios (tubos perfurados)
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Captação de água – Tomada de água

Caixa de tomada

Empregada quando o curso de água apresenta regime de escoamento


torrencial ou rápido (risco para a estabilidade das estruturas)

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Captação de água – Tomada de água

Caixa de tomada

Não se aplica quando:


• Altura reduzida da lâmina de água mínima do manancial
• A calha molhada se afastar muito das margens no período de estiagem
• Excesso de algas no manancial (deverá ser adotada a tomada subsuperficial)

São dotadas de grade na sua entrada: Proteção contra materiais suspensos

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Captação de água – Tomada de água

Canal de Derivação
Captações de médio ou grande porte (funcionam como caixa
de tomada e canal de ligação para as unidades seguintes)

Não se aplica a captações de pequena vazão devido à necessidade da velocidade


mínima de 0,60 m/s

Também são dotados de grade na sua entrada

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Captação de água – Tomada de água

Poço de Derivação
Tubulação construída na margem de rios ou ribeirões que seja inundável e que
apresente declividades acentuadas

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Captação de água – Tomada de água

Tomada de água com estrutura em balanço


A tomada de água é feita por um conjunto moto-bomba submersível para
água bruta, resistente à abrasão, que fica suspenso dentro do curso de água
por meio de uma corrente integrada a uma talha que pode se movimentar ao
longo de uma viga.
Aplicação:
- Rios pouco encaixados, com grande oscilação de nível de água (profundidade ou
afastamento das margens)

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Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante

Utilizada em lagos e represas ou em rios maiores e com regime de


escoamento tranquilo ou fluvial (grande largura e profundidade)

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Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
Alternativa econômica em pequenas e médias comunidades:

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Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
Pode ser de três tipos:

- Com motor e/ou bomba não submersíveis, instalados em balsa


- Com conjunto moto bomba submersível suspenso por flutuadores
- Com tomada de água flutuante

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Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
- Com motor e/ou bomba não submersíveis, instalados em balsa

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Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
- Com motor e/ou bomba não submersíveis, instalados em balsa

49
Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
- Com conjunto motobomba submersível suspenso por flutuadores

50
Captação de água – Tomada de água

Captação flutuante
- Com tomada de água flutuante

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Captação de água – Tomada de água

Torre de Tomada

Tomada de água é feita por meio de uma torre de grandes dimensões,


com entradas de água em diferentes níveis

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Captação de água – Tomada de água

Barragem de Nível

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Captação de água – Tomada de água

Reservatório de regularização

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Captação de água: Grades e Telas

Dispositivos empregados em captações de água de superfície para


reterem materiais flutuantes ou em suspensão de maiores dimensões

• Grades: barras paralelas – destinam-se a impedir a


passagem de materiais grosseiros
• Grade grosseira: espaçamento entre as barras
de 7,5 a 15 cm
• Grade fina: espaçamento entre 2 e 4 cm

• Telas: fios formando malhas para reter os


materiais flutuantes não retidos na grade

Utilização obrigatória em captações à superfície da


água (NBR 12.213) 55
Captação de água: Desarenador

Instalação complementar das captações de água de superfície utilizado


quando o manancial apresenta transporte intenso de sólidos (NBR
12.213: > 1,0 g/L)

• Formato comum: seção retangular, com comprimento três vezes maior do


que sua altura.

• Critérios de dimensionamento: sedimentação das partículas (velocidade


de sedimentação, características do manancial)

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Captação de água: Desarenador

• Localização: entre a tomada de água e a adutora

• Quantidade: preferencialmente duas unidades (uma unidade de reserva)

• Dimensionamento:

• Velocidade de sedimentação ≥ 0,021 m/s (para reterem partículas com


D ≥ 0,2 mm)
• Velocidade de escoamento horizontal ≤ 0,30 m/s
• Comprimento do desarenador: deverá ser utilizado um coeficiente de
segurança de, no mínimo, 1,5.

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Captação de água superficial - Rios

Captação superficial em rios - Desafios


• Comportamento do ciclo de chuvas
• Topografia
• Condição do leito e margens
• Material flutuante e submerso transportado

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Captação de água superficial - Rios

Captação superficial em rios - Topografia


- Deve atender à variação de nível em função da vazão
- Problemas com afundamento do canal ou formação de bancos de areia
(mudança dos níveis operacionais)

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Captação de água superficial - Rios

Captação superficial em rios - Problemas


Construção sobre flutuadores (problemas de projeto, falta de recursos):
- Precariedade
- Fragilidade
- Muita gambiarra
- Dificuldades de manutenção em períodos de cheias

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