Universidade Federal de Viçosa

Engenharia Civil

ECV 357 – Instalações Hidráulicas e Sanitárias

Sistemas Prediais de Água Fria

Prof.ª Maria Clara Fava

Rio Paranaíba –MG, 2021
Sequência de dimensionamento dos componentes
do sistema predial de água fria

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 Introdução

• Água fria potável é a água que atende às características para o

consumo humano, definidas pelo Anexo XX da Portaria de
Consolidação MS n°5, de 28 de setembro de 2017;
• Quando não for possível abastecimento a partir de um órgão
de saneamento, recorre-se à captação em poços ou algum
suprimento superficial. A água deverá ser examinada para
verificar necessidade de tratamento;
• As instalações de água fria potável são regidas pela NBR
5626: 2020 Sistemas prediais de água fria e água quente —
Projeto, execução, operação e manutenção.

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 Conceituação Básica
• Esquema do Sistema de Suprimento de Água
1) SIMPLIFICADO

• SISTEMA DE ABASTECIMENTO
 Fontes de Captação (Rede pública e Fontes privadas)
 Tubulações de alimentação

• SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Conjunto de tubulações que conduzem a água até os pontos de
consumo terminais
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2) TRANSFORMADO

• SISTEMA DE RESERVAÇÃO
 Garantia de fornecimento
 Compensação (Pico de vazão)
 Deficiência no sistema de distribuição (pressão e vazão)

• SISTEMA DE TRATAMENTO - FILTROS

 Qualidade da água
• SISTEMA DE MEDIÇÃO – HIDRÔMETROS
 Medição de consumo para efeitos tarifários

• SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO – “BOOSTER”

 Deficiência no sistema de abastecimento (pressão) 5
Sistemas de Suprimento e Disposição de Água

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Requisitos de Desempenho do Sistema de
Suprimento de Água
Relativos à:
 Qualidade da água;
 Quantidade de água (controle)
 Disponibilidade de água
 Adequabilidade do uso da água
 Temperatura da água

Conceito:
O sistema predial de suprimento de água (instalação
predial de água) deve prover, quando necessária ao uso,
água de boa qualidade, em quantidade e temperatura
controláveis pelo usuário, para a sua adequada utilização.7
TIPOS DE SISTEMAS
1. Sistema Direto
O sistema direto é aquele em que todas as peças de
utilização do edifício são ligadas diretamente à rede
pública, através de uma rede de distribuição.

R - rede urbana
B - booster
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1. Sistema Direto

VANTAGENS:
- sem reservatório;
- economia em espaço;
- economia em energia elétrica;
- menor carregamento estrutural.

DESVANTAGENS:
- dependência da concessionária
(fornecimento contínuo e
pressão);
- interrupção do fornecimento
devido a manutenção.
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TIPOS DE SISTEMAS

2. Sistema Indireto por Gravidade

No sistema indireto por gravidade a rede de distribuição

do edifício é alimentada a partir de um reservatório
elevado. Esse reservatório, por sua vez, pode ser
alimentado diretamente pela rede de abastecimento (com
ou sem bombeamento), ou através de um reservatório
inferior, com bombeamento.

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TIPOS DE SISTEMAS
2. Sistema Indireto por Gravidade

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2. Sistema Indireto por Gravidade

VANTAGENS:
- armazenamento de água para
suprimento contínuo;
- minimiza o risco de refluxo de
água na rede de abastecimento

DESVANTAGENS:
- maior carregamento estrutural
- manutenção periódica do
reservatório (6 em 6 meses).
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TIPOS DE SISTEMAS

3. Sistema de Distribuição Misto

É o tipo de sistema onde existe distribuição direta e
indireta ao mesmo tempo.

Vantagens
Fornecimento contínuo de água
Permite a instalação de válvula de descarga

Desvantagens
Maior custo de instalação

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 TIPOS DE SISTEMAS
4. Sistema Indireto Hidropneumático
No sistema indireto hidropneumático, a rede de
distribuição é pressurizada através de um tanque de
pressão que contém água e ar.

14
TIPOS DE SISTEMAS
4. Sistema Indireto Hidropneumático

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TIPOS DE SISTEMAS
4. Sistema Indireto Hidropneumático

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Escolha do sistema

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Redução de Pressão
A necessidade da limitação das pressões e velocidades de
escoamento máximas nas redes de distribuição é feita com
vistas aos problemas de emissão de ruído e do golpe de
aríete.

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Sistema Predial de Água Fria

Subsistema de alimentação:
-ramal de alimentação;
- cavalete/hidrômetro;
- alimentador predial.
Subsistema de reservação:
- reservatório inferior;
- reservatório superior.
Subsistema de distribuição interna
- barrilete
- coluna
- ramal
- sub-ramal
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Sistema Predial de Água Fria

20
21
Componentes do Sistema

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Dimensionamento do sistema predial de água fria

1. Estimativa do Consumo
Diário de Água

CD = C x P

onde:
CD = consumo diário total (L/dia);
C = consumo diário “per capita” (L/dia)
P = população do edifício (pessoas)

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Dimensionamento do subsistema de alimentação
2. Alimentador Predial
A vazão a ser considerada no dimensionamento do alimentador predial é
obtida a partir do consumo diário:
CD CD
Q AP ≥ Q AP ≥
24x60x60 86400
onde:
QAP = vazão mínima a ser considerada no dimensionamento do
alimentador predial (m³/s);
CD = consumo diário (m³/dia)

O diâmetro do alimentador predial é dado, por sua vez, por:

4 x Q AP
DAP ≥ 0,6 m/s < VAP ≤ 1,0 m/s
π x VAP
onde:
DAP = diâmetro do alimentador predial, m;
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VAP = velocidade no alimentador predial, m/s.
Dimensionamento do subsistema de alimentação
2. Alimentador Predial
Para v = 0,6 m/s, tem-se:

4 x CD DAP ≥ 2,456. 10−5 CD

DAP ≥
π x 86.400 x 0,6

Como fica para a velocidade máxima de v = 1,0 m/s ?

25
Dimensionamento do subsistema de alimentação
3. Reservatório inferior e superior

Vcih = 6000 + (N-4). 500

N – número de hidrantes (1 por andar + 1 no térreo) 26

 Exercícios de fixação

1. Determinar os volumes dos reservatórios inferior e superior para um edifício

residencial com 12 andares e 4 apartamentos por andar. Os apartamentos
Têm 3 dormitórios e dependência de empregada.
Informações úteis:

27
 Exercícios de fixação

2. Dimensionar o alimentador predial para o sistema do exercício anterior.

Considerar velocidade máxima de 1,0 m/s.
Informações úteis:

CD
Q AP ≥
86400

4 x Q AP
DAP ≥
π x VAP

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 Referências Bibliográficas

1. Netto, A. Manual de Hidráulica. Editora Edgard Blucher. 8ª. Ed. Atualizada.

1998.669 p.
2. Carvalho Júnior, R.C. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura.
Editora Edgar Blucher. 2009. 2ª. Edição
3. Prado et. al. Execução e Manutenção de Sistemas Hidráulicos Prediais. Editora
Pini. São Paulo, 2000.
4. Sistemas Prediais de Água Fria. Escola de Engenharia Civil – UFG - Prof. Lúcia
Helena de Oliveira. Notas de Aula (2003).
5. Sistemas Prediais de Água Fria. Escola de Engenharia Civil – UFG - Prof.
Ricardo Prado. Notas de Aula (2010).
4. Sistemas Prediais de Água Fria. Escola de Engenharia Civil – UFV - Prof.
Frederico Carlos Martins de Menezes Filho. Notas de Aula (2013).

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