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DE
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
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I- INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
1. INTRODUÇÃO
A fim de que o projetista de instalações possa ter uma visão global de um sistema de abastecimento d’água, com tratamento, na figura 1.1 são
indicadas as diferentes etapas que passa a água para que se possa se dizer potável, ou seja, apta a ser bebida sem riscos de contaminação.
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Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projeto de
instalações prediais de água fria: concepção do projeto, determinação de vazões e
dimensionamento.
A concepção é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que devem ser
definidos: o tipo do prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de
abastecimento, os pontos de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos
reservatórios, canalizações e aparelhos.
O desenvolvimento do projeto das instalações prediais de água fria deve ser conduzido
concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os projetos de
arquitetura, estruturas e de fundações do edifício, de modo que se consiga a mais perfeita
harmonia entre todas as exigências técnico-econômicas envolvidas.
A escala do projeto mais usual é a de 1/50, podendo, em alguns casos, ser de 1/100;
porém, os detalhes devem ser feitos em escadas de 1/20 ou 1/25.
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c) Preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis de
ruído;
2. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
2.1.1. VANTAGENS
2.1.2. DESVANTAGENS
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Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga
devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de
abastecimento público;
Possíveis golpes de aríete;
Maior consumo (maior pressão);
A alimentação dos aparelhos, das torneiras e peças da instalação é feita por meio de
reservatórios. Há duas possibilidades: por gravidade e hidropneumático.
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Figura 2.3 - Abastecimento indireto hidropneumático
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Entre a bomba e o tanque de pressão, localiza-se o injetor de ar (normalmente um Venturi)
que aspira ar durante o funcionamento da bomba e o arrasta para o interior do tanque de
pressão. O ar é comprimido na parte superior do tanque até atingir a pressão máxima, quando
a bomba é desligada, automaticamente pela ação do pressóstato. Tem-se, como resultado, um
colchão de ar na parte superior do tanque, cujo volume varia com a pressão existente. Quando
a água é utilizada em qualquer ponto de consumo, a pressão diminui, com conseqüente
expansão do colchão de ar, até que a pressão mínima seja atingida, quando pela ação do
pressóstato, a bomba é ligada.
O ciclo de funcionamento do sistema compreende o intervalo de tempo decorrido
entre dois acionamentos de “liga” da bomba. Conhecendo-se o ciclo de funcionamento, é
possível calcular o número médio de partidas da bomba por hora. De acordo com a NBR 5626,
a instalação elevatória deve operar, no máximo, seis vezes por hora.
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Golpe de aríete desprezível;
Menor consumo que no sistema de abastecimento direto.
2.2.4 – DESVANTAGENS
2.3.1 - VANTAGENS:
Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para filtro, pia e
cozinha e bebedouros;
Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de
abastecimento ou de distribuição;
Permite a instalação de válvula de descarga.
IMPORTANTE:
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3 PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA
3.1 Definições
3.1.4 - Barrilete
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas
de distribuição, quando o tipo de abastecimento adotado é indireto.
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3.1.9 – Consumo diário
Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de todos os
usos do edifício no período.
3.1.11 – Extravasor
Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e das
caixas de descarga.
3.1.12 - Inspeção
Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.
3.1.16 – Interconexão
Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre dois
sistemas de abastecimento.
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3.1.20 – Nível de transbordamento
Nível do plano horizontal que passa pela borda de reservatório, aparelho sanitário ou
outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é aquele do
plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
3.1.26 - Ramal
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
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3.1.31 – Registro de utilização
Componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da água utilizada.
Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
3.1.36 - Retrossifonagem
Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, em decorrência de pressões
inferiores à atmosférica.
3.1.41 – Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário.
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3.1.42 – Torneira de bóia
Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios e caixas
de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
3.1.43 – Trecho
Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última
conexão da coluna de distribuição.
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3.1.53 – Volume de descarga
Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover a
perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.
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Figura 3.1 – Partes constituintes de uma instalação predial
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Figura 3.2- Planta baixa de um banheiro.
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Tabela 3.1 - Lista de Peças
No DESCRIÇÃO Quantidade
4 Tê 90o soldável 25 mm 1
5 Tê 90o soldável 25 mm 1
7 Tê 90o soldável 25 mm 1
1
1
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13 Registro de gaveta ¾” 1
4 CONSUMO PREDIAL
Para fins de cálculo do consumo residencial diário, estimamos cada quarto social
ocupado por duas pessoas e cada quarto de serviço, por uma pessoa.
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Tabela 4.1 – Taxa de ocupação
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5 CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS
A
S h
4850 t (5.1)
t – tempo de esvaziamento ( 2 h)
EXEMPLO
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Zelador: 4 pessoas
A peças de utilização são projetadas para funciona mediante certa vazão, que não deverá
ser inferior ao demonstrado na tabela 6.1:
Tabela 6.1 - Pesos relativos e vazão nos pontos de utilização identificados em função do
aparelho sanitário e da peça de utilização
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6.1 Consumo máximo provável
𝑄 = 𝐶. √∑ 𝑃 (6.1)
Q = vazão em l/s
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Figura 6.1 – Instalações de Água Fria. Ábaco para o cálculo de canalizações
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EXEMPLO
Lavatório 0,3
Bidê 0,1
Banheira 1,0
Chuveiro 0,1
Soma 33,5
7 PRESSÃO DE SERVIÇO
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Tabela 7.1 – Pressões estáticas e dinâmicas máximas e mínimas nos pontos de utilização, em
metro de coluna d’água.
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Figura 8.1 – Instalação de válvulas redutoras de pressão em edifícios altos (mais de 12
pavimentos)
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Sistema B – quando podemoas zonear o prédio de tal modo que as colunas partam de
barriletes descendentes, com as pressões controladas de acordo com a altura do pavimento;
9 VELOCIADE MÁXIMA
As velocidades máximas nas tubulações não devem ultrapassar 3,0 m/s (de acordo
com a NBR 5626/1998)
10 SEPARAÇÃO ATMOSFÉRICA
A NBR-5626 exige que haja uma separação atmosférica, computada na vertical entre a
saída d’água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários,
caixas de descarga e reservatórios. Essa separação mínima deve ser de duas vezes o diâmetro
da peça de utilização, conforme figura 10.1. Nessa figura, vemos exemplos de possibilidade de
contaminação da água, pelo fenômeno da “retrossifonagem”, que pode se verificar no
abastecimento direto ou ascendente. Na parte superior da figura, vemos uma banheira
abastecida de baixo para cima; se houver uma queda de pressão no abastecimento no
momento em que o nível da banheira ultrapassar a torneira de abastecimento e a torneira
inferior estiver aberta, poderá haver retrossifonagem e a água usada sair por essa torneira.
Essa que de pressão pode ser ocasionada por um acidente como mostrado na parte inferior,
que resulta de uma pressão negativa em conseqüência do refluxo d’água.
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Figura 10.1- Separação atmosférica
A tabela 11.1 a seguir, indica os diâmetros mínimos de uso corrente para os sub-
ramais.
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Tabela 11.1 – Diâmetro dos sub-ramais mínimos
As colunas são dimensionadas trecho por trecho, e, para isso, será útil já dispomos dos
esquema vertical da instalação, com as peças que serão atendidas em cada coluna.
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12.2 Planilha
Os cálculos necessários devem ser feitos através de uma planilha (ver modelo na figura
12.1). Os seguintes dado e operações devem ser considerados na execução da planilha:
a) trecho: identificação do trecho de tubulação a ser dimensionado, apresentando à
esquerda o número ou letra correspondente à sua entrada e à direita o número ou letra
correspondente à sua saída (ver coluna1);
b) soma dos pesos: valor referente à somatória dos pesos relativos de todas as peças
de utilização alimentadas pelo trecho considerado (ver coluna 2);
c) vazão estimada, em litros por segundo: valor da vazão total demandada
simultaneamente, obtida pela equação 6.1 (ver coluna 3);
d) diâmetro, em milímetros: valor do diâmetro interno da tubulação, podendo ser
obtida através da tabela 12.1, extraída do livro do Hélio Creder (ver coluna 4);
e) velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da água no interior da
tubulação (ver coluna 5);
f) perda de carga unitária, em quilopascal por metro: valor da perda de carga por
unidade de comprimento da tubulação, obtida pelas equações 12.2 e 12.3, conforme o tipo de
tubo empregado (ver coluna 6);
g) diferença de cota (desce + ou sobe -), em metros: valor da distância vertical entre a
cota de entrada e a cota de saída do trecho considerado, sendo positiva se a diferença ocorrer
no sentido da descida e negativa se ocorrer no sentido da subida (ver coluna 7);
h) pressão disponível, em quilopascals: pressão disponível na saída do trecho
considerado, depois de considerada a diferença de cota positiva ou negativa (ver coluna 8);
i) comprimento real da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento efetivo
do trecho considerado (ver coluna 9);
j) comprimento equivalente da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento
real mais os comprimentos equivalentes das conexões, obtidas através das tabelas 12.2 e 12.3
(ver coluna 10);
k) perda de carga na tubulação, em quilopascals: valor calculado para perda de carga
na tubulação no trecho considerado (ver coluna 11);
l) perda de carga nos registros e outros componentes, em quilopascals: valor relativo
da perda de carga provocada por registros, válvulas e outras singularidades ocorrentes no
trecho considerado, obtida pela equação 12.1 recomendada pela NBR 5626/98.
m) perda de carga total, em quilopascals: soma das perdas de carga verificadas na
tubulação e nos registros e outros (ver coluna 13);
n) pressão disponível residual, em quilopascals: pressão residual, disponível na saída
do trecho considerado, depois de descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo
trecho (ver coluna 14);
o) pressão requerida no ponto de utilização, em quilopascals: valor da pressão mínima
necessária para alimentação da peça de utilização prevista para ser instalada na saída do
trecho considerado, quando for o caso (ver coluna 15).
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Figura 12.1 – Planilha de cálculo de Instalações Prediais de Água Fria
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Tabela 12.2 – Perdas de cargas localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de PVC rígido ou cobre.
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Tabela 12.3 – Perdas de cargas localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de aço-
carbono, galvanizado ou não.
12.3 Rotina
Apresenta-se na tabela 12.4 uma rotina que foi desenvolvida com base na planilha
apresentada na figura 12.1.
onde:
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Tabela 12.4 – Rotina para dimensionamento das tubulações
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12.4 Perda de Carga
onde:
Q=C P (12.3)
onde:
Q é em l/s
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P é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas
através do trecho considerado (ver Tabela 6.1, extraída da NBR 5626)
Quando se tem distribuição indireta a Norma admite que a alimentação seja feita
continuamente, durante 24 horas do dia e a vazão é dada pela expressão:
CD
Q
86.400
Onde:
Q é em l/s
CD é em l/dia
Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, tanto no caso de distribuição direta ou
indireta, o serviço de água deverá ser consultado para a fixação do diâmetro. Geralmente, na
prática, adota-se, para o ramal predial, uma velocidade igual a 0,6 m/s, de tal modo a resultar
um diâmetro que possa garantir o abastecimento do reservatório mesmo nas horas de maior
consumo.
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Exemplo:
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Pesos Compr. Equivalentes Perdas de Carga
Dif cota
Diâm Pressão
Vazão Juntas e +desce Pressão à
Trecho interno Veloc. Tubulação Disponível TOTAL
Acum. (l/s) Conexões Total (m) (KPa/m) -sobe jusante (Kpa)
(mm) (m/s) (m) (Kpa) (Kpa)
(m) (Pa)
RA 488,500 6,631 62,500 2,162 1,000 10,300 11,300 7,500 0,702 7,932 10,000 9,568
AB 325,000 5,408 50,000 2,756 2,000 7,600 9,600 9,568 1,418 13,616 0,000 -4,048
RA 488,500 6,631 75,000 1,502 1,000 10,900 11,900 7,500 0,295 3,514 10,000 13,986
AB 325,000 5,408 62,500 1,764 2,000 7,800 9,800 13,986 0,491 4,816 0,000 9,171
BC 163,500 3,836 50,000 1,955 4,000 3,400 7,400 9,171 0,778 5,754 0,000 3,417
BC 163,500 3,836 62,500 1,251 4,000 3,700 7,700 9,171 0,269 2,074 0,000 7,096
CD 163,500 3,836 50,000 1,955 1,000 7,600 8,600 7,096 0,778 6,687 10,000 10,410
DE 130,800 3,431 50,000 1,748 3,000 7,600 10,600 10,410 0,640 6,780 30,000 33,630
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II- INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
O abastecimento de água quente para uma habitação é hoje uma necessidade e passa
a constituir uma exigência do usuário. Ao mesmo tempo, o aumento do padrão de vida e as
modificações introduzidas nos costumes da sociedade passaram a exigir que esse
abastecimento seja feito de maneira rápida. Também as quantidades têm aumentado
principalmente em função do aumento de padrão de vida da população.
Qualquer que seja o tipo de instalação, o projetista deverá ter em mente que o sistema
deverá respeitar as exigências técnicas mínimas quanto à segurança, à economia e ao
conforto, segundo a NBR7198, da ABNT, quando utilizado como fonte de calor, eletricidade,
gás ou óleo.
- os de passagem ou instantâneos;
- os de acumulação;
2. DIMENSIONAMENTO
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Figura 2.1 – Instalações de Prediais de Água Fria e Água Quente
As tubulações de água fria, que alimentam misturadores, não podem estar conectadas
a colunas de distribuição e ramais que alimentam válvulas de descarga, devido à possibilidade
de uso simultâneo com outros aparelhos, provocando variação na quantidade de água fria,
trazendo desconfortos devido à variação de temperatura.
3. AQUECEDORES INSTANTÂNEOS
4. AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO
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Neste caso a água aquecida fica reservada e a medida que se utiliza a água quente tem
reposição automática de água dentro do reservatório. Quando a temperatura da água no
reservatório de acumulação cai de um certo valor, o dispositivo de aquecimento entra em
funcionamento, até atingir a temperatura desejada.
- Direto: Nesse caso a água a ser utilizada entra em contato direto com a fonte de
calor;
- Indireto: Neste caso a fonte de calor aquece um fluido intermediário (óleo, água, etc)
que por sua vez transfere calor para a água.
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Figura 4.1 – Esquema da Instalação Hidráulica do Aquecedor (CREDER, 2006)
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5. AQUECEDORES SOLARES
É fato conhecido que a radiação solar não é constante ao longo do dia e varia também
de acordo com as estações do ano. Portanto, para se obter o melhor rendimento, precisamos
orientar o coletor de modo a receber a maior incidência dos raios solares. Para os coletores
fixos, é fato comprovado experimentalmente que a inclinação que dá melhor incidência dos
raios solares durante todo o ano é, em relação à horizontal um ângulo resultante da soma da
latitude do lugar mais 5 ou 10º. O coletor deve ser voltado para o norte (no caso dos
habitantes do hemisfério sul).
Nas figuras 5.1 a 5.4 são mostrados detalhes e componentes de uma célula de coletor.
Na figura 5.6 é representado um esquema da instalação do coletor solar. Na figura 5.7 pode-se
observar um conjunto de coletores solares para uma edificação.
Figura 5.1 – Componentes de uma célula de coletor solar (Manual Técnico Soletrol)
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Figura 5.2 – Componentes de uma célula de coletor solar. (Manual Técnico Comgás)
O coletor solar plano é composto por diversos elementos responsáveis pelo melhor
aproveitamento possível da radiação solar, conforme detalhado a seguir:
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Figura 5.3 - Coletor solar. (Manual Técnico Soletrol)
44
Figura 5.5 – Esquema da instalação do coletor solar. Fonte: (GREEN, 2000, adaptado)
45
5.1. Posicionamento dos coletores
Figura 5.7 – Declinação magnética média por Estado. (Fonte: Manual Técnico Soletrol)
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Figura 5.8 – Diferentes situações para o posicionamento dos coletores solares (fonte: Manual
Técnico, Soletrol)
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uma inclinação que maximiza e uniformiza, mês a mês, a incidência da radiação solar durante
o período de um ano, conforme demonstrado na figura 5.9. (Manual Técnico Comgás)
Figura 5.10 – Latitudes de algumas cidades brasileiras e ângulo de inclinação ideal (Manual
Técnico Soletrol)
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5.3. Reservatórios Térmicos
Respiro (Suspiro)
Em reservatórios térmicos que trabalham com pressão menor que 10 mca (1 Kgf/cm²)
é obrigatório a instalação do respiro conforme indicado na figura 5.13.
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Figura 5.14 – Detalhe do suspiro (manual técnico soletrol)
A ligação deve ser feita com tubos e conexões de cobre. É importante a utilização de
luvas de união entre o reservatório térmico e a rede hidráulica. No aquecedor solar de alta
pressão é obrigatório o uso de válvula de segurança na alimentação de água fria e obrigatória a
colocação das seguintes válvulas na conexão de respiro (figura 5.15):
50
Figura 5.15 – Ligação hidráulica em reservatórios térmicos de alta pressão (manual técnico
soletrol)
Isolamento Térmico
51
5.5. Associações de coletores
Os coletores solares devem ser instalados, e interligados entre si, conforme orientação
do fabricante, devendo ser verificado o sentido do fluxo da água e a configuração do sistema.
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5.6. Reservatórios e Trocadores de Calor
Os reservatórios podem ser do tipo “sem trocador”, com trocador do tipo “serpentina
interna” e com trocador do tipo “camisa”. No reservatório sem trocador a água de consumo é
a mesma que passa pelo sistema de aquecimento, exceto quando utilizado trocadores
externos aos reservatórios. O reservatório com serpentina e o reservatório com camisa são
sistemas de troca de calor do tipo indireto, onde a água quente que circula pela serpentina, ou
pela camisa externa, troca calor por condução com a água destinada ao consumo. Esses
modelos são apresentados na figura 3.20.
Os trocadores de calor são equipamentos que promovem a troca de calor entre dois
fluídos sem que estes se misturem. Para isto existem diversos modelos, podendo ser do tipo
serpentina, placa, aletas etc. Na Figura 5.21 é apresentado um trocador de calor, do tipo placa.
53
Figura 5.21 – Detalhe de trocador de placa
5.8. Acessórios
5.8.1. Controles
54
Figura 5.22 – Sistema de controle com diferencial de temperatura
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preso dentro de um diafragma, que se expande ou contrai de acordo com a pressão no
sistema. A figura 5.24 apresenta um exemplo de vaso de expansão.
Figura 5.25 – Esquema sistema solar com aquecedores de passagem a gás natural
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O sistema solar é acionado sempre que a temperatura do coletor solar é superior à
temperatura da água fria do reservatório térmico, através de bombas de circulação que
promovem a movimentação dos fluídos entre trocador-coletor (primário) e trocador-
reservatório (secundário), transferindo assim o calor proveniente dos coletores para o
reservatório do sistema solar através de uma troca térmica em um trocador de calor. Esta
transferência de calor pode ser feita sem a utilização de trocadores de calor, sendo realizada
de forma direta com apenas uma bomba, porém impossibilita a utilização de outros tipos de
fluídos (permitindo maior durabilidade dos coletores e a incorporação de anti-congelante) no
circuito dos coletores solares.
Quando o usuário solicita água quente para consumo, ela sai da rede de distribuição
coletiva e entra no apartamento. Antes de ir para o ponto de consumo a água passa por uma
válvula de controle de temperatura que tem por finalidade direcionar seu fluxo: a) direciona a
água quente diretamente para o consumo (quando a temperatura estiver adequada), ou
direciona para o aquecedor de passagem complementar o aquecimento de água para as
condições de uso. É recomendável que sejam utilizados aquecedores de passagem com
controle de temperatura, de forma que, quando acionado o aquecedor, este forneça apenas a
energia necessária para atingir a temperatura requisitada para uso.
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Figura 5.26 - Esquema sistema solar distribuído com aquecedores de passagem a gás natural
58
Embora o reservatório térmico esteja localizado no interior da unidade habitacional,
ele pode não fornecer água quente diretamente para o consumo, uma vez que pode ser
necessário o acionamento do apoio a gás. Neste caso deve-se considerar as limitações
associadas ao uso do aquecedor de passagem, particularmente a limitação de vazão no
fornecimento da água quente.
Através desta configuração a água quente para consumo não provém do sistema de
aquecimento solar. Deste sistema será retirado somente o calor, dispensando assim a
necessidade de medidores individuais para água quente, pois a medição de consumo será feita
pelo consumo de água fria que alimenta o reservatório térmico. O consumo de gás é medido
individualmente, vinculado à utilização dos aquecedores de passagem instalados nas unidades
habitacionais.
Deve-se prever uma rede de recirculação que distribua a água quente proveniente do
sistema de aquecimento solar. Válvulas monitoram a temperatura de cada reservatório
transferindo calor do sistema solar sempre que necessário. Dessa forma a distribuição de calor
ocorre apenas nos instantes em que os reservatórios necessitam, evitando uma distribuição
desigual da energia.
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acumulação individuais localizados em cada unidade habitacional. A figura 5.27 ilustra esse
tipo de solução.
60
coletores para o trocador de calor e depois para a rede de distribuição coletiva de água quente
(secundário). Esta transferência de calor pode ser feita sem a utilização de trocadores de calor,
fazendo-a de forma direta com apenas uma bomba. Neste caso observam-se cuidados
adicionais com a utilização de aditivos na água para uma maior durabilidade dos coletores e a
incorporação de anti-congelante no circuito dos coletores solares.
Desta forma é possível manter um volume de água quente armazenado garantido pelo
sistema solar e pelo sistema a gás, o que possibilita o consumo de água quente sem restrições
de vazão e demanda. É importante que o reservatório esteja adequadamente dimensionado
em função da demanda.
61
Figura 5.28 – Esquema sistema solar com sistemas conjugados individuais
62
realizada por bombas de circulação acionadas em função da diferença de temperatura entre os
reservatórios e a rede de distribuição de água quente.
Dessa forma é possível manter um volume de água quente armazenado garantido pelo
sistema solar e pelo sistema a gás, permitindo um consumo de água quente sem restrições
específicas de vazão e demanda. Observa-se que o reservatório deva estar adequadamente
dimensionado e em função da demanda.
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de água quente a gás). A figura 5.29 ilustra um sistema de aquecimento solar com apoio de
sistema de aquecimento central a gás natural.
O sistema solar é acionado sempre que a temperatura do coletor solar for superior à
temperatura da água fria do reservatório térmico do sistema solar, acionando as bombas de
circulação do trocador-coletor (primário) e do trocador-reservatório (secundário), transferindo
assim o calor proveniente dos coletores para o trocador de calor e depois para o reservatório
do sistema solar. Esta transferência de calor pode ser feita sem a utilização de trocadores de
calor, de forma direta com utilização de uma bomba de circulação, porém impossibilita a
utilização de aditivos na água (como anti-congelante) que possibilitam maior durabilidade dos
coletores solares.
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mais seja direcionado para o reservatório do sistema a gás, aumentando a temperatura média
deste reservatório de forma mais rápida, evitando a entrada em operação dos aquecedores;
porém, no caso de temperatura da água abaixo da temperatura média do reservatório do
sistema a gás, a água é direcionada para o reservatório do sistema solar, evitando o
resfriamento do sistema coletivo a gás.
Seja pelo consumo de água quente pelas unidades habitacionais, ou pelo acionamento
da bomba de circulação da rede de distribuição de água quente (com o objetivo de manter a
temperatura mínima da água na rede de distribuição coletiva), a água sai do ponto mais alto
do reservatório do sistema a gás (região na qual a água está com maior temperatura) fazendo
com que a água mais quente do reservatório solar entre no ponto mais baixo do reservatório
do sistema a gás.
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Figura 5.30 – Esquema sistema solar com central de passagem coletivo
O sistema solar é acionado sempre que a temperatura do coletor solar for superior à
temperatura da água fria do reservatório térmico do sistema solar, acionando as bombas de
circulação do trocador-coletor (primário) e do trocador-reservatório (secundário), transferindo
o calor proveniente dos coletores para o reservatório térmico do sistema solar. Esta
transferência de calor pode ser feita sem a utilização de trocadores de calor, de forma direta
com utilização de uma bomba, porém impossibilita a utilização de aditivos na água que
possibilitem maior durabilidade dos coletores solares.
A água quente sai do ponto mais alto do reservatório do sistema solar (onde a água
possui temperatura mais elevada), e passa pelos aquecedores de passagem, para atendimento
direto do consumo de água quente pelas unidades habitacionais, ou para atendimento da
circulação da rede de distribuição de água quente (com o objetivo de manter a temperatura
mínima da água na rede de distribuição coletiva).
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no acionamento de cada aquecedor deverá ser previsto um sistemas de controle, que além de
determinar a quantidade exata de aquecedores a serem acionados, organizará o acionamento
em forma de rodízio evitando o desgaste desproporcional dos aparelhos a gás.
𝑄
𝑆 = 𝐼.𝜂 (3.1)
Onde:
S = área em m2
O consumo de água quente pode ser estimado de acordo com a tabela 4.1
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Estimativa de consumo de água quente
Prédio Consumo l/dia
Alojamento provisório de obra 24 por pessoa
Casa popular ou rural 36 por pessoa
Residência 45 por pessoa
Apartamento 60 por pessoa
Quartel 45 por pessoa
Escola (internato) 45 por pessoa
Hotel (sem incluir cozinha e 36 por hóspede
lavanderia)
Hospital 125 por leito
Restaurantes e similares 12 por refeição
Lavanderia 15 por kg de roupa seca
Exemplo: Supondo uma residência unifamiliar de 5 pessoas, desejamos calcular qual a área do
coletor necessária. Pela NBR-7198, o consumo diário por pessoa é de 45 litros.
8. MODELOS DE ISOMÉTRICOS
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71
72
9. Orientações Gerais para a elaboração do projeto
73
III- INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. PRINCIPAIS DEFINIÇÕES:
caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando
que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.
coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores
prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento.
coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares
e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a
barrilete de ventilação.
74
desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no
sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso
os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.
ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.
ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga
diretamente ou a partir de um desconector.
tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga.
3. DISPOSIÇÕES GERAIS
75
a) evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, tanto
no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos
ambientes receptores;
b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando
a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações;
c) impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário
atinjam áreas de utilização;
d) impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
e) permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
f) impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
g) permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a
sua remoção para eventuais manutenções.
Deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos, forros
falsos, etc. de ambientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem ser
adotadas medidas no sentido de atenuar a transmissão de ruído para os referidos ambientes.
As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com
ângulo central igual ou inferior a 45°.
76
Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam efluentes
de aparelhos sanitários tais como pias, tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde
são utilizados detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser adotadas
soluções no sentido de evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, tais como:
a) não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de
ocorrência de sobrepressão, conforme detalhado em abaixo;
b) efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos que atenuem a
sobrepressão, ou seja, curva de 90° de raio longo ou duas curvas de 45°; ou
c) instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma.
77
Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de
lavar louças, providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de
gordura coletiva
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas
condições de ventilação. As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e posterior
remoção da gordura, através das seguintes características:
78
d) vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de
lavagem de pisos ou de águas pluviais, etc.
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser
instaladas a menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas.
A partir da caixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa
de inspeção (ou poço de visita), ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou
diretamente ao mesmo, ou ao sistema de tratamento de esgoto.
79
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de
ventilação, salvo se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje
utilizada para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no
mínimo igual a 0,30 m;
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes
que possam danificá-la;
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a
entrada das águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.
80
Figura 3.4 – Prolongamento do tubo de queda ou da coluna de ventilação para cima da
cobertura
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que
possível, instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de direção
devem ser feitas mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um aclive
mínimo de 1% (ver figura 3.5)
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo
que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por
gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem.
81
Figura 3.5 – Desvio de tubo de queda
82
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação
ou do sistema de esgoto sanitário devem ser feitas com conexões apropriadas, como a seguir:
a) quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de
junção a 45°; ou
b) quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da
tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais,
acima do nível de transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários
por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que
segue:
1) a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45° com a
derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de
esgoto, conforme indicado na figura 3.5;
2) quando não houver espaço vertical para a solução apresentada acima, podem ser
adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao
respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de 2%;
3) a distancia entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a
conexão de mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta
possível;
4) a distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação
deve ser igual a no mínimo duas vezes o diâmetro do ramal de descarga.
Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada
diretamente ao tubo de queda (para a distância máxima, ver tabela 3.1), o tubo de queda deve
ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária (ver figura 3.6).
Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas por um tubo ventilador
de circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a
penúltima bacias sanitárias, conforme indicado na figura 3.8.
Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo oito
bacias sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda.
Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias sanitárias e houver aparelhos
em andares superiores descarregando no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo
ventilador suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região
entre o tubo de queda e a primeira bacia sanitária.
83
Figura 3.5 – Ligação de ramal de ventilação
84
Figura 3.7 – Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária
85
3.5. Documentação básica de projeto
1) planta baixa da cobertura, andar(es) tipo, térreo, subsolo(s), com a indicação dos
tubos de queda, ramais e desvios, colunas de ventilação (no caso de sistema com
ventilação secundária), dispositivos em geral;
2) planta baixa do pavimento inferior, com traçados e localização dos subcoletores,
coletor predial, dispositivos de inspeção, local de lançamento do esgoto sanitário e
suas respectivas cotas;
3) esquema vertical (ou fluxograma geral) apresentado em separado ou em conjunto
com o sistema predial de águas pluviais, sem escala, indicando os componentes do
sistema e suas interligações;
4) plantas, em escala conveniente, dos ambientes sanitários, com a indicação do
encaminhamento das tubulações;
5) detalhes (cortes, perspectivas, etc.) que se fizerem necessários para melhor
compreensão do sistema;
c) quantificação e orçamento.
4. DIMENSIONAMENTO
4.1. Desconectores
86
O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na
tabela 4.
87
Tabela 4.1 – Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal
mínimo dos ramais de descarga
Tabela 4.2 – Unidades de Hunter de Contribuição para aparelhos não relacionados na tabela 4
88
Tabela 4.3 – Dimensionamento de ramais de esgoto
Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme
valores indicados na tabela 4.4.
Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser
dimensionados da seguinte forma:
a) quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de queda
é dimensionado com os valores indicados na tabela 4.4;
b) quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, deve-se dimensionar:
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC
conforme os valores da tabela 4.5. O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN
100.
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais,
deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória
do número de unidades de Hunter de contribuição.
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o
cálculo do número de UHC.
89
Tabela 4.4 – Dimensionamento de tubos de queda
90
Tabela 4.6 – Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação
91
Tabela 4.7 – Dimensionamento de ramais de ventilação
5. DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES
a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena ou a
caixa de gordura simples;
b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa
de gordura dupla;
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla;
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas,
hospitais, quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra
vertedoura, separadas por um septo não removível.
92
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no
turno em que existe maior afluxo;
V é o volume, em litros;
3) altura molhada: 0,60 m;
4) parte submersa do septo: 0,40 m;
5) diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.
a) quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base
poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15
m;
b) ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
c) ter altura mínima igual a 0,10 m;
d) ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de
esgoto, sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50.
93
a) profundidade maior que 1,00 m;
b) forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m,
ou cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
c) degraus que permitam o acesso ao seu interior;
d) tampa removível que garanta perfeita vedação;
e) fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de
sedimentos;
f) duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte
inferior formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte
superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno mínimo
de 0,60 m.
6. SIMBOLOGIA
94
95
IV- TANQUES SÉPTICOS
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Em áreas não favorecidas por rede de esgotos públicos, torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias. Os
despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças como tifo,
disenterias, etc.
Decantação: Processo em que, por gravidade, um líquido se separa dos sólidos que
continha em suspensão.
Escuma: Matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em
tratamento.
96
Filtro anaeróbio: Unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante afogamento
do meio biológico filtrante.
Profundidade útil: Medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível da base
do tanque.
97
Vala de filtração: Sistema de tratamento biológico do efluente do tanque séptico, que
consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuição, caixas de inspeção, tubulações
perfuradas superiores, para distribuir o efluente sobre leito biológico filtrante, e tubulações
perfuradas inferiores, para coletar o filtrado e encaminhá-lo à disposição final.
As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas,
tendo emprego já muito difundido. Destinam-se a separar e transformar a matéria sólida
contida nas águas de esgoto e descarregar no terreno.
98
Figura 1.1 – Funcionamento geral de um tanque séptico
a) águas pluviais;
99
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos
elementos considerados.
3. DIMENSIONAMENTO
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
Onde:
100
Tabela 3.1 – Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de
ocupante
Tabela 3.2 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária
101
Tabela 3.3 – Taxa de acumulação total de lodo (k), em dias, por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio
102
Tabela 3.4 – Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil
103
b) distância vertical mínima da extremidade inferior da abertura à soleira do tanque:
metade da altura útil para tanques dimensionados para limpeza a intervalos de até três anos, e
dois terços da altura útil para tanques dimensionados para limpeza a intervalos superiores a
três anos;
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais que
permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução dos
dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e medidas devem ser observadas:
a) todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual ou
superior a 0,60 m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do esgoto no tanque;
c) a menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual ou
superior a 0,20 m;
104
e) os tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas devem ter pelo menos
uma abertura por câmara;
105
Figura 3.1 – Detalhes e dimensões de um tanque séptico de câmara única
106
Figura 3.2 – Dimensões dos Tanques Sépticos
107
Figura 3.3 – Tanques com múltiplas abertura e disposição das aberturas
108
Figura 3.4 – Junção da laje de fundo com as paredes laterais
109
V- SUMIDOUROS
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Sumidouros são poços escavados no chão e não impermeabilizado, sem laje de fundo e
que orienta a infiltração de água residuária no solo. Podem ser prismáticos ou cilíndricos com e
sem enchimento, conforme a figura 1.1.
As lajes de cobertura dos sumidouros devem ficar ao nível do terreno, ser de concreto
armado e dotadas de abertura de inspeção com tampão de fechamento hermético, cuja
menor dimensão seja de 0,60m.
Os sumidouros são indicados para locais em que o nível do lençol freático não é muito
próximo da superfície. O fundo deve estar distante no mínimo 1,5m do nível do lençol freático.
Caso não seja possível utilizar sumidouro, devem-se ser utilizadas valas de infiltração.
110
Figura 1.1 – Sumidouro cilíndrico
111
Figura 1.2 – Vala de infiltração
112
2. DIMENSIONAMENTO
2.1 Sumidouros
A = V/Ci
Onde:
113
1) Escolher três pontos do terreno próximo ao local onde será lançado o efluente; em
cada ponto, escavar um cova quadrada de 0,30m de lado e 0,30m de profundidade.
2) No caso de sumidouro, os pontos são em diferentes profundidades; pode-se usar um
pré-dimensionamento, conforme dados da tabela 2.1
3) No caso de valas de infiltração a seção do fundo, as covas devem estar a uma
profundidade de 0,60m a 1,0m do nível do terreno.
4) Raspar o fundo e os lados da cova e colocar uma camada de 5 cm de brita nº 1
5) No primeiro dia de ensaio, manter as covas cheias de água durante 4 horas
6) No dia seguinte, encher as covas com água e aguardar que se infiltrem totalmente
7) Encher novamente as covas até uma altura de 0,15m e cronometrar o tempo de
rebaixamento de 0,15 para 0,14m
8) Quando esse rebaixamento se der em menos de 3 minutos, refazer o ensaio cinco
vezes, adotando a quinta medição.
9) Com os tempos acima obtidos, obter os coeficientes de infiltração do solo em l/m 2 por
dia, na curva da figura 2.1
10) Adotar o menor dos coeficientes determinados nos ensaios.
114
Exemplo:
115
VI- ÁGUAS PLUVIAIS
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
É fato conhecido que a água da chuva é um dos elementos mais danosos para a
durabilidade e boa aparência das construções, cabendo ao instalador projetar o escoamento
das mesmas, de modo a se realizar pelo mais curto trajeto e no menor tempo possível.
O sistema de esgotamento das águas pluviais deve ser completamente separado dos
esgotos sanitários.
2. TERMINOLOGIA
Altura pluviométrica: é o volume de água precipitada (em mm) por unidade de área, ou é a
altura de água de chuva que se acumula, após um certo tempo, sobre uma superfície
horizontal impermeável e confinada lateralmente, desconsiderando a evaporação.
Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação,
uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez.
Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as
águas para determinado ponto da instalação.
Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de
destino.
116
Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinada a recolher e conduzir águas
pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais.
Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas, terraços
e similares e conduzí-las até a parte inferior do edifício.
Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junta as paredes e ao fundo do condutor
ou calha.
Área molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.
3. FATORES METEOROLÓGICOS
A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a
partir da fixação de valores adequados para a Duração de precipitação e o período de retorno.
Tomam-se como base dados pluviométricos locais.
O período de retorno deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada,
obedecendo ao estabelecido a seguir:
Para construção até 100m2 de área de projeção horizontal, salvo casos especiais,
pode-se adotar:
I = 150mm/h.
117
Tabela 3.1 – Chuvas intensas no Brasil (Duração – 5 min)
118
4. ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO
O vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva
interceptada pelas superfícies consideradas. A área de contribuição deve ser tomada na
horizontal e receber um incremento devido à inclinação da chuva. Conforme demonstrado na
figura 4.1
5. VAZÃO DE PROJETO
Q = (I.A)/60
Onde:
A = área de contribuição, em m2
119
Figura 4.1 – Indicações para cálculos da área de contribuição
120
6. COBERTURAS HORIZONTAIS DE LAJE
As superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, de modo que
garanta o escoamento das águas pluviais, até os pontos de drenagem previstos.
7. CALHAS
A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de
0,5%.
Onde:
121
S = área molhada (m²);
n = coeficiente de rugosidade;
122
Tabela 7.2 – Capacidades de calhas semicirculares com coeficientes de rugosidade n=0,011
(vazão em L/min)
8. CONDUTORES VERTICAIS
O dimensionamento dos condutores verticais deve ser feito a partir dos seguintes
dados:
O diâmetro interno (D) do condutor vertical é obtido através dos ábacos da Figura 8.1.
Para calhas com saída em aresta viva ou com funil de saída, deve-se utilizar,
respectivamente, o ábaco (a) ou (b)
- H incógnita: D (mm)
123
existentes. Transportar a interseção mais alta até o eixo D. Adotar o diâmetro nominal cujo
diâmetro interno seja superior ou igual ao valor encontrado.
124
9. CONDUTORES HORIZONTAIS
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para
escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo.
As vazões para tubos de vários materiais e inclinações usuais estão indicadas na Tabela
9.1.
Nas tubulações enterradas, devem ser previstas caixas de areia sempre que houver
conexões com outra tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada
trecho de 20m nos percursos retilíneos.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio
longo, com inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou enterrado.
125
10. Caixa de areia
Devem ser previstas inspeções nas tubulações aparentes nos seguintes casos:
Devem ser previstas caixas de areia nas tubulações nos seguintes casos:
126
Exemplo. Dimensionar a calha e os condutores horizontais e verticais da edificação abaixo:
127