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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

ADSON DE SOUSA GARCIA - 201733640039


ARTHUR COSTA LOBATO - 201733640033
BARBARA CRISTINA SOARES SILVA - 201733640006
ELIZETE MORAES GOMES - 201733640004
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA JUNIOR - 201733640046
LUIS FARUK ENTRINGER DE CAMARGO - 201733640036
PAULO HENRIQUE MACIEL ARRAES ALBUQUERQUE - 201733640008

MEMORIAL DESCRITIVO DE SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA E ESGOTO


SANITÁRIO.

TUCURUÍ-PA
2022
ADSON DE SOUSA GARCIA - 201733640039
ARTHUR COSTA LOBATO - 201733640033
BARBARA CRISTINA SOARES SILVA - 201733640006
ELIZETE MORAES GOMES - 201733640004
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA JUNIOR - 201733640046
LUIS FARUK ENTRINGER DE CAMARGO - 201733640036
PAULO HENRIQUE MACIEL ARRAES ALBUQUERQUE - 201733640008

MEMORIAL DESCRITIVO DE SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA E ESGOTO


SANITÁRIO.

Trabalho escrito referente ao


dimensionamento de um Sistema predial de
água fria e esgoto sanitário, como requisito para
obtenção de nota na disciplina de sistemas
prediais Hidrossanitários, ministrada pela Profº
MSc.: Raisa Neves.

TUCURUÍ-PA
2022
SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 4


2 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMA PREDIAL HIDROSANITÁRIO ........................... 4
2.1 DIMENSIONAMENTO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA FRIA ................................... 4
2.1.1 Consumo diário ............................................................................................................... 4
2.1.2 Estação de bombeamento ................................................................................................ 7
2.1.3 Ramais e sub ramais ........................................................................................................ 8
2.1.4 Coluna ........................................................................................................................... 12
Perda de carga unitária: ..................................................................................................................... 13
Perda de carga total: ........................................................................................................................... 13
2.1.5 Barrilete ........................................................................................................................... 1
2.1.6 Pressões disponíveis no trecho ........................................................................................ 1
2.2 DIMENSIONAMENTO DO ESGOTO SANITÁRIO ........................................................... 1
2.2.1 Banheiro .......................................................................................................................... 2
2.2.2 Cozinha ........................................................................................................................... 5
2.2.3 Área de serviço ................................................................................................................ 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 11
1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

As instalações prediais são subsistemas que devem ser integrados ao sistema construtivo
proposto pela arquitetura, de forma harmônica, racional e tecnicamente correta. O sistema de
abastecimento é responsável por levar água potável até a fonte consumidora, sendo que,
dependendo da finalidade, essa água pode ser fria ou quente.
Para a execução deste projeto foi adotado a alimentação a partir da rede pública de
abastecimento. Em que o abastecimento ocorreu de forma indireto com bombeamento, no qual
o sistema é composto de reservatório inferior, CMB (Conjunto Motor Bomba) e reservatório
superior.
As diretrizes propostas pelo cliente, trata-se de um prédio residencial de 4 pavimentos
tipo, sendo que, os pavimentos são compostos por apartamentos, sendo quatro apartamentos
por andar, totalizando 16 apartamentos.

2 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMA PREDIAL HIDROSANITÁRIO

Fazem parte do Sistema Predial Hidrossanitário os seguintes itens: Sistema de


abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário e sistema de esgotamento pluvial. No
entanto, o projeto apresentado concentrou-se no dimensionamento do sistema de abastecimento
de água fria e esgoto sanitário.

2.1 DIMENSIONAMENTO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA FRIA

O dimensionamento de água fria é normatizado pela ABNT NBR 5626:2020, que foi a
referência principal para dimensionamento apresentado a seguir. O primeiro dado calculado foi
o de consumo diário dos apartamentos.

2.1.1 Consumo diário

Para calcular o consumo diário de água dentro de uma edificação, é necessária uma boa
coleta de informações: pressão e vazão nos pontos de utilização; quantidade e frequência de
utilização dos aparelhos; população; condições socioeconômicas; clima, entre outros. A tabela
1 apresenta a taxa de ocupação por natureza de local, que será um valor muito útil para
determinar o cálculo final de consumo. No projeto foi utilizado a taxa de residências e
apartamentos, considerando duas pessoas por dormitório e uma pessoa no quarto da empregada.
Tabela 1 - Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local.

Fonte: Carvalho (2013)

O consumo de água pode variar muito dependendo da disponibilidade de acesso ao


abastecimento e de aspectos culturais da população, entre outros. Logo, comparando as
características do projeto com a tabela 02, obtêm-se o consumo per capita de 200 litros/hab.dia.

Tabela 2- Consumo predial diário

Fonte: Carvalho (2013)

Para calcular o consumo diário utiliza-se a seguinte fórmula,

𝐶𝑑 = 𝑃 ∗ 𝑞
Onde:

𝐶𝑑 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 (𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎);


𝑃 = 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑟á 𝑎 𝑒𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜;
𝑞 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 (𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎).

Sendo assim, para aferir o consumo diário para projeto, considerou-se dois quartos sociais
e um de empregada, sendo duas pessoas por quarto social e uma no da empregada, logo, o total
de pessoas para um apartamento é de 5 habitantes. Todavia, como são quatro
apartamentos/pavimento a população total é de 80 habitantes.
Prosseguindo, observou-se que para a edificação deste projeto o consumo diário por
pessoa a ser considerado deve ser de 200 litros/dia, portanto:

𝐶𝑑 = 5 ∗ 200 ∴ 𝐶𝑑 = 16000𝐿/𝑑𝑖𝑎.

Levando em conta as recomendações presente nos itens 6.5.6.1 e 6.5.6.2 na NBR


5626:2020, temos que a reserva prevista para a edificação será de dois dias, enquanto, a reserva
de Combate a Incêndio será de 20% do consumo diário, além disso, a NBR também recomenda
que o volume armazenado em reservatórios superior e inferior a uma taxa de 40% e 60% do
volume total, respectivamente.

6.5.6.1. Na definição da capacidade total de reservação


de água potável deve ser considerada a frequência e
duração de eventuais interrupções do abastecimento.
6.5.6.2 O volume total de água reservado deve atender no
mínimo 24h de consumo normal no edifício e deve
considerar eventual volume adicional de água para
combate a incêndio quando este estiver armazenado
conjuntamente.
(NBR 5626, 2020)
Por tanto, para reserva de dois dias temos:

𝐶2𝑑 = 16000 ∗ 2 ∴ 𝐶2𝑑 = 32.000 𝐿


Já para reserva técnica de incêndio,
𝑅𝑇𝐼 = 𝐶𝐷 ∗ 0,2 = 16000 ∗ 0,2 = 3.200 𝐿

Para determinar a capacidade dos reservatórios, obedecendo a recomendação da norma,


efetuou-se o seguinte cálculo.

● Reservatório Superior.

No reservatório superior, foram adotadas 8 caixas d'água de 200L cada.

𝑅𝑠 = 𝐶2𝑑 ∗ 0,4 + 𝑅𝑇𝐼 ∴ 𝑅𝑠 = 32000 ∗ 0,4 + 3200 ∴ 𝑅𝑠 = 16000 𝐿

● Reservatório Inferior.

𝑅𝑠 = 𝐶2𝑑 ∗ 0,6 ∴ 𝑅𝑠 = 32000 ∗ 0,6 + 3200 ∴ 𝑅𝑠 = 19200 𝐿

a) Área do reservatório

O tipo de reservatório escolhido para este dimensionamento foi o de concreto. Adotando


L = 3,1 m temos.

L=2*C ∴ L = 6,2 ∴ 𝐴𝑟𝑖 = 19,22 m²

b) Altura do reservatório

𝐻𝑟𝑖𝑠 = 𝑉𝑟𝑖/ 𝐴𝑟𝑖 = 19,20/ 19,22 ≃ 1 𝑚

2.1.2 Estação de bombeamento

Nessa etapa foi realizado o dimensionamento da estação de bombeamento, mas primeiramente


é preciso saber sobre as definições das vazões de bombeamento, diâmetro de recalque, as perdas de
carga, a altura manométrica e por fim selecionar o conjunto motor- bomba.

a) Vazão de bombeamento
𝑉𝑑 = 16.000 𝐿/𝑑𝑖𝑎
𝑉𝑑 16000
𝑄𝑚𝑖𝑛 = 3 ∗ 1,5 ∴ = 3 ∗ 1,5 ∴
𝑄𝑚í𝑛 = 3.555,55 𝐿/ℎ ∴ 𝑄𝑚í𝑛 = 3,55 𝑚³/ℎ

b) Diâmetro de recalque

O diâmetro de recalque pode ser definido a partir da fórmula de Forschheimmer.

𝑋 = 6/ 24 = 0,25

𝐷𝑟 = 1,3 ∗ √𝑄 ∗ ∜𝑋 ∴ 𝐷𝑟 = 1,3 ∗ √3,55 ∗ ∜0,25

Ou

𝐷𝑟 = 50 𝑚𝑚 𝐷𝑠 = 60𝑚𝑚

2.1.3 Ramais e sub ramais

Esta etapa do projeto consiste no dimensionamento dos sub-ramais e ramais,


primeiramente será executado o dimensionamento do Banheiro, ele pode ser efetuado a partir
do consumo simultâneo possível (também chamado de consumo máximo provável), esse tipo
de consumo é o mais comum nas instalações prediais uma vez que conduz sessões de tubulações
menores tornando mais econômico, pois não ocorre a probabilidade de serem utilizados
simultaneamente.

O método utilizado foi o que atende ao critério do consumo simultâneo possível,


previsto pela NBR 5626, que é o método da soma dos pesos, ele se baseia em um estudo de
probabilidade do uso simultâneo dos aparelhos.

2.1.3.1 Dimensionamento do banheiro e da cozinha

a) Determinação dos trechos


Sempre que houver uma mudança de vazão ou do diâmetro da tubulação um novo trecho
deve ser criado. É possível entender melhor na figura 1.
Figura 1: Detalhe isométrico trecho D-E localizado no banheiro do 1° Pavimento

Fonte: Autores (2022)

b) Soma do peso dos trechos

Foi feito a soma dos valores dos pesos de cada peça, os pesos unitários são valores
tabelados que auxiliam a dimensionar alguns itens como a vazão e o diâmetro do tubo. Já que
os pesos são acumulativos é necessário fazê-lo, o ideal é começar pelo último trecho e seguir
até o início. Para o peso unitário de cada aparelho utilizou-se os dados da tabela 4
Tabela 4- Pesos relativos nos pontos de utilização, identificados em função do aparelho

Fonte: Carvalho (2013)

Sendo que, a quarta coluna apresenta os valores dos pesos correspondentes para cada
peça, o que será imprescindível para a utilização do Método de Hunter. Logo, com base nas
diretrizes dos projetos, apresentamos na tabela 5 os pesos relativos usados no dimensionamento
de apenas um apartamento.

Tabela 5 - Pesos relativos para as peças de utilização do projeto.

DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS


Banheiro
Trecho Peso Unitário Peso Acumulado Diâmetro Nominal (mm)
Trecho Chuveiro 0,4 0,4 20
Trecho Lavatório 0,3 0,7 20
Trecho Bacia Sanitária 0,3 1 20
COLUNA 25
Fonte: Autores (2022)

O diâmetro nominal é calculado através do uso do ábaco. O ábaco é uma tabela que relaciona
a soma dos pesos de cada trecho e o diâmetro mínimo a ser utilizado. No ábaco os números em
destaque são o resultado da soma dos pesos, ao lado estão os diâmetros mínimos a serem adotados
em milímetros. Cada faixa de valores da soma dos pesos corresponde à adoção de um diâmetro
específico da tubulação. Um exemplo prático é que se a soma dos pesos resultar no valor de 4, então
o diâmetro mínimo é o de 25 mm.
Figura 2: Ábaco das vazões e diâmetros em função dos pesos.

Para o dimensionamento dos ramais da cozinha fez-se os mesmos passos realizados no


dimensionamento dos ramais do banheiro. O que podemos notar que difere um do outro são
apenas os trechos da cozinha, como se pode ver na figura 3.

Figura 3: Detalhe isométrico trecho localizado na cozinha do 1° Pavimento

Fonte: Autores (2022)

Assim, a tabela 6 dos sub-ramais da cozinha se encontra da seguinte forma.


Tabela 6 – Cozinha.
DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS
Cozinha - Área de Serviço
Trecho Peso Unitário Peso Acumulado Diâmetro Nominal (mm)
Trecho Pia Cozinha 0,7 0,7 20
Trecho Área de 0,7 1,4 20
Serviço (Tanque)
Máquina de lavar 0,7 2,1 25
COLUNA 25
Fonte: Autores (2022)

2.1.4 Coluna

Foi feito cálculo tanto para a coluna AF1 quanto para AF2, pois elas correspondem às
colunas que irão alimentar o banheiro e a cozinha. Optou-se por fazer o cálculo apenas das duas
colunas devido as outras colunas serem iguais às colunas AF-1 e AF-2.
a) Determinação dos trechos
Caso haja mudança de vazão ou do diâmetro da tubulação deve ser adotado um novo
trecho conforme os aparelhos utilizados.
b) Soma dos trechos em cada trecho
Nessa etapa é necessário somar os valores dos pesos de cada peça, que por sua vez são
valores tabelados e que auxiliam a dimensionar alguns itens como a vazão e o diâmetro do tubo.
Além disso, os pesos são acumulativos, então deve começar pelo último trecho e seguir até o
início.
c) Estimativa das vazões
A vazão é determinada por fórmula, basta saber a soma dos pesos acumulados dos aparelhos
no trecho.

𝑄 = 0,3 ∗ √ΣP

Q → Vazão (L/s)
P → Peso dos aparelhos

d) Determinação dos diâmetros


O diâmetro mínimo é calculado através do uso do ábaco da figura 1 que relaciona a soma
dos pesos de cada trecho e o diâmetro mínimo a ser utilizado. No ábaco os números em destaque
são o resultado da soma dos pesos, ao lado estão os diâmetros mínimos a serem adotados em
milímetros. Portanto, cada faixa de valores da soma dos pesos corresponde a adoção de um
diâmetro específico da tubulação.

e) Velocidade nos trechos


A velocidade de escoamento em cada trecho deve obedecer a duas inequações, que são:
𝑉 ≤ 14 √𝐷 𝑒 𝑉 ≤ 3 𝑚/𝑠
No caso de a velocidade não atender a nenhuma das duas inequações, escolher uma
tubulação com maior diâmetro (A velocidade d’água é inversamente proporcional ao diâmetro
da tubulação).
f) Determinação da perda de carga
Nessa etapa será calculada a perda de carga unitária e a perda de carga total.

Perda de carga unitária:

A perda de carga unitária representa a perda de pressão a cada metro da tubulação. Ela
pode ser calculada usando a seguinte equação:
𝐽 = 8,69 ∗ 106 ∗ 𝑄1,75 ∗ 𝐷−4,75

J – Perda de carga unitária (Kpa/m) Q – Vazão (l/s)


D – Diâmetro (mm)

Perda de carga total:

A perda de carga total refere-se a soma das perdas de cargas e é representada pela seguinte
equação:

𝐴𝐻 = 𝐽 ∗ (𝐿𝑟 + 𝐿𝑎)
Onde:
ΔH → perda de carga total (Kpa);
Lr → comprimento real das tubulações (m);
La → comprimento equivalente dos acessórios (m).

O comprimento equivalente (La) são valores dados a conexões das tubulações para
auxiliar e facilitar no momento do cálculo, a ideia básica é que cada conexão proporciona uma
perda de carga igual a um comprimento de tubulação.
Esses comprimentos são dados por tabela e de forma simplificada são valores em metros
correspondentes a cada tipo de conexão. Para ter o valor do comprimento equivalente
das conexões de cada trecho basta somar os valores correspondentes a cada conexão de
acordo com o diâmetro usado no trecho. A figura 3 foi retirada da NBR 5626 e relaciona esses
valores.

Figura 4 - Comprimentos equivalentes em metros de canalização de PVC rígido.

Fonte: Botelho e Ribeiro Jr, 2010.

g) Determinação as pressões a Jusante


Os sub-ramais, seja na casa simples ou no prédio, sempre são calculados da mesma
maneira, a partir da tabela de diâmetros mínimos. São dimensionados para atendimento da
vazão mínima requerida pelo ponto de utilização.
Os sub-ramais, seja na casa simples ou no prédio, sempre são calculados da mesma
maneira, a partir da tabela de diâmetros mínimos. São dimensionados para atendimento da
vazão mínima requerida pelo ponto de utilização.
Os sub-ramais, seja na casa simples ou no prédio, sempre são calculados da mesma
maneira, a partir da tabela de diâmetros mínimos. São dimensionados para atendimento da
vazão mínima requerida pelo ponto de utilização.
Com essas informações, foi possível montar as tabelas 6 e 7.

DIMENSIONAMENTO COLUNA DE ÁGUA FRIA - BANHEIRO


Diferença da Pressão a
Pesos Comprimentos Pressão Perda de Carga
Vazão Diâmetro Velocidade cota jusante
Coluna Pavimento Trecho disponível
(L/s) (mm) (m/s) Real Equivalente Total (Desce+/sobe- Unitária Total
Unitários Acumulado (m.c.a) m.c.a kPa
(m) (m) (m) ) (m.c.a/m) (m)
4 A-B 1 4 0,60 32 0,75 2,86 1,2 4,06 2,86 1,3 0,0252 0,102 4,1 40,6
3 B-C 1 3 0,52 32 0,65 2,75 0,8 3,55 2,75 4,1 0,0196 0,070 6,7 67,4
AF1
2 C-D 1 2 0,42 32 0,53 2,75 0,8 3,55 2,75 6,7 0,0138 0,049 9,4 94,4
1 D-E 1 1 0,30 32 0,37 2,75 1,2 3,95 2,75 9,4 0,0075 0,030 12,2 121,6

DIMENSIONAMENTO COLUNA DE ÁGUA FRIA - COZINHA


Diferença da Pressão a
Pesos Comprimentos Pressão Perda de Carga
Vazão Diâmetro Velocidade cota jusante
Coluna Pavimento Trecho disponível
(L/s) (mm) (m/s) Real Equivalente Total (Desce+/sobe- Unitária Total
Unitários Acumulado (m.c.a) m.c.a kPa
(m) (m) (m) ) (m.c.a/m) (m)
4 A-B 2,1 8,4 0,87 32 1,08 2,79 1,2 3,99 2,79 1,3 0,0483 0,193 3,9 39,0
3 B-C 2,1 6,3 0,75 32 0,94 2,75 0,9 3,65 2,75 3,9 0,0376 0,137 6,5 65,1
AF2
2 C-D 2,1 4,2 0,61 25 1,25 2,75 0,8 3,55 2,75 6,5 0,0851 0,302 9,0 89,6
1 D-E 2,1 2,1 0,43 25 0,89 2,75 1,2 3,95 2,75 9,0 0,0464 0,183 11,5 115,2
2.1.5 Barrilete

Esta etapa do projeto consiste no dimensionamento do barrilete, esse dimensionamento


pode ser efetuado a partir de uma só hipótese que é através do consumo simultâneo possível ou
também chamado de consumo máximo possível, que é geralmente utilizado para residências
onde dificilmente as pessoas utilizam ao mesmo tempo chuveiros e várias torneiras.

Dessa forma, foi realizado o cálculo de seções equivalentes que é necessário saber os
trechos, peso unitário, peso acumulado e diâmetro referente a cada trecho. Para descobrir a
vazão é necessário utilizar essa fórmula:

𝑄 = 𝐶 ∗ √ΣP

𝑄 → Vazão, em L/s.

𝐶 → Coeficiente de descarga, utiliza-se 0,3.

𝑃 →Soma dos pesos das peças do trecho.

Para descobrir o diâmetro nominal é necessário consultar o ábaco da figura 1.

2.1.6 Pressões disponíveis no trecho

Nessa etapa do dimensionamento se calculou a pressão no ponto mais desfavorável do


prédio, sendo este o chuveiro do 4° pavimento. Dessa forma, fazendo-se os cálculos, chegou-
se a um resultado de 2,73 de pressão disponível nesse ponto, a NBR recomenda que a pressão
seja pelo menos maior que 1 m.c.a. Assim, percebe-se que a pressão encontrada no ponto mais
desfavorável do prédio está de acordo com o que está preconizado na norma.

2.2 DIMENSIONAMENTO DO ESGOTO SANITÁRIO

Para o projeto de sistema predial de esgoto sanitário, primeiro será executado os cálculos
do banheiro, cozinha e área de serviço. Primeiramente será calculado os diâmetros do tubo de
queda, ramal de ventilação e coluna de ventilação do banheiro e posteriormente será calculado
os tubos de gordura e de água servida da cozinha e da área de serviço, respectivamente. O
método utilizado para o tubo de queda correto para cada uma dessas áreas é o do UHC. As
tabelas utilizadas para esse dimensionamento podem ser encontradas na NBR 8160.
2.2.1 Banheiro

Por meio dos dados iniciais será possível calcular os diâmetros e os tubos de queda. Como
podemos observar na tabela o banheiro terá um chuveiro, um vaso e um lavatório, com 2, 6 e 2
UHC respectivamente, somando-se no total 9 UHC. O chuveiro com diâmetro nominal de
40mm, o vaso com 100mm e o lavatório com 40 mm, todos esses dados foram encontrados na
tabela 8 (UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga).
Tabela 8- Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos
ramais de descarga.

Fonte: NBR 8160 (1999)

Tabela 9 – Diâmetros

Fonte: Autores (2022)


De posse do valor do UHC, pode-se calcular o diâmetro do tubo de queda.

Tabela 10 – Tubo de queda do banheiro

Fonte: Autores (2022)

O UHC total de um banheiro é de 9, e o UHC total do pavimento é a soma do UHC total


do pavimento mais a quantidade de banheiro por pavimento resultando em um total de 72, e
por fim o UHC total do prédio é a multiplicação do UHC total do pavimento vezes a quantidade
de pavimentos resultando em 288. Dessa forma, utilizando a figura 5 da NRB 8160/1999, o
diâmetro do tubo de queda será de 100mm.

Tabela 11- Dimensionamento dos tubos de queda.

Fonte: NBR 8160 (1999)

Posteriormente a esses passos, calcula-se o sistema de ventilação para o tubo de queda.


Temos como dado para o dimensionamento do ramal de ventilação que o UHC total do
pavimento é de 36, dessa forma com o auxílio da figura 6 podemos observar que o ramal de
ventilação do banheiro deve ter diâmetro nominal de 50 mm.
Tabela 12- Dimensionamento de ramais de ventilação.

Fonte: NBR 8160 (1999)

Para a coluna de ventilação, multiplica-se o valor do pé direito pela quantidade de


pavimentos. O pé direito do prédio em questão é de 3,0 m e a quantidade de pavimentos é 4,
dessa forma, a altura correspondente será de 12 m. Assim, observando a figura, o diâmetro da
coluna de ventilação será 50 mm.

Figura 13 – Dimensionamento de colunas e barrilete de ventilação

Fonte: NBR 8160, 1999.


Tabela 14 – Dimensionamento de ventilação para o tubo de queda

Fonte: Autores (2022)

2.2.2 Cozinha

Para o dimensionamento do tubo de queda da cozinha, utiliza-se os mesmos passos feitos


no dimensionamento do tubo de queda do banheiro. Assim, serão apresentadas apenas as tabelas
referentes a esse dimensionamento.

Tabela 15 – Determinação dos diâmetros dos aparelhos da cozinha


Determinação dos diâmetros
Quantidade Peças UHC Diâmetro Nominal (mm)
1 Pia 3 50
TOTAL UHC 3
Fonte: Autores (2022)

De posse do valor do UHC, dimensiona-se o tubo de queda.

Tabela 16 – Determinação do tubo de queda da cozinha


Tubo de queda
UHC total 1 cozinha = 3
UHC total do pav = 12
UHC total do prédio = 48
Fonte: Autores (2022)

Dessa forma, utilizando a figura 5 da norma 8160, o diâmetro do tubo de gordura será de 75
mm.

2.2.3 Área de serviço

Para o dimensionamento do tubo de queda da área de serviço, utilizou-se os mesmos


passos feitos nos dois dimensionamentos anteriores, assim.
Tabela 16 - Diâmetros dos aparelhos da área de serviço
Determinação dos diâmetros
Quantidade Peças UHC Diâmetro Nominal (mm)
1 Tanque 3 40
1 Máquina de lavar 3 50
TOTAL UHC 6
Fonte: Autores (2022)

Assim, com esse valor de UHC, temos que:

Tabela 17 - Tubo de queda da área de serviço


Tubo de queda
UHC total 1 cozinha = 6
UHC total do pav = 24
UHC total do prédio = 96
Fonte: Autores (2022)

Dessa forma, utilizando a tabela 6 da norma 8160, o diâmetro do tubo de água servida
será de 100 mm.

2.2.3.1 Caixa de Inspeção

Serve para verificar qualquer problema ou entupimento no caminho do esgoto antes que
ele seja jogado na rede pública. É a partir dela que se faz qualquer manutenção da rede.
No dimensionamento das caixas de inspeção, foram primeiramente, identificados e
enumerados os tubos de queda e suas respectivas Unidades de Hunter de Contribuição (UHC),
conforme a Tabela 18.
Tabela 18 - Tubo de queda da área de serviço
UHC POR TUBO DE QUEDA
TQ1 32
TQ2 96
TQ3 32
TQ4 96
TQ5 32
TQ6 96
TQ7 32
TQ8 96
TQ9 32
TQ10 144
TQ11 144
TQ12 144
Fonte: Autores (2022)
Em seguida, foram determinados as contribuições, os UHC’s, os diâmetros, os
comprimentos, as cotas do terreno, as cotas dos coletores e as profundidades de cada coletor de
cada caixa de inspeção, conforme a tabela 19 foram determinadas 10 caixas de inspeção, com
declividade de 1%.

Tabela 19 – Especificações das caixas de inspeção

CI Contribuições Total UHC DN imin L(m) CT CC PC


M J M J M J
1 TQ - 10+ 272 150 0,01 4,77 0 0 -0,3 -0,35 0,30 0,35
CG1+CS1
2 CI1 + CG2 400 150 0,01 4,05 0 0 -0,35 -0,39 0,35 0,39
+CS2
3 CI2 400 150 0,01 7,87 0 0 -0,39 -0,47 0,39 0,47
4 CI3 400 150 0,01 7,78 0 0 -0,47 -0,54 0,47 0,54
5 CI4 400 150 0,01 6,8 0 0 -0,54 -0,62 0,54 0,62
6 CI5 400 150 0,01 7,78 0 0 -0,62 -0,67 0,62 0,67
7 TQ -12+ 272 150 0,01 4,77 0 0 -0,67 -0,71 0,67 0,71
CG3+CS3
8 CI7 + CG4 400 150 0,01 4,05 0 0 -0,71 -0,75 0,71 0,75
+CS4
9 CI-8 400 150 0,01 7,87 0 0 -0,75 -0,83 0,75 0,83
10 CI-6+CI-9 800 200 0,01 8,97 0 0 -0,83 -0,92 0,83 0,92

Fonte: Autores (2022)

No projeto, foi dimensionado um sistema particular de tratamento de esgoto, com tanque


séptico, filtro anaeróbio e sumidouro, a fim de se reduzir a carga orgânica produzida.

O tanque séptico, e filtro anaeróbio e o sumidouro foram dimensionados para atender um


total de 64 moradores, com período de manutenção de 2 anos, com profundidade do lençol
freático de 6 metros, distância mínima entre a laje de fundo e o lençol freático de 1 metro,
diâmetro do coletor de 200 mm e declividade de 2%.

2.2.3.2 ¨Tanque séptico

a) Determinação do volume

Primeiramente, foi determinada a contribuição de esgoto (C) de 130 e lodo fresco (Lf) de
1, de acordo com o padrão médio do prédio, observado na tabela 1 da NBR 7229, indicado na
figura 6.
Figura 6 - Comprimentos equivalentes em metros de canalização de PVC rígido

Fonte: NBR 7229, 1993.

b) Contribuição diária

Essa contribuição foi determinada através da seguinte equação:

𝐶𝑑 = 𝐶 ∗ 𝑁 ∴ 𝐶𝑑 = 160 ∗ 64 ∴ 𝐶𝑑 = 10240𝑙/𝑑𝑖𝑎

c) Tempo de detenção

Para se encontrar o tempo de detenção verificou-se a tabela 2 da NBR 7229, utilizando a


contribuição diária de 8320 l/dia, conforme a Figura 07.

Figura 7 - Comprimentos equivalentes em metros de canalização de PVC rígido

Fonte - NBR 7229, 1993


Verificando a tabela encontrou-se o tempo de detenção (T) de 0,58 dias ou 14 horas.

d) Tempo de lodo acumulado

De acordo com a tabela 3 da NBR 7229, adotando-se o tempo de limpeza de 2 anos, a taxa de
acumulação será de 65, seguindo a faixa de temperatura entre 10 e 20°C, correspondente ao mês mais
frio.

Fonte - NBR 7229, 1993

Para a determinação do volume útil utilizou-se a seguinte fórmula:


𝑉 = 1000 + 𝑁 ((𝐶 ∗ 𝑇) + (𝐾 ∗ 𝐿𝑓))
𝑉 = 1000 + (10240 ∗ 0,5) + (65 ∗ 50)
𝑉 = 10190 𝐿 𝑜𝑢 10,19 𝑚³
Verificação da Profundidade útil (hu)

Verificou-se a tabela 4 da NBR e encontrou a profundidade mínima de 1,8 metros e a


profundidade máxima de 2,8 metros, conforme a Figura 8.

Figura 8 – Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil

Fonte – NBR 7229, 1993

Adotando-se:
ℎ = 0,75𝑚
𝐻𝑡 = 6 𝑚
𝑍 = 1,5𝑚

co e para isso adotou-se os seguintes valores


O formato do tanque escolhido foi o cilíndrico

Sendo assim, calculou-se o hu:


ℎ𝑢 = ℎ𝑡 − 𝑧 − ℎ

ℎ𝑢 = 6 − 1,5 − 0,75
ℎ𝑢 = 3,75𝑚
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

YAMADA, M. A. F. Comissionamento de sistemas prediais de água quente. Mestrado em


Inovação na Construção Civil—São Paulo: Universidade de São Paulo, 17 mar. 2021.

OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 01 da disciplina GCI044 (Sistemas
Hidráulicos Prediais). 2018.

OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 02 da disciplina GCI044 (Sistemas
Hidráulicos Prediais). 2018.

ABNT NBR 5626. Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998

Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior
- 7.ª ed. - São Paulo: Blucher, 2013

Roberto de Carvalho Júnior - 7.a ed. - São Paulo: Blucher, 2013

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