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MEMORIAL DESCRITIVO

PROJETO HIDROSSANITÁRIO E PLUVIAL

RESIDENCIAL BOHRER
SOBRADINHO – RS
SUSANA VIAGENS E TURISMO LTDA
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1- DESCRIÇÃO DA OBRA
O presente memorial descritivo trata da construção de uma edificação residencial
multifamiliar e comercial, de propriedade de SUSANA VIAGENS E TURISMO LTDA,
localizado na Rua José Bonifácio, Centro, Sobradinho/RS, com dois pavimentos, composto
por 8 unidades residenciais, sendo 4 unidades com 1 dormitório e 4 unidades com 2
dormitórios, box de estacionamento com 6 vagas e 1 sala comercial.
2 - CONDIÇÕES GERAIS:

O Projeto de instalações hidrossanitárias foi executado de acordo com as


Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e demais
Recomendações municipais e estaduais.

3- ÁGUA FRIA

O projeto de instalações de água fria foi desenvolvido de modo a garantir o fornecimento de


água de forma contínua, em quantidade suficiente, mantendo sua qualidade e com pressões e
velocidades suficientes para o perfeito funcionamento do sistema, preservando o conforto dos
usuários. O
Abastecimento de água fria será por gravidade partindo do reservatório superior, que será
abastecido pela concessionária autorizada.
O dimensionamento das tubulações foi realizado com base no método Somatório dos pesos,
garantindo as pressões dinâmicas adequadas nos pontos mais desfavoráveis da rede de
distribuição, evitando que os pontos críticos possam operar com pressões negativas em seu
interior.
O dimensionamento do barrilete foi realizado considerando a probabilidade de uso simultâneo
dos diversos aparelhos sanitários nos períodos de pico de demanda, garantindo pressões
dinâmicas adequadas nos pontos mais desfavoráveis nestes horários.
O alimentador predial foi dimensionado considerando uma velocidade de escoamento
compatível com a adotada pela concessionária no dimensionamento do ramal predial, cavalete
e hidrômetro a serem utilizados.
A partir dos hidrômetros a tubulação de alimentação irá abastecer os reservatórios
localizados na cobertura de cada geminado e das salas comerciais
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A rede de distribuição interna de água fria será executada com tubos, peças e conexões
fabricadas em PVC rígido e soldável, dimensionados de acordo com as recomendações da
NBR 5626/98.

3. 1 CONSUMO DIÁRIO
A estimativa de consumo foi feita considerando individualmente cada unidade consumidora
do através do cálculo:
Sistema: Indireto – Reservatório de fibra
Cálculo do consumo diário residencial:
4 unidades de Geminados com 2 Dormitórios
= 2 dormitórios x 2 p/dormitório = 4 pessoas x 150 L/dia/pessoa (indicado na norma) = 600
Litros
(Arredondamos para) 750 Litros = 1 reservatório por geminado = 4 reservatórios

4 unidades de Geminados com 1 Dormitório


= 1 dormitório x 2 p/dormitório = 2 pessoas x 150 L/dia/pessoa (indicado na norma) = 300
Litros
(Arredondamos para) 500 Litros =1 reservatório por geminado = 4 reservatórios

2 Salas comerciais= 46,73 m²


= 10 L/dia/m² = 10 L * 46,73= (indicado na norma) = 467,3 Litros
(Arredondamos para) 500 Litros =1 reservatório para as 2 lojas

3.1. 1 CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS

Considerando o consumo diário calculado, a edificação contará com 9 reservatórios sendo:


4 Reservatório com capacidade de 750 litros.
5 Reservatório com capacidade de 500 litros.
3.2 CANALIZAÇÕES
Ramais e Sub-ramais:
Todos os ramais devem estar instalados nas paredes ou em fundos falsos e, eventualmente,
pelo piso;
Todos os ramais serão dotados de registros de gaveta, possibilitando eventuais reparos que
se fizerem necessários;
Os ramais que alimentarão chuveiros, pias e lavatórios tem diâmetro de 25mm;
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Os ramais que alimentarão os vasos sanitários têm diâmetro de 25 mm;


As conexões nas quais estiverem ligadas peças metálicas (torneiras, registro de pressão,
etc) deverão ter bucha de latão ou similar;
O diâmetro mínimo dos sub-ramais será estabelecido em 20mm.

Colunas:
As colunas de distribuição devem estar embutidas na alvenaria ou em nichos previstos para
este fim;

Barrilete:
O barrilete tem diâmetro de 32 mm. Deste sairão duas derivações que alimentarão as
colunas de água fria.

4- INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO

Dimensionamento feito de acordo com as NBR 7229/93 e 8160/98 e recomendações


do órgão Municipal e Estadual. O Projeto se apresenta com todos os elementos
necessários para o esgotamento sanitário e disposição final dos esgotos provenientes
da utilização domiciliaria.
RAMAIS DE DESCARGA
O dimensionamento dos ramais de descarga, ramais de esgotos, tubos de queda, sub-
coletores e coletores é estabelecido em função das “unidades de descarga” ou Unidades
Hunter de Contribuição UHC, as quais são atribuídas aos aparelhos sanitários contribuintes
em cada trecho da tubulação.
UHC é um fator probabilístico numérico que representa a frequência habitual de
utilização, associada à vazão típica de cada uma das diferentes peças de um conjunto de
aparelhos heterogêneos, em funcionamento simultâneo, em hora de contribuição máxima no
hidrogramadiário.
OBS: Diâmetro mínimo para instalações de esgotos:
Tubo de PVC Dmín= 40mm
Tubo de Ferro Fundido (FoFo) Dmín= 50mm
Declividades mínimas e constantes dos ramais de descarga e de esgoto recomendadas
≤ Diâmetro 75 mm: 2%
≤ Diâmetro 100 mm: 1%
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 Os ramais de descarga dos chuveiros e lavatórios são de 40 ou 50mm até a caixa


sifonada e 50 ou 75mm até o tubo de queda;
 O ramal de descarga dos vasos sanitários tem 100mm de diâmetro;
 O ramal de descarga das pias tem 75mm de diâmetro;
 Os tubos de queda são em PVC com 100mm de diâmetro;
 As colunas de ventilação são em PVC com 75mm de diâmetro;
 As colunas de ventilação devem alcançar altura superior a 1,5m do piso da
cobertura;
 Todos os pés de coluna devem ter 87º e 30”, raio curto;
 Todos os efluentes captados pelos tubos de queda são encaminhados através de
coletores e sub-coletores até as caixas de inspeção. Destas os efluentes serão
tratados na estação de tratamento.

Caixas de Gordura
As caixas de gordura foram dimensionadas conforme a NBR 8160. As caixas de
gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas condições de ventilação.
As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e posterior remoção da gordura, através
das seguintes características:
a) Capacidade de acumulação da gordura entre cada operação de limpeza;
b) Dispositivos de entrada e de saída convenientemente projetados para possibilitar que o
afluente e o efluente escoem normalmente;
c) Altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura, evitando-se o arraste do
material juntamente com o efluente;
d) Vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de
lavagem de pisos ou de águas pluviais, etc.

DISTÂNCIAS MÍNIMAS:
a) A distância entre dois dispositivos de inspeção≤ 25,00 m;
b) A distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e o dispositivo de
inspeção mais próximo: ≤ 5,00 m; e
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c) Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias,


caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção:
≤ 10,00 m.

Caixas de Passagem
As caixas de passagem devem ter as seguintes características:
a) Quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base
poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m;
b) Ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
c) Ter altura mínima igual a 0,10 m;
d) Ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto,
sendo o diâmetro mínimo igual à DN 50.
Caixas de Inspeção
As CAIXAS DE INSPEÇÃO devem ter:
a) Profundidade máxima de 0,60 m;
b) Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,40 m, ou
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,40 m;
c) Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
d) Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.

Sistema de Ventilação
TABELA 7: Distância máxima de um desconector a um tubo de ventilação

Fonte: NBR 8160 –Tabela 1.

TODA TUBULAÇÃO DE VENTILAÇÃO deve ser instalada com aclive mínimo de


1%,de modo que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar
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totalmente por gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador
tenha origem.
Toda coluna de ventilação deve ter:
a) Diâmetro uniforme;
b) A extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado
abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de
descarga;
c) A extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo
ventilador primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais
elevado aparelho sanitário por ele servido.

5. DIMENSIONAMENTO FOSSA FILTRO E SUMIDOURO


O sistema utilizado no projeto foi o sistema misto: fossa + filtro biológico +sumidouro.

5 .1 DIMENSIONAMENTO DO TANQUE SÉPTICO:

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O dimensionamento do tanque séptico foi desenvolvido com base na NBR 7229/1993 –


Projeto, execução e operação de tanques sépticos. Consideramos para o dimensionamento da
fossa séptica o número de pessoas abaixo,de acordo com a ocupação :

RESIDENCIAL = 24 PESSOAS-contribuição 130/dia por pessoa


LOJAS=4 PESSOAS - contribuição 50/dia por pessoa

ESPECIFICAÇÕES

· Apartamentos residenciais

Contribuição diária (C) = 130 litros / pessoa x dia=3120

Lodo fresco (Lf) = 1,0

Número de pessoas (N) = 24

Tempo de detenção (T) = 0,83 dias

Intervalo de limpeza = 2 anos

Taxa de acumulação de lodo (K) = 105

V = 1000 + N x (C x T + K x Lf)
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V = 1000 + 24 x (130X 0,83 + 105 x 1,0)=1000+24 X 212,9=1000+5109,6

V = 6109,6 litros = 6,10 m³

· Salas comerciais

Contribuição diária (C) = 50 litros / pessoa x dia

Lodo fresco (Lf) = 0,2

Número de pessoas (N) = 7 (1 pessoa a cada 7m²)

Tempo de detenção (T) = 0,83 dias

Intervalo de limpeza = 2 anos

Taxa de acumulação de lodo (K) = 105

V = 1000 + N x (C x T + K x Lf)

V = 1000 + 7 x (50 x 0,83 + 105 x 1)

V=1000+1025,5

V = 2025,5 litros = 2,02 m³

Volume total = 8,12 m³

5 .2 DIMENSIONAMENTO DO FILTRO – UNIDADE DE TRATAMENTO

COMPLEMENTAR

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O dimensionamento do filtro anaeróbio foi desenvolvido com base na NBR

13.969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e

Disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.

ESPECIFICAÇÕES

· Apartamentos residenciais

Contribuição diária (C) = 130 litros / pessoa x dia

Número de pessoas (N) = 24

Tempo de detenção (T) = 0,83 dias

Vu = 1,6 x N x C x T

Vu = 1,6 x 24 x 130 x 0,83


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Vu = 4143 litros = 4,14 m³

· Salas comerciais

Contribuição diária (C) = 50 litros / pessoa x dia

Número de pessoas (N) = 7 (1 pessoa a cada 7m²)

Tempo de detenção (T) = 0,83 dias

Vu = 1,6 x N x C x T

Vu = 1,6 x 7 x 130 x 0,83

Vu = 1200 litros = 1,20 m³

Volume total = 5,34 m³

5.3 SUMIDOURO

O dimensionamento do sumidouro foi desenvolvido com base na NBR

13.969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e

disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.

Área útil de infiltração estimada

A área útil de infiltração estimada, ou área total necessária ao sumidouro, é calculada a partir
da equação abaixo:

A=C/TX

Em que,

A: área de infiltração necessária, que considera as superfícies laterais e de fundo situadas no


nível inferior ao tubo de distribuição do afluente, em m²;

C: contribuição de esgoto, proveniente do tanque séptico, em Litro/pessoa.dia ou em


Litro/unidade.dia;

C1: coeficiente de infiltração em L/m²xdia;

Tipo de solo argila= conf= 70  L/m²xdia;


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Contribuição de esgoto
Apartamentos residenciais

Contribuição diária (C) = 130 litros / pessoa x dia

Número de pessoas (N) = 24

=24*130=3120 L
· Salas comerciais

Contribuição diária (C) = 50 litros / pessoa x dia

Número de pessoas (N) = 7 (1 pessoa a cada 7m²)

=7*50=350 L
VOLUME DE DIÁRIA CONTRIBUIÇÃO=3470 LITROS

A=C/C1

A=3470/70

Área de infiltração =49,57m²

Área útil de infiltração

A área útil de infiltração, ou área total efetiva do sumidouro, é calculada a partir da equação
abaixo:

AlL= Area laterial = 5*3*2=30 m²


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2*3*2=12m²

Af= Fundo 5*2=10m²

Area útil de infiltração = 52 m²

Em que,

 A: área útil de infiltração efetiva do sumidouro, em m²;


 Al: área da superfície lateral, que considera a área vertical interna, abaixo da geratriz
inferior da tubulação de lançamento do afluente, em m²;
 Af: área da superfície de fundo, em m².

1. ÁGUAS PLUVIAIS

As águas provenientes da cobertura serão conduzidas através das colunas até as caixas
de passagem com grelha (CPG) localizadas no pavimento térreo. As colunas de águas pluviais
(AP) são executadas em PVC com f75 e f100 mm.
Recolhidas nas caixas de passagem com grelha, as águas pluviais são conduzidas à
rede de drenagem de águas pluviais.

Sobradinho, 05 de dezembro de 2018

PROPRIETÁRIO:

__________________________________
SUSANA VIAGENS E TURISMO LTDA
CNPJ nº29.789.627/0001-55

RESPONSÁVEL TÉCNICO:

__________________________________
PATRÍCIA CAMARGO DE LIMA
ARQUITETA E URBANISTA
CAU: A 131.738-5

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