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INSTALAÇÕES PREDIAIS

HIDROSANITÁRIAS

Professor: Engº Msc. Thomás Pinheiro Veloso


Introdução
 A importância do conhecimento do tema deste capítulo é de
evidência imediata. O uso de água fria potável nos prédios constitui
condição indispensável para o atendimento das mais elementares
condições de habitabilidade, higiene e conforto. Apesar de essa
realidade não ser negada por ninguém, na prática às vezes ela se
apresenta de modo diverso. O abastecimento público de água pode
apresentar-se de modo deficiente ou insuficiente. Há quem procure
reduzir o custo da construção de um prédio sacrificando as
instalações, seja com o inadequado emprego de certos materiais,
seja com o subdimensionamento dos encanamentos, peças e
equipamentos. O desconforto, os prejuízos e as questões que
decorrem do descaso para com o projeto, as especificações e a
execução das instalações, infelizmente, são realidades que
ninguém ignora e que muitos experimentam pessoalmente.
 As entidades municipais ou estaduais, cuja missão é abastecer de
água as cidades, procurando agir em defesa dos interesses do
consumidor, em muitos casos estabelecem normas, regulamentos e
exigências referentes à elaboração dos projetos, ficando a ligação
do ramal de abastecimento de água ao prédio dependendo da
prévia aprovação desses projetos.
Etapas na Elaboração
de Projetos

 1º Concepção do Projeto: Trata-se da etapa mais importante do


projeto, pois é nesta fase em que devem ser analisados todos os
elementos que irão definir a melhor solução para o desenvolvimento
do projeto, ou seja, localização e capacidade de reservatórios,
localização de prumadas de água e esgoto, desvios necessários,
verificação do lançamento dos esgotos, etc.
 2º Dimensionamento: Cálculo das instalações projetadas.
 3º Detalhamento: Conjunto de desenhos e especificação de
equipamentos que compõe as instalações projetadas, visando
eliminar as duvidas que podem surgir na fase de execução do
projeto.
Instalações Prediais de
Água Fria
Conceituação:
As Instalações Prediais de
Água Fria são o conjunto de
Tubulações, conexões e
aparelhos sanitários
destinados a levar a água da
rede pública até os pontos de
consumo dentro de uma
edificação
O Projeto das Instalações
Prediais de Água Fria devem
ser desenvolvidos com base
na NBR 5626/98.
Instalações Prediais de
Água Fria
Objetivo Geral: Objetivos Específicos:
 Suprir os ocupantes de uma  Fornecimento contínuo de
edificação com água fria água aos usuários ;
necessária para suas  Limitar pressão e velocidade
atividades, higiênicas da água a valores
fisiológicas e domesticas estabelecidos pela norma;
diárias.  Proporcionar conforto ao
usuário;
 Preservação da qualidade da
água, garantindo a saúde e a
higiene do usuário;
 Tornar a instalação econômica
sem comprometer a qualidade.
 Segundo a NBR 5626 o projeto das instalações prediais de água fria
compreende memorial descritivo e de cálculo, norma de execução,
especificações dos materiais e equipamentos a serem utilizados, e a
todas as plantas, esquemas hidráulicos, desenhos isométricos e
outros além dos detalhes que se fizerem necessários ao perfeito
entendimento dos elementos projetados; deve compreender também
todos os detalhes construtivos importantes tendo em vista garantir o
cumprimento na execução de todas as suas prescrições. Poderão
ou não constar, dependendo de acordo prévio entre os interessados,
as relações de materiais e equipamentos necessários à instalação.
Sistemas de Distribuição
 Sistema de Distribuição Direta:

Através deste sistema, a


alimentação dos aparelhos,
torneiras e peças da instalação
predial é feita diretamente
através da rede de distribuição,
conforme mostra a Figura:
Sistemas de Distribuição
Vantagens do Sistema Direto:
 Água de melhor qualidade devido a presença de cloro residual na rede de
distribuição
 Maior pressão disponível devido a pressão mínima de projeto em redes de
distribuição pública ser da ordem de 15 m.c.a.
 Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios,
bombas, registros de bóia, etc.
Desvantagens do Sistema Direto:
 Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de
distribuição;
 Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior
ou de menor consumo na rede pública;
 Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade;
 Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas
de descarga devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares
empregadas pelos serviços de abastecimento público;
 Possíveis golpes de aríete;
 Maior consumo (maior pressão);
Sistemas de Distribuição
 Sistema de Distribuição
Indireta:

Em que todos os aparelhos


e torneiras são alimentados
pelo reservatório superior
do prédio, o qual é
alimentado diretamente pela
rede pública (caso haja
pressão suficiente) ou
através de recalque, a partir
de reservatório inferior.
Sistemas de Distribuição
Vantagens dos Sistemas de Distribuição Indireta
 Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no
fornecimento, tem-se um volume de água assegurado no reservatório;
 Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia;
 Permite a instalação de válvula de descarga;
 Menor consumo que no sistema de abastecimento direto.

Desvantagens dos Sistemas de Distribuição Indireta


 Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no
fundo dos reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos
mesmos;
 Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório;
 Maior custo da instalação devido a necessidade de reservatórios, registros
de bóia e outros acessórios.
Sistemas de Distribuição
 Sistema de Distribuição
Misto:

Em que parte dos aparelhos


e torneiras são alimentados
diretamente pela rede
pública e parte pelo
reservatório superior;
Sistemas de Distribuição
Vantagens do Sistema Misto:
 Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em
torneiras para filtro, pia e cozinha e bebedouros;
 Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções
no sistema de abastecimento ou de distribuição;
 Permite a instalação de válvula de descarga.

Observação:
 Geralmente em residências, sobrados, as pias de cozinha,
lavatórios, chuveiros, têm duas torneiras: uma delas, abastecida
pela rede pública e a outra, pelo reservatório.
Sistemas de Distribuição
 Sistema Hidropneumático:

Em que os pontos de
consumo são alimentados
por um sistema
hidropneumático, cuja
finalidade é assegurar a
pressão desejável no
sistema, sem a necessidade
de um reservatório superior.
Nesse sistema a rede de
distribuição é pressurizada
através de tanque de
pressão contendo ar e água.
Sistemas de Distribuição
Vantagens do Sistema Hidropneumático:
 Boa opção para implantação de novo sistema em prédios antigos,
onde é inviável a construção de um novo reservatório elevado.;

Desvantagens do Sistema Hidropneumático :


 Dependência que o sistema tem em relação ao sistema de
pressurização, que como qualquer sistema mecânico, pode falhar;
 Alto custo de implantação do sistema de pressurização.
Instalações Prediais de Água Fria
 Partes Componentes:
Basicamente, as partes
componentes de uma instalação
predial de água fria são as
seguintes:
 Ramal predial e ramal de
alimentação;
 Reservatórios Inferior e Superior;
 Instalação de Recalque;
 Colar ou barrilete;
 Colunas de distribuição;
 Ramais de Distribuição;
 Sub-ramais ou ligações de
aparelhos sanitários;
 Aparelhos hidráulicos e sanitários;
 Extravasor e limpeza.
 Ramal predial
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a
instalação predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial
deve ser definido pelo regulamento da Cia. Concessionária de Água local.
 Reservatório inferior
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação
elevatória, destinada a reservar água e a funcionar como poço de sucção
da instalação elevatória.
 Reservatório superior
Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque,
destinado a alimentar a rede predial ou a tubulação de recalque, destinado
a alimentar a rede predial de distribuição.
 Tubulação de limpeza
Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua
manutenção e limpeza.
 Tubulação de recalque
Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de
descarga no reservatório de distribuição.
 Tubulação de sucção
Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e
o orifício de entrada da bomba.
 Extravasor
Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos
reservatórios e das caixas de descarga.
 Instalação elevatória
Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a
água para o reservatório de distribuição
 Automático de bóia
Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o
funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis
operacionais e extremos.
 Barrilete
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam
as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento adotado é
indireto.
 Coluna de distribuição
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais
 Torneira de bóia
Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos
reservatórios e caixas de descarga quando se atinge o nível operacional
máximo previsto.

 Ramal
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os
sub-ramais.
 Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho
sanitário.
 Rede predial de distribuição
Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição,
ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar
água aos pontos de utilização.
Instalações Prediais de
Água Fria
 Dimensionamento:
Consumo Diário: Valor médio previsto para a utilização no edifício
em 24 horas, que pode ser obtido através do produto da estimativa
populacional, que depende da classificação da edificação, pelo
consumo per capita ou consumo utilizado.

CD = P x q

P= Estimativa Populacional
q= Consumo per capita
Tipo do prédio Unidade Consumo l/dia

1 . Serviço doméstico
Apartamentos per capita 200
Apartamentos de luxo por dormitório 300 a 400
por qto. de empregada 200
Residência de luxo per capita 300 a 400
Residência de médio valor per capita 150
Residências populares per capita 120 a 150
Alojamentos provisórios de obra per capita 80
Apartamento de zelador 600 a 1.000
2. Serviço público Tabela 1: Estimativa de
Edifícios de escritórios por ocupante efetivo 50 a 80
Escolas, internatos per capita 150 Consumo Diário de Água
Escolas, externatos por aluno 50
Escolas, semi-internato por aluno 100
Hospitais e casas de saúde por leito 250
Hotéis com coz. e lavanderia por hóspede 250 a 350
Hotéis sem coz. e lavanderia por hóspede 120
Lavanderias por kg de roupa seca 30
Quartéis por soldado 150
Cavalariças por cavalo 100
Restaurantes por refeição 25
2
Mercados por m de área 5
Garagens e postos de serviços para por automóvel 100
automóveis por caminhão 150
2
Rega de jardins por m de área 1,5
Cinemas, teatros por lugar 2
Igrejas por lugar 2
Ambulatórios per capita 25
Creches per capita 50
3. Serviço industrial
Fábricas (uso pessoal) por operário 70 a 80
Fábrica com restaurante por operário 100
Usinas de leite por litro de leite 5
Matadouros por animal abatido 300
(de grande porte)
Matadouros idem de pequeno porte 150
Instalações Prediais de
Água Fria
Estimativa Populacional:
No caso de prédios residenciais esta estimativa pode ser realizada
por meios de dois critérios:
1º Critério: 5 pessoas / unidade residencial;
2º Critério: 2 pessoas / dormitório + 1 pessoa / dependência de
empregada.
Nos demais casos esta estimativa pode ser realizada de acordo
com a taxa de ocupação do prédio, que varia conforme a natureza
do local.
Exemplo:
Supermecados: 1 pessoa por 5m² de área
Museus: 1 pessoa por 5,5 m² de área
Instalações Prediais de
Água Fria
 Ramal Predial:
A vazão do ramal predial é aquela sufuciente para atender ao
Consumo Diário no período de 24 horas, ou seja:
Qrp = CD / 86400
Qrp = Vazão do Ramal Predial em litros/segundo
CD = Consumo Diário
Uma vez determinada esta vazão (Qrp) e fixando a velocidade
média da água no ramal (Vrp), podemos determinar o diâmetro
do ramal predial (Ørp) através da equação da continuidade, ou
seja:
0,6m/s ≤Vrp≤1m/s
4 Qrp
rp   Qrp = em m³/s
 Vrp
Ørp = metros
Instalações Prediais de
Água Fria
 Reservação:
De acordo com a NBR 5626/98, o volume mínimo de água a ser
reservada deve ser igual ao consumo diário. Para o volume
máximo, esta norma recomenda que o período de detenção da
água no reservatório não implique na potabilidade da mesma.
Sendo assim, pesquisas mostraram que o período máximo de
detenção da água, sem a perda de sua qualidade é de 72 horas, ou
seja:
1CD ≤ Reservação ≤ 3 CD
A divisão da reserva entre os Reservatórios Inferior e Superior deve
ser realizada de modo que 60% da reserva fique armazenada no
Reservatório Inferior e 40% fique armazenada no Reservatório
Superior.
Instalações Prediais de
Água Fria
 Os Reservatórios de maior capacidade devem ser divididos em dois
ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção
sem que haja interrupção na distribuição da água;
 Deve-se considerar para a determinação da capacidade dos
Reservatórios o volume de água referente a Reserva Técnica de
Incêndio (R.T.I), podendo esta ser armazenada tanto no
Reservatório Inferior, quanto no Reservatório Superior;
 Quando a R.T.I. está no Reservatório Superior, o seu volume é
armazenado abaixo do volume reservado para o consumo, sendo
necessário um dispositivo para que haja a recirculação total da
água armazenada;
 Quando a R.T.I. está no Reservatório Inferior, deve-se armazenar a
R.T.I. e a reserva de consumo em câmaras separadas, cada uma
com seu sistema elevatório.
Instalações Prediais de
Água Fria
 As tubulações presentes em reservatórios são:
- Alimentação;
- Barrilete de Distribuição de Água;
- Barrilete de Incêndio;
- Extravasor;
- Limpeza.
 Deve-se adotar para as tubulações do extravasor e de limpeza de
um reservatório, o diâmetro imediatamente superior ao diâmetro
dimensionado para a alimentação do mesmo.
Instalações Prediais de
Água Fria
 Sistema Elevatório:
Toda instalação elevatória deve possuir no mínimo duas unidades
de elevação de pressão (bombas) independentes, com vistas a
garantir o abastecimento de água no caso de falha de uma das
unidades.

A vazão de recalque deverá ser, no mínimo, igual a 15% do


consumo diário, resultando no tempo de aproximadamente 6,66
horas de trabalho do sistema elevatório, para recalcar o volume
diário. Sendo assim, pode-se a seguinte equação:
CD
Qrec  0,15  Qrec = Vazão de Recalque em m³/s
86400
Instalações Prediais de
Água Fria
 Para o dimensionamento das tubulações de sucção e de
recalque, deve-se utilizar a fórmula de Bresse. Sendo assim,
teremos:
Drec  1,3  Qrec  4 X
Drec  Diâmetro  de  recalque
Qrec  Vazão  de  recalque
n ºde  horas  de  funcionamento
X
24horas

 O diâmetro da tubulação de sucção será o diâmetro comercial


imediatamente superior ao diâmetro de recalque.
Tubulações Comerciais de Água Fria

 As Instalações Prediais de Água Fria tem disponível no mercado várias


linhas de tubulações de diversos materiais. As principais linhas são a Linha
de Soldável, que utiliza um adesivo próprio para realizar a solda entre
tubulações. E a linha Roscável, que utiliza o mecanismo de roscas para
unir as tubulações.
 Os bitolas comerciais da linha Soldável utilizam o milímetro como unidade
de diâmetro. As bitolas comerciais da linha roscável utilizam a polegada
como unidade de diâmetro. Além dessas bitolas devemos conhecer os
Diâmetros Nominais dos Tubos, que são equivalentes aos diâmetros
internos das tubulações.
 A tabela a seguir mostra a relação entre bitolas soldável, roscável e
diâmetro nominal.
Bitolas Comerciais de Tubos e Conexões de Água Fria
Linha Soldável (mm) Linha Roscável (Pol) Diâmetro Nominal (mm)
20 ½” 15
25 ¾” 20
32 1” 25
40 1¼” 32
50 1½” 40
60 2” 50
75 2½” 60
85 3” 75
110 4” 100

Obs: O tubo da linha soldável de 32 milímetros equivale ao de 1


polegada da linha soldável, só que o primeiro utiliza solda e o
segundo utiliza rosca para unir tubulações. Porém as duas bitolas tem
o mesmo diâmetro nominal, ou seja, diâmetro interno de 25
milímetros.
Instalações Prediais de
Água Fria
 Pré-dimensionamento do Barrilete, Colunas, Ramais e Subramais:

Antes de realizar o dimensionamento dessas partes da


instalação predial de água fria, deve-se definir o método a ser
adotado para o cálculo das vazões a serem consideradas no
dimensionamento. Os métodos a serem analisados são:
- Vazão Máxima Possível: É a vazão que pode ser esperada
levando-se em conta que todos os aparelhos são utilizados
simultaneamente;
- Vazão Máxima Provável: É a vazão que pode ser esperada
levando-se em conta que nem todos os aparelhos são utilizados
simultaneamente;
Instalações Prediais de
Água Fria
 As vazões para o cálculo da vazão máxima possível são
relacionadas para cada aparelho na Tabela 2 a seguir.
 As vazões para o cálculo da vazão máxima provável é
determinada pela equação:

Q  0,3   P
Q = vazão estimada na secção considerada em l/s
P = Soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização
alimentadas pela tubulação considerada
A Tabela 2 relaciona os pesos relativos para cada aparelho
sanitário.
Instalações Prediais de
Água Fria
Tabela 2: Pesos e Vazões dos aparelhos
Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto L/s Peso relativo

Bacia Sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3

Válvula de descarga 1,70 32

Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0

Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1

Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1

Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4

Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1

Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30 1,0

Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3

Mictório Cerâmico com sifão integrado Válvula de descarga 0,50 2 ,8

sem sifão integrado Caixa de descarga, registro de pressão ou 0,15 0,3


válvula de descarga para mictório

Mictório Tipo Calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 por metro de calha 0,3

Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7

Torneira elétrica 0,10 0,1

Tanque Torneira 0,25 0,7

Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4


Instalações Prediais de
Água Fria

 Uma vez determinado a somatória dos Pesos em cada trecho a ser


dimensionado, a verificação do diâmetro é realizada através de um ábaco
de relacionamento da soma dos pesos com a vazões e respectivos
diâmetros.

 O Ábaco para o pré-dimensionamento é apresentado na figura a seguir.


Figura 1: Ábaco de Vazões e Diâmetros
em função da soma dos pesos
Instalações Prediais de
Água Fria
 O projeto de Água Fria deve conter:
- Plantas Baixas dos pavimentos mostrando a localização das colunas e a
distribuição dos ramais de distribuição, bem como os desvios.
- Planta de cobertura mostrando a distribuição pelo forro é a chegada de
tubulações no reservatório elevado.
- Esquemas Isométricos dos ambientes em geral, além de esquemas de
reservatórios e esquema geral.
- Detalhes diversos mostrando a maneira correta de instalação de
aparelhos e dispositivos em geral.
- Esquema vertical para a melhor visualização dos diâmetros das colunas e
desvios da mesma.
- Memorial descritivo e de Cálculo
- Relação de Material e orçamento
 EXERCÍCIO RESOLVIDO

1) CONSIDERE UM PRÉDIO 7 PAVIMENTOS, ONDE CADA PAVIMENTO


TIPO POSSUI 4 APARTAMENTOS. CADA APARTAMENTO TEM 3
QUARTOS MAIS DEPENDENCIA DE EMPREGADA. CALCULE:

(CONSIDERAR: CONSUMO PER CAPITA IGUAL A 200 LITROS/PESSOA)

A) ESTIMATIVA POPULACIONAL
B) CONSUMO DIÁRIO
C) VOLUME DOS RESERVATÓRIOS SUPERIOR E INFERIOR
D) DIÂMETRO DO RAMAL PREDIAL
E) DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE E SUCÇÃO
F) DIÂMETRO DO EXTRAVASOR E LIMPEZA
A) COMO TRATA-SE DE UM PRÉDIO RESIDENCIAL, PODEMOS
CALCULAR A ESTIMATIVA POPULACIONAL OBTENDO DUAS
INDORMAÇÕES: O NÚMERO DE APARTAMENTOS E O NÚMERO DE
PESSOAS POR APARTAMENTO. O PRODUTO DESSAS DUAS
INFORMAÇÕES NOS DARÃO A ESTIMATIMA POPULACIONAL.

Nº DE APARTAMENTOS = 7 PAV X 4 AP POR ANDAR = 28 AP

Nº DE PESSOAS POR APARTAMENTO = (3 QUARTOS X 2 PESSOAS) + 1


EMPREGADA = 7 PESSOAS
LOGO:

POPULAÇÃO = Nº DE APARTAMENTOS X Nº DE PESSOAS POR


APARTAMENTO

POPULAÇÃO = 28 X 7 = 196 PESSOAS


B) O COSUMO DIÁRIO É DETERMINADO PELO PRODUTO DA
ESTIMATIVA POLULACIONAL PELO CONSUMO PER CAPITA OU POR
CABEÇA, SENDO ASSIM:
CD = POPULAÇÃO XCONSUMO PER CAPITA
CD = 196 X 200
CD = 39.200 LITROS.

C) O PRIMEIRO PASSO PARA DETERMINAR O VOLUME DOS


RESERVATÓRIOS É DEFINIR O VOLUME DE ÁGUA QUE SERÁ
RESERVADO, VISTO QUE O VOLUME RESERVADO PODE SER DE 1 A 3
VEZES O CONSUMO DIÁRIO. O MAIS COMUM PARA GRANDES
RESERVATÓRIOS É CONSIDERAR O VOLUME RESERVADO IGUAL AO
CONSUMO DIÁRIO, EM FUNÇÃO DOS GASTOS ESTRUTRURAIS DOS
RESERVATÓRIOS E DO ESPAÇO QUE ELES OCUPÃO.
DEFINIDO QUE OS RESERVATÓRIOS TERÃO CAPACIDADE PARA
SUPRIR O CONSUMO DE 1 DIA DO PRÉDIO( RESERVAÇÃO = COSUMO
DIÁRIO), DEVEMOS DIVIDIR ESSA RESERVA ENTRE OS
RESERVATÓRIOS DA SEGUINTE FORMA:
60% DA RESERVA FICAM NO RESERVATÓRIO INDERIOR OU CISTERNA
40% DA RESERVA FICAM NO RESERVATÓRIO SUPERIOR
LOGO:
VOLUME DO RESERVATÓRIO INFERIOR = 60% x 39.200 = 23.520 LITROS
VOLUME DO RESERVATÓRIO SUPERIOR=40% x 39.200 = 15.680 LITROS
D) PARA EFETUARMOS O CÁLCULO DO DIÂMETRO DO RAMAL PREDIAL
DEVEMOS ANTES DETERMINAR A VAZÃO DO RAMAL PREDIAL, SENDO
ASSIM:

4 0,00045
4 Qrp DRP  
DRP    0,60
 Vrp DRP  0,030m  30mm
O DIÂMETRO CÁLCULADO REFERE-SE AO DIÂMETRO INTERNO DO TUBO,
LEMBRANDO-SE QUE O DIÂMETRO INTERNO EQUIVALE AO DIÂMETRO
NOMINAL, DEVEMOS INDICAR UM DIÂMETRO COMERCIAL, SOLDÁVEL OU
ROSCÁVEL, QUE TENHA DIÂMETRO NOMINAL SUPERIOR AO CALCULADO.
OU SEJA:
ANALIZANDO A TABELA PODEMOS CONCLUIR QUE O DIÂMETRO DO
RAMAL PREDIAL DEVE SER DE 40mm LINHA SOLDÁVEL OU 1¼”
LINHA ROSCÁVEL, VISTO QUE O DIÂMETRO NOMINAL DE 32mm É
SUPERIOR AO DIÂMETRO INTERNO CÁLCULADO.

DIÂMETROS COMERCIAIS DE TUBULAÇÕES DE ÁGUA FRIA

LINHA SOLDÁVEL (mm) LINHA ROSCÁVEL (polegada) DIÂMETRO NOMINAL (mm)

20 ½” 15
25 ¾” 20
32 1” 25
40 1¼” 32
50 1½” 40
60 2” 50
75 2½” 60
85 3” 75
110 4” 100
E) PARA O CÁLCULO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE DEVEMOS ANTES
DETERMINHAR A VAZÃO DE RECALQUE, SENDO ASSIM:

CD
Qrec  0,15 
3600
39200 Qrec  1,63l / s  0,00163m³ / s
Qrec  0,15 
3600
Qrec  1,63l / s
PARA O CÁLCULO DO DIÂMETRO DE RECALQUE UTILIZAMOS A
FÓRMULA DE BRESSE, SENDO ASSIM TEREMOS:

Drec  1,3  Qrec  4 6,67 / 24


Drec  1,3  0,00163  4 6,67 / 24
Drec  0,038mm
DIÂMETROS COMERCIAIS DE TUBULAÇÕES DE ÁGUA FRIA

LINHA SOLDÁVEL (mm) LINHA ROSCÁVEL (polegada) DIÂMETRO NOMINAL (mm)

20 ½” 15
25 ¾” 20
32 1” 25
40 1¼” 32
50 RECALQUE 1½”RECALQUE 40
60 SUCÇÃO 2” SUCÇÃO 50
75 2½” 60
85 3” 75
110 4” 100

ANALIZANDO A TABELA PODEMOS CONCLUIR QUE O DIÂMETRO DE RECALQUE


DEVE SER DE 50mm LINHA SOLDÁVEL OU 1½” LINHA ROSCÁVEL, VISTO QUE O
DIÂMETRO NOMINAL DE 40mm É SUPERIOR AO DIÂMETRO INTERNO
CÁLCULADO.

O DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO NÃO É CÁLCULADO, ADOTAMOS


PARA A SUCÇÃO O DIÂMETRO COMERCIAL IMEDIATAMENTE SUPERIOR AO
DIÂMETRO ESPECIFICADO PARA O RECALQUE, OU SEJA, O DIÂMETRO DE
SUCÇÃO SERÁ DE 60mm LINHA SODÁVEL OU 2” LINHA ROSCÁVEL.
F) O DIÂMETRO DO EXTRAVASOR E LIMPEZA É DETERMINADO EM
FUNÇÃO DA TUBULAÇÃO QUE ALIMENTA O RESERVATÓRIO ELEVADO,
ADOTANDO-SE PARA O EXTRAVASOR E LIMPEZA O DIÂMETRO
COMERCIAL SUPERIOR AO DIÂMETRO ESPECIFICADO PARA ESTA
TUBULAÇÃO. NO NOSSO EXEMPLO, A TUBULAÇÃO QUE ABASTECE O
RESERVATÓRIO ELEVADO É O RECALQUE, PORTANDO, ADOTA-SE PARA
O EXTRAVASOR E LIMPEZA O DIÂMETRO COMERCIAL IMEDIATAMENTE
SUPERIOR AO DIÂMETRO ESPECIFICADO PARA O RECALQUE, OU SEJA,
O DIÂMETRO DO EXTRAVASOR E LIMPEZA SERÁ DE 60mm LINHA
SODÁVEL OU 2” LINHA ROSCÁVEL.
Exercício Resolvido 2 - Dimensione as colunas de água fria e o barrilete de distribuição
da figura abaixo utilizando o ábaco de diâmetros e vazões em função dos pesos.
O PRIMEIRO PASSO PARA A RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO É NÚMERAR
AS COLUNAS DE ÁGUA FRIA, NO CASO DO NOSSO EXERCÍCIO, SÃO 4
COLUNAS QUE DEVEM SER NÚMERADAS DA ESQUERDA PARA DIREITA
EM AF-01, AF-02, AF-03 E AF-04. PODEMOS NOTAR QUE A COLUNA AF-01
É IGUAL A COLUNA AF-04 E QUE A COLUNA AF-02 É IGUAL A COLUNA
AF-03.

PARA O DIMENSIONAMENTO DEVEMOS CONTABILIZAR OS PESOS DOS


APARELHOS SANITÁRIOS NOS PAVIMENTOS DE MODO ACUMULATIVO.
PARA ISSO ESSA CONTABILIZAÇÃO DEVE INICIAR NO 1º PAVIMENTO E
TERMINAR NO 4º PAVIMENTO.

O PESOS RELATIVOS DOS APARELHOS SÃO OBTIDOS NA TABELA


ABAIXO:
Tabela 1– VAZÕES DE PROJETO E PESOS RELATIVOS DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO

Aparelho Sanitário Peça de Utilização VAZÃO PESO


(l/seg)

Bacia Sanitária Caixa de Descarga 0,15 0,3


Válvula de Descarga 1,70 32
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de Pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou Ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro Elétrico Registro de Pressão 0,10 0,1
Lavadora de Pratos ou de roupas Registro de Pressão 0,30 1,0
Lavatório Torneira ou Misturador 0,15 0,3
Mictório Cerâmico Com sifão Válvula de descarga 0,50 2,8
Sem sifão Caixa de descarga 0,15 0,3
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro 0,15 por metro de 0,3
de pressão calha

Pia Torneira ou misturador (água 0,25 0,7


fria)

Torneira Elétrica 0,10 0,1


Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de Jardim ou lavagem em geral torneira 0,20 0,4
CÁLCULO DA COLUNA AF-01 E AF-04.
OBS: O PESO DA DUCHA HIGIÊNICA EQUIVALE AO PESO DO
BIDÊ.
APARELHOS SANITÁRIOS PESOS
2 CAIXAS DE DESCARGA 2 x 0,3 = 0,6
2 CHUVEIROS 2 x 0,4 = 0,8
2 LAVATÓRIOS 2 x 0,3 = 0,6
2 DUCHAS HIGIÊNICAS 2 x 0,1 = 0,2
TOTAL 2,20

UTILIZANDO O ABACO TEREMOS:


PAVIMENTO PESO DIÂMETRO
1º PAVIMENTO 2,20 25
2º PAVIMENTO 4,40 32
3º PAVIMENTO 6,60 32
4º PAVIMENTO 8,80 32
CÁLCULO DA COLUNA AF-02 E AF-03.
OBS: O PESO DO FILTRO EQUIVALE AO PESO DO BEBEDOURO.

APARELHOS SANITÁRIOS PESOS


2 PIAS DE COZINHA 2 x 0,7 = 1,4
2 FILTROS DE ÁGUA 2 x 0,1 = 0,2
2 TANQUES 2 x 0,7= 1,4
2 MAQUINAS DE LAVAR 2 x 1,0 = 2,0
TOTAL 5,00

UTILIZANDO O ABACO TEREMOS:

PAVIMENTO PESO DIÂMETRO


1º PAVIMENTO 5,00 32
2º PAVIMENTO 10,00 32
3º PAVIMENTO 15,00 32
4º PAVIMENTO 20,00 40
PARA O DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE
PRECISAMOS SOMAR OS PESOS DE TODAS AS COLUNAS,
JÁ QUE É O BARRILTETE QUE DISTRIBUI ÁGUA PARA OS
APARELHOS.

SENDO ASSIM, O DIÂMETRO O BARRILETE DEVERÁ SER


DE 50mm COFORME O ABACO AO LADO

COLUNA PESO
AF-01 8,8
AF-02 20
AF-03 20
AF-04 8,80
BARRILETE 57,60
AGORA QUE TODOS OS DIMENSIONAMENTOS FORAM FEITOS, O ESQUEMA VERTICAL DEVE FICAR
CONFORME ABAIXO:
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Conceituação e Objetivos:
As instalações prediais de esgotos sanitários são o conjunto de tubulações,
conexões e aparelhos destinados a:
- Permitir rápido escoamento dos despejos e fáceis desobstruções;
- Vedar passagem de gases e animais das canalizações para o
interior dos edifícios;
- Não permitir escapamento de gases;
- Impedir contaminação da água de consumo e de géneros
alimentícios.
Partes Componentes
 Canalização Primária: onde têm acesso gases provindos do coletor público ou dos
dispositivos de tratamento;
 Canalização Secundária: protegida de gases por desconector;
 Coletor Predial: tubulação compreendida entre a última inserção de subcoletor e a
rede pública (Fig. 1);
 Subcoletor: tubulação que recebe os efluentes de um ou mais tubos de queda ou de
ramais de esgotos (Fig. 1);
 Caixa Coletora (CC): caixa de alvenaria ou de concreto, situada abaixo do nível do
coletor público. Necessita de bomba para o seu esgotamento;
 Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem
de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto;
 Ramal de Descarga: é a canalização que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários ;
 Ramal de Esgoto: recebe os efluentes dos ramais de descarga ;
Partes Componentes
 Tubo de Queda (TQ): é a canalização vertical, que recebe os efluentes dos ramais
de esgotos;
 Caixa de Gordura (CG): caixa detentora de gorduras;
 Fecho Hídrico: coluna líquida que, em sifão sanitário, veda a passagem de gases;
 Ralo (ou ralo seco): (R) — caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a
receber água de lavagem de piso ou de chuveiro;
 Ralo Sifonado com Grelha (RS) — ou caixa sifonada, dotada de grelha na parte
superior, destinada a receber água de lavagem de pisos e efluentes de aparelhos
sanitários, exclusive os de bacias sanitárias e mictórios (Fig. II.3);
 Caixas de Inspeção (Cl): caixa destinada a permitir a inspeção e desobstrução de
canalizações;
Partes Componentes
 Tubo Operculado (TO): peça de inspeção em forma de tubo, provida de abertura
com tampa removível; (Fig 3)
 Tubo Ventilador (TV): canalização ascendente destinada a permitir acesso do ar
atmosférico ao interior das canalizações de esgoto e a saída de gases dessas
canalizações, bem como impedir a ruptura do fecho hídrico dos desconectores; (Fig
2)
 Coluna de Ventilação (CV): tubo ventilador que se desenvolve através de um ou
mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera ou ligada a tubo
ventilador primário ou a barrilete de ventilação; (Fig 3)
 Ventilador Prímário (VP): tubo ventilador, prolongamento do tubo de queda com
uma extremidade aberta, situada acima da cobertura do edifício (Fig. 3);
 Ventilador Secundário (VS): tubo ventilador com a extremidade superior ligada a
tubo ventilador primário, a uma coluna de ventilação ou a outro tubo ventilador
secundário. (Fig 3)
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 O projeto das instalações prediais de esgotos sanitários é bastante simples,
devendo obedecer à NBR 8160/99.
 O cuidado principal a ser observado é a necessidade de desconexão dos
gases, através de caixas ou ralos sifonados (ou sifões nos próprios
aparelhos). Convém ressaltar que as bacias sanitárias (ou vasos sanitários)
são, em geral, auto-sifonadas.
 Em um banheiro, de uma forma geral, os lavatórios devem ser ligados por
ramais de descarga a um desconector (caixa sifonada), observando-se as
posições de entrada dos tubos em ângulos compatíveis com os existentes
no mesmo; os ângulos são múltiplos de 45°. Do lado oposto, isto é, após a
sifonagem, situa-se a saída, que poderá ser ainda um novo ramal de
descarga (se ligado a outro desconector) ou ramal de esgotos, se for ligada
a uma canalização primária, que por sua vez poderá seguir até um tubo de
queda ou caixa de inspeção. A água usada nos chuveiros poderá ser
recolhida através da própria caixa sifonada, se esta estiver situada no box
do chuveiro ou através de um simples ralo seco, provido de grelha, que
poderá ser ligado à caixa sifonada já referida.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário

 Os vasos sanitários, auto-sifonados, deverão ser ligados diretamente à


canalização primária (ramal de esgotos), que prosseguirá até o tubo de
queda ou caixa de inspeção externa (caso de pavimentos térreos). Na
verdade, o processo se reduz a um exercício de traçado geométrico, em
que as inserções de tubos devem processar-se, via de regra, em ângulos
de 45° ou 90° (raios longos).
 Nas mudanças de direção devem ser evitados os ângulos retos, pois
facilitam as deposições e, portanto, sujeitando-se a entupimentos. Caso
haja necessidade, por motivos instransponíveis, deve-se utilizar duas
curvas de 45° ou caixas de inspeção.
 As pias de cozinha, que deverão ser providas de sifão, deverão ser ligadas
a uma caixa de gordura antes de ser ligada à rede.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário

 Os tanques de lavagem de roupas, que deverão ser providos de


sifão próprio, bem como as máquinas de lavar roupas, poderão ser
ligados a um desconector ou diretamente à canalização primária e
daí ao tubo de queda ou caixa de inspeção.
 Por motivos de funcionamento e manutenção e, mesmo pela
disposição dos banheiros e áreas de serviço, é conveniente a
utilização de tubos de queda separados.
 Os tubos de queda devem obedecer, sempre que possível, a um só
alinhamento vertical, empregando-se nas mudanças de direção,
curvas de raio longo. Após a chegada ao pavimento térreo, deverão
ser ligadas a caixas de inspeção através de subcoletores.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário

 Os subcoletores e as caixas de inspeção acima referidos deverão


ser interligados pelos coletores prediais que, via de regra, correrão
pelas áreas não edificadas do terreno; quando inevitável a sua
construção em áreas edificadas, intercalar caixas de inspeção em
áreas livres. O traçado dos coletores prediais deverá ser o mais
retilíneo possível, tanto em planta, como em perfil. As mudanças de
direção deverão ser feitas por caixas de inspeção ou curvas de raio
longo, preferivelmente de 45°.
 Caso as instalações se situem em nível inferior ao da via pública, os
efluentes de esgotos devem ser reunidos em uma caixa coletora e
daí lançados em ponto adequado da instalação, mediante
equipamento elevatório.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Dimensionamento:
O dimensionamento é feito a partir da atribuição, aos diversos aparelhos,
de unidade de Hunter de contribuição ou unidade de descarga, que é um
fator probabilístico, que representa a freqüência habitual de utilização,
associada a vazão típica de cada uma das diferentes peças de um conjunto
de aparelhos heterogêneos, em funcionamento simultâneo em hora de
contribuição máxima.

Os dados da Tabela 4 a seguir apresenta o número de unidades Hunter de


contribuição para cada aparelho, bem como o diâmetro nominal mínimo do
ramal de descarga correspondente.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Ramal de Descarga e de Esgoto
Para o Dimensionamento do Ramal de Descarga deve-se adotar, no
mínimo, os diâmetros apresentados na Tabela 4.
Para os aparelhos não relacionados na Tabela 4, devem ser
estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser feito
com os valores indicados na Tabela 5.
Para o Dimensionamento dos Ramais de Esgoto deve-se utilizar a
Tabela 6.
Recomenda-se as seguintes declividades mínimas para este ramais:
- 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75
- 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a
100
Tabela 4: Unidades de Hunter de contribução dos aparelhos
sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga.

Diâmetro nominal mínimo do


Número de unidades de
Aparelhos Sanitários ramal de descarga
Hunter de Contribuição
DN
Bacia sanitária 6 100
Banheira de Residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê / ducha higiênica 1 40
Chuveiro De residência 2 40
Coletivo 4 40
Lavatório De residência 1 40
De uso geral 2 40
Mictório Válvula de descarga 6 75
Caixa de descarga 5 50
Descarga automática 2 40
De calha 2 50
Pia de cozinha industrial Preparação 3 50
Lavagem de panelas 4 50
Pia de cozinha residencial 3 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar louças 2 50
Máquina de lavar roupas 3 50
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
Tabela 5: Unidades de Hunter de contribuição para aparelhos não relacionados na tabela 1.

Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de unidades de Hunter de contribuição


DN UHC

40 2
50 3
75 5
100 6

Tabela 6: Dimensionamento de ramais de esgoto


Número máximo de unidades de Hunter de
Diâmetro nominal mínimo do tubo
contribuição
DN
UHC
40 3
50 6
75 20
100 160
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Tubo de Queda (TQ):
É a canalização vertical que recebe os efluentes dos ramais de
esgotos.
Devemos observar ainda as seguintes restrições:
- O TQ deve ter diâmetro uniforme;
- O TQ não deve ter diâmetro inferior ao da maior tubulação a ele
ligado;
- Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de
cozinha (TG), tanques e máquinas de lavar (TS), os quais devem
descarregar em caixa de gordura ou caixa sifonada especial;
- O TQ deve ser prolongado com o mesmo diâmetro até acima da
cobertura do prédio, passando a ser o tubo ventilador primário.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
Tabela 7: Dimensionamento de Tubo de Queda

DIÂMETRO NOMINAL DO TUBO N° MÁXIMO DE UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO


(mm)

Prédio de até 3 pavimentos Prédio com mais de 3 pavimentos

40 4 8

50 10 24

75 30 70

100 240 500

150 960 1900

200 2200 3600

250 3800 5600

300 6000 8400


Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Ramal de Ventilação:
É o tubo ventilador que interliga um desconector ou ramal de descarga de
um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação.
 Coluna de Ventilação:
Tubulação destinada a receber os gases presentes na rede,
produzidos pela decomposição da matéria orgânica, e leva-los para o
exterior da edificação, além de aliviar as sub e sobre pressões produzidas
pelo escoamento dos esgotos, visando a proteção dos desconectores
(sifão).
A coluna de ventilação deve ter diâmetro uniforme, e ter sua
extremidade localizada acima da cobertura do edifício a uma distância de
no mínimo a 30cm em telhados simples ou lajes de coberturas, e 2m no
caso de lajes utilizadas para outros fins.
No concepção do projeto é fundamental observar se a localização dos
ramais ou colunas de ventilação respeitam as distancias máximas em
relação a um desconetor, conforme estabelecido na Tabela 8.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário

Tabela 8: Dimensionamento máxima de um desconector ao tubo ventilador

DIÂMETRO NOMINAL DO RAMAL DE DISTÂNCIA MÁXIMA


DESCARGA (mm) (m)
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40

O dimensionamento das colunas e ramais de ventilação são realizados a


partir das Tabelas 9 e 10 a seguir.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
Tabela 9: Dimensionamento de Ramais de Ventilação

GRUPO DE APARELHOS SEM BACIA GRUPO DE APARELHOS COM BACIA


SANITÁRIA SANITÁRIA

DIÂMETRO NOMINAL DO DIÂMETRO NOMINAL DO


N° DE UNIDADES HUNTER N° DE UNIDADES HUNTER
RAMAL DE RAMAL DE
DE CONTRIBUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO
VENTILAÇÃO (mm) VENTILAÇÃO (mm)

ATÉ 12 40 ATÉ 17 50

13 à 18 50 18 à 60 75

19 à 36 75 -- --
Tabela 10: Dimensionamento de colunas de ventilação

Diâmetro Nominal Mínimo do Tubo de Ventilação (mm)


DN do Tubo de Queda
N°de Unidades Hunter
ou do Ramal de Esgoto 300
de Contribuição 40 50 75 100 150 200 250
(mm)
Comprimento Permitido (m)
40 8 46 - - - - - - -
40 10 30 - - - - - - -
50 12 23 61 - - - - - .
50 20 15 46 - - - - - -
75 10 13 46 317 - - - - -
75 21 10 33 247 - - - - -
75 53 8 29 207 - - - - -
75 102 8 26 189 - - - - -
100 43 - 11 76 299 - - - -
100 140 - 8 61 229 - - - -
100 320 - 7 52 195 - - - -
100 530 - 6 46 177 . - - -
150 500 - - 10 40 305 - - -
150 1100 - - 8 31 238 - - -
150 2000 - - 7 26 201 - - -
150 2900 - - 6 23 183 - - -
200 1800 - - - 10 73 286 - -
200 3400 - - - 7 67 219 - -
200 5600 - - - 6 49 186 - -
200 7600 - - - 5 43 171 - -
250 4000 - - - - 24 94 293 -
250 7200 - - - - 18 73 225 -
250 11000 - - - - 16 60 192 -
250 15000 - - - - 14 55 174 -
300 7300 - - - - 9 37 116 287
300 13000 - - - - 7 29 90 219
300 20000 - - - - 6 24 76 186
300 26000 - - - - 5 22 70 152
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Coletores Prediais e Subcoletores:
Subcoletor é a tubulação que recebe os efluentes de um ou mais
tubos de queda ou de ramais de esgotos, ou seja é a tubulação limitada por
duas caixas de inspeção.
Coletor Predial é a tubulação compreendida entre a última inserção
de subcoletor e a rede pública, ou seja, é a tubulação que liga a última
caixa de inspeção ao tratamento ou a rede pública de esgoto sanitário.
O Coletor Predial e os Subcoletores devem ter diâmetro nominal
mínimo de 100mm e devem ter declividade uniforme.
Para o dimensionamento de coletores e subcoletores de prédios
residenciais deverá ser considerado apenas o aparelho de maior descarga
de cada banheiro para a soma do número de UHC. Nos demais casos,
devem ser considerados todos os aparelhos.
A Tabela 11 a seguir, deve ser utilizada para o dimensionamento de
coletores e subcoletores.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
Tabela 11: Dimensionamento de Sucoletores e Coletor Predial

Número máximo de unidades de Hunter de contribuição em


Diâmetro nominal do função das declividades mínimas %
tubo DN
0,5 1 2 4
100 -- 180 216 250
150 -- 700 840 1000
200 1 400 1 600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000
SUBCOLETOR SUBCOLETOR

SUBCOLETOR

COLETOR PREDIAL

SUBCOLETOR
SUBCOLETOR

SUBCOLETOR SUBCOLETOR
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Caixa de Inspeção:

Devem poder assegurar rápido escoamento, sem formação de


depósitos, com tampa de vedação perfeita, mas facilmente removível.
Observar o seguinte:
a) formato retangular, quadradas ou circulares;
b) de profundidade máxima de 1,00 m;
c) se de forma quadrada ou retangular, com dimensão interna mínima de
60 cm e se de forma circular, com diâmetro interno mínimo de 60 cm.
A distância entre caixas de inspeção em coletores ou subcoletores
não deve ser superior a 25,00 m; a distância entre a última caixa de
inspeção e o coletor público não deverá ultrapassar 15,00 m.
Em prédios com mais de 5 pavimentos, as caixas de inspeção não
devem ser instaladas a menos de 2,00 m de distância dos tubos de
queda que contribuam para as mesmas.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 Caixa de Gordura
A caixa de gordura é um dispositivo em forma de tanque retentor com
um septo, dividindo-a em duas câmaras: receptora e vertedora. A
comunicação entre as duas câmaras se dá pelo fundo, abaixo da superfície
do líquido, garantindo o fecho hídrico. A gordura flutua na água e se
acumula na parte superior da câmara receptora de onde deve ser removida
periodicamente.
Para coletar os despejos de uma cozinha, pode ser utilizada a caixa
de gordura pequena ou simples; para a coleta de 2 cozinhas pode ser
usada a caixa de gordura simples(CGS) ou dupla (CGD); de 3 até o limite
de 12 cozinhas deve-se utilizar a caixa de gordura dupla; para a coleta de
mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas,
hospitais, quarteis etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.
As características de cada uma dessa caixas são apresentadas no
quadro a seguir.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
Tabela 12: Características das caixas de gordura

Tipo de Caixa de Parte submersa do septo Capacidade de retenção


Diâmetro Interno (m) Diâmetro de saída (mm)
Gordura (m) (l)

Caixa de Gordura
0,30 0,20 18 75
Pequena

Caixa de Gordura
0,40 0,20 31 75
Simples

Caixa de Gordura Dupla 0,60 0,35 120 100

Caixa de Gordura
Base retangular variável 0,40 Variável 100
Especial

O volume da CGE deve ser calculado pela fórmula: V=2N+20. Em função


deste volume determina-se sua base, sabendo-se que sua altura molhada
deve ser de 60cm.
Instalações Prediais de
Esgoto Sanitário
 O projeto de Esgoto Sanitário deve conter:
- Plantas Baixas dos pavimentos mostrando o traçado dos ramais de
descarga, esgoto, subcoletores e localização de prumadas;
- Planta de cobertura mostrando os pontos de ventilação primária.
- Detalhes Sanitários dos ambientes em geral e dos trechos que solicitem
melhor esclarecimento..
- Detalhes diversos mostrando a maneira correta de instalação de
aparelhos e dispositivos em geral.
- Esquema vertical para a melhor visualização dos diâmetros das
Prumadas, colunas de ventilação e desvios das mesmas.
- Memorial descritivo e de Cálculo
- Relação de Material e orçamento
INTRODUÇÃO TRATAMENTO DE ESGOTO
Os esgotos são compostos por cerca de 99% de água e por certa quantidade de matéria
sólida em suspensão, além do oxigênio contido no ar dissolvido.
O principal objetivo do tratamento de esgoto sanitário e de estabilizar a matéria
orgânica existente no mesmo. Este papel é desempenhado por aquelas, que neste caso, tem sua
imagem injustamente considerada prejudicial, que são as bactérias que habitam os esgotos. Pois só
são consideradas perigosas as enterobactérias, que normalmente estão associadas a
microorganismos patogênicos existente em fezes de pessoas doentes.
Existem três tipos de bactérias nos esgotos:
•Bactérias aeróbias: que retiram oxigênio do ar, diretamente ou indiretamente através do ar
dissolvido na água, através do processo de oxidação ou decomposição aeróbia. A matéria orgânica
sob a ação dessas bactérias é transformada em alimento, através de ações bioquímicas, dando lugar
a compostos estáveis.
•Bactérias anaeróbias: retiram o oxigênio de compostos orgânicos ou inorgânicos, através de um
processo de putrefação ou decomposição anaeróbia, transformando-os em compostos estáveis.
•Bactérias facultativas.
As bactérias, portanto, transformam a matéria orgânica em alimento, na busca por oxigênio, dando
lugar a compostos estáveis.
Sendo assim, podemos dizer que sem oxigênio não há como estabilizar a matéria orgânica presente
no esgoto. Esta necessidade de oxigênio para atender as bactérias e a conseqüente transformação da
matéria orgânica chama-se Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
Portando DBO é um índice de concentração de matéria orgânica presente num volume de água,
representando um indicador de poluição, ou seja, quanto maior a quantidade de matéria orgânica
presente maior será a demanda de oxigênio para estabilizar esta matéria orgânica.
• TANQUES SÉPTICOS (FOSSA)

São unidades de tratamento primário de esgotos domésticos que detêm os despejos por um
período que permita a decantação dos sólidos e a retenção do material graxo,
transformando-os em compostos estáveis.

Constam essencialmente de uma câmara ou unidade de decantação, ou sedimentação, e


uma de digestão, na qual o líquido cloacal passa pelo fenômeno bioquímico de digestão,
que. em resumo, consiste no seguinte:

Os microrganismos, no caso as bactérias aeróbias e anaeróbias, que se encontram sempre


nos esgotos cloacais, como já vimos, retiram o oxigénio do ar ou das substâncias orgânicas
existentes nos esgotos e decompõem a matéria orgânica numa ação de oxidação.

A finalidade da fossa é proporcionar condições favoráveis à ação rápida das bactérias


aeróbias e principalmente das anaeróbias, e uma fossa será tanto mais perfeita e eficaz
quanto mais depressa e integralmente realizar a transformação da matéria cloacal do
afluente em sedimentos ou lamas imputrecíveis e inócuas, permitindo, assim, que o efluente
possa, sem riscos de contaminação e o inconveniente do mau odor, ser lançado num
sumidouro, numa vala de infiltração, ou filtração, ou, ainda, num curso d' água.

Deve-se observar que o emprego de fossas por particulares deve ser encarado como uma
solução incompleta do problema de tratamento, aplicável, evidentemente, quando não existe
rede pública de coleta de esgotos, e até que esta exista.
FILTRO ANAERÓBIO

O filtro apresenta um tanque contendo material de enchimento (geralmente


pedras britadas ou materiais inertes), formando um leito fixo. Na superfície de cada
unidade do material de enchimento ocorre a fixação e o desenvolvimento de
microrganismos na forma de biofilme e também o agrupamento na forma de flocos ou
grânulos nos interstícios do material de enchimento. Os compostos orgânicos solúveis
percolam nos espaços vazios do material de enchimento do leito filtrante, entram
em contato com a biomassa ativa retida, assim sendo convertidos em produtos
intermediários finais. No filtro de fluxo ascendente, o liquido penetra pela base e é
distribuído por um fundo falso ou tubos perfurados, flui através do material
de enchimento submerso(afogado) e é descarregado pelo topo, sendo coletado em
canaletas ou tubos perfurados. No sistema de filtro afogado, o lodo é retido nos
interstícios, assim, flocula e até granula, sendo muito importante na remoção da parcela
dissolvida da matéria orgânica do esgoto.Com, as dimensões dos interstícios formados
pelo meio filtrante é o principal parâmetro. É fundamental que essa granulometria seja
uniforme, tamanho adequado e forma não achatada, assim, o biofilme pode não ser tão
ponderante, da mesma forma, a superfície específica de meio filtrante pode não ser tão
importante. Os filtros de fluxo ascendente (figura 1) podem propiciar alta eficiência e
baixa perda de sólidos arrastados no efluente, devido ao lodo em sustentação hidráulica
e ao bom tempo de contato. Apresenta grandes ricos de entupimento dos interstícios
devido a maior retenção do lodo em excesso.
DIMENSIONAMENTO DO TANQUE SÉPTICO
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
V = 1000 + N (CxT + KxLf) Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1)
T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2)
K = taxa de acumulação de iodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco
(ver Tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em iitro/unidade x dia (ver Tabela 1)

DIMENSIONAMENTO DO FILTRO ANAERÓBIO


O cálculo do volume útil do filtro anaeróbio é dado pela seguinte expressão:
Vu = 1,6xNxCxT ,onde:
Vu = volume útil do filtro, em litros.
N = números de contribuintes.
C = contribuição de despejos, em l/hab.dia
T = tempo de detenção hidráulico, em dias (conforme tabela 2).
Quanto à seção horizontal do filtro, a expressão é a seguinte:
V
S
H
Tabela 1: Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante

Prédio Unidade Contribuição de esgotos (C) e lodo


fresco (Lf)
1. Ocupantes permanentes
- residência
padrão alto pessoa 160 1
padrão médio •• pessoa 130 1
padrão baixo pessoa 100 1
- hotel (exceto lavanderia e pessoa 100 1
cozinha)
- alojamento provisório pessoa 80 1
2. Ocupantes temporários
- fábrica em geral pessoa 70 0,30
- escritório pessoa 50. 0,20
- edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0.20
- escolas (externatos) e locais de
longa
permanência pessoa 50 0.20
- bares pessoa 6 0,10
- restaurantes e similares refeição 25 0,10
- cinemas, teatros e locais de curta
permanência lugar 2 0.02
- sanitários bacia
públicos'*' sanitária 480 4.0
Tabela 2: Periodo de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária
Contribuição Tempo de detenção
diária (L) Dias Horas
Até 1500 1,00 24
De 1501 3000 0,92 22
De 3001 a 4500 0,83 20
De 4501 a 6000 0.75 18
De 6001 a 7500 0,67 16
De 7501 a 9000 0,58 14
Mais que 9000 0,50 12

Tabela 3 - Taxa de acumulação total de lodo (K), em


dias, por intervalo entre limpezas e temperatura do
mês mais frio
Tabela 4 - Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil
Intervalo Valores de K por faixa de
entre temperatura ambiente (t), em
limpezas °C Volume útil Profundidad Profundidade
(anos) t<10 10<t<20 t>20 (m3) e útil útil máxima
1 94 65 57- mínima (m) (m)
2 134 105 97 Até 6.0 1.20 2,20
3 174 145 137 De 6,0 a 10.0 1.50 2.50
4 214 185 177 Mais que 10,0 1.80 2.80
5 254 255 217
1) Dimensione os Ramais de Descarga, Ramais de Esgoto, Ramal de Ventilação, Coluna
de Ventilação de Tubo de Queda Primário do banheiro esquematizado na figura abaixo,
considerando que o tubo de queda e a coluna de ventilação percorrem 16 pavimentos.
(considerar pé direito de 3m por pav.)

O PRIMEIRO PASSO PARA RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO É


DIMENSIONAR OS RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO,
LEMBRANDO QUE RAMAL DE DESCARGA É A TUBULAÇÃO QUE
RECEBE EFLUENTE SOMENTE DE UM APARELHO E RAMAL DE
ESGOTO É A TUBULAÇÃO QUE RECEBE EFLUENTE DE MAIS DE
UM APARELHO.

O DIMENSIONAMENTO DO RAMAL DE DESCARGA É DEFINIDO


PELA TABELA 4 (ANEXO) EM QUE TEMOS PARA CADA APARELHO
SANITÁRIO O NÚMERO DE UNIDADES DE HUNTER E O
DIÂMETRO DO RAMAL DE DESCARGA.

JÁ O RAMAL DE ESGOTO TEM SEU DIMENSIONAMENTO


DEFINIDO PELA TABELA 3 (ANEXO) QUE DEFINE O NÚMERO
DE UNIDADES DE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO QUE CADA
BITOLA É CAPAZ DE SUPORTAR.
O RAMAL DE VENTILAÇÃO É DEFINIDO PELA TABELA 5 (ANEXO) QUE NOS INFORMA O DIÂMETRO DO RAMAL DE
VENTILAÇÃO EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE UNIDADES DE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO QUE TEMOS NO AMBIENTE
SANITÁRIO, SENDO ASSIM:
DE ACORDO COM A TABELA 5 PARA 10 UHC O RAMAL DE VENTILAÇÃO DEVE SER DE 50mm

APARELHOS SANITÁRIOS Nº DE UHC


BACIA SANITÁRIA 6
LAVATÓRIO 1
DUCHA HIGIÊNICA 1
CHUVEIRO 2
TOTAL 10 UHC

Tabela 9: Dimensionamento de Ramais de Ventilação


GRUPO DE APARELHOS SEM BACIA GRUPO DE APARELHOS COM BACIA
SANITÁRIA SANITÁRIA
N° DE DIÂMETRO N° DE DIÂMETRO
UNIDADES NOMINAL DO UNIDADES NOMINAL DO
HUNTER DE RAMAL DE HUNTER DE RAMAL DE
CONTRIBUIÇÃ CONTRIBUIÇÃ
O VENTILAÇÃO (mm) O VENTILAÇÃO (mm)
ATÉ 12 40 ATÉ 17 50
13 à 18 50 18 à 60 75
19 à 36 75 -- --
PARA O DIMENSIONAMENTO DO TUBO DE QUEDA PRECISAMOS OBTER O NÚMERO DE UHC PARA TODA
A COLUNA, OU SEJA, MULTIPLICAR O NÚMERO DE UHC DE UM PAVIMENTO PELO NÚMERO DE
PAVIMENTOS.

Nº DE UHC DO TQ = 10 UHC X 16 PAVIMENTOS = 160 UHC.


DE POSSE DESSA INFORMAÇÃO, UTILIZAMOS A TABELA 4 PARA O DIMENSIONAMENTO DO TUBO DE
QUEDA.

DE ACORDO COM A TABELA O DIÂMETRO DO TUBO DE QUEDA DEVERÁ SER DE 100mm QUE SUPORTA
ATÉ 500 UHC. NO NOSSO EXERCÍCIO TEMOS 160 UHC PARA O TQ, OU SEJA, O TUBO DE 100 IRÁ
SUPORTAR.

Tabela 4: Dimensionamento de Tubo de Queda

DIÂMETRO NOMINAL N° MÁXIMO DE UNIDADES HUNTER DE


DO TUBO CONTRIBUIÇÃO
(mm) Prédio de até 3 Prédio com mais
de 3 pavimentos
pavimentos
40 4 8
50 10 24
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
200 2200 3600
250 3800 5600
300 6000 8400
PARA O DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE VENTILAÇÃO, VAMOS PRECISAR DO NÚMERO DE
UNIDADES HUNTER DE TODA A COLUNA (160 UHC) E DO COMPRIMENTO DA COLUNA QUE PODE SER
OBTIDO PELA MULTIPLICAÇÃO DO PÉ DÍREITO DE CADA PAVIMENTO (3m) PELO NÚMERO DE
PAVIMENTOS (16).

Nº DE UHC DO TQ = 10 UHC X 16 PAVIMENTOS = 160 UHC.

COMPRIMENTO DA COLUNA = 3m X 16 PAVIMENTOS = 48m

DE POSSE DESSAS INFORMAÇÃO PODEMOS UTILIZAR A TABELA 7 E DEFINIR O DIÂMETRO DA COLUNA


DE VENTILAÇÃO.

LOGO, PELA ANÁLISE DA TABELA O DIÂMETRO DA COLUNA DE VENTILAÇÃO DEVERÁ SER DE 75mm
N°DE DIÂMETRO NOMINAL MÍNIMO DO TUBO DE VENTILAÇÃO (mm)
DN DO TUBO UNIDADES 40 50 75 100 150 200 250 300
DE QUEDA OU HUNTER DE
DO RAMAL DE
ESGOTO (mm) CONTRIBUIÇÃ COMPRIMENTO PERMITIDO (m)
O
40 8 46 - - - - - - -
40 10 30 - - - - - - -
50 12 23 61 - - - - - .
50 20 15 46 - - - - - -
75 10 13 46 317 - - - - -
75 21 10 33 247 - - - - -
75 53 8 29 207 - - - - -
75 102 8 26 189 - - - - -
100 43 - 11 76 299 - - - -
100 140 - 8 61 229 - - - -
100 320 - 7 52 195 - - - -
100 530 - 6 46 177 . - - -
150 500 - - 10 40 305 - - -
150 1100 - - 8 31 238 - - -
150 2000 - - 7 26 201 - - -
150 2900 - - 6 23 183 - - -
200 1800 - - - 10 73 286 - -
200 3400 - - - 7 67 219 - -
200 5600 - - - 6 49 186 - -
200 7600 - - - 5 43 171 - -
250 4000 - - - - 24 94 293 -
250 7200 - - - - 18 73 225 -
250 11000 - - - - 16 60 192 -
250 15000 - - - - 14 55 174 -
300 7300 - - - - 9 37 116 287
300 13000 - - - - 7 29 90 219
300 20000 - - - - 6 24 76 186
300 26000 - - - - 5 22 70 152
DEFINIDOS TODOS OS DIÂMETROS A FIGURA DEVE SER APRESENTADA DA SEGUINTE FORMA:
2) Dimensione os subcoletores e o coletor predial do esquema representado abaixo. Numere
corretamente as CI’s e organize os trechos em uma tabela, que apresente: o trecho, o nº de UHC, o
Diâmetro e a Declividade dimensionada: Considere:
TQ1=TQ4=TQ7=250
TQ2=TQ5=300
TQ3=TQ6=TQ8=180
O PRIMEIRO PASSO PARA O DIMENSIONAMENTO DA REDE DE SUBCOLETORES É NUMERAR AS CAIXAS DE INSPEÇÃO,
INICIANDO ESSA NÚMERAÇÃO NA CAIXA MAIS DISTANTE ATÉ CHEGAR NA ÚLTIMA CAIXA. É INTERESANTE RESALTAR
QUE QUANDO TEMOS UMA CAIXA DE INSPEÇÃO QUE SEPARA DOIS TRECHOS DE SUBCOLETORES A NÚMERAÇÃO
DELA SÓ DEVE SER EFETUADA APÓS A NÚMERAÇÃO DOS DOIS TRECHOS, EVITANDO QUE NA NÚMERAÇÃO
TENHAMOS UMA CAIXA DE NÚMERO MAIOR LANÇANDO EFUENTE PARA UMA DE NÚMERO MENOR. AGORA VAMOS
MONTAR A TABELA:
TRECHO Nº UHC DIÂMETRO DECLIVIDADE
CI-01 / CI-02 (TQ5)300 150 1%
CI-02 / CI-03 300+(TQ8)180=4 150 1%
80
CI-03 / CI-04 480+(TQ7)250=7 150 2%
30 OU 1%
200
CI-04 / CI-08 730+(TQ6)180=9 150 4%
10 OU 1%
200
CI-05 / CI-06 (TQ3)=180 100 1%
CI-06 / CI-07 180+(TQ2)300=4 150 1%
80
CI-07-CI-08 480+(TQ1)250=7 150 2%
30 OU 1%
200
CI-08 / CI-09 910+730+(TQ4)2 200 2%
50=1890 OU 1%
250
SENDO ASSIM, OS SUBCOLETORES PODERIAM SER CONFORME A FIGURA:
3) Dimensione um sistema de tratamento de esgoto composto de tanque séptico e filtro anaeróbio
para atender um de prédio residencial padrão baixo, onde moram 25 pessoas. (considere um intervalo
de limpeza de 2 anos e 2,00m de profundidade para o tanque séptico)

V = 1000 + N (CxT + KxLf)


Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1)
T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo
fresco (ver Tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em iitro/unidade x dia (ver Tabela 1)
Tabela 1: Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante
Contribuição de esgotos (C) e lodo
Prédio Unidade
fresco (Lf)
1. Ocupantes permanentes
- residência
padrão alto pessoa 160 1
padrão médio •• pessoa 130 1
padrão baixo pessoa 100 1
- hotel (exceto lavanderia e
pessoa 100 1
cozinha)
- alojamento provisório pessoa 80 1
2. Ocupantes temporários
- fábrica em geral pessoa 70 0,30
- escritório pessoa 50. 0,20
- edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0.20
- escolas (externatos) e locais de
longa
permanência pessoa 50 0.20
- bares pessoa 6 0,10
- restaurantes e similares refeição 25 0,10
- cinemas, teatros e locais de curta
permanência lugar 2 0.02
- sanitários bacia
públicos'*' sanitária 480 4.0
PARA DETENMINAÇÃO DO PERÍODO DETENÇÃO EM DIAS, DEVEMOS OBTER A CONTRIBUIÇÃO
DIÁRIA ATRAVÉS DO PRODUTO DA CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA (C) PELO NUMERO DE PESSOAS DA
EDIFICAÇÃO, OU SEJA:
CONTRIBUIÇÃO DIÁRIA = 100LITROS X 25 PESSOAS = 2.500 LITROS
AGORA PODEMOS UTILIZAR A TABELA 2:
Tabela 2: Periodo de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária

Contribuição diária Tempo de detenção


(L) Dias Horas
Até 1500 1,00 24
De 1501 3000 0,92 22
De 4500 0,83 20
De 6000 0.75 18
De 7500 0,67 16
De 9000 0,58 14
Mais que 9000 0,50 12
A TAXA DE ACUMULAÇÃO DE LODO VARIA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA DO AMBIENTE E DO
INTERVALO DE LIMPEZA EM ANOS. NA NOSSA REGIÃO A TEMPERATURA É SEMPRE ACIMA DE 20 GRAUS
CELCIOS E O INTERVALO DE LIMPEZA DEVERÁ SER DE DOIS ANOS, CONFORME O COMANDO DA
QUESTÃO. SENDO ASSIM VAMOS ANALIZAR A TABELA3:

Tabela 3 - Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperatura do
mês mais frio
Intervalo entre Valores de K por faixa de
limpezas (anos) temperatura ambiente (t), em °C

t<10 10<t<20 t>20


1 94 65 57-
2 134 105 97
3 174 145 137
4 214 185 177
5 254 255 217
AGORA QUE REUNIMOS TODAS AS INFORMAÇÕES PODEMOS CALCULAR O VOLUME DO TANQUE SÉPTICO.

V  1000  N  (C  T  K  Lf )
V  1000  25  (100  0,92  97  1)
V  5.725litros
A PROFUNDIDADE DO TANQUE SÉPTICO TEM LIMITES MÁXIMOS E MÍNIMOS DE ACORDO COM O VOLUME
DO MESMO, CONFORME TABELA 4.
Tabela 4 - Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil
Volume útil Profundida Profundidad
(m3) de útil e útil
mínima (m) máxima (m)
Até 6.0 1.20 2,20
De 10.0 1.50 2.50
Mais que 10,0 1.80 2.80

PARA O NOSSO EXERCÍCIO A PROFUNDIDADE FOI FIXADA EM 2m.


O PRÓXIMO PASSO É CALCULAR A ÁREA DO TANQUE SÉPTICO
ATRAVÉS DO QUOCIENTE DO VOLUME DO TANQUE PELA
PROFUNDIDADE ÚTIL DO MESMO.

V
S
H
V  5.725LITROS  5,725m³
H  2m
5,725
S  2,86m²
2,0

DE POSSE DESSA INFORMAÇÃO PODEMOS CALCULAR O DIÂMETRO PELA EQUAÇÃO DA


CONTINUIDADE MODIFICADA.

4 S 4  2,86
D   1,90m
 

PORTANTO, O TANQUE SÉPTICO DEVERÁ TER DIÂMETRO DE 1,90m E PROFUNDIDADE ÚTIL DE 2,00m.
AGORA VAMOS DIMENSIONAR O FILTRO ANAERÓBIO:
V= 1,60xNxCxT
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1)
T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2)
Volume filtro= S/1,80
OBS: TODAS AS INFORMAÇÕES LEVANTADAS PARA O CÁLCULO DO TANQUE SÉPTICO DEVER SER
UTILIZADAS NO DIMENSIONAMENTO DO FILTRO ANAERÓBIO, PORTANTO:
V 1  1,60  N  C  T
V 1  1,60  25  100  0,92
V 1  3.680litros
O PRÓXIMO PASSO É CALCULAR A ÁREA DO FILTRO ANAERÓBIO ATRAVÉS DO QUOCIENTE DO VOLUME
DO FILTRO PELA PROFUNDIDADE ÚTIL DO MESMO QUE SEMPRE DEVE SER DE 1,80m.
V
S
H
V  3.680LITROS  3,68m³
H  1,80m
3,68
S  2,04m²
1,80
DE POSSE DESSA INFORMAÇÃO PODEMOS CALCULAR O DIÂMETRO PELA EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE
MODIFICADA.

4 S 4  2,04
D   1,61m  1,65m
 

PORTANTO, O FILTRO ANAERÓBIO DEVERÁ TER DIÂMETRO DE 1,65m E PROFUNDIDADE ÚTIL DE 1,80m.
Referências Bibliográficas
 NETTO, A. Manual de Hidráulica. 8º ed, São Paulo, Pini, 1998. 669 p.
 TANAKA. T. Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias, 1º ed, Rio de
Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1986. 209 p.
 CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias, 4º ed, Rio de
Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1988. 437 p.
 MACINTYRE. A.J. Instalações Hidráulicas, 1º ed, Rio de Janeiro,
Guanabara Dois, 1982, 770 p.
 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 5626/98 –
Instalação Predial de Água Fria. 1998. 41p. Rio de Janeiro, 1998.
 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 8160/99 –
Instalação Predial de Esgoto Sanitário. 1999. 41p. Rio de Janeiro,
1999.
 Departamento de Águas e Esgotos (DAE). Regulamento das
Instalações Prediais de Água e Esgotos Sanitários da Cidade de
Belém-Pa, 41p. Belém, 1969.

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