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Universidade Federal do Pará

Faculdade de Engenharia Civil


Campus Universitário de Tucuruí

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA PREDIAL HIDROSSANITÁRIO

Ana Beatriz Lopes Cardoso 201933640030


Chrystian da Silva Valente 2019336400
Fábio Odvan Correa da Cruz 201933640051
Leandro da Silva Garcia 201833640045
Magdiel da Silva Sousa 202133640006
Sérgio Chagas Machado 201933640032

TUCURUÍ – PA
2023
Universidade Federal do Pará – UFPA
Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

1. INTRODUÇÃO
Água fria e esgoto são componentes essenciais nos sistemas prediais, sendo o primeiro
para fornecer água potável e o segundo remover os resíduos líquidos produzidos na
edificação. Esses sistemas são projetados para garantir a saúde, o conforto e a segurança
dos moradores.
Conforme norma ABNT NBR 5626:2020, dimensionamento é o ato de determinar
dimensões e grandezas para que as instalações de água fria possam garantir o fornecimento de
água de forma contínua, em quantidade suficiente, compressões e velocidades adequadas para
que o sistema de tubulações e peças de utilização funcionem perfeitamente, preservar a
potabilidade da água e garantir o máximo de conforto aos usuários, como evitar a propagação
de ruídos nas tubulações.
De acordo com a norma ABNT NBR 8160:1999, as instalações de esgoto sanitário
devem ser projetadas para evitar a contaminação da água, tanto no interior do sistema, quanto
nos ambientes receptores, permitir escoamento dos despejos de maneira rápida, sem que haja
a ocorrência de vazamentos e depósitos no interior das tubulações, impedir que os gases
provenientes do sistema atinjam áreas de utilização e permitir acesso fácil para eventuais
manutenções e substituições.
O presente memorial traz informações detalhadas sobre o projeto a ser apresentado,
sendo elas: descrição do empreendimento, projetos de água fria e esgoto sanitário, formas de
bombeamento a serem utilizados na edificação, detalhamento das tubulações usadas,
detalhamento dos apartamentos e as normas ABNT NBR 5626:1998, sobre instalações de água
fria e ABNT NBR 8160:1999 que trata sobre esgoto sanitário.

2. DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO

O edifício fica localizado na cidade de Tucuruí-PA, a qual o prédio possui um pé direito


de 2,80 m, 5 pavimentos tipo, sendo 6 apartamentos em cada um, de modo que cada um possui
1 sala, 1 cozinha, 2 quartos sociais, 1 área de serviço, 3 banheiros e 1 quarto de empregada.
Assim, de acordo com a ABNT NBR 5620:2020 estima-se 2 pessoas por quarto social e 1
pessoa por quarto de serviço (Figura 1).

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Figura 1 – Ilustração do empreendimento

3. DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


3.1. Sistema Predial de Água Fria (SPAF)
3.1.1. Reservatório Superior
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinada
a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.

3.1.2. Reservatório Inferior


Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, destinado a
alimentar a rede predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de
distribuição.

3.1.3. Sistema de Bombeamento


O sistema de bombeamento desempenha um papel fundamental no dimensionamento
da tubulação de água fria, garantindo que a vazão e a pressão adequadas sejam alcançadas.
Além disso, a capacidade de bombeamento deve ser cuidadosamente selecionada para atender
à demanda de água em cada ponto de consumo, levando em conta a eficiência energética para
otimizar o funcionamento do sistema como um todo. Para esse projeto, o sistema de
bombeamento utilizado foi o tipo misto, já que é uma combinação de bombas em série e em
paralelo, utilizado para fornecer pressão e vazão adequadas em diferentes pontos da rede de
distribuição. Esse arranjo permite atender aos requisitos específicos de cada ponto, garantindo
um funcionamento eficiente e confiável do sistema.

3.1.4. Alimentador Predial


Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água ou à rede de
distribuição predial. É a tubulação responsável que conecta a rede de distribuição pública de
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água a um edifício, fornecendo água para os pontos de consumo internos. Sua função é
assegurar o abastecimento adequado de água de forma eficiente e segura, sendo essencial para
o funcionamento do sistema hidráulico do edifício.

3.1.5. Barriletes
O barrilete é uma parte essencial no sistema de distribuição de água em um edifício,
pois será responsável por conduzir a água da fonte de abastecimento (como reservatórios ou
rede pública) para os andares e unidades individuais. Ele pode ser composto por tubos de
diferentes diâmetros, dependendo da quantidade de água a ser distribuída.

3.1.6. Coluna de distribuição


As colunas de distribuição geralmente são compostas por tubulações verticais que
atravessam os diversos andares do edifício. Elas são conectadas ao barrilete principal, que
recebe água da fonte de abastecimento. A partir do barrilete, a água é distribuída verticalmente
pelas colunas para os diferentes pavimentos do edifício.

3.1.7. Ramal e Sub-ramal Predial


Os ramais são tubulações que se ramificam a partir das colunas de distribuição
hidráulica e se estendem até os pontos de uso individuais dentro de uma unidade habitacional,
como torneiras, chuveiros, vasos sanitários, pias e outros aparelhos hidráulicos. Eles são
responsáveis por transportar a água da coluna principal até os pontos específicos de consumo
em cada unidade. Os sub-ramais prediais são utilizados quando é necessário subdividir as redes
de distribuição para atender às necessidades individuais de cada unidade dentro de um edifício
ou quando há uma configuração específica de ocupação do espaço. Eles permitem um controle
mais preciso do abastecimento de água e facilitam a manutenção e reparos em caso de
problemas localizados.

3.1.8. Shaft
Um shaft hidráulico, é um espaço vertical reservado para a passagem de tubulações,
válvulas e outros componentes relacionados ao sistema de abastecimento de água ou esgoto de
um edifício. Esses shafts hidráulicos facilitam a instalação, manutenção e reparo de outros
componentes hidráulicos, permitindo um acesso conveniente e eficiente.

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3.2. Sistema Predial de Esgoto Sanitário (SPES)
Nas instalações de água fria e de esgoto existem diversos equipamentos, cada um
possuindo suas funções e importância para o funcionamento do sistema. Os equipamentos
desse sistema estão listados na Tabela 1.

Tabela 1 - Descrição dos Equipamentos do SPES

Item Descrição
Aparelhos sanitários Aparelhos sanitários são dispositivos essenciais para higiene pessoal e descarte de
resíduos, incluindo vasos sanitários, pias e chuveiros.
Caixa de areia Caixas de areia são estruturas de filtragem para retenção de partículas sólidas em águas
pluviais ou efluentes.
Caixa de inspeção Estrutura de acesso para inspeção e manutenção de sistemas de esgoto.

Caixa coletora Reservatório que recebe e coleta os efluentes de diferentes pontos de uma instalação.

Caixa sifonada Dispositivo que impede a passagem de odores e gases do sistema de esgoto para o
ambiente.
Coletor Predial Tubulação que recebe os efluentes de diversos ramais dentro de um edifício.

Coletor Público Tubulação responsável por coletar e encaminhar os efluentes de várias edificações.

Coletor de Esgoto Tubulação que recolhe e transporta os esgotos sanitários para tratamento ou descarte
adequado.
Desconector Dispositivo que impede o refluxo de esgoto dos ramais para as caixas sifonadas.

Fecho hídrico Barreira líquida que evita o retorno de gases e odores do sistema de esgoto para o
ambiente.
Poço de Visita Estrutura de acesso para inspeção e manutenção de tubulações e conexões do sistema
de esgoto.
Ralo seco ou comum Dispositivo de escoamento de água usado em áreas como banheiros, cozinhas e áreas
de serviço.
Ralo sifonado Ralo com uma peça em formato de sifão para impedir o retorno de odores e gases.

Ramal de Descarga Tubulação que conduz os efluentes do vaso sanitário até o sistema de esgoto.

Ramal de Esgoto Tubulação que transporta os efluentes dos pontos de consumo para o coletor público
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ou privado.

Subcoletor Tubulação que recebe os efluentes de ramais menores e os encaminha para o coletor
predial.

4. PROJETO DE ÁGUA FRIA


Uma instalação de água fria constitui no conjunto de tubulações, equipamentos,
reservatórios e dispositivos destinados a abastecer uma edificação (CARVALHO JR.2010). O
dimensionamento e as exigências sobre as instalações prediais de água fria para a concepção
do projeto serão todo embasado na ABNT NBR 5620:2020, seguindo os seguintes requisitos:

● Preservar pela portabilidade da Água;


● Garantir o fornecimento da água de forma contínua;
● Garantir economia de água e energia;
● Garantir manutenção fácil e economia;
● Garantir conforto aos usuários.

A instalação predial de água fria será fornecida pela rede pública de abastecimento e
pelo reservatório superior, sendo um sistema de abastecimento de distribuição mista, sendo o
sistema mais vantajoso dentre os disponíveis, já que permite atender aos requisitos específicos
de cada ponto, garantindo um funcionamento eficiente e confiável do sistema.

4.1. Consumo Diário


O dimensionamento do consumo diário (CD) se refere à capacidade dos reservatórios,
isto é, superior e inferior e, além disso, a reserva de incêndio. Para calcular o CD é necessário
conhecer os números de pessoas no empreendimento. Ademais, O edifício em questão conta
com 5 pavimentos, cada pavimento possui 6 apartamentos, com 2 quartos sociais e 1 de serviço.
Assim, estima-se uma ocupação de 5 pessoas por apartamento, totalizando 150 pessoas no
edifício. Logo abaixo, foi possível calcular o CD utilizando a Equação 1, além do mais adota-
se o consumo diário per capita de 200 l/dia de acordo com a Figura 2.

7
Figura 2. Estimativa de consumo diário

Logo, para o cálculo do consumo diário temos:


CD = C * P
(Equação 1)
CD = 200 * 150
CD = 30.000 l/dia

Sendo:
Cd=consumo diário total(l/dia);
C=consumo diário “percapita”(l/dia);
P = número de pessoas na edificação.

Com isso, é vantajoso manter uma reserva de água no caso de ocorrer interrupções no
fornecimento de água pela rede pública, por exemplo se o sistema estiver em manutenção.
Dessa forma, é previsto uma reservação de pelo menos dois dias do consumo diário da
edificação. Na Equação 2 é possível calcular a capacidade total (CR) do reservatório.

CR = 2 * CD
(Equação 2)
CR = 2 * 30.000
CR = 60.000 L/dia
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4.2. Reservatório
Os reservatórios domiciliares devem, obrigatoriamente, possuir tampa para impedir a
entrada de animais e corpos estranhos, de modo que precisam a preservar os padrões de
segurança e higiene estabelecidos pela norma 5620:2020, além disso, na instalação, devem ser
tomados alguns cuidados especiais: como ser instalada em local ventilado e de fácil acesso.
É importante ressaltar que o reservatório inferior (RI) é utilizado quando a pressão da
rede pública é insuficiente para abastecer o reservatório superior (RS). Todavia, no caso em
questão vai ser utilizado os dois, sendo que a fim de não sobrecarregar a estrutura, é
recomendável que se considere 60% do volume total para o reservatório inferior e 40 % para o
reservatório superior, como mostra a Equação 3.

Reservatório Inferior:
RI = CR ∗ 0,60
(Equação 3)
RI = 60000 ∗ 0,60
RI = 36000 L

Reservatório Superior:
RS = CR ∗ 0,60
RS = 60000 ∗ 0,40
RS = 24000 L

Além disso, por questão de segurança no RS deve ser previsto uma reserva técnica de
incêndio (RTI) para garantir segurança, ou seja, se ocorrer algum acidente o RS terá um volume
destinado para essa situação, adotará 20% do consumo diário (Equação 4).

RTI = CD ∗ 0,20
(Equação 4)
RTI = 30000 ∗ 0,20
RTI = 6000 L

9
4.3. Escolha do Reservatório Superior
Dessa forma, para o reservatório superior foram escolhidos dois tanques com
capacidade para de quinze mil litros cada, da marca no qual esse volume já foi destinado para
reserva técnica incêndio, as quais os dois totalizam 30.000 litros, sendo assim se adequam. O
Reservatório é da marca Fortlev como está descrito na Figura 3, além disso na Figura 4
demonstra as dimensões do reservatório escolhido.

Figura 3 - Caixa d’água Fortlev

Figura 4 - Especificações do Reservatório Superior Escolhido

4.4. Escolha do Reservatório Inferior


O reservatório inferior é de concreto de formato circular com diâmetro interno 2,6
metros e altura de 7, no qual com essas dimensões suporta os 36000 litros. O reservatório possui
uma escada para manutenção e base para melhor fixação (Figura 5).
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Figura 5 - Representação do Reservatório Inferior

4.5. Sistema de Bombeamento


4.5.1. Alimentador Predial
Para dimensionar o alimentador predial é preciso saber a vazão mínima a ser
considerada no alimentador predial (Qap) deve seguir o critério da da Equação 5, isto é, o
consumo diário sobre a quantidade de segundos que se tem em 24 horas.

CD
Qap ≥
86400
(Equação 5)
Qap ≥ 30000 L/86400s
Qap ≥ 0,3546 L/S = 0,0003546 m³/s

Ademais, para calcular o diâmetro do alimentador predial (Dap) utilizou-se equação da


continuidade (Equação 6), isto é, a vazão (Q) é o produto da velocidade (V) pela área (A), de
modo que para o dimensionamento a velocidade tem ficar no intervalo de 0,6 m/s < 𝑉 ≤ 1,0
m/s. Ademais, adotou-se a velocidade 0,6 m/s para dimensionar a favor da segurança.

Q=V∗A
(Equação 6)

11
Q = V ∗ (π ∗ Dap²/4)
Dap²/4 = Q/π ∗ V
Dap² = (4 ∗ Q/π ∗ V)
Dap = (4 ∗ Q/π ∗ V)

Dap = (4 ∗ 0,0003546/π ∗ 0,6))


Dap = 0,0274 m = 27,4 mm

Portanto, a tubulação do alimentador predial será de 30 mm, já que é o diâmetro


comercial mais próximo encontrado no mercado.

4.5.2. Diâmetro de Recalque e de Sucção


Com equação é possível encontrar o diâmetro de recalque para 3 horas (10800s) de
funcionamento (Equação 8), para atender um volume de 30000 litros, dessa forma é possível
encontrar a vazão pela Equação 7.
volume (l/s)
Qr =
tempo (s)
(Equação 7)
30000
Qr = = 2,77 l/s
10.800
Qr = 0,0028 m³/s

T T
D = 1,3 ∗ ( )¹/4 ∗ Qr ×
24 24

(Equação 8)
D = 41 mm

Como o diâmetro do 41 mm, utilizamos o diâmetro comercial mais próximo, D = 50


mm. Já a tubulação de sucção tem que ser maior do diâmetro de recalque, sendo assim, será de
60 mm.

4.5.3. Conjunto Motor-Bomba


● Altura manométrica de recalque
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A altura de recalque corresponde à distância entre o eixo da bomba e o eixo do


reservatório superior, ou seja, a distância mínima para que o fluido chegue ao ponto mais
elevado, sendo a 24,80 m.
A perda de carga do recalque (HFr) é 0,091m e a Tabela 2 contém as perdas de cargas
promovidas pelos acessórios ao longo da linha de recalque.

Tabela 2 - Descrição dos Acessórios do conjunto Motor-Bomba


Acessórios Un Quant. Lequiv Lequivtotal
Válvula de retenção
un 1 10,8 10,8
pesada
Registro de gaveta un 1 0,8 0,8
Joelho 90° (50mm) un 7 3,5 24,5
T (saída lateral) un 1 7,6 7,6
Curva de 90° (50 mm) un 3 1,3 3,9
Total 47,6

A perda de carga ao longo da tubulação (tubo de PVC DN 50 mm) corresponde ao valor


de LR = 55,33 m, que corresponde a todo o trecho da tubulação do eixo do reservatório superior
até o eixo da bomba (Figura 6), o qual foi utilizado o maior valor de atrito para a favor da
segurança. Já a perda de carga unitária foi obtida através da Equação 9, pela formulação de
Hazen-Williams.

Figura 6 - Valor do Coeficiente C

13
C = coeficiente atrito para PVC rígido = 150.
, , ,
J ( m/m) = 10,643 × Q ×C ×D
(Equação 9)

, , ,
J ( m/m) = 10,643 × 0,0003546 × 150 × 0,05
J ( m/m) = 0,0009 mm

Com essas informações foi possível determinar a perda de carga (HF) através da
Equação 10, a qual considera todas as perdas de carga na canalização.

Hfr = J × ( Lequivalente + L real )


(Equação 10)

Hfr = 0,0009 × (47,6 + 53,43 )


Hfr = 0,091 m

Determinada a altura de recalque igual a 24,80 m e a perda de carga na linha de recalque


de 0,091 m, foi possível identificar a altura manométrica de recalque de 24,709 m, obtida
através da diferença entre essas duas grandezas (Equação 11).

Hman r = Hr − Hfr
(Equação 11)

Hman r = 24,80 − 0,091


Hman r = 24,709 m

● Altura manométrica de sucção


A altura de sucção corresponde à distância entre o eixo da bomba e o eixo do
reservatório inferior equivalente a 0,5 m
A perda de carga de sucção (HFs) é a redução de pressão que ocorre no sistema de
bombeamento devido à resistência ao fluxo de fluido na entrada da bomba. Para esse cálculo,
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foi utilizada a Tabela 3 contendo as perdas de cargas promovidas pelos acessórios ao longo da
linha de sucção.

Tabela 3 - Perda de carga dos acessórios


Acessórios Un Quant. Lequiv (m) Lequivtotal (m)
Joelho 90º (60 mm) un 2 3,7 7,4
Registro de gaveta (60 mm) un 1 0,9 0,9
Total 8,3

A perda de carga ao longo da tubulação (tubo de PVC DN 60 mm) corresponde a valor


de LR = 0,95 m. Já a perda de carga unitária foi obtida através da Equação 9, pela formulação
de Hazen-Williams.

, , ,
J ( m/m) = 10,643 × 0,0003546 × 150 × 0,06
J ( m/m) = 0,00037 m/m

Com essas informações foi possível determinar a perda de carga (HF) através da
Equação 10, a qual considera todas as perdas de carga na canalização.

Hfs = 0,00037 ∗ ( 8,3 + 0,95 )


Hfs = 0,00342 m/m

Determinada a altura de recalque igual a 0,5 m e a perda de carga na linha de recalque


de 0,00342 m, foi possível identificar a altura manométrica de sucção de 0,50342 m, obtida
através da diferença entre essas duas grandezas.

Hman s = Hr − Hf
Hman s = − 0,5 − 0,00342
Hman s = −0,50342 m

● Altura manométrica total

15
A altura manométrica total é calculada somando a altura manométrica de recalque
(elevação do fluido na descarga) com a altura manométrica de sucção (perda de carga na
sucção), resultando na altura manométrica do sistema de bombeamento de 24,206 mm.

Hman total = 24,709 − 0,50342 m


Hman total = 24,206 mm

● Potência da Bomba
A potência necessária para um conjunto motor-bomba atender os requisitos de vazão e
pressão, é determinada por um cálculo que leva em consideração fatores como o coeficiente de
potência, vazão volumétrica, altura manométrica do sistema e a eficiência global da bomba,
como mostra a Equação 12. Essa potência é um indicativo da capacidade requerida para operar
de forma adequada e eficiente, assegurando que os objetivos de fluxo e pressão sejam
alcançados de maneira satisfatória.

γ ∗ Q ∗ Hman
P=
75 ∗ N global
(Equação 12)

1000 ∗ 0,0028 ∗ 24,206


P=
75 ∗ 0,67
P = 1,32879 CV

Outrossim, na prática, deve ser considerada uma certa folga para os motores elétricos
para evitar com que estes operem com alguma sobrecarga. Com isso, a folga obtida para o
cálculo foi de 50%, já que a potência da bomba é menor que 2 CV, como mostra a Figura 7.
Figura 7 - Folga para motores elétricos
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Dessa maneira, a potência instalada 𝑃i foi obtida através da Equação 13, considerando
o percentual de folga para o motor.

Pi = Pc ∗ (1 + folga)
(Equação 13)
Pi = 1,328 ∗ (1 + 0,5)
Pi = 1,328 ∗ (1 + 0,5)
Pi = 1,996 CV

Através dos cálculos e comparando com as potências de bombas comerciais,


concluímos que a potência da bomba instalada foi de 2,00 CV. Portanto, a bomba escolhida
para o projeto foi a Thebe Th-16 monofásica 110v/220v, como mostra a Figura 8.

Figura 8 – Bomba se sucção Thebe TH-16

Considerando a potência da bomba e a altura manométrica do projeto, através da Figura 9


foi destacada a vazão da bomba sendo de 11m³/h. Portanto, através disso verificou-se se ela
atente aos requisitos mínimos de vazão, altura manométrica e potência do sistema, através da
Equação 14:

Figura 9 – Vazões da bomba de sucção TH-16

17
³
Q= ∗ = 0,00355 m³/s > 0,0028 m³/s

(Equação 14)
● Dimensionamento dos ramais e sub-ramais
No dimensionamento da rede interna de distribuição, a determinação das vazões e sub-
ramais é um passo crucial. Para auxiliar nesse processo, utiliza-se a Tabela 4 indicada pela
NBR 5626:1998, a qual estabelece uma relação entre os pesos relativos atribuídos a cada ramal
e sub-ramais e as respectivas vazões de projeto, considerando características como o número
de pontos de consumo e a demanda esperada.

Tabela 4 - Vazão nos pontos de utilização do aparelho sanitário e da peça de utilização

Para cada apartamento do edifício, foram considerados seis ramais, sendo cinco
destinados para os três banheiros, e um ramal destinado para cozinha e área de serviço. Com
isso, devido ao projeto ter sido modelado de forma racional, todos os banheiros apresentam os
mesmos aparelhos e as mesmas dimensões. Através do ábaco de Fair-Whipple-Hsiao (Figura
10), foi possível calcular os diâmetros e, além disso, através das tabelas abaixo são
apresentados os pesos relativos para cada aparelho adotado.

Figura 10 - Ábaco para dimensionamento dos diâmetros


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4.5.4. Cálculo dos Pesos


4.5.4.1. Sub-ramal 1 (Banheiro 1)
Aparelho Peso
Bacia Sanitária 0,3
Lavatório 0,3
Total 0,6

4.5.4.2. Sub-ramal 2 (Banheiro 2)


Aparelho Peso
Banheira 1,0
Chuveiro Elétrico 0,1
Total 1,1

4.5.4.3. Sub-ramal 3 (Banheiro 3)


Aparelho Peso
Bacia Sanitária 0,3
Lavatório 0,3
Total 0,6

19
4.5.4.4. Sub-ramal 4 (Banheiro 4)
Aparelho Peso
Banheira 1,0
Chuveiro Elétrico 0,1
Total 1,1

4.5.4.5. Sub-ramal 5 (Banheiro 5)


Aparelho Peso
Bacia Sanitária 0,3
Chuveiro Elétrico 0,1
Lavatório 0,3
Total 0,7

4.5.4.6. Sub-ramal 6 (Cozinha e Área de Serviço)


Aparelho Peso
Pia dupla 0,7
Máquina de lavar 0,3
Tanque 0,7
Total 1,7

4.5.5. Cálculo das vazões


As vazões prováveis em função dos pesos atribuídos às peças de utilização, foram
obtidas através da Equação 15. Os cálculos para cada sub-ramal estão destacados na tabela
abaixo, contendo os valores das vazões e diâmetros respectivamente. Para os diâmetros de cada
sub-ramal, foi escolhido de 25 mm, já que esse além de diminuir a perda de carga, é o mais
encontrado nos catálogos comerciais.

Q = C∗ Pesos

Equação 15

Sub-ramais Q (L/s) D (mm)


1 0,2324 25
2 0,3146 25
3 0,2324 20
4 0,3146 25
5 0,2509 20
6 0,3912 16

4.5.6. Dimensionamento da Coluna de Distribuição


O cálculo para o dimensionamento da coluna de distribuição é realizado considerando
o número de pontos de consumo a serem atendidos e a vazão necessária em cada ponto. O
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diâmetro da coluna de distribuição é determinado com a pressão disponível no sistema e a perda


de carga ao longo da coluna.
Considerando que a velocidade máxima é 3 m/s de acordo com a 5626 (2020), valores
acima deste serão desconsiderados, adotando assim o valor máximo. O diâmetro de cada trecho
nos sub-ramal foi calculado através da Equação 16 e, para o último trecho, o qual está situado
o forro, a perda de carga foi considerado 1% (Equação 17). Os valores dos diâmetros calculados
e velocidades calculadas estão indicados nas tabelas abaixo. Os valores de pressão e de perda
de carga abaixo foram considerados iguais para todos os sub-ramais, com base na Equação 18.

D = (4 ∗ Q/π ∗ V)
(Equação 16)

, J
D , % = ,
8,69 × 10 ×Q

(Equação 17)

, ,
J ( m/m) = 8,69 ∗ 10 ∗Q ∗D
(Equação 18)

4.5.6.1. Sub-ramal 1
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 0,6 0,2324 9,93 0,1849
2 1,2 0,3286 11,81 0,2614
3 1,8 0,4025 13,07 0,3203
4 2,4 0,4647 14,04 0,3698
5 3 0,5197 14,85 0,4136
6 (forro) 3 0,5197 36,85 0,4136

 Perdas de Carga

Além disso, também foram consideradas as perdas de carga promovidas pelos ramais e
sub-ramais para cada trecho da coluna de distribuição. O resumo de perda de carga de cada
trecho está destacado na Tabela 4.

Trecho 6 (Forro)
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal

21
Joelho 90° DN 50 mm 5 3,4 17
Tubo de PVC DN 50 mm 15,70 1 15,70
J (m/m) 0,00235
Hf (m/m) 0,0768

Trecho 5
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal
Tê de saída lateral DN 50mm 1 7,6 7,6
Joelho 90° DN 50 mm 3 3,4 10,2
Registro de gaveta aberto DN 50 mm 1 0,8 0,8
Tubo de PVC DN 50 mm 2,93 1 2,93
J (m/m) 0,00235
Hf (m/m) 0,0221

Trecho 4
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal
Tê de saída lateral DN 50mm 1 7,6 7,6
Joelho 90° DN 50 mm 3 3,4 10,2
Registro de gaveta aberto DN 50 mm 1 0,8 0,8
Tubo de PVC DN 50 mm 2,93 1 2,93
J (m/m) 0,00193
Hf (m/m) 0,020

Trecho 3
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal
Tê de saída lateral DN 50mm 1 7,6 7,6
Joelho 90° DN 40 mm 3 3,4 10,2
Registro de gaveta aberto DN 40 mm 1 0,8 0,8
Tubo de PVC DN 40 mm 2,93 1 2,93
J (m/m) 0,00151
Hf (m/m) 0,0157

Trecho 2
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal
Tê de saída lateral DN 50mm 1 7,6 7,6
Joelho 90° DN 50 mm 3 3,4 10,2
Registro de gaveta aberto DN 50 mm 1 0,8 0,8
Tubo de PVC DN 50 mm 2,93 1 2,93
J (m/m) 0,00105
Hf (m/m) 0,011

Trecho 1
Descrição Quant Lequiv Lequivtotal
Joelho de saída lateral DN 50mm 1 3,4 3,4
Joelho 90° DN 50 mm 3 3,4 10,2
Registro de gaveta aberto DN 50 mm 1 0,8 0,8
Tubo de PVC DN 50 mm 2,93 1 2,93
J (m/m) 0,000575
Hf (m/m) 0,0036

Tabela 4 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Universidade Federal do Pará – UFPA
Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

Trecho
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50mm

Devido ao fato de o sub-ramal ter diâmetro de 50 mm, o diâmetro adotado na coluna de


distribuição deve ser, no mínimo, igual ao do seu ramal. Assim, para padronização, no projeto
será adotado apenas um único de 50 mm. Além disso, a ABNT NBR 5626/2020 recomenda
que a velocidade não ultrapasse 3,0 m/s em nenhum trecho da tubulação. À vista disso, as
velocidades em cada trecho da coluna de distribuição para os aparelhos sanitários foram obtidas
através da Equação 19 e estão ilustradas na Tabela 5.

(4 × Q)
v=
π × D²

(Equação 19)

Com todos esses dados, foi possível calcular a perda de carga (HF) total, pressão
estática e pressão dinâmica, então:

Tabela 5 - Pressão estática e dinâmica


HF TOTAL PRESSÃO ESTÁTICA PRESSÃO DINÂMICA
6,1524 16,55 10,3976
5,1247 12,98 7,8553
4,3687 9,7800 5,4113
3,1524 6,4500 3,2976
1,5768 2,9600 1,3832
0,0768 2,1500 2,0732

23
4.5.6.2. Sub-ramal 2
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 1,1 0,3146 11,6 0,1602
2 2,2 0,445 13,7 0,2266
3 3,3 0,545 15,2 0,2775
4 4,4 0,6293 16,3 0,3204
5 5,5 0,7035 17,3 0,3583
6 (forro) 5,5 0,7035 41,2 0,3583

Considerando que o maior valor será predominante, portanto o diâmetro adotado da


coluna de distribuição será 50 mm.

● Perdas de Cargas

Tabela 6 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Trecho Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50m

4.5.6.3. Sub-ramal 3
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 0,6 0,2324 9,93 0,1849
2 1,2 0,3286 11,81 0,2614
3 1,8 0,4025 13,07 0,3203
4 2,4 0,4647 14,04 0,3698
5 3 0,5197 14,85 0,4136
6 (forro) 3 0,5197 36,85 0,4136

Considerando que o maior valor será predominante, portanto o diâmetro adotado da


coluna de distribuição será 40 mm.

● Perdas de Cargas
Universidade Federal do Pará – UFPA
Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

Tabela 7 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Trecho Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50mm

4.5.6.4. Sub-ramal 4
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 1,1 0,3146 11,6 0,1602
2 2,2 0,445 13,7 0,2266
3 3,3 0,545 15,2 0,2775
4 4,4 0,6293 16,3 0,3204
5 5,5 0,7035 17,3 0,3583
6 (forro) 5,5 0,7035 41,2 0,3583

Considerando que o maior valor será predominante, portanto o diâmetro adotado da


coluna de distribuição será 50 mm.

● Perdas de Cargas

Tabela 8 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Trecho Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
lateral DN

25
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50mm

4.5.6.5. Sub-ramal 5
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 0,7 0,2510 10,32 0,1997
2 1,4 0,3550 12,27 0,2825
3 2,1 0,4347 13,58 0,3459
4 2,8 0,5020 14,6 0,3995
5 3,5 0,5612 15,43 0,4466
6 (forro) 3,5 0,5612 37,9 0,4466

Considerando que o maior valor será predominante, portanto o diâmetro adotado da


coluna de distribuição será 40 mm.

● Perdas de Cargas

Tabela 9 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Trecho Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50mm

4.5.6.6. Sub-ramal 6
Trecho Peso acum. Vazão (l/s) D (mm) V (m/s)
1 1,7 0,3911 12,88 0,1992
Universidade Federal do Pará – UFPA
Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

2 3,4 0,5532 15,32 0,2817


3 5,1 0,6775 16,95 0,3450
4 6,8 0,7823 18,22 0,3984
5 8,5 0,8746 19,26 0,4454
6 (forro) 8,5 0,8746 44,6 0,4454

Considerando que o maior valor será predominante, portanto o diâmetro adotado da


coluna de distribuição será 50 mm.

● Perdas de Cargas

Tabela 10 – Resumo da perda de carga dos ramais de cada trecho


Trecho Conexão Lequiv Quant Lequivtotal Lreal Ltotal J Hf
Joelho de
1 90 ºDN 3,4 1 3,4 2,8 6,2 0,000575 0,0036
50mm
Tê de saída
2 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00105 0,011
50mm
Tê de saída
3 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00151 0,0157
50mm
Tê de saída
4 lateral DN 7,6 1 7,6 2,8 10,4 0,00193 0,020
50mm
Tê de saída
5 lateral DN 7,6 1 7,6 1,80 9,4 0,00235 0,0221
50mm
Joelho de
6 90 ºDN 3,4 5 17 15,70 32,7 0,00235 0,0768
50mm

4.5.7. Dimensionamento do Barrilete


Os diâmetros dos barriletes foram determinados utilizando o ábaco de Fair-Whipple-
Hsiao. Na Tabela 11, são apresentados os diâmetros calculados para o barrilete que fornece
água aos banheiros, lavanderias e cozinhas, utilizando o ábaco mostrado na Figura 11.

Tabela 11 – Diâmetros calculados para banheiras, lavanderias e cozinhas


Coluna de distribuição P
Trecho 1 3
Trecho 2 5,5
Trecho 3 3
Trecho 4 5,5
Trecho 5 3,5

27
Trecho 6 8,5
∑P TOTAL 29
Q (L/s) 1,62
J (m/m) 0,02
DN (mm) 50

Figura – 11 Ábaco para dimensionamento

Devido a distribuição de espaço da planta arquiteto ser simétrica, o dimensionamento


do barrilete será o mesmo para os ambos os lados, sendo os dois barriletes serão de 50 mm.

5. PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO


De acordo com a NBR 8160 (1999), o sistema predial de esgoto sanitário doméstico
destina-se ao atendimento das recomendações mínimas relacionadas à segurança, higiene e
conforto dos usuários. Este sistema é composto por uma série de tubulações e acessórios cuja
finalidade principal é coletar e conduzir os despejos provenientes do uso adequado dos
aparelhos sanitários a um destino apropriado, além de garantir o encaminhamento dos gases
para a atmosfera e evitar a passagem destes para o interior da edificação.

Área de
Banheiros
Cozinha (por serviço
Pavimentos Apartamento (por
pavimento) (por
pavimento)
pavimento)
1 6 18 6 6
2 6 18 6 6
3 6 18 6 6
4 6 18 6 6
Universidade Federal do Pará – UFPA
Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

5 6 18 6 6

Para o dimensionamento do projeto de esgoto sanitário, foi adotado como base as


Unidades de Hunter de Contribuição (UHC), que são unidades de medidas que consideram a
contribuição de esgoto de cada ponto de conexão. Essas UHCs são utilizadas em conjunto com
os diâmetros mínimos estabelecidos para os ramais de descarga, permitindo dimensionar
adequadamente a capacidade necessária do sistema (Figura 12). Portanto, através disso, foram
dimensionados todos os equipamentos dos banheiros, incluindo a caixa sifonada, a qual é a
somatória de sua demanda (Chuveiro, Lavatório e Banheira), enquanto o tubo de queda é
dimensionado de forma distinta.

Figura 12 - Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais
de descarga

5.1. Dimensionamento
5.1.1. Tubo de queda
O dimensionamento do tubo de queda é realizado utilizando a tabela da NBR 8160
(1999) destacado na Figura 13, a qual considera fatores como número de unidades de
contribuição a serem atendidas e o tipo de ocupação a serem atendidas (Tabela 12). Com base
nessas referências, é possível escolher o diâmetro apropriado para o tubo de queda, garantindo
escoamento eficiente e adequado para o sistema de esgoto. Então, o diâmetro de 100 mm do
tubo de queda foi obtido pela Equação 20.

29
Tabela 12 - Ramal de descarga (Banheiro)
Trecho UHC Qte Ø (mm) UHCtotal
CHe-CS 2 3 40 6
LV-CS 1 3 40 3
BA-CS 2 3 40 6
BS-TQ 6 3 100 18
TOTAL 31

UHC = n × UHC
(Equação 20)
UHC = 5 × 31
UHC = 155

Onde:
n= nº de pavimentos
UHC= Unidade Hunter de Contribuição para cada pavimento

Figura 13 - Dimensionamento do Tubo de Queda

Verificando a Figura 13, observamos o valor total de contribuição de 155 UHC,


estimamos os tubos de queda 100 mm, o mesmo podendo receber um valor de contribuição de
até 500 UHC.

5.1.2. Tubo de gordura


No dimensionamento do tubo de gordura, é levado em consideração a vazão de
efluentes gordurosos provenientes de cozinhas ou áreas de preparação de alimentos. É
importante escolher um diâmetro apropriado para garantir um escoamento adequado e evitar
acúmulos e obstruções do sistema. Considerando que para esse cálculo, temos somente uma
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Campus Universitário de Tucuruí -CAMTUC
Sistema Prediais Hidrossanitários
MGV Projetos

pia na cozinha, então é utilizado a Equação 19 e posteriormente o diâmetro de 75 mm foi


encontrado através da Figura 13. O diâmetro está destacado na Tabela 13

Tabela 13 - Tubo de Gordura (Cozinha)


Trecho UHC Qte Ø (mm) UHCtotal
PIA-TQ 1 3 50 3
TOTAL 3

UHC =5×3
UHC = 15

Verificando a Tabela 13, observamos o valor total de contribuição de 15 UHC,


estimamos os tubos de queda 50 mm, o mesmo podendo receber um valor de contribuição de
até 24 UHC. Porém, para fins de segurança, adotaremos um tubo com diâmetro de 100 mm,
evitando assim, possíveis entupimentos.

5.1.3. Tubo Secundário


O tubo secundário será dimensionado para efluentes provenientes da área de serviço,
onde teremos os seguintes aparelhos e suas contribuições através da Tabela 14:

Tabela 14 - Tubo Secundário (Lavanderia)


Trecho UHC Qte Ø (mm) UHCtotal
MA-TS 3 1 40 3
TA-TS 3 1 40 3
TOTAL 6

UHC =6×5
UHC = 30

Sendo assim, observando a tabela da Figura 13, o diâmetro mínimo escolhido foi de 75
mm, porém por critério de norma adotará 100 mm.

5.1.4. Ramal de Ventilação


O dimensionamento do ramal de ventilação é realizado com base em critérios
específicos, levando em consideração o número, tipo e distância dos aparelhos sanitários

31
conectados. O diâmetro apropriado para o ramal de ventilação é selecionado para garantir uma
ventilação adequada do sistema de esgoto, evitando a formação de pressões negativas,
bloqueios e acumulação de gases prejudiciais. Utilizando a tabela da Figura 14, foi possível
selecionar os diâmetros de acordo com a demanda em unidades hunter de contribuição da
lavanderia, cozinha e banheiros, respectivamente indicados na Tabela 15.

Figura 15 - Dimensionamento de ramais de ventilação

Tabela 15 - Diâmetro do ramal de ventilação


Ambientes UHC Ø (mm)
Lavanderia 3 50
Cozinha 6 50
Banheiros 31 75

5.1.5. Coluna de Ventilação


O cálculo da coluna de ventilação é realizado levando em consideração a vazão de ar
necessária para evitar a formação de pressões negativas e garantir a adequada ventilação do
esgoto. Para esse dimensionamento, foi utilizado a tabela recomendada pela NBR 8160 (1999),
indicada pela Figura 15, onde como parâmetros de filtragem, foram utilizados o diâmetro do
tubo de queda de cada um e o comprimento mínimo para escolher o comprimento permitido,
indicado pela Equação 21.

C í = 3×n
Equação 21
C í = 3×5
C í = 15 m

Figura 15 - Dimensionamento do tubo de ventilação


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Tabela 16 - Comprimento da coluna de ventilação


Ambientes UHCtotal Øn (mm) Comprimento Øv (mm)
permitido
Lavanderia 36 75 29 50
Cozinha 18 50 46 50
Banheiros 186 100 52 75

É importante ressaltar que os comprimentos permitidos foram escolhidos de acordo


com o menor valor obedecendo o diâmetro nominal, isso explica os valores diferentes na
Tabela 16.

5.1.6. Caixa de Inspeção

33
Caixa de inspeção Profundidade (m)
1 0,75
2 0,8
3 0,9
4 0,75
5 0,8
6 1

Foram adotadas 6 caixas de inspeção quadradas com os lados igual a 0,80 m e com
profundidade variável para permitir a inclinação mínima.

5.1.7. Caixa de Gordura


Para dimensionar as caixas de gordura, foi levado em consideração que as mesmas
teriam capacidade para receber os efluentes das 5 pias por pavimentos. Sendo assim, para coleta
de três até doze cozinhas, é recomendado pela norma, o uso da caixa de gordura dupla, com as
dimensões:

● Diâmetro interno >= 0,60m


● Parte submersa do septo = 35cm
● Diâmetro do tubo de saída = 100mm
● Volume de retenção = 120L

5.1.8. Coletores e Subcoletores


No dimensionamento dos coletores e subcoletores usaremos como referência a tabela
na Figura 16, a mesma nos dará os diâmetros nominais e as inclinações necessárias.

Figura 16 - Dimensionamento de Coletores e Subcoletores

Para definirmos o diâmetro nominal dos subcoletores, foram observadas as


contribuições que cada caixa de inspeção recebe, considerando que as bacias sanitárias estão
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sendo utilizadas ao mesmo tempo, haja vista, que para critério de dimensionamento, devemos
utilizar o aparelho com maior contribuição de descarga. De acordo com o UHC do tubo de
queda, iremos verificar o diâmetro a ser adotado e suas inclinações (Tabela 17).

Tabela 17 – Dimensionamento de coletores e subcoletores


CI Contribuição UHC total Diâm. (mm) Incl. min
(%)
1 TQ+CI1 120 100 1
2 TQ+CI2 120 100 1
3 TQ+CI3 120 100 1
4 TQ+CI4 120 100 1
5 TQ+CI5 120 100 1
6 TQ+CI6 120 100 1
7 CI5+CI6 720 150 2

6. REFERÊNCIAS

ABNT NBR 5626. Instalação predial de água fria, 2020.

ABNT NBR 8160. Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro,
1999.

35

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