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Química Inorgânica Experimental

Roteiro 10 (Química e Engenharias) – 2023/1

Síntese do [Cu(gly)2].H2O
Roteiro 10
Introdução à Espectroscopia UV/Vis
Estudante: Data:
Professor(a): Turma:

Pré-Laboratório

1. Após ler o Roteiro de Prática, elabore um Fluxograma indicando todas as etapas a serem
realizadas para a preparação do composto [Cu(gly)2].H2O.

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2. Escreva a equação química balanceada para a síntese do composto.

3. Complete o quadro a seguir.

Quadro 1. Quantidades de reagentes utilizados e de produtos previstos


Massa Quantidade de Quantidade máxima Quantidade de
Substância Molar reagentes de produtos reagentes excedente
g mol-1 g mmol g mmol g mmol
Cu(CH3COO)2.H2O 199,649 XXXX XXXX

H2NCH2COO (Hgly) 75,067 XXXX XXXX

[Cu(gly)2].H2O 229,679 XXXX XXXX XXXX XXXX

4. Desenhe a estrutura do ânion glicinato (gly) e dos isômeros cis e trans do [Cu(gly)2].

5. O espectro de absorção na região do ultravioleta e visível para uma solução aquosa do íon
[Ti(H2O)6]3+ tem uma banda com máximo de absorção próximo a 500 nm. Qual é a cor esperada
para a solução desse íon?

6. Explique a origem da cor da solução do íon [Ti(H2O)6]3+. Para isso, utilize argumentos da Teoria
do Campo Cristalino.

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7. Caso os ligantes água sejam substituídos por ligantes amônia no íon [Ti(H2O)6]3+, o que deve
ocorrer com o comprimento de onda que corresponde ao máximo de absorção? Justifique sua
resposta.

Introdução

Objetivos
Realizar a síntese do [Cu(gly)2].H2O e avaliar de forma qualitativa a influência de diferentes
ligantes sobre as cores observadas em complexos Cu(II).

Glicina – um ligante bidentado


A glicina (H2NCH2COOH = HGly) é um dos 20 aminoácidos de ocorrência natural, sendo o
menor aminoácido dos usados como blocos de construção das proteínas em sistemas biológicos. A
glicina é um sólido incolor que em meio aquoso forma um composto iônico contendo carga positiva e
negativa na mesma molécula. Este tipo de composto é também conhecido como zwitterion.

Figura 1. Glicina, forma não carregada (esquerda) e zwiteriônica (direita).

A glicina pode se apresentar tanto protonada quanto desprotonada, conforme o equilíbrio


químico representado a seguir:

HOOCCH2NH3+ - OOCCH2NH3+ - OOCCH2NH2


Ka1 Ka2
H2Gly+ HGly Gly-

H2Gly+ comporta-se, portanto, como um ácido diprótico com pKa1 = 2,35 e pKa2 = 9,78. Sua
forma desprotonada, o ânion glicinato (Gly-), funciona como um ligante bidentado, visto que os grupos
NH2 e COO- são doadores de pares de elétrons.
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Muitas proteínas e enzimas têm um ou mais íons metálicos e isto é muitas vezes essencial para
a sua atividade. Entender as interações entre aminoácidos e íons metálicos é de importância
fundamental para entender a função das metaloproteínas. Assim, esta prática relaciona-se com um
importante campo de estudos dentro da química inorgânica: a Química Bioinorgânica.
O produto que será obtido da reação entre Cu2+ e glicina apresenta-se na forma de cristais
azuis, sendo solúvel em água quente. O composto é pouco solúvel na maioria dos solventes orgânicos
comuns, como acetona, clorofórmio, etanol e metanol.
A reação de formação do complexo de Cu(II) pode ser descrita pela equação:

Cu(CH3COO)2 (aq) + 2 Hgly (aq) + H2O (l) ® [Cu(gly)2].H2O (s) + 2 CH3COOH (aq)

Como se observa nessa equação, para formar o complexo cada molécula de glicina perde um
íon hidrogênio formando o glicinato (não confundir com o zwiteríon mostrado na Figura 1). O íon
hidrogênio da glicina é transferido para o acetato, antes ligado ao íon Cu2+, que atua como base de
Brönsted neste contexto.
O complexo [Cu(gly)2] tem geometria quadrada e o glicinato coordena-se como um quelato
por meio do átomo de oxigênio e do nitrogênio. Portanto, neste complexo é possível a isomeria
cis/trans. O isômero cis é o que será obtido e ele pode ser convertido no isômero trans após um longo
aquecimento.
Além de preparar o complexo [Cu(gly)2], será realizada neste experimento a avaliação
qualitativa da influência de diferentes ligantes sobre as cores observadas em complexos análogos de
Cu(II) e será feita uma correlação das cores com os espectros de absorção na região dos ultravioleta e
visível desses complexos.

Cores nos complexos de metais de transição e espectroscopia de absorção na região do ultravioleta


e visível (UV/Vis)
Neste experimento será realizada a avaliação qualitativa da influência de diferentes ligantes
sobre as cores observadas em complexos de Cu(II). Além disso, será feita uma correlação das cores
com os espectros de absorção na região do ultravioleta e visível desses complexos.
Uma das principais características dos complexos de metais de transição é o fato de serem
geralmente coloridos, ou seja, possuem bandas de absorção da radiação eletromagnética na região
do visível do espectro eletromagnético. A região do visível constitui uma pequena parte do espectro
eletromagnético, indo desde 370 a 750 nm (por simplificação, costuma-se dizer de 400 a 700 nm). A
absorção de radiação na região do visível pelos complexos de metais de transição depende da
presença de elétrons d no íon metálico (no mínimo 1 e no máximo 9 elétrons) e da existência de grupos
ou ligantes que provoquem o desdobramento dos orbitais d em pelo menos dois conjuntos de orbitais
de energia diferente. O exemplo mais simples é o do [Ti(H2O)6]3+, de geometria octaédrica. Os orbitais
d são desdobrados em dois conjuntos de energia diferente pelos elétrons dos ligantes: o conjunto
rotulado como t2g de menor energia e o conjunto rotulado como eg, de maior energia. A passagem do
único elétron d do nível t2g para o nível eg ocorre com a absorção de luz na faixa do visível. Para outros
complexos, a absorção poderá ocorrer no visível, mas em comprimentos de onda distintos. A região
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em que a absorção ocorre será influenciada pelo metal central, seu estado de oxidação, seus ligantes
e sua geometria. Portanto, os espectros de absorção na região do ultravioleta e visível são uma
ferramenta importante para se conhecer a geometria (simetria) ao redor do íon metálico nos
compostos de coordenação. Um estudo detalhado da Espectroscopia de absorção na região do
ultravioleta e visível (UV/Vis) em complexos de metais de transição está fora do escopo desta
disciplina e será tratado em disciplinas mais avançadas de Química Inorgânica. Entretanto, neste
experimento, trataremos dos fundamentos desta técnica.
A luz branca é constituída de três cores primárias (vermelho, amarelo e azul). Estas cores
primárias podem ser misturadas para fazer três cores secundárias (laranja, verde e violeta). Laranja é
uma mistura de vermelho com amarelo, verde é a mistura de amarelo com azul e violeta resulta de
azul com vermelho. Quando a radiação da luz visível incide sobre a solução de um complexo de metal
de transição, parte desta radiação é absorvida. A cor desta solução é dada então pela radiação que
não é absorvida (chamada de radiação complementar), que passa pela solução e chega aos olhos do
observador.
A Tabela 1 mostra mais detalhadamente a relação entre radiações absorvidas e as cores que
são percebidas pelo olho humano.

Tabela 1 – Cores absorvidas e observadas


Faixa de radiação Cor da radiação absorvida Cor observada (cor
absorvida (em nm) complementar)
400 - 435 violeta esverdeado amarelo esverdeado
435 - 480 azul amarelo
480 - 490 verde-azul alaranjado
490 - 500 azul-verde vermelho
500 - 560 verde púrpura (verm.+ violeta)
560 - 575 amarelo-verde violeta
575 - 590 amarelo azul
590 - 605 alaranjado azul esverdeado
605 - 730 vermelho verde azulado
730 - 760 púrpura verde

O diagrama mostrado na Figura 1 é conhecido como disco de Newton e relaciona a cor


absorvida pelo composto com sua cor complementar (que está diametralmente oposta no disco), a
qual é a percebida como tal pelos seres humanos sem anomalia na visão.

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Faixa de radiação Cor da radiação Cor observada


absorvida (em nm) absorvida (cor complementar)
< 380 ultravioleta -
380 - 420 violeta amarelo
420 - 440 azul violáceo laranja amarelado
440 - 470 azul laranja
470 - 500 verde azulado vermelho alaranjado
500 - 520 verde vermelho
520 - 550 amarelo esverdeado violeta avermelhado
550 - 580 amarelo violeta
580 - 600 laranja amarelado azul violáceo
600 - 620 laranja azul
620 - 640 vermelho alaranjado verde azulado
640 - 680 vermelho verde
680 - 780 violeta avermelhado amarelo esverdeado
Figura 1 - Disco de Newton e correlação entre cores absorvidas e observadas.

Espectrofotômetro de absorção na região do UV/Vis


Para um estudo mais preciso e quantitativo da absorção de luz, pode-se utilizar um
espectrofotômetro de absorção na região do UV/Vis. Tal instrumento faz passar um feixe de luz
monocromática (radiação com faixa estreita de comprimentos de onda) através de uma solução
contendo a substância estudada e mede a quantidade de luz absorvida em relação à luz incidente.
Essa absorção é registrada em função do comprimento de onda da luz incidente e esse registro chama-
se espectro de absorção na região do UV/Vis.
Para se obter o feixe de luz monocromática, pode-se utilizar um prisma, que separa a luz em
feixes com diferentes comprimentos de onda. Nos espectrofotômetros modernos utiliza-se uma
grade de difração, que tem a função equivalente à do prisma. Na Figura 2 há um esquema de um
espectrofotômetro de feixe simples: uma fonte de luz emite radiação policromática, a qual passa por
uma grade de difração e é separada em regiões no espaço contendo luz monocromática (tal como
acontece no arco-íris com a separação das cores da luz branca em faixas de luz colorida). O anteparo
com a fenda faz com que apenas parte dessa radiação incida sobre a amostra: uma radiação
aproximadamente monocromática (pouca variação do comprimento de onda - l). Pela rotação da
grade de difração é possível variar o comprimento de onda da luz que passa pela fenda. O detector é
um dispositivo eletrônico (um diodo) que gera um sinal elétrico proporcional à luz incidente. Se a luz
incidente for total ou parcialmente absorvida pela amostra, isto gerará uma variação de sinal no
detector cuja intensidade é proporcional à luz que chega até ele. A rotação da grade de difração e o
sinal do detector são sincronizados de modo que é possível registrar a absorção em função do
comprimento de onda da luz incidente em um computador, que além disso, armazena os dados.

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Figura 2 - Espectrofotômetro de absorção na região do UV/Vis de feixe simples


(http://www.c2o.pro.br/automacao/x2033.html)

Na realidade, é feita uma comparação entre a radiação que incide na amostra (Io) e a radiação
que a atravessa ou é transmitida (I). Inicialmente registra-se a radiação absorvida pelo solvente e o
registro é armazenado no computador (Io). Um solvente adequado, além de dissolver a amostra, deve
ter uma absorção desprezível na região de interesse. Em seguida registra-se a radiação (I) absorvida
pela solução (solvente + substância a ser analisada). Em um determinado valor de l, se I < Io, significa
que a substância absorveu parte da radiação que incidiu na amostra. É definido então, para cada l,
𝑰
𝑨 = 𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 & 𝑰𝒐', em que A = absorbância (uma quantidade adimensional).
Um espectro de absorção na região do UV/Vis corresponde ao registro da absorbância em
função do comprimento de onda e caracteriza-se por possuir valores máximos em determinados
valores de l, que são então denominados lmax, em geral apresentados em nm (10-9 m ou 10-7 cm). Os
comprimentos de onda dos máximos de absorção das bandas observadas podem ainda ser
𝟏 𝒙 𝟏𝟎𝟕
convertidos para “número de onda” (𝝂), usando-se a relação: 𝝂 = 𝝀 (𝒏𝒎) , sendo o número de onda
𝝂 expresso em cm-1.
A conveniência de se usar o ¯ν é que esta grandeza é diretamente proporcional à energia da
radiação, ao contrário de , que é inversamente proporcional à energia da radiação.
Na Figura 3 são mostrados os espectros de soluções do seguintes íons hexa-hidratados, ou seja
[M(H2O)6]n+: Ti3+, íon d1; V4+ (na realidade íon VO2+), íon d2, Cr3+, íon d4; Mn2+, íon d5; Fe2+, íon d6; Co2+,
íon d7; Ni2+, íon d8; Cu2+, íon d9. Todas as soluções são 0,020 mol L-1, exceto as de Mn2+ (1,000 mol L-1)
e de Fe2+ (0,100 mol L-1) que são muito mais concentradas que as demais. Essas duas soluções
precisam ser mais concentradas porque são muito menos coloridas.
Outro ponto a ser observado é que alguns desses íons hidratados, como o Cr3+, possuem mais
de uma absorção na região do visível, enquanto outros não possuem nenhuma (caso do Fe2+). Embora
todos sejam hexa-hidratados e provavelmente tenham geometria octaédrica, a diferença nos
espectros é devida às diferentes configurações eletrônicas.

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Figura 3 - Espectros eletrônicos de íons hidratadas, [M(H2O)6]n+, da primeira série de transição.

A lei de Beer
Existe uma relação linear entre a absorbância medida (A, eixo y) em um determinado l e a
concentração de soluções, dada pela equação de Lambert-Beer:

A=e ×l×C
em que:
ε é chamado de coeficiente de absorção ou absortividade molar e é característico da substância;
l é o caminho óptico da luz através da solução (na prática os reservatórios de amostra ou cubetas são
geralmente construídos para ter 1,0 cm de caminho óptico) que contém a solução;
C é concentração da solução (em mol L-1).

O coeficiente de absorção (ou absortividade molar) pode ser determinado construindo-se um


gráfico da absorbância em função da concentração da substância. Portanto, conhecidos o caminho
óptico e o coeficiente de absorção é possível determinar a concentração desconhecida de uma
substância analisada pela medida da absorbância da solução em um espectrofotômetro e
interpolação na reta do gráfico A versus C.

Parte Experimental

Materiais
Conjunto básico, conjunto para síntese, conjunto para filtração à vácuo, conjunto de
agitação/aquecimento.

Reagentes
Conjunto de soluções de teste, acetato de cobre(II) monoidratado, glicina, etanol, éter etílico,
soluções aquosas de amônia 1,0 mol L-1; citrato de sódio 1,0 mol L-1; cloreto de sódio (solução

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saturada); etilenodiamina 1,0 mol L-1; glicinato de sódio 1,0 mol L-1; oxalato de potássio 0,2 mol
L-1; nitrito de sódio 1,0 mol L-1 e sulfato de cobre 1 e 0,1 mol L-1.

Procedimento para a síntese do [Cu(gly)2].H2O


a) Transferir 1,60 g de glicina para um béquer de 100 mL, adicionar 20 mL de água destilada,
agitar e aqueçer no banho de água à temperatura de 80 oC até que ocorra a completa dissolução
da glicina. Anotar a massa de glicina pesada no Cad-Lab.
b) Preparar uma solução aquosa contendo 2,00 g de acetato de cobre(II) mono-hidratado,
Cu(CH3COO)2.H2O (anotar a massa pesada no Cad-Lab), e 20 mL de água em um béquer de 250
mL. Agitar e aquecer a mistura em um banho de água à temperatura de 80 oC até formar uma
solução azul clara. Aquecer previamente 20 mL de etanol 95% e adicionar à solução.
c) Adicionar a solução de glicina à solução do acetato de cobre, lentamente, e com agitação
constante. Manter ambas as soluções aquecidas durante todo o processo.
d) Deixar a solução esfriar e colocar o béquer contendo a mistura em um banho de gelo para
completar a cristalização.
e) Antes de iniciar a filtração, em tubos de ensaio distintos, colocar 5 mL de água, 5 mL de etanol
e 5 mL de éter etílico. Colocar os tubos em um béquer com água e gelo e aguardar pelo menos 5
minutos.
f) Separar o produto por filtração usando um funil de Büchner;
g) Lavar o produto, gotejando sobre o sólido com uma pipeta-pasteur, 5 mL dos seguintes
solventes: água gelada, etanol gelado e éter etílico gelado.
h) Descartar o conteúdo do kitassato e deixar o sólido secar por 5 minutos sob fluxo de ar da
bomba de vácuo.
i) Determinar a massa de produto obtido e anotar no Cad-Lab.
j) Guardar o composto obtido em frasco apropriado e rotulado.

Avaliação qualitativa da influência dos ligantes sobre os espectros de absorção de complexos


de Cu2+
As soluções de muitos complexos de transição contendo Cu2+ são azuis. No caso do
complexo [Cu(H2O6]2+, o seu espectro mostrado na Figura 4, tem lmax em cerca de 800 nm (região
do infravermelho próximo), mas estende-se até a região do visível, ou seja, ele absorve parte da
luz na porção vermelho-laranja-amarelo da radiação visível, e transmite integralmente na porção
verde-azul-violeta. Esta é a razão da solução ser azulada. O íon Cu2+ será complexado com vários
tipos de ligantes e a mudança na coloração dos complexos formados será analisada.

Procedimentos

Preparar 8 tubos de ensaio de mesmo tamanho e colocar em cada um deles 20 gotas


(equivalentes a 1 mL) das seguintes soluções:

• Tubo 1: água destilada


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• Tubo 2: amônia 1 mol L-1


• Tubo 3: etilenodiamina 1 mol L-1
• Tubo 4: glicinato de sódio 1 mol L-1
• Tubo 5: citrato de sódio 1 mol L-1
• Tubo 6: oxalato de potássio 0,2 mol L-1
• Tubo 7: cloreto de sódio (solução saturada)
• Tubo 8: nitrito de sódio 1 mol L-1

Em cada tubo adicionar 2 gotas da solução de sulfato de cobre 1 mol L-1, exceto para o
tubo 6, em que devem ser adicionadas 3 gotas da solução de sulfato de cobre 0,1 mol L-1.
Observar a cor de cada solução e anotar no Quadro 1 do Cad-Lab.

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Cad-Lab

1. Complete o quadro a seguir:

Massa usada (em g) de Cu(CH3COO)2.H2O:

Pureza/teor do Cu(CH3COO)2.H2O:

Massa usada (em g) de H2NCH2COO (Hgly)

Pureza/teor do H2NCH2COO (Hgly):

Rendimento calculado/teórico - massa (em g) de [Cu(gly)2].H2O:

Deixar os cálculos indicados.

Massa obtida experimentalmente (em g) de [Cu(gly)2].H2O:

Rendimento experimental (%):

Deixar o cálculo indicado.

Comente o rendimento experimental:

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2. A Figura 4 mostra os espectros de absorção na região do visível e do infravermelho próximo


das soluções que foram preparadas nesta prática.

Figura 4 - Espectros de absorção das diversas soluções de Cu2+ obtidas na prática,


(concentração 0,25 mol L-1 e caminho óptico = 1,0 cm).

Com as cores observadas experimentalmente, os dados da Tabela 1 e da Figura 4, complete o


Quadro 1 a seguir.

Quadro 1 - Correlação entre cores e comprimentos de onda absorvidos.


Possível fórmula
Tubo lmax (nm)a Cor esperadab Cor observada
do complexoc
1
2
3
4
5
6
7
8
a
Obtidos da Figura 4; bpara a cor esperada consulte a Tabela 1 ou a Figura 1; cconsidere
complexos octaédricos que possuam apenas um tipo de ligante na esfera de coordenação.

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3. Se for o caso, explique a diferença da cor esperada pelo lmax e a cor efetivamente observada.

4. Ordene os ligantes: água, amônia, citrato, cloreto, etilenodiamina, glicinato, nitrito e oxalato,
na ordem crescente de energia do desdobramento do campo cristalino. Para isso, utilize a Figura
4 como referência para correlacionar o máximo de absorção com o desdobramento de campo.

Bibliografia
1. POLTS, R.A. J. Chem. Ed. 51 (1974) 539-540.
2. VOGEL, A.I.; BASSETT, J. Análise Inorgânica Quantitativa: incluindo análise instrumental
elementar. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. 690p.

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