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INSTITUTO DE QUÍMICA
PROJETO 1
Separação de uma mistura enantiomérica R/S Ibuprofeno
CAMPINAS
2023
1. OBJETIVO
Extrair o fármaco ibuprofeno racêmico de comprimidos comerciais e empregá-lo na
preparação de duas amidas diastereoisoméricas empregando um reagente de acoplamento.
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fonte: os autores.
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Em que: ẟ - deslocamento químico médio; d - Duplete; t - triplete; q- quartete; m -
multiplete; ddd - Duplete de Duplete de Duplete.
A partir do espectro obtido, destacam-se, que temos simetria nos hidrogênios dos
grupos CH3 , sendo estes referentes ao sinal que integra para 6. O sinal que integra para 3 a
1,53 ppm é referente aos hidrogênios do grupo metil. Temos dois pares no anel aromático que
apresentam simetria, sendo os dois sinais em 7,62 - 7,13 ppm. O sinal que integra para 2 é
referente aos hidrogênios do CH2 em 2,48 ppm. E para o hidrogênio da hidroxila
apresentando integração em 10,13 ppm.
Parte 2: reação do ácido carboxílico com amina quiral para formação de amidas
diastereoisoméricas
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Logo após, a solução foi deixada em repouso por uma semana. Depois deste tempo, a solução
foi filtrada para remover a dicicloexiluréia e depois de removida, a solução foi transferida
para um balão e levada para o rota-evaporador, evaporando o solvente contido nela.
Figura 2: CCD da Reação. onde: I - Ibuprofeno, M - Mistura ibuprofeno + produto da reação aminas
diastereoisoméricas, F - produto final - ibuprofenamidas diastereoisoméricas. Fonte: os autores.
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realizada a dissolução dos produtos em 10mL de diclorometano (DCM) e, em seguida, cerca
de 3g de sílica. A fase móvel utilizada foi n-hexano/acetato de etila 8:2. A coleta das frações
evidenciou a separação de dois produtos, A e B, com fatores de retenção (RF) de (0,30) e
(0,42), respectivamente. Os cálculos foram realizados com base nos valores
experimentalmente obtidos por cromatografia em camada delgada (CCD), mostrada na
Figura 3.
Figura 3: resultado experimental de cromatografia em camada delgada (CCD) para as frações das
ibuprofenamidas diastereoisoméricas. Fonte: os autores.
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um padrão identificável de multiplicidade - justificável pela resolução do equipamento, ainda,
ou pela presença de contaminantes cujos sinais se sobrepõem aos do analito -. No entanto, é
possível predizer quais suas prováveis atribuições pelos valores de integração e suas
respectivas localizações no espectro obtido: a) os multipletos localizados na faixa de 1 - 2
ppm correspondem aos átomos de Hidrogênio dos substituintes cicloexil na isoureia, com
integração total de ~21; b) na faixa de 2,5 ppm, aos átomos de Hidrogênio do carbono
secundário do substituintes s-butil do anel aromático, com integração de 2,23; e c) na faixa de
3,5 - 4 ppm, aos átomos de Hidrogênio do carbono ligado ao nitrogênio e ao átomo de
Hidrogênio do centro estereogênico (R), com integração total de ~3. Ao total, somam-se as
integrações em 39,63, o que, de maneira aproximada, resulta em 40 átomos de Hidrogênio;
portanto, condizente com a estrutura proposta. A caracterização por ressonância magnética
nuclear de carbono (13C-RMN), com mesmo solvente e frequência de 400MHz, permite
estabelecer a seguinte correlação nas faixas de deslocamento químico: a) δ ~154 ppm:
carbono carbonílico; b) δ 126~140 ppm: carbonos aromáticos de benzeno; c) δ 20~56 ppm:
carbonos dos substituintes cicloexil, s-butil e centro estereogênico.
Os espectros obtidos para caracterização dos diastereoisômeros (R,S) e (S,S) por
ressonância magnética nuclear de hidrogênio (1H-RMN), empregando-se clorofórmio
deuterado como solvente e frequência de 250 MHz encontram-se dispostos nos Anexos F e
H, respectivamente. A partir dos espectros obtidos, destacam-se, para ambos os
diastereoisômeros: a) HA (d, δ 0,85 ppm); b) HF (d, δ 1,33 ppm); c) HI (d, δ 1,49 ppm); d)
HB (m, δ 1,85 ppm); e) HC (d, δ 2,46 ppm); f) HG (q, 3,51 ppm); g) HI (q, δ 5,07 ppm); HD,
HE, HJ, HK e HL (m, δ > 7 ppm). Alguns sinais não foram identificados porque não
apareceram no espectro fornecido. Essas estruturas são elucidadas e complementadas com
base nos espectros de carbono (13C-RMN), nos anexos G e I, realizados em mesmo solvente e
frequência de 62,5 MHz, sendo, para ambos os diastereoisômeros: CF (δ 19,4 ppm), CM (δ
21,5 ppm), CA (δ 22,3 ppm), CB (δ 30,1 ppm), CG (δ 44,9 ppm), CC (δ 48,6 ppm), CI (δ
49,6 ppm), carbonos aromáticos de benzeno (δ 127~143 ppm) e C=O (δ 173,5 ppm). Os
compostos podem ser diferenciados pela realização de COSY 2D[1].
3. CONCLUSÃO
Com base nos espectros (RMN e IV) obtidos, da caracterização através de P.F e testes
qualitativos,foi possível a confirmação de que o composto extraído era o ibuprofeno. A partir
da técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e carbono, foi
possível a elaboração de uma estrutura com base na elucidação dos espectros fornecidos.
Porém, através desses resultados pode-se perceber que a reação do ácido carboxílico com
amina quiral para formação de amidas diastereoisoméricas não foi completa devido a falta de
(S)-metilbenzilamina, levando a formação do intermediário isoureia,
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[2] Kamble, R.; Maheshwari, M.; Paradkar, A.; Kadam, S. Melt Solidification Technique:
Incorporation of Higher Wax Content in Ibuprofen Beads. AAPS PharmSciTech 2004, 5 (4),
75–83. https://doi.org/10.1208/pt050461.
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ANEXOS
ANEXO A
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ANEXO B
8
ANEXO C
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ANEXO D
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ANEXO E
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ANEXO F
12
ANEXO G
13
ANEXO H
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ANEXO I
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