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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO

Laboratório de Processos Industriais I – Turma: Módulo 4 – T2

Prof.ª Patrícia

Datas da prática: 30/05 e 06/06

Gabriel Antônio

Guilherme Alves

Leonardo

“Coagulação-Floculação”

Belo Horizonte

Junho, 2017.
Introdução

O Brasil apresenta um grande problema de saneamento pois apenas 49% do esgoto


produzido é coletado através de rede e somente 10% do esgoto total é tratado. O resultado é
que as Regiões Metropolitanas e grandes cidades concentram grandes volumes de esgoto
coletado que é despejado sem tratamento nos rios e mares que servem de corpos receptores.
Como consequência disso, a poluição das águas que cercam nossas maiores áreas urbanas é
bastante elevada, dificultando e encarecendo, cada vez mais, a própria captação de água para
o abastecimento.

A implantação de uma estação de tratamento de esgotos tem por objetivo a remoção dos
principais poluentes presentes nas águas residuárias, retornando-as ao corpo d’água sem
alteração de sua qualidade.

As águas residuárias de uma cidade compõem-se dos esgotos sanitários e industriais sendo
que estas, em caso de geração de efluentes muito tóxicos, devem ser tratados em unidades das
próprias indústrias.

A escolha do tratamento depende das condições mínimas estabelecidas para a qualidade da


água dos mananciais receptores, função de sua utilização. Em qualquer projeto é fundamental
o estudo das características do esgoto a ser tratado e da qualidade do efluente que se deseja
lançar no corpo receptor. Os principais aspectos a serem estudados são vazão, pH e
temperatura, demanda bioquímica de oxigênio - DBO, demanda química de oxigênio - DQO,
toxicidade e teor de sólidos em suspensão ou sólidos suspensos totais.(1)

A coagulação pode ser utilizada como alternativa para a remoção de material em suspensão
ou coloidal pra tratamento de efluentes industriais. A coagulação é um processo de
desestabilização das partículas coloidais.

2. Objetivo

O objetivo da prática realizada foi à determinação da melhor maneira de se purificar uma


fonte hídrica contendo coloração, de acordo com a pratica realizada no artigo “Uso de
técnicas combinadas para tratamento de efluentes têxteis separação físico-química e
fotodegradação UV-H2O2”

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3. Materiais e Reagentes

Agitadores magnéticos, Béqueres, Provetas, Pipetas de Pauster, Erlenmeyers, Solução


Problemas, Sulfato de Alumínio, Hidróxido de Cálcio, Espectrofotômetro.

4. Procedimentos

No experimento 1 transferiu-se para um béquer de 250mL o efluente com uma concentração


de 33 mg/L de azul de metileno iniciou-se a agitação rápida e o meio foi acidificado em
diferentes pHs em seguida adicionou-se simultaneamente as dosagens de cal e sulfato de
alumínio de acordo com a tabela 2 a velocidade de rotação foi reduzida para moderada,
aproximadamente 40 rpm após o findar do prazo efetuou-se a leitura da Absorbância para se
obter as concentração.

No experimento 2 transferiu-se para um béquer de 250mL o efluente com uma concentração


de 33 mg/L de azul de metileno iniciou-se a agitação rápida e o meio em um pH comum a
todos em seguida adicionou-se simultaneamente as dosagens de cal de igual quantidade e
sulfato de alumínio em diferentes quantidades de acordo com a tabela 3 a velocidade de
rotação foi reduzida para moderada, aproximadamente 40 rpm após o findar do prazo efetuou-
se a leitura da Absorbância para se obter as concentração.

5. Resultados

Para controle e padronização do sistema de avaliação dos resultados, as amostras foram


caracterizadas como sendo de um único lote de geração e oriundas de um mesmo processo
produtivo e submetido às analises dos parâmetros de turbidez.

Os resultados de eficiência expressos nas tabelas foram calculados segundo a seguinte


formula: E(%) = [(Ci – Cf) / Ci ] x100 sendo que:

Ci = Concentração inicial do efluente 33 mg/L Cf = Concentração final

Onde a Cf é obtida juntamente com resultado da Abs da seguinte equação da reta: Y =


0,1522x + 0,0126

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A equação da reta foi obtida pela curva de calibração apresentada na tabela 01.

Concentração mg/L Absorbância

0 0

1,65 0,254

3,30 0,659

4,95 0,769

6,60 0,978

Tabela01: Curva de calibração da amostra de corante.

Na Tabela 2, são apresentados os resultados dos ensaios realizados com o pH fixados em


diferentes pontos , onde se adicionou a mesma quantidade de agente alcalinizante em cada
amostra. E do agente coagulante, para se verificar em qual pH a eficiência seria melhor. Os
resultados obtidos são expressos em relação à concentração de corante.

Tabela 02: Resultados da prática em diferentes pH.


Amostra 1 2 3 4
Ph 3 6 9 12
Volume CaOH (mL) - - 0,5mL 2mL
Volume AlSO4 (mL) 1mL 1mL 1mL 1mL
Volume H2SO4(mL) 2gotas - - -
Absorção 3000 3000 3000 2943
Eficiência 0 0 0 Boa

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Na Tabela 3, são apresentados os resultados dos ensaios realizados com o pH fixados
inicialmente em pH 8, onde se adicionou a mesma quantidade de agente alcalinizante em
cada amostra. Investigou a faixa de adição do agente coagulante em níveis de 200 a 1200
mg/L. Os resultados obtidos são expressos em relação à concentração de corante.

Tabela 03: Resultados da prática com diferentes adições de agente coagulante


Amostra 1 2 3 4
Ph 9 8 8 8
Volume CaOH (mL) 2 2 2 2
Volume AlSO4 (mL) 1 2 4 6
Concentração AlSO4 200 400 800 1200
(mg/L)
Absorção 3000 3000 3000 3000
Eficiência (%) 0 0 0 0

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6. Discussão

Com os cálculos realizados e resultados obtidos pode-se observar em quais amostras e


dosagens possuem maior eficiência.

É importante ressaltar o pH utilizado nos 4 testes, já que apresentaram um pH mais alcalino


por causa do ultimo teste realizado, mostrando ser este o pH mais ideal para remoção do
corante na coagulação-floculação.

Ao rever a tabela, observa-se que, a pesar de maiores quantidades dosadas de sulfato de


alumínio como agente coagulante, ao final de todo o processo apresentaram a mesma
absorbância e com isso a mesma concentração final do corante sendo esta igual ao inicial, ou
seja, apresentando zero de eficiência.

Em suma, o pré-tratamento com a técnica de floculação, seguida da decantação, atenderia


uma eficiência global de remoção (frente ao efluente bruto) dos compostos dos efluentes. A
aplicabilidade e a viabilidade de inclusão deste processo em sistemas de tratamento para este
tipo de efluente é recomendada, como um pré-tratamento a outras técnicas secundárias de
degradação dos poluentes deste efluente (em especial, processos biológicos de tratamento).

Os resultados da prática por não apresentar eficiência visível, ocorreram erros durante alguma
etapa da coagulação como o tempo e gradiente de velocidade necessários à mistura ou
provável erro de dosagem e medição do pH nas amostras.

As reações ocorridas durante a prática da coagulação e floculação são apresentadas a seguir


como forma ilustrativa do processo de remoção utilizado.

(1) Al2(SO4)3.14H2O + 3 Ca(OH)2 2 Al(SO4)3 + 3 CaSO4 + 14 H2O

7. Conclusão

Portanto, conclui-se que o objetivo da prática realizada foi completado, sendo feita as análises
do efluente e suas respectivas eficiências tendo o método coagulação-floculação a quantidades
de dosagem diferentes de agente coagulante e agente alcalinizante.

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O processo de pré-tratamento do efluente através da técnica físico-química
coagulação/floculação apresentado nesse trabalho mostrou-se insatisfatório na remoção dos
sólidos suspensos presentes nas amostras dos efluentes, não contribuindo para uma redução
nos índices de cor. A inclusão de um tratamento biológico após esse sistema se torna uma boa
alternativa na eliminação plena dos constituintes orgânicos residuais do efluente.

8. Referências Bibliográficas

1. Jerônimo, E, Carlos. Uso de técnicas combinadas para o tratamento de efluentes


têxteis: separação físico-quimica e fotodegradação UV-H2O2. Petróleo Brasileiro AS.

2. Amaral, M. C. S. Processos Industriais II Prática. Belo Horizonte: CEFET-MG, 2007.

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