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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE

JANEIRO
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA I
TURMA: QUIM251
PROFESSOR: CLÁUDIO CARDOSO MARINHO

PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO 0,1 mol/L DE NaOH

ALUNAS: CARLA CAROLINA CORREA ALEXANDRE, JAÍNE FARIAS DE


CARVALHO MACHADO E MARIA FERNANDA LEITE ALCANTARA

DATA DE REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 14/07/2022


DATA DE ENTREGA DO RELATÓRIO: 28/07/2022
1. INTRODUÇÃO

A análise volumétrica além de ser amplamente utilizada na determinação de


variadas espécies químicas é considerada uma das técnicas mais importantes dos
estudos de química quantitativa. Caracteriza-se como a medida do volume de uma
solução de concentração conhecida que reage completamente com um constituinte a
ser analisado. Apresenta-se em diferentes métodos, como volumetria de neutralização,
precipitação, complexação e oxidação-redução.
O processo experimental da análise volumétrica é dado a partir da titulação,
constituindo-se como a reação completa entre o analito, denominado titulado, a um
reagente padrão conhecido como titulante. A titulação, geralmente, é realizada pela
lenta adição de uma solução padrão de uma bureta a uma solução de analito em um
frasco Erlenmeyer até que a reação entre os dois seja julgada completa.
Para se fazer uma análise volumétrica é requisitada uma solução padrão, isto é,
refere-se a um reagente de concentração conhecida. Logo, é determinado padrão
primário um composto altamente purificado que serve como material de referência para
a análise, possuindo características como a estabilidade à atmosfera, não ser
higroscópico, custo baixo, entre outros.
Contudo, existe um número limitado de compostos que preenchem esses
critérios e, consequentemente, ocorre a substituição de um padrão primário para um
padrão secundário, onde será padronizado pela análise química e servirá como
referência na titulação. Além disso, a volumetria ácido-base baseada na reação de
neutralização, uma solução padrão ácida pode ser usada para padronizar uma solução
de uma base e vice-versa. O que pressupõe o uso do indicador ácido-base, adicionado
à solução de analito para produzir uma alteração física visível (o ponto final) próximo ao
ponto de equivalência.
Usualmente manuseado no laboratório químico, o hidróxido de sódio não é um
padrão primário, pois apresenta-se como higroscópico e absorve gás carbônico (CO2),
formando carbonato de sódio (Na2CO3), assim, é necessário inicialmente preparar uma
solução de NaOH de concentração próxima daquela desejada e determinar a sua
concentração real através de titulações contra amostras de um padrão primário.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais

• Garra (suporte para buretas);


• Suporte universal;
• Bureta graduada de 25,00 ml;
• Pipeta volumétrica de 10 ml;
• Balão volumétrico de 250,00 ml;
• Erlenmeyer de 250,00 ml;
• Béquer de 50,00 ml;
• Proveta de 10,00 ml.

2.2 Reagentes

• Água deionizada (50 ml);


• Solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L;
• Solução de biftalato de potássio (C8H5KO4) 0,098 mol/L;
• Indicador ácido-base fenolftaleína.

2.3 Métodos

1) Para a montagem do processo de titulação, colocou-se a garra em um suporte


universal e prendeu a ela a bureta, posicionando em baixo um béquer;
2) Realizou-se o ambiente da bureta com a água destilada, isto é, consiste em
passar pelas paredes da bureta inicialmente um líquido a fim de eliminar
possíveis contaminantes;
3) Após o ambiente, a bureta foi aferida, ou seja, adicionou a solução de NaOH na
bureta e acertou o menisco no zero;
4) Com a utilização de uma pipeta volumétrica, pipetou-se 10,00 ml de uma solução
padrão de biftalato de potássio, ao qual foi preparado pela pesagem de 5g ao
0,1mg em balão volumétrico, para um Erlenmeyer;
5) Em seguida, foram adicionados no Erlenmeyer, 50 ml de água deionizada e duas
gotas de fenolftaleína;
6) Procedeu-se a titulação cuidadosamente, adicionando gota a gota, a solução de
NaOH presente na bureta à mistura contida no erlenmeyer, com uma mão
controlou-se a torneira da bureta enquanto a outra promovia a agitação da
vidraria;
7) Quando a solução contida no erlenmeyer sofreu mudança de coloração,
interrompeu-se a adição do titulante fechando rapidamente a torneira da bureta.
8) Anotou-se o volume da solução titulante gasta;
9) Foi repetido mais duas vezes o procedimento.

3. RESULTADOS

Após a utilização do padrão primário solução de Biftalato de Potássio


(KHC8H4O4) com fenolftaleína, obteve-se a seguinte reação:

KHC8H4O4 + NaOH → NaHC8H4O4 + KOH

Percebeu-se que cada vez que a titulação atingia o seu ponto de equivalência,
a coloração ficava rosa. Observou-se também que os volumes gotejados de NaOH para
alcançar o ponto de equivalência (mudança de cor do indicador) foram de 10,20mL para
a 1ª titulação, 10,40mL para a 2ª titulação e 10,32mL para a 3ª titulação.

3.1 Média dos volumes

Para calcular a média utilizou-se os dois volumes mais próximos:

• 2ª titulação= 10,40mL;
• 3ª titulação= 10,32mL.

Réplicas Volume de NaOH (mL)


2 10,40mL Média: 10,36mL
3 10,32mL
Tabela 1 – Média dos volumes

3.2 Média, desvio padrão e coeficiente de variação dos volumes de todos os


grupos que realizaram a prática

Média do volume de
Grupo Média:
NaOH (mL)
10,98ml
1 10,54mL
2 10,36mL Desvio Padrão:
3 10,45mL 0,74191
4 11,53mL Coeficiente de Variação:
5 12,00mL 6,759381
Tabela 2 – Média, desvio padrão e coeficiente de variação

3.3 Concentração real e fator de correção do NaOH

De acordo com os estudos de Volumetria, no ponto de equivalência, o número


de mols do titulante (NaOH) é equivalente ao número de mols do titulado (KHC8H4O4 e
fenolftaleína), logo, pode-se calcular a concentração real em mol/L de NaOH.

3.3.1 Cálculo da concentração de Biftalato de Potássio

Primeiramente foi preciso calcular a concentração da solução de Biftalato de


Potássio em mol/L através da fórmula C(mol/L) = m(g)/MM(g/mol) x V(L), onde:
C = concentração em mol/L;
m = massa em gramas;
MM = massa molar;
V= volume em litros.

Dados a respeito do preparo da solução eram conhecidos, sendo a massa igual


a 5g, massa molar igual a 204,23g/mol e volume de 250,00mL, então, a concentração
da solução de Biftalato de Potássio se dá por:

C = 5g/204,23g/mol x 0,25L
C ≅ 0,098 mol/L de Biftalato de Potássio

3.3.2 Diluição da solução de Biftalato de Potássio

Como foram transferidos 10,00mL da solução de Biftalato de Potássio para um


Erlenmeyer e em seguida foi adicionado 50,00mL de água, faz-se necessário calcular a
concentração da solução após a diluição.
Pode-se calcular através da fórmula Ci x Vi = Cf x Vf, onde:

Ci = concentração inicial;
Vi = volume inicial;
Cf = concentração final;
Vf = volume final.

Aplicando a fórmula, a nova concentração se deu por:

0,098mol/L x 10,00mL = Cf x 60,00mL


Cf = 0,0163mol/L de Biftalato de Potássio

3.3.3 Concentração real de NaOH

Utilizando a relação existente entre as concentrações e volumes do titulante e


titulado (Ctitulante x Vtitulante = Ctitulado x Vtitulado), tem-se que:
CNaOH x 10,36mL = 0,0163mol/L x 60,00mL
CNaOH = 0,094mol/L

3.3.4 Fator de correção (Fc)

O cálculo do fator de correção (Fc) se dá por Fc = concentração real (calculada


via titulação) /concentração aproximada (teórica). Então:

Fc = 0,094mol/L/0,1mol/L
Fc = 0,94

4. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Analisando os resultados da atividade experimental, conclui-se que, utilizando o


processo de titulação, foi possível determinar a concentração real e padronizar a
solução de NaOH através de um padrão primário, neste caso a solução de Biftalato de
Potássio.

Referências Bibliográficas

SKOOG, D.; WEST, D.; HOLLER, J. et al. Fundamentos de Química Analítica. 2. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2014. 320 p.

ALVES, L. Tipos de Volumetria. In: MundoEducação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/tipos-volumetria.htm. Acesso em: 20 de
julho de 2022.

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