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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

ENGENHARIA DE MATERIAIS

Ana Luísa Alves Gomes


Bruna Neves Penido de Andrade
José Gabriel Polotto de Souza
Pedro Augusto Antunes Bispo

Prática 1: Preparo e Padronização de Soluções

BELO HORIZONTE
2023
Ana Luísa Alves Gomes
Bruna Neves Penido de Andrade
José Gabriel Polotto de Souza
Pedro Augusto Antunes Bispo

Prática 1: Preparo e Padronização de Soluções

Relatório desenvolvido a fim de descrever


o preparo e a padronização de uma
solução de NaOH.

Professora: Júnia de O. A. Binatti

BELO HORIZONTE
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

2 OBJETIVO............................................................................................................ 4

3 PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................... 5

3.1 Materiais e Reagentes ........................................................................................ 5

3.2 Procedimentos .................................................................................................... 5

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 7

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO

A padronização de soluções é uma técnica fundamental em laboratórios


químicos, pois permite determinar com precisão a concentração de uma solução de
um reagente a partir de uma reação química controlada. Neste relatório,
descreveremos a padronização de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH)
utilizando biftalato de potássio como reagente padrão primário.
Conforme definido por Skoog, West, Holler e Crouch em "Fundamentos de
Química Analítica," um reagente padrão primário é "uma substância de alta pureza
que pode ser pesada com grande exatidão. É usada na preparação de uma solução
padrão e reage com o analito em uma reação química bem definida" (Skoog et al.,
2013, p. 133). O biftalato de potássio, também conhecido como ácido difenileno-2,2'-
dicarboxílico, é um exemplo de reagente padrão primário comumente utilizado na
titulação ácido-base devido à sua pureza e capacidade de reação controlada.
A titulação, como explicado por Atkins e Jones em "Princípios de Química:
Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente," é "um método analítico no qual a
quantidade desconhecida de uma substância é determinada por adição
cuidadosamente medida de um reagente de concentração conhecida (titulante) até
que a reação química entre os dois reagentes esteja completa" (Atkins & Jones, 2008,
p. 163). Este procedimento permite a determinação precisa da concentração de uma
solução desconhecida.
O termo "padronização", neste contexto, refere-se ao processo de
determinação da concentração exata de uma solução reagente por meio da titulação
com um reagente padrão primário. Essa técnica é crucial para garantir a precisão das
análises químicas quantitativas.
A fundamentação teórica para esta prática baseia-se nos princípios da reação
entre uma base forte (NaOH) e um ácido fraco (biftalato de potássio, também
conhecido como ácido difenileno-2,2'-dicarboxílico).
O biftalato de potássio, C8H5KO4, é um ácido fraco que pode ser
completamente neutralizado pelo NaOH, permitindo que a concentração da solução
de NaOH seja calculada com precisão.
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2 OBJETIVO

Documentar de forma detalhada o procedimento experimental e os cálculos


envolvidos na padronização de uma solução de NaOH utilizando biftalato de potássio
como reagente padrão primário. Pretendemos apresentar os resultados obtidos,
incluindo a concentração da solução de NaOH, bem como discutir as fontes de erro e
as possíveis melhorias no procedimento.
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3 PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais e Reagentes

Utilizamos os seguintes materiais e reagentes no experimento:


- Suporte com garra
- Bureta
- Erlenmeyer
- Béquer
- Balança analítica
- Pipeta volumétrica
- Balão volumétrico
- Água destilada
- Pipetador
- Biftalato de potássio
- Hidróxido de sódio (NaOH)
- Solução alcoólica de fenolftaleína

3.2 Procedimentos

Inicialmente, utilizamos uma proveta de 100 ml para medir com precisão 50 ml da


solução de NaOH preparada no laboratório. Esses 50 ml foram cuidadosamente
transferidos para um balão volumétrico. Para completar o volume no balão até a marca
de aferição, usamos água destilada.

• Padronização da Solução de NaOH:

No processo de padronização da solução de NaOH, procedemos da seguinte


maneira:
1. Pesamos a quantidade necessária de biftalato de potássio e a adicionamos a
aproximadamente 20 ml de água destilada. Isso foi feito em um Erlenmeyer.
2. Completamos a bureta com a solução de NaOH preparada anteriormente.
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3. Adicionamos 2 gotas de fenolftaleína ao Erlenmeyer, que funciona como


indicador.

4. Iniciamos a titulação da solução de biftalato de potássio no Erlenmeyer com a


solução de NaOH da bureta. Continuamos a titulação até que uma leve coloração
rosada fosse observada.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente, encontrou-se a equação que representa a padronização do


NaOH, utilizando o biftalato de potássio (um sal com carácter ácido mas considerado
forte):
KHC8H4O4 + NaOH ↔ KNaC8H4O4 + H2O

O NaOH tem que ser padronizado, uma vez que não pode ser considerado uma
solução primária, pois, para ser uma solução primária a solução deve possuir grau de
pureza elevado, fácil secagem, ser estável, pura ou em solução, não ser volátil,
possuir alta massa molar e não ser higroscópica. O NaOH é uma solução altamente
higroscópica, ou seja, absorve muita água, dificultando a pesagem.
Deve-se levar em conta que a partir do momento em que a solução torna-se
rosada a titulação chegou ao fim, ou seja, consumiu-se todo ácido e toda a base. Com
isso, obtemos o ponto de equivalência. Como todo ácido e toda a base reagiram,
percebe-se que a solução tornou-se neutra, logo o pH do ponto de equivalência,
também, é neutro. Como é neutro, o pH é próximo de 7.

● Padronização de NaOH

Utilizou-se para fins de conta a massa pesada do biftalato: 1,0236 g. A sua


concentração pode ser calculada já que temos a informação que ele que foi
solubilizado em 50 ml e possui Massa Molar: 204,22 g/mol. Utilizando a fórmula
abaixo:
M = m/MM x V
M = 1,0236 g/0,5L*204,22 g/mol
M = 0,10021 mol/L
Em seguida calculou-se a concentração de NaOH para cada volume de
titulação, utilizando a seguinte fórmula:
C’.V’=C.V
1º Volume (9,90ml):
C.NaOH x 9,90ml = 0,10021 mol/L x 10 ml
C.NaOH = 0,101mol/L
2º Volume (10,20ml):
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C.NaOH x 10,20 ml = 0,10021 mol/L x 10 ml


C.NaOH = 0,0982 mol/L
3º Volume (5,00 ml):
C.NaOH x 4,90 ml = 0,10021 mol/L x 5 ml
C.NaOH = 0,102 mol/L
Os resultados podem ser vistos na tabela abaixo:

Média das concentrações: (0,101) + (0,0982) + (0,102) / 3= 0,100 mol/L


Desvio Padrão: 0,002 mol/L
Resultado final: A concentração de NaOH é (0,100±0,002) mol/L
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5 CONCLUSÃO

Em conclusão, a padronização de soluções desempenha um papel essencial


em laboratórios químicos, possibilitando a determinação precisa da concentração de
soluções de reagentes por meio da titulação com reagentes padrão primário, como o
biftalato de potássio. Este procedimento é crucial para as análises químicas
quantitativas, garantindo resultados confiáveis e contribuindo para o avanço da ciência
química. Além disso, a compreensão dos princípios subjacentes, como a reação entre
uma base forte e um ácido fraco, é fundamental para o sucesso desses experimentos
e a obtenção de dados precisos. Portanto, a padronização é uma técnica valiosa que
sustenta a pesquisa e as aplicações práticas no campo da química analítica.
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REFERÊNCIAS

Skoog, D. A., West, D. M., Holler, F. J., & Crouch, S. R. (2013). Fundamentos de
química analítica. Cengage Learning.

Atkins, P., & Jones, L. (2008). Princípios de química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente (Vol. 1). Porto Alegre: Bookman.

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