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CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

UNIFATEC PR

Guilherme de Lazari da Silva


Heverton Rafael
Nathan Chagas da Silva
Samira Teles Paião

PREPARO E PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO

CURITIBA
2023
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
UNIFATEC PR

Guilherme de Lazari da Silva


Heverton Rafael
Nathan Chagas da Silva
Samira Teles Paião

PREPARO E PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO

Relatório da aula prática realizada


14/11/23 apresentado para avaliação do
Professor Carlos Alves de Oliveira, na
disciplina de Química Geral.

Curitiba, novembro de 2023


3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................6
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL........................................................................6
4. METODOLOGIA....................................................................................................... 7
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................9
6 CONCLUSÃO......................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS...........................................................................................................13
ANEXO – MEMORIAL DE CÁLCULO........................................................................14
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1. INTRODUÇÃO

A titulação é um procedimento de análise quantitativa, também conhecida


como volumétrica, com o objetivo de determinar a quantidade de uma substância
dissolvida em uma determinada amostra, sendo assim, a concentração da solução, a
partir de uma reação química. No processo de titulação, adiciona-se o titulante
(solução na bureta) ao titulado (solução no erlenmeyer). Percebe-se que a titulação
chegou ao fim quando se há uma modificação física que é provocada pela própria
reação entre o titulado e o titulante ou, na maioria dos casos pela adição de um
indicador de teor ácido/base, deixando assim uma coloração diferente do incolor.
(DIAS, Diogo Lopes)
Solução é toda mistura homogenia de duas ou mais substâncias, sendo que
na maioria das vezes as misturas são encontradas no estado aquoso. As soluções
são consistidas por dois componentes, o soluto e o solvente. O solvente é o meio em
que o soluto está diluído. O soluto é o componente com menor quantidade em uma
solução. (Ezequias, Guimarães)
As informações de uma solução são obtidas através da concentração do
soluto no solvente, podendo assim ser calculada dividindo o Número de mols do
soluto em mols pelo volume de solução. Quando não se há informações do Número
de mols do soluto é necessário calcular o Número de mols. (Ezequias, Guimarães)

Nº de mols do Soluto(mol )
Concentração=
Volume da Solução(L)

Quantidade em gramas de Soluto( g)


Número de mols=
g
Massa molar ( )
mol

Com a concentração obtida, pode-se classificar como concentrada quando se


há grande quantidade do soluto em relação com a quantidade de solvente.
Solução padrão é aquela que tem sua concentração conhecida e que está
próximo ao valor desejado da solução, sendo assim, se tornando uma concentração
mais precisa. Um padrão primário é um composto com um alto teor de pureza e
estável (utiliza-se um sal de teor ácido/ base), que nos permite o preparo de suma
solução padrão (primária) por pesagem de massa exata do composto para o preparo
da solução. Um padrão secundário é um composto que nos permite o preparo de
uma solução titulante em que sua concentração é determinada através da
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comparação contra de um padrão.


Para ser reconhecida como uma solução padrão, é imperativo que a mesma
exiba características específicas em relação a diversas propriedades. Dentre essas
características, destacam-se as seguintes:
 Estabilidade: O composto não pode manifestar propriedades deliquescentes,
eflorescentes ou higroscópicas. Além disso, deve resistir a alterações
químicas durante o aquecimento (para possibilitar a secagem), possuir uma
obtenção de massa fácil e permanecer estável tanto em ambiente atmosférico
quanto em solução.
 Pureza: É fundamental que o composto apresente uma pureza de, no mínimo,
95,5%.
 Solubilidade: A solução deve ser prontamente solúvel em água, ácidos
comuns ou bases.
 Massa Molar: O composto deve exibir uma elevada massa molar, favorecendo
uma pesagem mais precisa.
 Toxicidade: O padrão primário deve ostentar o menor nível possível de
toxicidade, garantindo a segurança no manuseio e utilização do composto.
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2. OBJETIVOS

Preparar e a padronização da solução de hidróxido de sódio (NaOH) atrávez


do procedimento experimental, presenta na literatura.

Determinação do teor de ácido acético (CH3COOH) no vinagre.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1.1 MATERIAL

 1 balão volumétrico de 250 mL;


 1 béquer de 250 mL;
 1 balança de precisão;
 1 espátula
 1 pipeta graduada de 10 ml;
 Pera;
 Pisete com água;
 1 funil comum;
 1 Bureta de 50 mL;
 2 Erlenmeyer de 250 mL;
 Suporte universal;
 Garra metálica

1.2 REAGENTES

 Água deionizada;
 Hidróxido de Sódio 98% (NaOH) em pérolas;
 Biftalato de Potássio (C6H4COOK.COOH);
 Solução de fenolftaleína 1%;
 Vinagre.
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4. METODOLOGIA

4.1 Preparo da solução de 250 mL de NaOH 0,1 mol/L

Para a preparação da solução de 250 mL de NaOH 0,1 mol/L, partindo de


NaOH 98% P.A (cálculo nos resultados).

1. Pesou-se 1,02 g de NaOH 98% P.A em uma balança de precisão;


2. Transferido a massa pesada de NaOH para um béquer com água
deionizada para facilitar a diluição;
3. Transferiu-se p volume do béquer para um balão de 250 mL, logo apos
se completou com água deionizada até a marca de 250 mL;
4. Foi aferido o menisco e agitado para a homogeneização da solução;
5. Após o processo de homogeneização foi chamado o professor para a
aferição do menisco;
6. Por último foi identificado e armazenado em um local apropriado.

4.2 Padronização da solução de NaOH 0,1 mol/L

Para padronização da solução de NaOH 0,1 mol/L, partindo da solução


preparada anteriormente (cálculo nos resultados).

1. Pesou-se 0,334 g de C6H4COOK.COOH em uma balança de precisão


para o preparo da solução padrão;
2. Transferido a massa pesada de NaOH para um erlenmeyer com água
deionizada para a diluição;
3. Após a diluição do C6H4COOK.COOH acrescentou-se 4 gotas de
fenolftaleína 1% no erlenmeyer;
4. Fizermos a limpeza da bureta com água deionizada e logo em seguida
ambientamos ela com a solução de NaOH que será padronizada;
5. Após a ambientação da bureta adicionou-se a solução de NaOH e
aferido o menisco da bureta;
6. Em seguida começo a agitar manualmente o erlenmeyer com a solução
padrão e adicionando lentamente a solução de NaOH que se encontra
8

na bureta;
7. Após se adicionar 16,7 mL de NaOH, notou-se que a solução padrão
atingiu o ponto de vira ficando um rosa bem claro;
8. Após os cálculos, a concentração real da solução de NaOH era de
0,0970 mol/L.

4.3 Determinação do teor de ácido acético

Para a determinação de ácido acético utilizaremos a solução de NaOH


padronizada anteriormente (cálculo nos resultados).

1. Com o auxílio da pipeta graduada, aferiu-se o volume de 2 mL de


vinagre;
2. Transferido o volume de 2,1 mL para um erlenmeyer com água
deionizada para a diluição;
3. Após a diluição do vinagre acrescentou-se 4 gotas de fenolftaleína 1%
no erlenmeyer;
4. Fizermos a limpeza da bureta com água deionizada e logo em seguida
ambientamos ela com a solução de NaOH já padronizada;
5. Após a ambientação da bureta adicionou-se a solução de NaOH e
aferido o menisco da bureta;
6. Em seguida começo a agitar manualmente o erlenmeyer com a solução
de água deionizada + vinagre e adicionando lentamente a solução de
NaOH que se encontra na bureta;
7. Após se adicionar 14,6 mL de NaOH, notou-se que a solução no
erlenmeyer atingiu o ponto de viragem ficando um rosa bem claro
(imagem em anexo);
8. Após os cálculos, o teor de ácido acético no vinagre era de 4,25%
(m/v).
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para facilitar a leitura dos dados, foram realizados os cálculos abaixo:

5.1 Cálculo do preparo da solução de NaOH 0,1 mol/L

Cálculo da massa:

40(g) 1mol / L 1000 mL


= =
x 0 ,1 mol / L 250 mL

1000 x=1000

1 ,00 g 98 , 0 %
x=
x 100 %

x=1 , 02 g

5.2 Cálculo da padronização da solução de NaOH

Cálculo:

Se o valor gasto para a padronização for 15 mL

1 NaOH +C6 H 4 COOK .COOH

0 , 1(mol ) 1 000 m L
NaOH = =
x 15 mL

−3
x=1 , 5∙ 10 mol ou 0,0015 mol

1(mol) 204 , 23 g
C 6 H 4 COOK . COOH = =
0,0015(mol) y

y=0,306 g
10

Cálculo real

1 NaOH +C6 H 4 COOK .COOH

1(mol) 204 , 23 g
KHC 8 H 4 O4= =
x 0,334 g

−3
x=1,6354 ∙ 10 mol

−3
1,6354 ∙ 10 mol 16 , 7 mL
NaOH = =
y 1000 mL

y=0,0970 mol/ L

0,0970
Fator de Correçaõ=
0,1

Fator de Correção=0,970 mol /L

5.3 Cálculo do teor de ácido acético no vinagre

Teor de ácido acético: 4%

1 NaOH +1CH 3 COOH → CH 3 COONa+ H 2 0

0,0970 mol 1000 mL


=
x 14 , 6 mL

−3
x=1 , 4162 ∙10 mol
11

1 mol 60 g
CH 3 COOH = =
1,4162 ∙10
−3
x
x=0,0849 g
0,0849 2mL
=
y 100 mL
m
y=4 , 25 % ( )
v

Com o preparo da solução obtivemos uma concentração teórica de 0,1 mol/L


antes de sua padronização. Após a padronizar obtivemos a concentração rela de
0,0970 mol/L, isso nos da 3% de erro operacional na hora do preparo da solução.
Com a solução já padronizada e conhecendo sua concentração real, realizamos
a análise do teor de ácido acético presente no vinagre, na embalagem consta que o
valor do ácido acético é de 4%, após o experimento prático fomos para os cálculos e
encontramos o teor de 4,25%, que nos da uma margem de erro de 6,25%. Esse erro
está trelado ao uso de uma pipeta graduada, pois a mesma não tem uma precisão
exata do volume gasto.

6 CONCLUSÃO

No decorrer de procedimentos experimentais, é inerente a ocorrência de


erros, os quais são influenciados por diversos fatores e podem afetar
significativamente os resultados. Entre esses fatores, destacam-se os erros
aleatórios, que estão intrinsecamente ligados às condições ambientais, como
temperatura e pressão. Contudo, a maioria dos erros resulta de falhas operacionais,
tais como erro de paralaxe e distração, os quais podem ser mitigados por meio de
práticas operacionais aprimoradas.
Essas experiências proporcionaram uma compreensão aprofundada sobre a
preparação de soluções, destacando a importância de executar esses processos de
maneira precisa. Reconhece-se que, embora alguns erros sejam inevitáveis, a
padronização das soluções emerge como uma prática essencial para corrigir suas
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concentrações, utilizando uma solução padrão como referência.


Ao realizar análises qualitativas do pH das soluções e calcular o pH teórico,
constatou-se que os indicadores, como papel tornassol e indicador universal,
desempenham eficazmente seus propósitos, proporcionando resultados coerentes e
informativos. Esta observação reforça a relevância e a confiabilidade desses
indicadores na caracterização das propriedades ácido-base das soluções.
Em síntese, mesmo diante da inevitabilidade de alguns erros experimentais, a
prática sistemática e a padronização das soluções são imperativas para garantir
resultados confiáveis e para aprimorar a precisão das análises em contextos
laboratoriais.
Considerando o alcance dos objetivos propostos, é admissível afirmar que os
resultados obtidos para o teor de ácido acético foram conduzidos de maneira a
viabilizar o processo de aprendizagem. Entretanto, é crucial observar que esses
resultados não atingiram um patamar ideal, uma vez que a solução de hidróxido de
sódio (NaOH) não foi devidamente padronizada. Isso conduz à conclusão de que os
resultados são imprecisos e não devem servir como base para pesquisas ou
análises mais aprofundadas.
A imprecisão observada nos resultados pode ser atribuída à falta de
padronização do NaOH, introduzindo incertezas significativas no processo de
titulação. Erros, possivelmente decorrentes de práticas laboratoriais inadequadas,
como ajustes incorretos do menisco em balões volumétricos e pipetas, podem ter
contribuído para a discrepância nos resultados.
Assim, mesmo que os objetivos educacionais tenham sido atendidos, é
imperativo reconhecer as limitações dos resultados obtidos devido à ausência de
padronização do NaOH. Isso ressalta a importância de procedimentos rigorosos e
controles adequados durante experimentos laboratoriais para assegurar a validade e
a confiabilidade dos dados coletados.
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REFERÊNCIAS

Fogaça, Jennifer Rocha Vargas. "O que é uma solução química?"; Brasil Escola.
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-uma-
solucao-quimica.htm> Acesso em 19 de novembro de 2023.

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: PREPARO DE SOLUÇÃO: Disponível em:


< https://pt.slideshare.net/EzequiasGuimaraes/relatrio-de-aula-prtica-preparo-de-
soluo>. Acesso em 19 de nov. 2023.

BRADY, J. E.; HUMISTON, G. E. Química geral. 2. ed., v. 1. São Paulo: Livros


Técnicos e Científicos, 2004. 404 p.

Relatorio 9 e 10 - Preparo e padronização de soluções: Disponível em:


< https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-federal-de-educacao-tecnologica-
de-minas-gerais/laboratorio-de-quimica/relatorio-9-e-10-preparo-e-padronizacao-de-
solucoes/16814990>. Acesso em 19 de nov. 2023.

DIAS, Diogo Lopes. "O que é titulação?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-titulacao.htm. Acesso em 19 de
novembro de 2023.

Determinação do teor de Ácido Acético do Vinagre: Disponível em:


< https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-federal-de-educacao-tecnologica-
de-minas-gerais/laboratorio-de-fisico-quimica/determinacao-do-teor-de-acido-acetico-
do-vinagre/7364759>. Acesso em 19 de nov. 2023.
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ANEXO – MEMORIAL DE CÁLCULO

1. Calcule a concentração da solução NaOH padronizada com o padrão primário


biftalato de potássio. Por que usar um padrão para o cálculo da concentração?

1 NaOH +C6 H 4 COOK .COOH

1(mol) 204 , 23 g
KHC 8 H 4 O4= =
x 0,334 g

−3
x=1,6354 ∙ 10 mol

−3
1,6354 ∙ 10 mol 16 , 7 mL
NaOH = =
y 1000 mL

y=0,0970 mol/ L

0,0970
Fator de Correçaõ=
0,1

Fator de Correção=0,970 mol /L


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2. Uma solução de NaOH 0,1 M foi padronizada pela titulação com solução padrão
de ácido sulfâmico (NH2SO3H). Qual a massa em mg do ácido sulfâmico que
deve ser adicionada para que se gaste um volume de 40 mL de NaOH?

NH2SO3H+2NaOH→Na2SO3+2H2O
Mols de NaOH = Concentração × Volume Mols de NaOH =
0,1 mol/L× 0,040 L= 0,004 mol
Agora, podemos calcular a massa de ácido sulfâmico utilizando a sua massa
molar. A massa molar do ácido sulfâmico (NH 2SO3HNH2SO3H) é aproximadamente
97 g/mol97g/mol.
Massa = Mols × Massa Molar Massa = Mols × Massa Molar
Massa = 0,008 mol × 97 g/mol = 0,776 g

3. O vinagre utilizado como tempero nas saladas contém ácido acético, um ácido
monoprótico muito fraco e de fórmula HC 2H3O2. A completa neutralização de
uma amostra de 15,0mL de vinagre (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou
de 40,0mL de solução aquosa de NaOH 0,220mol/L. A partir dessas
informações, pede-se:
a) Qual a concentração inicial, em mol/L de vinagre?

Mols de NaOH = 0,220 mol/L x 0,040 L = 0,088 mol


Massa = Densidade x volume
Massa = 1,02 g/ml x 15 mL = 15,3 g
Mols de HC2H3O2 = 15,3 g / 60,5 g/mol = 0,254 mol
Concentração = 0,254 mol / 0,015 L = 16,93 mol/L

b) Qual a concentração inicial, em mol/L de vinagre?

Mols de NaOH = 0,220 mol/L x 0,040 L = 0,088 mol


Massa de HC2H3O2 = 0,088 mol x 60,5 g/mol = 0,528 g
Massa do vinagre = Densidade x Volume
Massa do vinagre = 1,02 g/mL x 15 = 15,3
% em massa = (0,528 / 15,3) x 100 ≈ 3,45%

4. Um litro de solução de H2SO4 2mol/L, armazenada indevidamente,


derramou, restando 250mL do seu volume inicial, esta quantidade foi
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neutralizada utilizando NaOH sólido. É correto afirmar:


a) A solução ácida restante tinha concentração 0,5 mol/L.
b) Utilizou-se 2 mol de NaOH para neutralizar a solução.
c) A neutralização dá-se pela formação do sal sulfeto de sódio.
d) Utilizou-se 40 g da base.
e) A neutralização desta solução fica impossível devido à perda de
volume da solução.

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