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IQA 243 (Analexp II)

Prof: Vinícius Kartnaller


Aluno: Bernardo Haber Dias Pires 10/05/2022

Relatório 1: Preparo e Padronização de Solução de NaOH

1. Introdução:

Soluções são definidas como misturas homogêneas de duas ou mais


substâncias. O componente que dissolve o outro e se encontra em maior quantidade na
solução é chamado de solvente, enquanto o que se encontra em menor quantidade e é
dissolvido é chamado de soluto.
Para preparar a solução de NaOH com a concentração pedida,
realizaram-se cálculos para conhecer qual a massa de soluto deveria ser adicionada ao
solvente, realizando a operação de diluição.
Será usado o método da volumetria por neutralização. Através da titulação, adiciona-se,
através de uma bureta, de gota em gota, uma solução padrão em uma solução de analito, a
fim de determinar o ponto onde a reação entre eles acaba, chamado de Ponto de
Equivalência (PE). Ele é descrito por um indicador, neste caso a fenolftaleína, (incolor em
meio ácido e rosa em meio básico), que possui ponto de viragem entre pH= 8,0 e pH= 10,0.
No processo de preparo da solução de NaOH podem ocorrer erros, tanto
relativos ao manuseio de vidrarias, como de fatores relativos aos reagentes
(ex: pureza).
Através do processo de padronização, é possível saber qual a concentração real da
solução encontrada. Este processo consiste em titular a solução cuja concentração irá se
determinar com uma quantidade conhecida de solução padrão primário, a qual possui
características bem definidas, dentre elas: não serem higroscópicas, estável em contato
com o ar e de fácil conservação. Assim, elas podem ser utilizadas como referência.

2. Materiais e Métodos:

2.1 Materiais e Métodos – Preparo Solução NaOH:

Em uma proveta de 1L foi adicionado cerca de 200ml de água destilada e 4ml de NaOH a
50,00%. Em seguida, completou-se o volume da proveta até atingir 500ml de solução e
agitou-se com bastão de vidro. A solução homogeneizada foi transferida para um frasco
plástico de 1L.

2.2 Materiais e Métodos – Titulação NaOH:

Foi colocada uma pequena alíquota da solução de NaOH em um béquer e rinsou-se o


mesmo. A bureta de 50,00 ml também foi ambientada com a solução. A solução restante da
ambientação foi descartada.
Fixou-se a bureta em um suporte de metal e com o auxílio do béquer rinsado ela foi
preenchida até o que o menisco da solução se encontrasse na marca do zero da mesma.
Foram adquiridos 5,00 mL da solução padrão primário de biftalato de potássio com a
pipeta volumétrica de 5mL. Com esta retirou-se o seu volume da solução de biftalato e o
transferiu para um erlenmeyer de 250ml.
Adicionou-se então ao erlenmeyer aproximadamente 40ml de água destilada e 2 gotas do
indicador escolhido, que foi a fenolftaleína. Titulou-se a solução de biftalato com a de NaOH
até que fixasse a cor rosa mais clara possível. A titulação foi realizada duas vezes para que
pudessem ser encontrados dois volumes com até 0,20ml de concordância entre eles.
IQA 243 (Analexp II)
Prof: Vinícius Kartnaller
Aluno: Bernardo Haber Dias Pires 10/05/2022

3. Dados:

MM (Biftalato) 204,22 g/mol

Concentração (Biftalato) 40,7911 g/L = 0,1997 mol/L

Volume (Biftalato) 5,00 mL

Volume (NaOH) – 1ª Titulação 10,80 mL

Volume (NaOH) – 2ª Titulação 10,70 mL

4. Cálculos:

4.1 Preparo da Solução de NaOH:

Solução NaOH 50,00% (m/V) = 50 g/100mL


MMNaOH = 40,00 g/mol
- 1 mol ------- 40,00 g de NaOH
- x ------- 50,00 g de NaOH
- x = 50/40 = 1,25 mol de NaOH
- 1,25 mol / 0,1L = 12,5M de NaOH

500ml de NaOH 0,1M a partir da solução 12,5M:


- V1M1 = V2M2V1
- 12,500 V1 = 500 . 0,1
- V1= 4mL

4.2 Preparo da Solução de Biftalato de Potássio:


- Concentração: 40,8001g/L
- MMbif =204,22g/mol
- Mbif = 40,8001/204,22 = 0,19978M

4.3 Padronização da solução de NaOH:


- (V1 + V2) / 2 = 10,75mL
- V1 M1 = V2 M2
- M1 . 10,75 = 0,19978 . 5,00 M1 = 0,0929M
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Prof: Vinícius Kartnaller
Aluno: Bernardo Haber Dias Pires 10/05/2022

5. Discussão

Como uma solução de NaOH não pode ser padrão primário pelos motivos supracitados,
faz-se necessário a padronização a partir de um primário. Sendo assim, foi obtido um
padrão secundário de NaOH, podendo ser utilizado para titulação com outras soluções.
Vale ressaltar o uso do indicador fenolftaleína (viragem entre pH=8,0 e 10,0), necessário
para, visualmente, observar e alcançar o Ponto Final prático, usado nos cálculos acima,
levando em conta que não é um valor exato, ou seja, com incertezas.

6. Conclusão

Levando em conta os erros experimentais, o resultado obtido foi bem próximo do teórico
(0,0929M para 0,1M). Concluindo, então, que o objetivo de obter um padrão secundário de
NaOH a partir do Biftalato de Sódio padrão primário foi realizado dentro do esperado.

7. Bibliografia

- ALCÂNTARA, S.; CARNEIRO, G. S.; PINTO, M. L C. C. Química Analítica


experimental II. 5a revisão. Rio de Janeiro. Março de 2019.

- FERREIRA, D. Q. R.; RIBEIRO, J. Química Analítica experimental 2. Vitória, ES.


2012.

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