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Aluna: Carla Carolina Correa Alexandre

Turma: QIM 241


Atividade avaliativa 1 de Língua Portuguesa

1. O texto “A moça tecelã” pertence ao gênero textual CONTO. Que características


nos permite classifica-lo como pertencente a esse gênero textual? (1,5 ponto)
R: O conto é um dos gêneros textuais e literários mais lidos e é muito famoso pela
sua pequena extensão, sendo assim, é caracterizado como uma narrativa curta e com
um único conflito. Consequentemente, apresenta sua estrutura de forma bem objetiva.
Diante disso, o texto “A moça tecelã” apresenta características determinantes
para o configurar como um conto. Por exemplo, percebe-se que é uma narrativa curta,
tendo começo, meio e fim descritos de forma breve, porém completo para entender de
forma satisfatória a história. Outros elementos apresentados bem marcantes do
gênero literário conto que se mostra em “A moça tecelã” é o tempo e o espaço
reduzidos e poucas personagens, somente a moça tecelã e seu marido. Além disso, a
linguagem predominante é direta e objetiva, favorecendo as ações. Portanto, o texto
“A moça tecelã” pertence ao gênero textual conto, apresentando um desfecho,
chamado de epílogo, vindo do clímax, o ponto mais alto de tensão do drama.

2. A personagem principal do conto possui um poder mágico. Que poder é este?


R: Tudo o que a moça tecia ganhava vida, assim ela tinha o poder de tecer tudo o
que precisa. Vale ressaltar que, o seu poder de tecer interferia na natureza também,
com por exemplo no trecho: “Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam
com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios
dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza”. Até suas necessidades
básicas dependiam dessa habilidade, que é descrito no conto que na hora de comer
tecia um lindo peixe, por exemplo.

3. Que tipo de narrador o texto apresenta? O que predomina no texto: a narração em


1ª pessoa ou a narração em 3ª pessoa? Justifique a sua resposta. (1,5 ponto)
R: Percebe-se que o narrador não participa do conto, assim caracteriza como
narrador em terceira pessoa. Desta forma, esse tipo de narrador conta os fatos sem
participar da história, ou seja, não é um personagem. Como ele está ausente dos
acontecimentos, encontramos marcas para o determinar como a utilização de
pronomes e formas verbais da 3ª pessoa gramatical. Assim, alguns exemplos em
tempos verbais que estão na 3ª pessoa do singular:
“Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das
beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.”
“Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na
lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo.”
4. O conto pode ser dividido em duas partes.
a) Aponte a frase ou o parágrafo em que se dá início à segunda parte. (1 ponto)
R:
“E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos,
logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a
não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.”

b) Em cada uma das partes temos um conflito. Qual é o conflito da primeira parte? (1
ponto)
R:
O conflito é dado naquele momento em que se rompe o equilíbrio inicial da
narrativa, o que seria os primeiros parágrafos relatando a vida da moça tecelã e sua
rotina simples sem conflitos. Porém, a protagonista começa a vivenciar um problema,
assim, o conflito se apresenta quando ela se sente sozinha e decide tecer um marido,
o que colocaria um fim na sua solidão e teria uma família. Portanto, é dado seguinte
trecho:
“Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha,
e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.”

c) Qual é o conflito da segunda parte? O que leva a personagem a modificar a sua


rotina? (1 ponto)
R:
A vida da protagonista acaba sendo mudada quando o homem ao descobrir
seu poder de tear, começa a pedir coisas materiais cada vez maiores, como uma casa
maior e, posteriormente, um palácio! Portanto, o cotidiano dela é totalmente alterado,
seus dias tornam-se em prol dos desejos do marido. Antes, tecer era tudo o que fazia
e tudo o que queria fazer, com muita satisfação, mas depois vivendo com o marido,
tornou-se uma árdua tarefa para atender as exigências dele. O trecho que ilustra com
clareza a modificação da rotina da moça trabalhando para satisfazê-lo é:
“Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e
pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para
chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e
entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da
lançadeira.”
5. Como se sabe, em um texto narrativo as personagens geralmente têm nome.
Considerando a história de “A moça tecelã”, o fato de os personagens não terem nome
pode indicar que intenção por parte da autora? (1 ponto)
R:
Não atrelar nomes específicos aos personagens mostra que o conto “A moça
tecelã” retrata situações e comportamentos que se abrange a outros, que não é
necessariamente particular deste conto, podendo se aproximar da realidade. Assim, é
importante compreender a mensagem da autora, Marina Colasanti. Entendendo sua
abordagem durante toda a narrativa e, principalmente, interpretar seu desfecho dado
ao conto, os leitores conseguem refletir ao ponto que a história de “A moça tecelã”, se
aplique e estenda a determinadas pessoas e circunstâncias na visão de cada um,
representando sentimentos e vivencias de muitas pessoas e, mais ainda, a realidade
de muitas mulheres.

De modo geral, no decorrer do conto, percebe-se que a moça tece para o


homem que se torna autoritário, exigindo dela todos os seus esforços. Assim, como
uma analogia para a vivencia real, muitas relações se baseiam nesse conto. A mulher
se doa para agradar ao marido e se esquece de si, entre outros diversos fatores.

6. Descreva as características do Rapaz. Dê as qualidades psicológicas que você


pode inferir pelo texto. (1 ponto)
R:
O marido ao descobrir o poder de tear da moça, logo pensou nos infinitos bens
que poderia conquistar. Assim, ele se apresenta como uma pessoa muito ambiciosa,
dominador ao ponto de controlar sua própria esposa, a tornando meramente sua
empregada, como pode-se observar no trecho: “Faltam as estrebarias. E não se
esqueça dos cavalos!”. Assim, a moça vivia sem descanso obedecendo ao rapaz
autoritário, egocêntrico e interesseiro, que a manipulava para conseguir tudo o que
almejava.
7. Por que a mulher “desteceu” o marido e a vida que criara com ele? O que, na sua
opinião, a fez tomar esta decisão? O que lhe faltava? (1 ponto)
R:
O desfecho dos contos trata-se de uma resolução do conflito, podendo ser
feliz, trágico, cômico, surpreendente, entre outros.
No conto “A moça tecelã”, a moça sente como necessidade ter uma
companhia, assim, trouxe um marido para a sua vida, um companheiro. Infelizmente,
quando ele descobre seu poder, o homem ambicioso, impõe todos os seus desejos,
coisas materiais, para viver uma vida cada vez mais luxuosa e conquistar tudo o que
almejava. Desta forma, percebe-se que o marido não a desejava e tinha somente
interesse no que ela poderia proporcionar com seu poder mágico de tecer.
Por algum tempo, a moça cedeu e obedeceu às ordens do marido, para
agradar e ser uma boa esposa, mas ela não tinha mais vida, vivia para ele e se sentia
muito triste. Assim, ela se arrepende, entende que a chegada do marido não contribuiu
em sua vida, e sim prejudicou, tirando sua liberdade e a tornando muito infeliz. Ao
passo que, nos contos de fadas clássicos e histórias famosas, o casamento é
considerado a solução proporcionando o final “feliz”, neste caso, o casamento com um
homem ganancioso é o motivo do conflito. Portanto, o conto mostra um final feliz
inusitado, a moça decide desfazer todos os bens que tinha tecido e até o marido,
restaurando sua vida anterior, percebendo que antes do casamento era mais feliz, sua
rotina simples e saudável. Como é descrito no seguinte trecho:
“Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E
novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.”

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