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FUNDAÇÂO DE ENSINO TÉCNICO INTENSIVO 1

COMANDOS ELÉTRICOS

1 - Introdução a comandos elétricos;


2 - Eletricidade básica;
3 - Acionamentos elétricos;
4 - Máquinas elétricas;
5 - Controlador programável;
6 - Controlador de velocidade;

1.1- O que são comandos elétricos;


1.2- Aplicação;

2.1 - Grandezas Elétricas:


2.1.1 - Carga Elétrica , Tensão Elétrica , Corrente Elétrica , Resistência Elétrica;
2..2 - Leis de Ohm:
2.2.1 - 1 a Lei de Ohm
2.2.2 – múltiplos e submúltiplos
2.2.3 - 2 a Lei de Ohm
2.3 - Potência Elétrica
2.4 - Instrumentos de Medida:
2.4.1 Voltímetro;
2.4.2 Amperímetro;
2.4.3 Wattímetro;
2.4.4 Ohmímetro;
2.4.5 Multímetro;
2.5 - Leis de Kirchhoff:
2.5.1 Lei de Kirchhoff das Tensões;
2.5.2 Lei de Kirchhoff das Correntes;
2.6 Estudo da Corrente alternada (C.A):
2.6.1 Valores da C.A;
2.6.1.1 Freqüência, período;
2.6.1.2 Valores de pico, eficaz, pico a pico;
2.6.2 Circuito monofásico;
2.6.3 Circuito bifásico;
2.6.4 Circuito trifásico;

3.1 - Simbologia;
3.2 - Disjuntores, fusíveis;
3.3 - botão de comando, sinalizadores, chaves fim de curso;
3.4 – flutuador, sensores, fotocélula;
3.5 - Contatores
3.6 - Relés de proteção contra sobrecarga, relés temporizados, relés falta de fase;
3.7 - Diagramas de partida;

4.1 Motores de indução monofásicos:


4.1.1 Princípio de funcionamento;
4.1.2 Enrolamento de partida;
4.1.3 Fechamento 110V e 220V;
4.2 Motores de indução trifásicos
4.2.1 Princípio de funcionamento;
4.2.2 Fechamento estrela;
4.2.3 Fechamento triângulo;

5.1. Princípio de funcionamento do PLC;


5.1.1. processador;
5.1.2. Interfaces de entrada e saída;
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5.2. Software de programação do PLC;


5.2.1. Simbologia;
5.2.2. programação;
5.2.3. verificação de defeitos;
5.2.4. compilação de programas;
5.3. Elaboração de programas;
5.4 Vantagens do PLC

6.1 Cálculo de RPM;


6.2 Princípio de controle de freqüência;
6.3 Inversor de freqüência;
6.3.1. Ligações básicas;
6.3.2. parâmetros de controle;
6.4 Controle via painel e controle via bornes

7 - Anexos
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O QUE SÃO COMANDOS ELÉTRICOS

Comandos elétricos são circuitos com equipamentos elétricos destinados a comandar e


controlar o funcionamento de sistemas elétricos. Os comandos elétricos tiveram sua origem
com a invenção de relês, e a partir daí continuaram e continuam evoluindo atualmente com os
controladores e chaves de controle eletrônico.
Uma lâmpada de iluminação pública que acende de noite e apaga de dia é um simples
exemplo de comando elétrico onde o funcionamento da lâmpada independe da ação do
homem.

APLICAÇÃO

A aplicação de comandos elétricos está principalmente voltada para as industrias onde os


circuitos de comando são destinados a controlar a produção dos produtos. A utilização de
circuitos de comando automáticos possibilita que um produto seja confeccionado sem a
necessidade da intervenção direta do homem (operador de produção).
Atualmente existem formas alternativas de comando como o comando pneumático,
hidráulico e outros, sendo que cada um destes tem sua aplicação voltada para determinada
área. Por exemplo uma industria de um produto inflamável deve não deve trabalhar com um
comando elétrico diretamente (devido o risco de explosão), já para uma industria de alimentos
não é aconselhável o uso de um sistema hidráulico devido o risco de contaminação do
alimento.
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GRANDEZAS ELÉTRICAS

Na eletricidade básica existem três grandezas fundamentais que são a tensão elétrica, a
corrente elétrica, a resistência elétrica.

CARGA ELÉTRICA

Sabemos que a matéria é constituída por átomos e estes por sua vez são constituídos
por elétrons, prótons, nêutrons e outros. Qualquer corpo em seu estado normal possui um
número igual de elétrons e prótons (corpo neutro). Os elétrons e os prótons são cargas elétricas
e pelo principio das cargas sabe-se que cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem.
Podemos através de determinados processos (indução ou atrito por exemplo) retirar ou
adicionar elétrons de um corpo fazendo com que este corpo fique com um número diferente de
eletros e prótons. Observe o esquema

_ __+
++++ _____ ++
+++++ _____ __
+ +_ + + +__+

corpo A corpo B corpo C


+ prótons -- elétrons

dizemos que o corpo A está carregado eletricamente com carga positiva ou seja ele
possui potencial positivo, que o corpo B está eletricamente com carga negativa ou seja ele
possui potencial negativo e o corpo C está neutro ou seja ele não possui potencial.

Obs.: Em termos práticos uma pequena quantidade de elétrons é insignificante por isso
adotaremos a unidade Coulomb que representa 625000000000000000 elétrons.

TENSÃO ELÉTRICA (E)

Quando entre dois corpos ou entre dois pontos existe uma diferença de quantidade de
cargas dizemos que temos uma diferença de potencial ou uma tensão elétrica representada pela
letra E. A tensão elétrica é relação da quantidade de energia que as cargas adquirem (por se
afastar um elétron de um próton) por cada Coulomb, e é medida em Volts (V).

CORRENTE ELÉTRICA (I)

_ __+
++++ _____
+++++ _____
+ +_ + + +__+

corpo A corpo B

Na figura anterior se interligarmos A com B por meio de um elemento condutor iremos


perceber que os elétrons irão se mover de B para A devido ao principio das cargas.até que os
corpos A e B tenham o mesmo potencial. A esse movimento ordenado dos eletros de B para A
chamamos de corrente elétrica (I).
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A corrente elétrica pode ser medida através da unidade conhecida como ampere (A)
que corresponde à quantidade de Coulomb que passa por um ponto em um segundo, temos
dessa forma a intensidade da corrente elétrica naquele ponto.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R)

Ainda analisando a figura anterior, sabemos que podemos usar condutores diferentes
para interligar A com B. Observa-se que determinados materiais usados como condutores
oferecem mais ou menos dificuldade para a passagem dos elétrons. A essa dificuldade que os
materiais oferecem à passagem da corrente elétrica chamamos resistência elétrica (R) e
utilizamos a unidade Ohm (Ω).

_ __+
++++ _____
+++++ condutor 1 _____
+ +_ + + corrente maior +__+

corpo A corpo B

_ __+
++++ _____
+++++ condutor 2 _____
+ +_ + + corrente maior +__+

corpo A corpo B

RESUMO

TENSÃO ELÉTRICA (E): Ë a diferença de potencial entre dois pontos. Unidade: Volt (V).
CORRENTE ELÉTRICA (I): É o movimento ordenado dos elétrons. Unidade: Ampere (A).
RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R): Ë a oposição (dificuldade) que os materiais oferecem à
passagem da corrente elétrica. Unidade: Ohm (Ω).

LEIS DE OHM

CIRCUITO ELÉTRICO:
É todo circuito onde um ponto de potencial diferente de outro se encontram através de
condutores ou outros elementos. Símbolos utilizados:
~
G Gerador e Fonte – elemento que gera a tensão elétrica (d.d.p)

Condutores não conectados

Condutores conectados

Resistor e resistência

Lâmpada

1a LEI DE OHM
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“A intensidade da corrente elétrica em um circuito é diretamente proporcional à tensão


elétrica e inversamente proporcional à resistência elétrica..”

Fórmula decorrente da Lei:

I=E÷R

Equações decorrentes:

E=R.I R=E÷I

MÚLTIPLOS E SÚBMULTIPLOS

Muitas vezes as unidades de medida das grandezas elétricas são valores grandes ou
pequenos demais de forma que se torna necessário a utilização de dos múltiplos ou de
submúltiplos da unidade de medida. Os principais múltiplos e submúltiplos que iremos utilizar
são identificados a seguir:
µ - micro. Ex.: 1µV = 0,000.001V
m – mili. Ex: 1mA = 0,001A
K – quilo. Ex.: 1KΩ = 1000Ω
M – mega. Ex.: 1MV = 1000.000V

CONVERSÃO ENTRE OS MÚLTIPLOS E OS SUBMÚLTIPLOS

A conversão entre as unidades de medida pode ser feita através de regra de três
simples, ou através da regra prática ilustrada a seguir:

÷1000
µ M unidade K M
x1000

Na regra acima a cada mudança de unidade multiplicamos ou dividimos por mil


conforme a transformação que estamos utilizando. Ex.: para transformamos 5.600mV para KV
devemos dividir 5.600 por mil e teremos 5,6V, dividimos novamente por mil e temos então
0,056.
Obs.: Existem ainda outros múltiplos e submúltiplos que não iremos utilizar nesse curso, são
eles:
Nano (n). Ex.: 1nA = 0,000.000.001A
Pico (p). Ex.: 1pV = 0,000.000.000.001V
Giga (G). Ex.; 1GΩ = 1.000.000.000Ω

2ª LEI DE OHM

“A resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional à sua resistividade e


ao seu comprimento, e inversamente proporcional à sua área de seção transversal.”
A resistividade é a resistência especifica de cada material, e a área de seção transversal
é a área do condutor (bitola dada pelo fabricante).

Área de seção transversal

Resistividade de alguns materiais:


Cobre = 0,017
Alumínio = 0,018
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Tungstênio = 0,056;
Prata = 0,015;
Estanho = 0,02
Obs.:Sabemos que a temperatura também é um fator que interfere na resistência elétrica dos
materiais porém como a sua influência é muito pequena na prática iremos desconsidera-la.

FÓRMULA DECORRENTE DA LEI:

R = ρ. L ÷ A A = ρ. L ÷ R

Onde:
R - Resistência elétrica em Ω
ρ - Resistividade elétrica em Ω
L – Comprimento do condutor em metros
A – Área de seção transversal em mm2

POTÊNCIA ELÉTRICA (P)

A Potência elétrica (P) é a quantidade de energia consumida em um intervalo de tempo.


A potência elétrica é medida em Watts (W) e possui os mesmos múltiplos e submúltiplos que
as outras grandezas elétricas.Além das unidades convencionais existem ainda o cavalo vapor
(CV) e o horse power (HP) que serão de grande utilidade no nosso curso, observe as relações
entre eles e o Watt:
1 CV = 736 W 1 HP = 746 W
FÓRMULAS:

P=E.I P = E2 ÷ R P = I2 . R

E=I.R E=P÷I E= R.P

I=E÷R I=P÷E I= P÷R

R=E÷I R = E2 ÷ P R = P ÷ I2

Cálculo técnico da Energia elétrica


Na prática o consumo de energia elétrica é calculado com base no KWh, ou seja
calcula-se a potência em KW e multiplica-se pelo tempo em horas. O preço de cada KWh é
determinado pela concessionária de energia elétrica. Geralmente a quantidade de consumo
influência no valor.
τ = P. t

LEIS DE KIRCHHOFF

CIRCUITO SÉRIE:
- A intensidade da corrente elétrica é a mesma em qualquer ponto do circuito;
- Á soma das quedas de tensão em cada elemento é igual à tensão total;
- IT = IR1 = IR2 = ... = IRn
- ET = ER1 + ER2 + ... + ERn

CIRCUITO PARALELO:
- A intensidade da corrente elétrica é a soma das correntes de cada elemento em
paralelo;
- Tensão total é a mesma em qualquer ponto do circuito;
- IT = IR1 + IR2 + ... + IRn
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ET = ER1 = ER2 = ... = ERn

INSTRUMENTOS DE MEDIDAS

VOLTÍMETRO
Destinado a medir a tensão elétrica. Deve ser conectado em paralelo com o elemento
que se deseja saber a tensão.

V
AMPERÍMETRO
Destinado a medir a corrente elétrica. Deve ser conectado em série com o elemento que
se deseja saber a tensão.

OHMÍMETRO
Destinado a medir a resistência elétrica. Deve ser conectado em circuitos que estejam
sem tensão elétrica.

OBS.: O voltímetro e o amperímetro podem ser de corrente contínua ou de corrente alternada,


por isso deve-se também observar que corrente elétrica estamos utilizando para ligarmos os
instrumentos.
MULTÍMETRO
Instrumento composto por vários instrumentos de medidas elétricas, basicamente o
ohmímetro, o amperímetro e o voltímetro.

DISPOSITIVOS DE COMANDO

BOTOEIRA NF (NORMALMENTE FECHADA)

BOTOEIRA NA (NORMALMENTE ABERTA)

BÓIA INFERIOR

BÓIA SUPERIOR

CHAVE FIM DE CURSO NF e NA – acionamento bidirecional

CHAVE FIM DE CURSO – acionamento unidirecional


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CHAVE FIM DE CURSO – acionamento frontal

SENSOR DE PROXIMIDADE CAPACITIVO

FOTOCÉLULA

BORNE OU CONECTOR

FÚSIVEL

LÂMPADA DE SINLIZAÇÃO

Corrente Alternada

Provavelmente você sabe que mais de 90% de todas as linhas de transmissão de


eletricidade conduzem corrente alternada. Usa-se muito pouco a corrente contínua nos temas
de luz e força. Entretanto, a C. C. é importante nos circuitos eletrônicos.
Existem duas razões muito boas para esta preferência. Inicialmente, a C.A. p fazer quase
tudo que é feito pela C.C. A transmissão elétrica é mais fácil e mais econômica com a C.A. do
que com a C.C. A tensão alternada pode ser aumentada ou reduzida facilmente e sem perda
apreciável com o emprego de transformadores. Nas estações geradoras, a tensão alternada é
elevada por transformadores a valores muito altos e a cada às linhas de transmissão; no Outro
extremo das linhas, transformadores reduzem tensão a valores que podem ser usados para
iluminação e força. Diferentes equipam tos elétricos requerem tensões diferentes para que
funcionem normalmente, e as tens em apreço podem ser obtidas facilmente com o uso de um
transformador e da rede alimentação de C.A.
Quanto maior a tensão em urna linha de transmissão, maior a sua eficiência. At mente, a
elevação e a redução de tensões contínuas são processos difíceis e ineficientes de modo que é
limitado o uso da transmissão de energia por C. C. Contudo, há algumas vantagens na
transmissão de energia por C.C., e se fazem esforços para torná-la mais pratica.
A diferença entre a corrente alternada e a corrente contínua não está apenas nas formas de
ondas e no movimento dos elétrons, mas também na maneira com que ela age nos circuitos
elétricos.
1. CORRENTE ALTERNADA — Corrente que muda constantemente de valor
(amplitude) e inverte seu sentido a intervalos regulares.
2. FORMA DE ONDA — Gráfico das variações da tensão ou da corrente durante um
certo tempo.
3. ONDA SENOIDAL - Uma curva contínua que representa todos os valores
instantâneos de uma tensão ou corrente alternada senoidal.
4. CICLO Um conjunto completo de valores positivos e negativos de uma onda de
tensão ou corrente alternada.
5. FREQUÊNCIA O número de ciclos por segundo. E expressa em hertz (Hz). 1 Hz
= 1 ciclo/segundo.
6. FASE - Diferença de tempo relativa entre os mesmos pontos de duas formas de onda.
7. VALOR MÁXIMO, EFICAZ E MËDIO de unia onda senoidal.
8. PERÍODO (T) - É o tempo que uma onda gasta para completar um ciclo.
9. F=1/T
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tempo

ciclo

CIRCUITO MONOFÁSICO

Constituído de uma fase e um neutro a ddp é sempre entre 0V e a variação da onda da fase.
E

tempo

neutro

fase R

CIRCUITO BIFÁSICO

Constituído de duas fases a ddp. é sempre entre a variação de uma fase e a variação da
onda da outra fase.
E

tempo

Fase S
Fase R

CIRCUITO TRIFÁSICO
Constituído de três fases (R,S,T) a ddp. é sempre entre a variação das três fases R, S, T.
E

tempo

Fase R Fase S Fase T


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Obs.: ERS = ERN . 3

CONTATOR

Dispositivo de comando capaz de realizar um acionamento mecânico através de um


sinal elétrico. A principal vantagem do contator é permitir a automação do funcionamento de
um equipamento sendo dispensável dessa forma o operador. O contator é um dispositivo que
através de uma tensão elétrica aplicada a sua bobina aciona contatos abertos ou fechados.
Observe a figura a seguir:

contato suporte dos contatos


móvel fixos

contato
fixo

núcleo
móvel

bobina A1
núcleo fixo A2

Ao alimentarmos a bobina em A1 e A2 esta através do campo eletromagnético criado


atrai o núcleo móvel que por sua vez arrasta junto os contatos moveis fazendo a ligação
elétrica entre os dois contatos fixos.

SIMBOLO:

BOBINA

CONTATO NF

CONTATO NA

CONTATOS DE CARGA

RELÉ TERMICO
Elemento de proteção do circuito contra sobrecorrentes, seu funcionamento está
baseado no principio do bimetal.
Símbolo:

CONTATOS DE CARGA

CONTATOS DE COMANDO
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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

Equipamentos elétricos capazes de transformar energia elétrica em energia mecânica


(movimento circular). O seu princípio de funcionamento é baseado no efeito eletromagnético
da corrente elétrica. O nosso estudo se restringe a parte elétrica dos motores ou seja somente
os tipos de ligação possíveis para um motor elétrico de indução.

Motor bifásico

Esses motores elétricos são constituídos de um conjunto de bobinas ou enrolamentos.


Os motores elétricos bifásicos (ou monofásicos) possuem três enrolamentos sendo que um
deles é o enrolamento de partida que possui além da bobina, um capacitor e um interruptor
centrífugo e tem a função de auxiliar a partida do motor.
Observe o esquema:
5
1 3

2 4
6

Ligação monofásica:

Fase – 1-3-5 neutro – 2 - 4 - 6 para reversão troca-se somente o 5 pelo 6.

Ligação bifásica:

Fase – 1-5 neutro – 4 2-3-6 para reversão troca-se somente o 5 pelo 6.

Motor trifásico

1 2 3

4 5 6

Ligação estrela:

1-2-3 4-R; 5-S; 6-T OU 4-5-6 1-R; 2-S; 3-T

Ligação triângulo:

1-6-R; 2-4-S; 3-5-T OU 1-5-R; 2-6-S; 3-4-T


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Corrente de fase (IF) é a que circula na bobina ou no enrolamento; Tensão de fase (E F) é a


tensão da bobina ou do enrolamento;

Corrente de linha (IL) é a que circula na rede; Tensão de linha (EL) é tensão da rede;

Relações:
IL = IF x 3 fechamento triangulo

EL = EF x 3 fechamento estrela

Transformadores

O campo magnético pode induzir uma tensão noutro indutor, se este for enrolado sobre
uma mesma forma ou núcleo. Pela Lei de Faraday, a tensão induzida será proporcional à
velocidade de variação do fluxo, e ao número de espiras deste indutor.
Aplicando aos dois enrolamentos, a lei permite deduzir a relação básica do
transformador.

E1/E2 = N1/N2

A relação de correntes é oposta à de tensões.

I1/I2 = N2/N1

O índice um se refere ao indutor ao qual se aplica tensão, o primário, e dois, àquele


que sofre indução, o secundário.
O transformador é um conversor de energia elétrica, de alta eficiência (podendo
ultrapassar 99%), que altera tensões e correntes, e isola circuitos.

Perdas

Além das perdas no cobre dos enrolamentos (devidas à resistência), os transformadores


e bobinas apresentam perdas magnéticas no núcleo.
Histerese: Os materiais ferromagnéticos são passíveis de magnetização, através do
realinhamento dos domínios, o que ocorre ao se aplicar um campo (como o gerado por um
indutor ou o primário do transformador). Este processo consome energia, e ao se aplicar um
campo variável, o material tenta acompanhar este, sofrendo sucessivas imantações num sentido
e noutro, se aquecendo. Ao se interromper o campo, o material geralmente mantém uma
magnetização, chamada campo remanescente.
Perdas por correntes parasitas ou de Foucault: São devidas à condutividade do núcleo,
que forma, no caminho fechado do núcleo, uma espira em curto, que consome energia do
campo. Para minimizá-las, usam-se materiais de baixa condutividade, como a ferrite e chapas
de aço-silício, isoladas uma das outras por verniz. Em vários casos, onde não se requer grandes
indutâncias, o núcleo contém um entreferro, uma separação ou abertura no caminho do
núcleo, que elimina esta perda.

Autotransformadores

Se aplicarmos uma tensão a uma parte de um enrolamento (uma derivação), o campo


induzirá uma tensão maior nos extremos do enrolamento. Este é o princípio do
autotransformador.
Uma característica importante dele é o menor tamanho, para certa potência, que um
transformador. Isto não se deve apenas ao uso de uma só bobina, mas ao fato da corrente de
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saída ser parte fornecida pelo lado alimentada, parte induzida pelo campo, o que reduz este,
permitindo um núcleo menor, mais leve e mais barato. A desvantagem é não ter isolação
entre entrada e saída, limitando as aplicações.
São muito usados em chaves de partida compensadoras, para motores (circuitos que
alimentam motores com tensão reduzida fornecida pelo autotransformador, por alguns
segundos, reduzindo o pico de corrente durante a aceleração) e em estabilizadores de tensão
(autotransformador com várias derivações - taps -, acima e abaixo do ponto de entrada, o
circuito de controle seleciona uma delas como saída, elevando ou reduzindo a tensão,
conforme a entrada).

• Transformador de corrente:

Usado na medição de corrente, em cabines e painéis de controle de máquinas e


motores. Consiste num anel circular ou quadrado, com núcleo de chapas de aço-sílicio e
enrolamento com poucas espiras, que se instala passando o cabo dentro do furo, este atua
como o primário. A corrente é medida por um amperímetro ligado ao secundário (terminais do
TC). É especificado pela relação de transformação de corrente, com a do medidor sendo
padronizada em 5A, variando apenas a escala de leitura e o número de espiras do TC.

RELÉ TEMPORIZADO

Elemento de comando destinado a controlar o tempo de funcionamento de um


determinado sistema. Funcionamento com base em circuito eletrônico temporizador (circuito
RC + CI-555).

Bobina do relé

Contato comum do relé

Controlador lógico programável

O PLC é um equipamento destinado a controlar o funcionamento de um sistema


simples ou complexo de produção. A sua construção é feita com base em um
microprocessador dedicado que de acordo com o programa determinado pelo usuário através
de um microcomputador estabelece a relação entre saídas, entradas e tempos. O PLC vem
acompanhado com um software de programação que utiliza uma linguagem bem parecida com
os diagramas de comando estudados. Observe o esquema de um PLC de seis entradas e oito
saídas:

Entradas (com leds indicadores de estado)

terminal de conexão com micro

alimentação
saídas (com leds indicadores de estado)

Simbologia utilizada no software:

Contato NA
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Contato NF

Bobina auxiliar ou saída

Temporizador

CONVERSOR DE FREQUÊNCIA

É um equipamento eletrônico que tem a função de alterar a frequência da rede


controlando desta forma a velocidade dos motores elétricos. A velocidade de um motor é dada
pela formula:
V = 120 . F / n
Onde:
V – velocidade me RPM
F - frequência em hertz
n – Número de pólos

E = I.R I = E/R ONDE:


R = E/I P = E.I E = tensão elétrica
I = P/E E = P/I I = corrente elétrica
P = E.E/R P=I.I.R R = resistência elétrica
R = ρ.L/A P = potencia elétrica
SERIE RT = R1 + R2 +... Rn ρ = resistividade do fio
PARALELO RT = 1 L = comprimento do fio
1/R1 + 1/R2+1/R3... RT = resistência total
RT =(R1+R2)/R1*R2 R1 = resistência do resistor 1
IT = I1+I2+…IN IT = corrente total
ET = E1+E2+...EM ET = tensão total
IL = IF x 3 EL = Tensão de linha
EF = Tensão de fase
EL = EF x 3
ERS = Tensão de fase para fase
ERS = ERN . 3 ERN = Tensão de fase para neutro

Profissional ideal
 Muita iniciativa e garra:
Buscar sempre melhorar aquilo que faz. O fato de tudo estar funcionando bem
não quer dizer que não pode ser mudado. Lembramos aqui que o ser humano tem
grande aversão a mudanças, por isso mesmo a busca por modelos diferentes deve
ser trabalhada do ponto de vista pessoal; O funcionário determinado e que busca de
todas as formas conseguir o que se propôs é mais valorizado independente dos
resultados.
 Capacidade de análise e planejamento
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Evite se tornar um profissional que faz a sua função de forma mecânica. Com o
desenvolvimento tecnológico esse tipo de serviço será destinado para as máquinas e
robôs (automação). Mais importante que executar uma tarefa de forma mecânica é
saber e entender todo o processo pois em caso de algo fugir do esquema você não
ficará com as mãos amarradas. “Cuidado com as funções mecânicas que
não exijam valor pensante pois elas estão condenadas a perder espaço, até mesmo
a desaparecer”.
 Multidisciplinaridade, isto é, saber lidar com as diversas áreas da profissão.
O profissional especialista tem perdido espaço no mercado, isso porquê tem se
observado que a fusão de áreas produz melhores resultados, por isso o profissional
além de ter um conhecimento específico da sua área de atuação deve ter um
conhecimento básico de outras áreas afins, pra exista sempre a possibilidade de
melhoria conjunta.
 Espírito de liderança e desenvoltura para trabalhar em equipe.
Trabalhar em equipe é muito mais eficiente que um trabalho isolado por isso o
profissional deve saber lidar com os colegas de profissão mantendo um
relacionamento de mutua cooperação e de respeito às características diferentes de
cada um, de forma que exista harmonia nas atividades profissionais. Se você está
sempre em conflito com outros existe grande possibilidade de que você é o chato e
não os outros. O líder não é aquele que manda ou determina por ocupar um cargo
administrativo mas sim aquele que naturalmente consegue persuadir e motivar os
outros a fazer o que ele propõe.
 Estar sempre atualizado profissionalmente, ler muitos jornais e revistas
Segundo os sociólogos a humanidade vivenciou épocas distintas de organização
social: A sociedade agrícola, a sociedade industrial, e atualmente está iniciando a
sociedade conceitual, ou seja a tendência é não se valorizar mais a quantidade de
terra nem o tamanho da industria mas sim quantidade de conhecimento. Por isso o
melhor investimento é a nossa própria capacitação.

Elaboração de currículo
Procure dividir as informações em categorias. Uma sugestão é criar os itens
“Dados Pessoais”, “Formação”, “Experiência” e “Informações Complementares”. Isso
facilita a leitura e indica organização do candidato.

No início da página, informe seu nome (em destaque), endereço, telefone,


celular, Pager, e-mail, enfim, todas as formas de contato para o selecionador
encontra-lo. Não é preciso colocar números de documentos (como RG).

Em “Formação”, devem entrar apenas as informações a partir do nível médio


(antigo segundo grau). Indique o curso, a instituição de ensino e o ano de conclusão
(ou o previsto para o término).

Cite no item “Experiência” os trabalhos profissionais que possa ter realizado.


Informe o nome da empresa, o cargo e o tempo de trabalho, também começando
pela experiência mais recente mencione atividades que não tenham ligação direta
com a sua área de formação, mas que possam demonstrar vivência, como
participações em seminários, palestras, monitorias e organização de eventos.
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Procure colocar em “Informações Complementares” seu grau de


conhecimento em idiomas e informática, além de experiências no exterior e
participação em atividades comunitárias.

Seja objetivo, mas procure mostrar que você é o profissional adequado à vaga
oferecida, personalizando o documento de acordo com a empresa. Se for preciso
destaque as atividades de importância que você realizou, ou seja aquela que
mostrem a sua capacitação para a área pretendida. Evite colocar cursos ou
experiência que não tenham nada a ver com o cargo pretendido.

Nunca assine o currículo. Encare-o como um “cartão de visitas ampliado”.


Caso queira, redija uma carta de apresentação, ressaltando suas qualidades e seus
planos Cuidado com a apresentação: o documento deve estar em bom estado, sem
erros de português e perfeitamente legível. Nunca envie xerox.

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