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TEORIA E EXERCÍCIOS - P1
1º SEM/2023
FACULDADES DE ENGENHARIA
ELETRODINÂMICA
É a parte da Física responsável pelo estudo do comportamento das cargas elétricas em movimento.
A corrente elétrica é a taxa de fluxo de carga através de uma superfície (seção transversal) de um
fio condutor.
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Geradores: transformam qualquer tipo de energia em energia elétrica. Exemplos: pilha, bateria,
usina hidrelétrica, etc. O símbolo de um gerador ideal em um circuito elétrico é representado por
Por definição, a resistência elétrica entre esses dois pontos é a razão entre a diferença de potencial
(U) e a intensidade de corrente elétrica (i).
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U
R=
i
No Sistema Internacional de Unidades, a diferença de potencial (U) é o volt (V) e a resistência
elétrica é o ohm (Ω).
Existem vários tipos de resistores e os símbolos para os resistores também são variados. O da
esquerda é definido pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (I.E.E.E.) e o da direita
pelo International Electrotecnical Commission (I.E.C.)
U1 U2 U3
= = =⋯=R
i1 i2 i3
6.1 Amperímetro
Aparelho que mede a intensidade de corrente elétrica. O amperímetro deve ser ligado em série
com o elemento, cuja corrente elétrica se quer medir.
6.2 Voltímetro
Aparelho que mede a diferença de potencial (ddp) entre seus terminais. O voltímetro deve ser ligado
em paralelo com o elemento, cuja ddp entre seus terminais se deseja medir.
No Sistema Internacional de Unidades, a ddp é medida em volt (V), a corrente elétrica em ampère
(A) e a resistência elétrica em ohm (Ω).
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Exercícios
01. Uma corrente elétrica de 0,45 A flui através da lâmpada incandescente. Quantos coulombs
fluem através dessa lâmpada em 20 min?
Resp.: 540 C
02. Uma corrente elétrica de 4,0 A flui através da lâmpada do farol de um automóvel. Quantos
coulombs fluem através dessa lâmpada em 2,0 h?
Resp.: 2,9.104 C
03. A corrente elétrica que passa em um fio varia com o tempo de acordo com a função:
i = 20,0 + 4,0t (S. I. )
a) Quantos coulombs passam através da seção reta do fio no intervalo entre 0 e 5,0 s?
b) Qual é o valor da corrente elétrica constante que poderia transportar a mesma quantidade de
carga no mesmo intervalo de tempo?
Resp.: a) 150 C e b) 30 A
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04. A corrente elétrica que passa em um fio varia com o tempo de acordo com a função:
i = 55,0 − 0,65t 2 (S. I. )
a) Quantos coulombs passam através da seção reta do fio no intervalo entre 0 e 8,0 s?
b) Qual é o valor da corrente elétrica constante que poderia transportar a mesma quantidade de
carga no mesmo intervalo de tempo?
Resp.: a) 329,1 C e b) 41,1 A
05. Uma corrente elétrica com intensidade de 6,0 A percorre um condutor metálico. A carga
elementar é |e| = 1,6 x 10-19 C. Determine o número de partículas carregadas que atravessam uma
secção transversal desse condutor, por segundo.
Resp.: 3,75 𝑥 1019 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
6
06. Uma corrente elétrica com intensidade de 8,0 A percorre um condutor metálico. A carga
elementar é |e| = 1,6 x 10-19 C. Determine o número de partículas carregadas que atravessam uma
secção transversal desse condutor, por segundo.
Resp.: 5 𝑥 1019 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
07. Ao consertar uma tomada, uma pessoa toca um dos fios da rede elétrica com uma mão e o
outro fio com a outra mão. A ddp da rede é 220 V e a corrente elétrica através do corpo é 4,0 mA.
Determine a resistência elétrica da pessoa.
Resp.: 55 kΩ
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08. Um aparelho possui um resistor com determinada resistência elétrica. Ele é inserido em uma
tomada de 110 V, sendo percorrido por uma corrente elétrica de 40 mA . Determine a resistência
elétrica desse resistor.
Resp.: 2750 Ω 𝑜𝑢 2,75 𝑘Ω
09. Os gráficos a seguir representam a tensão elétrica (ddp) em função da corrente elétrica para
dois condutores A e B.
a) Para qual deles é válida a primeira lei de Ohm?
b) Qual será a resistência elétrica do condutor B quando a tensão elétrica nele aplicada for de
20 V?
c) Qual será a resistência elétrica do condutor A se a tensão elétrica nele aplicada for de 10 V?
Resp.: b) 5 Ω; c) 2 Ω
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10. Com o objetivo de determinar a resistência elétrica de dois fios um engenheiro montou um
experimento em que mediu a ddp e a intensidade de corrente elétrica para cada um dos fios e o
resultado está apresentado abaixo
CONDUTOR 1 CONDUTOR 2
U (V) I (mA) U (V) I (mA)
0 0 0 0
12 2 12 3
24 4 24 6
30 5 35 7
48 8 50 9
Observando a tabela:
a) construa um gráfico U x i para cada condutor;
b) qual dos condutores é ôhmico? Justifique;
c) determine a resistência elétrica em cada caso;
d) no condutor ôhmico, qual é o valor da ddp quando a corrente for igual a 20 mA?
Resp.: d) 120 V
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A tensão entre os extremos da associação é a soma das tensões elétricas em cada resistor.
Vamos imaginar que os três resistores sejam substituídos por um único resistor, denominado
resistor equivalente. Então,
𝐑 𝐞𝐪 = 𝐑 𝟏 + 𝐑 𝟐 + 𝐑 𝟑
𝐑 𝐞𝐪 = ∑ 𝐑 𝐢
𝐢=𝟏
𝐢 = 𝐢𝟏 + 𝐢𝟐 + 𝐢𝟑
10
Vamos imaginar que os três resistores sejam substituídos por um único resistor, denominado
resistor equivalente. Então,
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + +
𝐑 𝐞𝐪 𝐑 𝟏 𝐑 𝟐 𝐑 𝟑
𝐑𝟏. 𝐑𝟐
𝐑 𝐞𝐪 =
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐
𝐑
𝐑 𝐞𝐪 =
𝐧
Exercícios
Determine:
a) A resistência elétrica equivalente no circuito;
b) A corrente elétrica em cada resistor;
c) A corrente elétrica total.
08. Considere a associação de resistores em paralelo da figura a seguir. Sabendo que a intensidade
de corrente elétrica no resistor 10 Ω é igual a 6,0 A, determine:
a) a diferença de potencial elétrica da associação;
b) a intensidade de corrente elétrica i2;
c) a intensidade da resistência elétrica R.
09. Determine a resistência elétrica equivalente entre os pontos A e B nos esquemas a seguir:
a) Resp.: 50 Ω
16
b) Resp.: 70 Ω
17
c) Resp.: 1,0 Ω
d) Resp.: 8,0 Ω
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Exercícios complementares
02. Uma corrente de 0,10 A passa pelo resistor de 25 Ω, conforme indicado na figura abaixo.
Determine:
a) a diferença de potencial (ddp) no resistor de 20 Ω;
b) a corrente que passa pelo resistor de 80 Ω.
R: a) 4 V b) 0,3 A
20
𝐿
𝑅 = 𝜌.
𝐴
Resistividade (ρ)
Material
a 20°C (Ω.m)
Exercícios
01. Nas instalações elétricas de uma casa, geralmente se usa um fio de cobre com diâmetro de
2,05 mm. Calcule a resistência elétrica de um fio de cobre com comprimento 24,0 m.
Resp.: 0,124 Ω
02. Do exercício anterior, qual é a resistência elétrica se o comprimento do fio for duplicado?
Resp.: 0,248 Ω
03. Um fio de cobre de 10,0 m de comprimento, com secção circular, tem resistência elétrica de
0,3 Ω. Calcule o diâmetro do fio.
Resp.: 0,85 mm
04. Um fio de cobre de 200,0 m de comprimento, com secção circular, tem resistência elétrica de 2
Ω. Calcule o diâmetro do fio.
Resp.: 1,47 mm
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05. Um fio de níquel cromo tem comprimento de 100,0 m e diâmetro 0,5 mm. Determinar sua
resistência elétrica.
Resp.: 560,5 Ω
06. Um fio de níquel cromo tem comprimento de 50,0 m e diâmetro 1,0 mm. Determinar sua
resistência elétrica.
Resp.: 70,1 Ω
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07. A resistência elétrica de um fio é 60 Ω. Quando cortamos um pedaço de 3,0 m a sua resistência
elétrica passa a ser 14 Ω. Qual o comprimento original do fio?
Resp.: 3,91 m
08. A resistência elétrica de um fio é 100 Ω. Quando cortamos um pedaço de 2,0 m a sua resistência
elétrica passa a ser 50 Ω. Qual o comprimento original do fio?
Resp.: 4,00 m
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09. Um resistor em forma de fio tem resistência elétrica de 400 Ω. Se a ele for acrescentado um
outro fio idêntico de 2,0 m de comprimento, sua resistência elétrica passa a ser 466,7 Ω. Qual o
comprimento do resistor original?
Resp.: 12 m
10. Um resistor em forma de fio tem resistência elétrica de 110 Ω. Se a ele for acrescentado um
outro fio idêntico de 0,7 m de comprimento, sua resistência elétrica passa a ser 140 Ω. Qual o
comprimento do resistor original?
Resp.: 2,57 m
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11. Um tubo de magnésio de diâmetro interno 3,0 mm e externo 5,0 mm, possui uma certa
resistência elétrica por unidade de comprimento. Qual o diâmetro de um fio cilíndrico maciço que
possui a mesma resistência elétrica por unidade de comprimento?
Resp.: 4,0 mm
12. Um tubo de magnésio de diâmetro interno 4,0 mm e externo 9,0 mm, possui uma certa
resistência elétrica por unidade de comprimento. Qual o diâmetro de um fio cilíndrico maciço que
possui a mesma resistência elétrica por unidade de comprimento?
Resp.: 8,1 mm
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13. Um tubo de aço, de 5,0 m de comprimento, está submetido a uma tensão elétrica de 5,0 V.
Calcule a corrente elétrica que circulará pelo mesmo. Resp.: 35,7 A
Dados:
Diâmetro externo do tubo: dext = 5,0 mm
Diâmetro interno do tubo: dint = 4,0 mm
14. Um tubo de cobre, de 100 m de comprimento, está submetido a uma tensão elétrica de 110 V.
Calcule a corrente elétrica que circulará pelo mesmo. Resp.: 407,4 A
Dados:
Diâmetro externo do tubo: dext = 3,0 mm
Diâmetro interno do tubo: dint = 1,0 mm
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A taxa na qual o trabalho está sendo realizado em um circuito elétrico é chamada de potência
elétrica. Ou seja, a potência elétrica é definida como a taxa de transferência de energia.
Em outras palavras, o trabalho necessário para transportar uma carga de um ponto A (potencial
elétrico VA ) até um ponto B( potencial elétrico VB)
por unidade de tempo é a potência elétrica.
W q(VA − VB ) U2
P= = = U. i = R. i2 =
∆t ∆t R
onde U (VA – VB) é a diferença de potencial (ddp) em volts, i é a corrente elétrica em àmpere e R é
a resistência elétrica. No Sistema Intenacional de Unidades, a potência é dada em watts(W).
A energia elétrica é a capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho. A principal função da
energia elétrica é a transformação desse tipo de energia em outros tipos, como, por exemplo, a
energia mecânica e a energia térmica.
É comum, expressarmos a energia elétrica consumida em kW.h, ou seja, a potênca em kW e o
tempo em hora.
Exercícios
01. A lâmpada do circuito abaixo, com resistência interna de 160 Ω, está submetida a uma fonte de
tensão elétrica de 12 V. Determine:
a) a corrente elétrica do circuito;
b) a potência dissipada na lâmpada.
02. A lâmpada do circuito abaixo, com resistência interna de 440 Ω, está submetida a uma fonte de
tensão elétrica de 220 V. Determine:
a) a corrente elétrica do circuito;
b) a potência dissipada na lâmpada.
03. Considere um chuveiro de 6,6 kW ligado a fonte de tensão elétrica de 220 V. Determine:
a) a corrente elétrica do chuveiro?
b) o valor da resistência elétrica do chuveiro, tendo em vista que ele foi projetado para dissipar os
6,6 kW em 220 V?
Resp.: a) 30 A; b) 7,3 Ω
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04. Considere um chuveiro de 6,6 kW ligado a fonte de tensão elétrica de 110 V. Determine:
a) a corrente elétrica do chuveiro.
b) o valor da resistência elétrica do chuveiro, tendo em vista que ele foi projetado para dissipar os
6,6 kW em 110 V.
Resp.: a) 60 A; b) 1,8 Ω
05. Uma lâmpada incandescente (de filamento) vem com as seguintes especificações:
220 V – 100 W (potência dissipada). Determine:
a) a resistência elétrica da lâmpada;
b) a potência dissipada se a mesma for conectada em 110 V. (Suponha constante a resistência do
filamento).
c) Ela brilhará mais ou menos se conectada em 110 V?
d) Qual a corrente desta lâmpada, quando ligada em 220 V e em 110 V?
e) Compare o valor obtido no item b) com o valor de potência nominal da lâmpada (100 W)
evidenciando a relação entre as duas potências dissipadas.
06. Um eletrodoméstico trabalha com uma tensão elétrica de 120 V e possuí uma resistência
elétrica de 18 Ω. Sabendo que ele foi utilizado por um período de 10 horas e que o custo por
quilowatt-hora é de R$ 3,00, qual será o valor a ser pago para a concessionária de energia?
Resp.: R$24,00
07. Um eletrodoméstico trabalha com uma tensão elétrica de 220 V e possuí uma resistência
elétrica de 6,2 Ω. Sabendo que ele foi utilizado por um período de 5,0 horas e que o custo por
quilowatt-hora é de R$ 3,00, qual será o valor a ser pago para a concessionária de energia?
Resp.: R$117,09
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08. Calcule a energia gasta pelo circuito que trabalhou 20 horas dissipando a potência indicada no
gráfico abaixo.
09. Calcule a energia gasta pelo circuito que trabalhou 4,0 horas dissipando a potência indicada
no gráfico abaixo.
Resp.: 36 W; 12 W e 6,0 W
Exercícios complementares
Em seguida, ele associa as três lâmpadas em série e aplica à associação uma ddp de 220 V.
O que acontece com as lâmpadas?
02. A tomada de sua casa produz uma ddp de 120 V. Você vai ao supermercado e compra duas
lâmpadas, uma de 60 W e outra de 100 W. Essas especificações correspondem à situação em que
a lâmpada é conectada isoladamente à uma ddp considerada. Você conecta as duas lâmpadas
em série como mostrado na figura. Qual a que brilhará mais?
Resp.: 60 W
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MECÂNICA
É a ciência que estuda os movimentos. Por razões didáticas, a Mecânica costuma ser dividida em
três partes: Cinemática, Dinâmica e Estática.
A Cinemática é a descrição geométrica do movimento, por meio de funções matemáticas, isto é,
é o equacionamento do movimento. Na Cinemática, usamos apenas os conceitos da Geometria
associados à ideia de tempo; as grandezas fundamentais utilizadas são apenas o comprimento
(L) e o tempo (T).
A Dinâmica investiga os fatores que produzem ou alteram os movimentos; traduz as leis que
explicam os movimentos. Na Dinâmica, utilizamos como grandezas fundamentais o comprimento
(L), o tempo (T) e a massa (M).
A Estática é o estudo das condições de equilíbrio de um corpo.
DINÂMICA
Na Dinâmica, entendemos FORÇA como sendo o agente físico que produz ACELERAÇÃO, isto é,
a causa que tem como efeito a mudança de velocidade dos corpos.
“Uma partícula, livre de forças, mantém sua velocidade vetorial constante por inércia. ”
Se a resultante das forças em uma partícula for nula (𝐅⃗𝐑 = 𝟎), ela permanece em equilíbrio.
estático
𝐯=𝟎
Equilíbrio (repouso)
𝐚=𝟎 dinâmico
𝐯 = 𝐜𝐭𝐞 ≠ 𝟎
(MRU)
𝐅⃗𝐑 = 𝐦. 𝐚⃗⃗
“Quando um corpo A aplica uma força sobre um corpo B, (𝐅⃗𝐀𝐁 ), o corpo B reage e aplica
sobre o corpo A uma força (𝐅⃗𝐁𝐀 ) com a mesma intensidade, mesma direção e sentido
oposto. ”
𝐅⃗𝐀𝐁 = −𝐅⃗𝐁𝐀
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Obs.: As forças de ação e reação, embora sejam opostas, não se equilibram, pois não estão
aplicadas ao mesmo corpo: a força de ação está aplicada em B (produz aceleração e/ou
deformação em B) e a força de reação está aplicada em A (produz aceleração e/ou deformação
em A).
Força Peso (P): é o resultado da atração gravitacional exercida pela Terra não somente sobre os
objetos localizados próximo à sua superfície, mas atuando também a distâncias relativamente
longas.
⃗⃗ = 𝐦. 𝐠
𝐏 ⃗⃗
Força Normal (N): é aquela realizada por uma superfície a fim de sustentar um objeto colocado
sobre ela, é a reação do apoio.
Força de tração ou força tensora (T): A força de tração surge em um corpo quando este se
encontra preso a um fio ideal esticado. A tração em um fio é a mesma nas duas pontas, porém
possui sentidos contrários, sendo a força resultante em um fio ideal nula.
Obs.: Um fio ideal é caracterizado por ter massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é
capaz de transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra.
Força elástica (Fel): é a força com a qual uma mola reage a uma força externa que a comprime ou
a distende. A reação da mola age no sentido de desfazer a alteração provocada em sua forma, ou
seja, tende a trazer a mola de volta ao seu comprimento inicial. É uma força restauradora.
Força de atrito (Fat ou A): surge em sentido contrário ao movimento de um objeto que está sob
ação de uma força F, devido às rugosidades das superfícies em contato. Existem dois tipos de
atrito:
- Atrito Estático: é aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito
estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo.
- Atrito Dinâmico: é aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito
estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos
a considerar sua força de atrito dinâmico.
Fat = . N
e: estático
:
coeficiente
de atrito
d: dinâmico
Obs.: O coeficiente de atrito é um número adimensional que depende das rugosidades da face do
corpo que está apoiada e da superfície de contato. Quanto mais áspero for o corpo ou a superfície
maior será o coeficiente, sendo e ≥ d.
PLANO INCLINADO
É um exemplo de máquina simples, trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim
estão a alturas diferentes.
Existem dois tipos de forças que atuam nesse sistema sem atrito:
a força Normal (N) e a força Peso (P).
EXERCÍCIOS
01. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 5,0 kg, a massa do corpo B é mB = 10 kg e que
o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,3, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 4,6 m/s2 e aB = 2,3 m/s2
b) TA = 38 N e TB = 76 N
39
02. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 2,0 kg, a massa do corpo B é mB = 8,0 kg e
que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,2, determine:
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 9,0 m/s2 e aB = 4,5 m/s2
b) TA = 22 N e TB = 44 N
40
03. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 4,0 kg, a massa do corpo B é mB = 6,0 kg e
que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,4, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 2,6 m/s2 e aB = 1,3 m/s2
b) TA = 26,4 N e TB = 52,8 N
41
04. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 3,0 kg, a massa do corpo B é mB = 8,0 kg, a
massa do corpo C é mC = 2,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 6,0 m/s2, aB = 4,0 m/s2 (↓) e aC = 2,0 m/s2 ( )
b) TA = TC = 24 N e TB = 48 N
42
05. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 4,0 kg, a massa do corpo B é mB = 5,0 kg, a
massa do corpo C é mC = 1,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 1,9 m/s2, aB = 3,8 m/s2 ( ) e aC = 5,6 m/s2 ( )
b) TA = TC = 15,6 m/s2 e TB = 31,2 N
43
06. O sistema representado na figura encontra inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 6,0 kg, a massa do corpo B é mB = 2,0 kg e a
massa do corpo C é mC = 4,0 kg, e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2. Determine:
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA= 0,2 m/s2, aB = 3,2 m/s2 ( ) e aC = 6,7 m/s2
b) TA = TC = 13,2 N e TB = 26,4 N
44
07. O sistema a seguir está inicialmente em repouso. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA =
5,0 kg e que a do corpo B é mB = 10 kg e que o coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano
inclinado é 0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as forças de tração nos corpos A e B.
Dado: θ = 30º
Resp.:
a) aA = 3,7 m/s2 e aB = 7,4 m/s2 ( )
b) TA = 52 N e TB = 26 N
45
08. O sistema a seguir está inicialmente em repouso. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA =
4,0 kg, a do corpo B é mB = 9,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano inclinado
é 0,4, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as forças de tração nos corpos A e B.
Dado: θ = 60º
Resp.:
a) aA = 3,4 m/s2 e aB = 6,8 m/s2 ( )
b) TA = 57,6 N e TB = 28,8 N
46
10. Na ilustração a seguir, os fios e polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso. Sabe-
se que a massa do corpo A é mA = 10 kg, a do corpo B é mB = 40 kg e a do corpo C é mC = 15 kg.
Determine
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 7,6 m/s2 ( ), aB = 5, 6m/s2 ( ) e aC = 4,1 m/s2 ( )
b) TA = TB = 176,4 N e TC = 88,2 N
48
11. Na ilustração a seguir os fios e polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso. Sabe-
se que a massa do corpo A é m A = 30 kg, a do corpo B é mB = 20 kg e a do corpo C é mC =10 kg.
Determine:
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 2,3 m/s2 ( ), aB = 1,5 m/s2 ( ) e aC = 1,5 m/s2 ( )
b) TA = TB = 230,8 N e TC = 115,4 N
49
12. Na ilustração a seguir os fios e as polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso.
Sabe-se que a massa do corpo A é mA = 40 kg, a do corpo B é mB = 30 kg e a do corpo C é mC =
20 kg. Determine
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 1,2 m/s2 ( ), aB = 1,8 m/s2 ( ) e aC = 1,2 m/s2 ( )
b) TA = TB = 353,0 N e TC = 176,5 N
50
Obs.:
O trabalho mecânico é uma grandeza escalar, portanto pode ser positivo, negativo ou nulo, quem
define é o ângulo entre o sentido da força aplicada e o sentido do movimento.
Obs.:
a) Na descida o trabalho é positivo.
b) Na subida o trabalho é negativo.
c) O trabalho da força peso não depende da trajetória.
Obs:
a) 𝐀 𝐫𝐞𝐭â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝐛. 𝐡
𝐛.𝐡
b) 𝐀 𝐭𝐫𝐢â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝟐
(𝐁+𝐛)
c) 𝐀 𝐭𝐫𝐚𝐩é𝐳𝐢𝐨 = ∙𝐡
𝟐
“A variação da energia cinética de um corpo, num dado intervalo de tempo, é igual à soma dos
trabalhos realizados pelas forças aplicadas nesse corpo.”
1 1
W= mvf2 − mvi2
2 2
POTÊNCIA MECÂNICA
Potência média: mede a rapidez com que uma força realiza trabalho (W) durante um intervalo de
tempo (t).
∆𝑾
𝐏𝐦 =
∆𝐭
Obs.: também podemos calcular a potência em termos da força (F) que realiza o trabalho e da
velocidade (v) do corpo.
𝐅. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
𝐏= ⇒ 𝐏 = 𝐅. 𝐯. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
∆𝐭
∆𝐖 𝐝𝐖
𝐏 = 𝐥𝐢𝐦 ⇒ 𝐏=
∆𝐭→𝟎 ∆𝐭 𝐝𝐭
𝐭
Desta forma, podemos concluir que: 𝐖 = ∫𝐭 𝐟 𝐏(𝐭)𝐝𝐭
𝐢
Também existe uma unidade de potência sugerida por James Watt, o horse-power, que equivale
a 746 W.
52
EXERCÍCIOS
01. Um homem puxa um bloco de massa 40 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 60 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,2. Se em um deslocamento de 8,0 m
o trabalho realizado pela força aplicada pelo
homem é de 1000 J, calcule
Resp.:
a) 250 N
b) -293,6 J
53
02. Um homem empurra um bloco de massa 20 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 30 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,3. Se em um deslocamento de 5,0 m
o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem é de 950 J, calcule:
03. Um homem puxa um bloco de massa 10 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 45 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,25. Se em um deslocamento de
20 m o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem é de 600 J, calcule
Resp.:
a) 42,4 N
b) -350,0 J
55
04. Uma partícula de massa m = 2 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝐭 𝟑 ⃗𝐢 + 𝟐𝐭 𝟐 ⃗𝐣 + 𝟑𝐭 𝐤
Determinar
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 2s.
Resp.:
a) ⃗F⃗ = 12t ⃗i + 8 ⃗j (SI); b) P = 36t3 + 32t (SI); c) W = 208 J
56
05. Uma partícula de massa m = 4 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝟐𝐭 𝟑 ⃗𝐢 + 𝟑𝐭 ⃗𝐣 + 𝟓 𝐤
Determinar
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 3s.
Resp.: a) F⃗⃗ = 48t ⃗i (SI); b) P = 288t3 (SI); c) W = 5,8.103 J
57
06. Uma partícula de massa m = 5 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝟒𝐭 𝟐 ⃗𝐢 + 𝐭 ⃗𝐣 + 𝟐 𝐤
Determinar:
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 1s.
Resp.: a) F⃗⃗ = 40 ⃗i N; b) P = 320t (SI); c) W = 160 J
58
07. A potência da resultante numa partícula de massa m = 2 kg varia com o tempo segundo a lei:
P(t) = 6t2 - 4t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 2 m/s (para t = 0) e paralela à força, determine:
a) a velocidade da partícula em t = 2 s;
b) a potência média entre 0 e 2 s;
c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 2 s.
Resp.: a) v = 4,0 m/s; b) P = 6 W; c) F = 4,5 N
59
08. A potência da resultante numa partícula de massa m = 4 kg varia com o tempo segundo a lei:
P(t) = 3t2 - 2t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 1,0 m/s (para t = 0) e paralela à força, determine:
a) a velocidade da partícula em t = 4 s;
b) a potência média entre 0 e 4 s;
c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 4 s.
Resp.: a) v = 5,4 m/s; b) P = 14 W; c) F = 7,8 N
60
09. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua paralelamente
à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 4.x (SI). Calcule o trabalho
realizado por essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição de 2 m até a posição de
4 m.
Resp.: W = 24 J
61
10. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua paralelamente
à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 6x2 + 3 (SI). Calcule o trabalho
realizado por essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição de 1 m até a posição de
3 m.
Resp.: W = 58 J
62
11. Um corpo de massa m = 4 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de uma força
F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo mostra o gráfico
abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar
a) o trabalho da força entre 0 e 8 m;
b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
c) a potência da força na posição x = 2 m.
Resp.: a) W = 70 J; b) x = 6 m; c) P = 90 W
63
12. Um corpo de massa m = 2 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de uma força
F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo mostra o gráfico
abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar
a) o trabalho da força entre 0 e 12 m;
b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
c) a potência da força na posição x = 3 m.
Resp.:
a) WF = 320 J; b) Wfat = -100 J
c) PR = 360 W; d) WR = 220 J; e) x = 4,5 m
65
15. Uma partícula de massa 4 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 2 m/s sobre um plano
horizontal na posição x = 0. Entre a partícula e o plano existe atrito de coeficiente de 0,25. Atuando
sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo OX que varia com a posição do corpo conforme
mostra o gráfico. Sendo g = 10 m/s2.
Pede-se:
a) o trabalho da força F entre 0 e 8 m.
b) o trabalho da força de atrito entre 0 e 8 m.
c) o trabalho da força resultante entre 0 e 8 m.
d) a potência da força resultante quando x = 3 m.
e) a posição e o valor da velocidade máxima.
16. Uma partícula de massa 8,0 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 4,0 m/s sobre um
plano horizontal na posição x = 0. Entre a partícula e o plano existe atrito de coeficiente de 0,25.
Atuando sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a posição do corpo
conforme mostra o gráfico. Sendo g = 10,0 m/s², pede-se:
a) o trabalho da força F entre 0 e 10 m;
b) o trabalho da força de atrito entre 0 e 10 m;
c) o trabalho da força resultante entre 0 e 10 m;
d) a potência da força resultante quando x = 4 m;
e) a velocidade máxima atingida.
17. Um corpo de massa m = 4,0 kg, move-se num plano horizontal, sem atrito, sob a ação de uma
força F, paralela a este plano, que varia com a abscissa x de acordo com o gráfico abaixo. O corpo
parte da origem com velocidade nula. Pede-se
a) o trabalho da força F entre as posições x = 0 m e x = 8 m;
b) a posição em que a velocidade é máxima e o valor dessa velocidade;
c) a posição em que o móvel tem velocidade nula;
d) a potência da força F na posição x = 2 m.
18. Um corpo de massa 2 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal perfeitamente liso,
na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a
posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10 m/s 2. Determine
a) o trabalho da força F entre 0 e 6 m;
b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
c) a potência da força quando x = 3 m;
d) a posição em que ela para novamente.
Resp.:
a) WF = 150 J; b) vmáx = 12,6 m/s
c) P = 440 W; d) x = 13,5 m
70
19. Um corpo de massa 4 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal perfeitamente liso,
na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a
posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10 m/s 2. Determine:
a) o trabalho da força F entre 0 e 8 m;
b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
c) a potência da força quando x = 4 m;
d) a posição em que ela para novamente.
ENERGIA MECÂNICA
Energia é a capacidade de executar um trabalho.
Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
• Energia Cinética
1. Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que
põe o corpo em movimento. É dada por:
𝐦. 𝐯 𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade
de ser transformada em energia cinética. Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia
cinética e vice-versa.
É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza. É obtido quando consideramos
o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de referência (solo, chão de
uma sala, ...).
72
𝐄𝐩 = 𝐦. 𝐠. 𝐡
Obs.: Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a
altura diminui, perde Energia Potencial Gravitacional.
Corresponde ao trabalho que a força elástica realiza para reconstituir a mola ao seu comprimento
original, transformando a energia potencial elástica em energia cinética.
73
Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do
seu gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser: Fel = k.x
base.altura
Como a área de um triângulo é dada por: A = 2
Então:
deformação. força x. k. x
τFel = Eel = =
2 2
𝐤. 𝐱 𝟐
𝐄𝐞𝐥 =
𝟐
SISTEMAS CONSERVATIVOS
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
𝐄𝐌 = 𝐄𝐜 + 𝐄𝐩 + 𝐄𝐞𝐥
EXERCÍCIOS
01. Uma pequena esfera de massa 30 g está sobre uma mola comprimida 4 cm. Solta-se a mola e
deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10 m/s2 e calcule a constante
elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a referida trajetória.
Resp.: k = 168,8 N/m
76
02. Uma pequena esfera de massa 10 g está sobre uma mola comprimida 5 cm. Solta-se a mola e
deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10 m/s 2 e calcule a constante
elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a referida trajetória.
Resp.: k = 53,8 N/m
77
03. Uma esfera de massa m = 2 kg é abandonada no ponto A, descreve a trajetória indicada e para
no ponto C, após comprimir a mola em 0,5 m. Sendo a constante elástica da mola k = 200 N/m e a
aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determinar:
a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo que o raio de curvatura desse ponto é
20 m.
Resp.:
a) hA = 2,25 m
b) NB = 24,5 N.
78
04. Uma esfera de massa m = 4 kg é abandonada, sem velocidade inicial, no ponto A, descreve a
trajetória indicada e para no ponto C, após comprimir a mola em 0,6 m. Sendo a constante elástica
da mola k = 400 N/m e a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determinar:
a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo que o raio de curvatura desse ponto é
10 m.
Resp.:
a) hA = 2,8 m
b) NB = 62,5 N
79
05. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever a curva
ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro O e de raio 20 cm.
Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso, calcular
a) a velocidade da partícula no ponto B;
b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B situado a
80 cm abaixo de A, sendo 60º o ângulo formado pelos segmentos OB e OC. Admitir que a massa
da partícula seja de 5 g e g = 10 m/s2.
Resp.:
a) vB = 4, 0 m/s
b) NB = 0,425 N
80
06. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever a curva
ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro O e de raio 40 cm.
Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso, calcular:
a) a velocidade da partícula no ponto B;
b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B situado a
100 cm abaixo de A, sendo 60° o ângulo formado pelos segmentos OB e OC. Admitir que a massa
da partícula seja 4 g e g = 10 m/s2.
Resp.:
a) vB = 4.5 m/s
b) NB = 0,222 N
81
07. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual pode deslizar,
sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
b) qual deve a altura h para que o carrinho, abandonado do repouso no ponto A, descreva a
circunferência de centro O e raio 20 cm?
Resp.:
a) vmín= 1,4 m/s
b) h = 0,5 m.
82
08. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual pode deslizar,
sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
b) a altura h para que o carrinho, abandonado do repouso no ponto A, descreva a circunferência
de centro O e raio 10 cm.
Resp.:
a) vmín= 1,0 m/s
b) h = 0,25 m
83
09. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo hemisférico de
raio 10 m. Desprezando atrito, calcule:
a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
c) a velocidade com que isso acontece.
Resp.:
a) 6,67 m
b) 48,2º
c) 8,17 m/s
84
10. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo hemisférico de
raio 20 m. Desprezando atrito, calcule:
a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
c) a velocidade com que isso acontece.
Resp.:
a) 13,33 m
c) 11,54 m/s.
85
11. A partícula da figura de massa 2 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por uma canaleta
B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de constante elástica
18.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2 , que o coeficiente de atrito
dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é 0,5, que AB = 10 cm e BC = 10 cm,
determinar a máxima compressão na mola. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola.
12. A partícula da figura de massa 4 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por uma canaleta
B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de constante elástica
2.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2, que o coeficiente de atrito
dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é 0,5, que AB = 40 cm e BC = 40 cm,
determinar a máxima compressão na mola. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola.
Resp.: x = 8,9 cm
87
13. Um corpo de massa m = 1 kg está com a velocidade de 2 m/s na posição A da figura. Ao atingir
a mola de constante elástica 4.103 N/m provoca a deformação máxima de 5.10-2 m. Calcular:
a) o trabalho da força de atrito;
b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de retorno até
a altura h é –1 J.
Adotar g = 10 m/s2.
Resp.:
a) Wfat = - 2 J
b) h = 40 cm.
88
14. Um corpo de massa m = 0,5 kg está com a velocidade de 4 m/s na posição A da figura. Ao
atingir a mola de constante elástica 2.103 N/m provoca a deformação máxima de 4.10-2 m. Calcular
a) o trabalho da força de atrito;
b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de retorno até
a altura h é –0,2 J.
Adotar g = 10 m/s2.
Resp.:
a) Wfat = -4,9 J
b) h = 28 cm
89
15. Um bloco de massa igual a 2,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no ponto A.
A constante da mola é igual a K1 = 100 N/m e está comprimida de 0,3 m. No trecho AB não há atrito.
No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a µ = 0,3. O trecho BC é igual a 2,0 m.
Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola. Determine:
a) a velocidade do bloco no ponto B;
b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é K 2 = 50 N/m.
Resp.:
a) 11,2 m/s
b) 2,1 m
90
16. Um bloco de massa igual a 4,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no ponto A.
A constante elástica da mola é igual a K1 = 200 N/m e está comprimida de 0,2 m. No trecho AB não
há atrito. No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a µ = 0,2. O trecho BC é igual
a 1,0 m. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola. Determine:
a) a velocidade do bloco no ponto B;
b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é K 2 = 500 N/m.
Resp.:
a) 18 m/s
b) 1,6 m
91
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
01. Um carrinho parte do repouso do topo de uma montanha russa de 8,0 m de altura, com atrito
desprezível. Chegando ao ponto A, na base da montanha, ele é freado pelo terreno AB coberto de
areia parando em 1,8 s. Qual é o coeficiente de atrito cinético entre o carrinho e a areia?
Resp.: 0,7
92
02. Um pêndulo simples encontra-se em repouso (Fig. 1). Em seguida, é afastado da vertical de
um ângulo de 60° (Fig. 2) e solto em repouso. Para que ângulo com a vertical sua velocidade será
a metade da velocidade máxima atingida pelo pêndulo?
Resp.: 51,3º
93
03. Uma balança de mola é calibrada de tal forma que o prato desce de 1,0 cm quando uma massa
de 500,0 g está em equilíbrio sobre ele. Uma bola de 1,0 kg de massa fresca de pão, guardada
numa prateleira 1,0 m acima do prato da balança, escorrega da prateleira e cai sobre ele. Não
levando em conta as massas do prato e da mola, de quanto desce o prato da balança?
Resp.: 21,0 cm
94
04. Na figura a seguir, está representado um sistema formado por duas barras homogêneas de
mesma massa m, presas por uma mola de constante elástica k e de massa desprezível. O sistema
encontra-se em equilíbrio sobre uma mesa horizontal.
a) De que distância a mola está comprimida na posição de equilíbrio?
b) Comprime-se a barra superior, abaixando-a de uma distância adicional x a partir da posição de
equilíbrio. De que distância ela subirá acima da posição de equilíbrio, supondo que a barra inferior
permaneça em contato com a mesa?
c) Qual é o valor mínimo de x no item anterior para que a barra inferior salte da mesa?
Resp.:
m. g
a)
K
b) x
2. m. g
c)
K
95
Movimento Oscilatório
O pêndulo simples é um tipo de oscilador que para certas condições pode ser considerado um
oscilador harmônico simples. Um pendulo simples é definido como uma partícula de massa m
presa, num ponto O, por um fio de comprimento L e massa desprezível.
Onde o sinal negativo aparece porque ela tem sentido oposto ao deslocamento CB. Dessa forma,
F = ma = −mgsinθ
Ou ainda.
d2 θ
mL 2 = −mgsinθ
dt
onde
d2 θ
a=L 2
dt
Ou ainda,
d2 θ
2
+ ω2 θ = 0
dt
que é uma equação diferencial de segunda ordem não-linear, com
g
ω=√
L
θ = θ0 cos (ωt + φ)
E o período e a frequência, como nós já vimos em Física Aplicada, são dados por
2π 1
T= e f=
ω T
L
T = 2π√
g
Exercícios
01. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 2,5 m? Considere
g =10 m/s².
Resp.: T = 3,14 s e f = 0,32 Hz
02. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 3,6 m? Considere
g =10 m/s²
Resp.: T = 3,77 s e f = 0,27 Hz
97
03. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10 m/s², com um
período de oscilação igual a /2 segundo. Determine o comprimento deste pêndulo.
Resp.: L = 0,62 m
04. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10 m/s², com um
período de oscilação igual a /5 segundo. Determine o comprimento deste pêndulo.
Resp.: L = 0,10 m
98
05. Um astronauta pôs para oscilar um pêndulo simples na Lua, a fim de medir o campo
gravitacional de nosso satélite, e registrou um período de 2,45 s. Se na Terra o mesmo pêndulo
possui período de 1,00 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade da Lua e a da Terra?
gL 1
Resp.: =
gT 6
06. Um marciano pôs para oscilar um pêndulo simples em Marte, a fim de medir o campo
gravitacional do planeta, e registrou um período de 6,28 s. Se na Terra o mesmo pêndulo possui
período de 3,82 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade de Marte e a da Terra?
gM 1
Resp.: =
gT 2,7
99
Exercícios Complementares
01. O pêndulo de um relógio tem período de 2,00 s em um local onde a aceleração da gravidade é
9,80 m/s2. Se o comprimento for aumentado de 1mm, quanto atrasará o relógio em 24 h?
Resp.: 43,2 s
03. Um fio de comprimento L, ligado a um ponto fixo, tem em uma extremidade uma massa m que
gira em torno da vertical com velocidade angular constante ω. Achar o ângulo que a corda faz com
a vertical. Este dispositivo é chamado de pêndulo cônico.
g
Resp.: θ = arcos ω2L
Na posição (i) o sistema encontra-se em repouso. Seja Fext uma força externa, horizontal e para
direita aplicada sobre o corpo de massa m. Nesse caso, a mola sofre uma deformação x surgindo
na mola a força elástica Fel (ii). Quando a força externa deixar de existir, o corpo oscilará entre A
(amplitude - deformacão máxima na mola) e – A e, a única força sobre o corpo será a força
elástica que é dada por
⃗⃗el = −kx⃗⃗
F
Onde k é a constante da mola. O sinal negativo indica que a força é contrária à deformação.
Aplicando a 2a lei de Newton no sistema,
FR = Fel
d2 x
m 2 = −kx
dt
Ou ainda,
d2 x
m 2 + ω2 x = 0
dt
k
com ω = √ chamada de frequência angular ou pulsação do sistema
m
A solução geral da equação diferencial de 2a ordem acima, tem como solução geral:
que é a função da posição do corpo preso na extremidade da mola, cujo comportamento gráfico é
2π m
T= = 2π√
ω k
Como é um sistema conservativo, a energia mecânica é constante.
m. v 2 k. x 2
EM = Ec + EP = +
2 2
Nas extremidades, a energia mecânica é
k. A2
EM=
2
103
Exercícios
01. Um corpo de massa 2,0 kg está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal, segundo
uma direção horizontal. Para uma elongação de 10 cm é necessária uma força de intensidade 20
N. Calcule:
a) o período de oscilação;
b) a pulsação do movimento.
02. Um corpo de massa 100 g está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal, segundo
uma direção horizontal. Para uma elongação de 4,0 cm é necessária uma força de intensidade 3,0
N. Calcule:
a) o período de oscilação;
b) a pulsação do movimento.
03. Uma mola sofre um alongamento de 15 cm a partir de seu estado de equilíbrio, quando se
aplica uma força de 6,0 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola um corpo de massa
2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando um MHS. Desprezando as
forças dissipativas, determine:
a) a constante elástica da mola;
b) a pulsação do movimento;
c) o período do movimento;
d) a amplitude do movimento.
Resp.: a) K = 40 N/m; b) ω = 4,5 rad/s; c) T = 1,4 s; d) A = 0,15 m
04. Uma mola sofre um alongamento de 25 cm a partir de seu estado de equilíbrio, quando se
aplica uma força de 40 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola um corpo de massa
2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando um MHS. Desprezando as
forças dissipativas, determine:
a) a constante elástica da mola;
b) a pulsação do movimento;
c) o período do movimento;
d) a amplitude do movimento.
Resp.: a) K = 160 N/m; b) ω = 8,9 rad/s; c) T = 0,71 s; d) A = 0,25 m
105
05. Um corpo de massa 0,3 kg oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de movimento
harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante elástica 90 N/m e a
energia mecânica total do sistema é de 0,3 J.
a) Qual a amplitude de oscilação do movimento?
b) Qual a pulsação do movimento?
c) Qual o período do movimento?
Resp.: a) A = 8,2 cm; b) ω = 17,3 rad/s; c) T = 0,4 s
06. Um corpo de massa 100 g oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de movimento
harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante elástica 40 N/m e a
energia mecânica total do sistema é de 0,8 J.
a) Qual a amplitude de oscilação do movimento?
b) Qual a pulsação do movimento?
c) Qual o período do movimento?
Resp.: a) A = 20 cm; b) ω = 20 rad/s; c) T = 0,3 s
106
Exercícios complementares
02. Um corpo de massa 200 g, preso a uma mola de constante elástica k = 0,8 ² N/m está em
repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito. O corpo é deslocado 3,0 cm da posição de equilíbrio
e, a partir do instante que é abandonado, efetua um movimento harmônico simples. Determine a
velocidade máxima que o corpo adquire. Resp.: v = 6,0 cm/s
03. Um corpo de 50 g, preso à extremidade de uma mola ideal (K = 3,2 ² N/m) comprimida de 30
cm, é abandonado do repouso da posição A da figura. A partir desse instante, o corpo inicia um
movimento harmônico simples. Despreze os atritos e adote o eixo x com origem no ponto de
equilíbrio do corpo (ponto O) e sentido para a direita. Nestas condições, obtenha as funções da
posição, da velocidade e da aceleração do corpo.
Resp.: x(t) = 0,3 cos(8πt + π) (SI)
v(t) = −2,4π sin(8πt + π) (SI)
a(t) = −19,2π2 cos(8πt + π) (SI)