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FÍSICA DO MOVIMENTO

TEORIA E EXERCÍCIOS - P1
1º SEM/2023

FACULDADES DE ENGENHARIA

Este material foi elaborado pelos professores de Física da UNISANTA


1

ELETRODINÂMICA

É a parte da Física responsável pelo estudo do comportamento das cargas elétricas em movimento.

1.0 Condutores elétricos


Para um material ser condutor de eletricidade, é necessário que ele possua portadores de carga
elétrica e que estes apresentem mobilidade no interior do material. Podemos classificar esses
condutores em três grupos.

1.1 Condutores metálicos


Nesses condutores, temos uma ligação metálica, que se caracteriza pela formação de uma nuvem
eletrônica constituída por elétrons quase livres (elétrons mais afastados do núcleo que apresentam
fraca energia de ligação com o átomo). Por exemplo, o cobre, o níquel, o ferro, etc.

1.2 Condutores eletrolíticos


Nas soluções eletrolíticas, temos os íons positivos e íons negativos como portadores livres de carga
elétrica. Por exemplo, a solução aquosa de cloreto de sódio, solução aquosa de ácido clorídrico.

1.3 Condutores gasosos


Geralmente o gás é isolante. Contudo, quando submetido a ação de um forte campo elétrico poderá
ionizá-lo, formando como portadores livres, íons positivos e elétrons. O raio é formado desta forma.

2.0 Corrente elétrica


Quando ligamos um interruptor para acender uma lâmpada, uma pequena quantidade de cargas
elétricas se acumula ao longo da superfície do fio e, estas cargas superficiais produzem campos
elétricos que direcionam o movimento das cargas através do condutor.

A corrente elétrica é a taxa de fluxo de carga através de uma superfície (seção transversal) de um
fio condutor.
2

A corrente elétrica média é dado por


∆q n. |e|
im = =
∆t ∆t
onde,
n é o número de elétrons (1,2,3,...) e
|𝐞| é o módulo da carga do elétron( 1,6. 10−19 𝐶)

E a corrente elétrica instantânea é


∆q dq
i = lim =
∆t→0 ∆t dt
Se a corrente elétrica não for constante com o tempo, poderemos calcular a carga em um
intervalo de tempo por
t
q = ∫ i. dt
t0

No Sistema Internacional de Unidades, as unidades de carga elétrica é o coulomb (C), do tempo


o segundo (s) e da corrente elétrica o ampère (A).

3.0 Classificação dos dispositivos elétricos


Eles podem ser classificados quanto à transformação de energia, em geradores e receptores.

Geradores: transformam qualquer tipo de energia em energia elétrica. Exemplos: pilha, bateria,
usina hidrelétrica, etc. O símbolo de um gerador ideal em um circuito elétrico é representado por

Receptores: Transformam energia elétrica em qualquer outra modalidade de energia. Exemplos:


ventilador, liquidificador, rádio, etc. O símbolo de um receptor ideal em um circuito elétrico é
representado por

4.0 Resistência de um condutor


Quando se aplica uma diferença de potencial (ddp) entre dois pontos de um condutor, estabelece-
se uma corrente elétrica.

Por definição, a resistência elétrica entre esses dois pontos é a razão entre a diferença de potencial
(U) e a intensidade de corrente elétrica (i).
3

U
R=
i
No Sistema Internacional de Unidades, a diferença de potencial (U) é o volt (V) e a resistência
elétrica é o ohm (Ω).
Existem vários tipos de resistores e os símbolos para os resistores também são variados. O da
esquerda é definido pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (I.E.E.E.) e o da direita
pelo International Electrotecnical Commission (I.E.C.)

5.0 Primeira Lei de Ohm


Quando a razão entre a diferença de potencial aplicada entre dois pontos de um condutor e a
corrente elétrica permanece constante, dizemos que esse condutor é ôhmico ou resistor ôhmico.

U1 U2 U3
= = =⋯=R
i1 i2 i3

6.0 Medidores elétricos

6.1 Amperímetro

Aparelho que mede a intensidade de corrente elétrica. O amperímetro deve ser ligado em série
com o elemento, cuja corrente elétrica se quer medir.

6.2 Voltímetro

Aparelho que mede a diferença de potencial (ddp) entre seus terminais. O voltímetro deve ser ligado
em paralelo com o elemento, cuja ddp entre seus terminais se deseja medir.

No Sistema Internacional de Unidades, a ddp é medida em volt (V), a corrente elétrica em ampère
(A) e a resistência elétrica em ohm (Ω).
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Exercícios

01. Uma corrente elétrica de 0,45 A flui através da lâmpada incandescente. Quantos coulombs
fluem através dessa lâmpada em 20 min?
Resp.: 540 C

02. Uma corrente elétrica de 4,0 A flui através da lâmpada do farol de um automóvel. Quantos
coulombs fluem através dessa lâmpada em 2,0 h?
Resp.: 2,9.104 C

03. A corrente elétrica que passa em um fio varia com o tempo de acordo com a função:
i = 20,0 + 4,0t (S. I. )

a) Quantos coulombs passam através da seção reta do fio no intervalo entre 0 e 5,0 s?
b) Qual é o valor da corrente elétrica constante que poderia transportar a mesma quantidade de
carga no mesmo intervalo de tempo?
Resp.: a) 150 C e b) 30 A
5

04. A corrente elétrica que passa em um fio varia com o tempo de acordo com a função:
i = 55,0 − 0,65t 2 (S. I. )

a) Quantos coulombs passam através da seção reta do fio no intervalo entre 0 e 8,0 s?
b) Qual é o valor da corrente elétrica constante que poderia transportar a mesma quantidade de
carga no mesmo intervalo de tempo?
Resp.: a) 329,1 C e b) 41,1 A

05. Uma corrente elétrica com intensidade de 6,0 A percorre um condutor metálico. A carga
elementar é |e| = 1,6 x 10-19 C. Determine o número de partículas carregadas que atravessam uma
secção transversal desse condutor, por segundo.
Resp.: 3,75 𝑥 1019 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
6

06. Uma corrente elétrica com intensidade de 8,0 A percorre um condutor metálico. A carga
elementar é |e| = 1,6 x 10-19 C. Determine o número de partículas carregadas que atravessam uma
secção transversal desse condutor, por segundo.
Resp.: 5 𝑥 1019 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠

07. Ao consertar uma tomada, uma pessoa toca um dos fios da rede elétrica com uma mão e o
outro fio com a outra mão. A ddp da rede é 220 V e a corrente elétrica através do corpo é 4,0 mA.
Determine a resistência elétrica da pessoa.
Resp.: 55 kΩ
7

08. Um aparelho possui um resistor com determinada resistência elétrica. Ele é inserido em uma
tomada de 110 V, sendo percorrido por uma corrente elétrica de 40 mA . Determine a resistência
elétrica desse resistor.
Resp.: 2750 Ω 𝑜𝑢 2,75 𝑘Ω

09. Os gráficos a seguir representam a tensão elétrica (ddp) em função da corrente elétrica para
dois condutores A e B.
a) Para qual deles é válida a primeira lei de Ohm?
b) Qual será a resistência elétrica do condutor B quando a tensão elétrica nele aplicada for de
20 V?
c) Qual será a resistência elétrica do condutor A se a tensão elétrica nele aplicada for de 10 V?
Resp.: b) 5 Ω; c) 2 Ω
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10. Com o objetivo de determinar a resistência elétrica de dois fios um engenheiro montou um
experimento em que mediu a ddp e a intensidade de corrente elétrica para cada um dos fios e o
resultado está apresentado abaixo

CONDUTOR 1 CONDUTOR 2
U (V) I (mA) U (V) I (mA)
0 0 0 0
12 2 12 3
24 4 24 6
30 5 35 7
48 8 50 9

Observando a tabela:
a) construa um gráfico U x i para cada condutor;
b) qual dos condutores é ôhmico? Justifique;
c) determine a resistência elétrica em cada caso;
d) no condutor ôhmico, qual é o valor da ddp quando a corrente for igual a 20 mA?
Resp.: d) 120 V
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7.0 Associação de resistores


Os resistores existem em todos os tipos de circuitos, desde um aquecedor elétrico, secadores de
cabelos até circuitos que dividem ou limitam correntes ou tensões.

7.1 Associação em série


Dois ou mais resistores estão associados em série quando são percorridos pela mesma corrente.

A tensão entre os extremos da associação é a soma das tensões elétricas em cada resistor.

𝐔𝐚𝐝 = 𝐔𝐚𝐛 + 𝐔𝐛𝐜 + 𝐔𝐜𝐝

Vamos imaginar que os três resistores sejam substituídos por um único resistor, denominado
resistor equivalente. Então,

𝐑 𝐞𝐪 = 𝐑 𝟏 + 𝐑 𝟐 + 𝐑 𝟑

Genericamente, para n resistores associados em série, temos:


𝐧

𝐑 𝐞𝐪 = ∑ 𝐑 𝐢
𝐢=𝟏

7.2 Associação em paralelo


Dois ou mais resistores estão associados em paralelo quando se apresentam submetidos à mesma
tensão elétrica.

A corrente elétrica i da associação é:

𝐢 = 𝐢𝟏 + 𝐢𝟐 + 𝐢𝟑
10

Vamos imaginar que os três resistores sejam substituídos por um único resistor, denominado
resistor equivalente. Então,

𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + +
𝐑 𝐞𝐪 𝐑 𝟏 𝐑 𝟐 𝐑 𝟑

Genericamente, para n resistores associados em paralelo, temos:


𝐧
𝟏 𝟏
=∑
𝐑 𝐞𝐪 𝐑𝐢
𝐢=𝟏

Para dois resistores, o resistor equivalente é:

𝐑𝟏. 𝐑𝟐
𝐑 𝐞𝐪 =
𝐑𝟏 + 𝐑𝟐

Para n resistores iguais, o resistor equivalente é:

𝐑
𝐑 𝐞𝐪 =
𝐧

7.3 Circuitos elétricos


Um circuito elétrico é constituído por dispositivos nos quais é possível estabelecer uma corrente
elétrica. Em um circuito elétrico em funcionamento, como existe corrente elétrica e diferenças de
potencial elétrico (tensões elétricas), haverá conversão de energia elétrica em outras formas de
energia. O circuito elétrico mais simples é composto de um gerador, condutores e um resistor.
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Exercícios

01. Dado o circuito abaixo, determinar:


a) a resistência elétrica equivalente:
b) a leitura no amperímetro;
c) a leitura no voltímetro.

Resp.: a) 5,0 Ω; b) 2,0 A; c) 4,0 V

02. Dado o circuito abaixo, determinar:


a) a resistência elétrica equivalente:
b) a leitura no amperímetro;
c) a leitura no voltímetro.

Resp.: a) 10 Ω; b) 0,3 A; c) 1,8 V


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03. No circuito abaixo, determinar:


a) a resistência elétrica equivalente;
b) as leituras nos amperímetros;
c) a leitura no voltímetro.

Resp.: a) 3,0 Ω; b) 2,0 A e 0,5 A; c) 6,0 V

04. No circuito abaixo, determinar:


a) a resistência elétrica equivalente;
b) as leituras nos amperímetros;
c) a leitura no voltímetro.

Resp.: a) 6,0 Ω; b) 0,25 A e 0,1 A; c) 1,5 V


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05. No circuito ao lado, determine:


a) a resistência elétrica equivalente;
b) a corrente elétrica da associação;
c) a ddp em cada resistor;
d) a corrente elétrica em cada resistor.

Resp.: a) 10 Ω; b) 3,6 A; c) 14,4 V e 21,6 V; d) 3,6 A; 2,7 A e 0,9 A

06. No circuito ao lado, determine:


a) a resistência equivalente;
b) a corrente elétrica da associação;
c) a ddp em cada resistor;
d) a corrente elétrica em cada resistor.

Resp.: a) 88 Ω; b) 25 mA; c) 0,2 V e 2,0 V; d) 25 mA; 5,0 mA e 20 mA


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07. Considere a associação de resistores em paralelo da figura a seguir.

Determine:
a) A resistência elétrica equivalente no circuito;
b) A corrente elétrica em cada resistor;
c) A corrente elétrica total.

Resp.: a) 4,0 Ω; b) 12 A; 8,0 A e 10 A; c) 30 A

08. Considere a associação de resistores em paralelo da figura a seguir. Sabendo que a intensidade
de corrente elétrica no resistor 10 Ω é igual a 6,0 A, determine:
a) a diferença de potencial elétrica da associação;
b) a intensidade de corrente elétrica i2;
c) a intensidade da resistência elétrica R.

Resp.: a) 60 V; b) 4,0 A; c) 12,0 Ω


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09. Determine a resistência elétrica equivalente entre os pontos A e B nos esquemas a seguir:
a) Resp.: 50 Ω
16

b) Resp.: 70 Ω
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c) Resp.: 1,0 Ω

d) Resp.: 8,0 Ω
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Exercícios complementares

01. Determine a resistência elétrica equivalente entre os pontos A e B no esquema a seguir:


Resp.: 100 Ω
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02. Uma corrente de 0,10 A passa pelo resistor de 25 Ω, conforme indicado na figura abaixo.
Determine:
a) a diferença de potencial (ddp) no resistor de 20 Ω;
b) a corrente que passa pelo resistor de 80 Ω.
R: a) 4 V b) 0,3 A
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8.0 Segunda lei de Ohm


Alguns fatores podem alterar a resistência elétrica de um condutor. Um deles é a forma geométrica.
Assim, dado um condutor homogêneo, de comprimento L a área de seção transversal A, a
resistência elétrica entre seus terminais é dada por:

𝐿
𝑅 = 𝜌.
𝐴

onde 𝜌 representa as características do material e é chamada de resistividade elétrica. O inverso


da resistividade elétrica é chamada de condutividade elétrica ( ):
1
σ=
ρ

Resistividade (ρ)
Material
a 20°C (Ω.m)

Alumínio 2,8. 10−8


Cobre 1,7. 10−8
Níquel-Cromo 110,0. 10−8
Ouro 2,4. 10−8
Prata 1,6. 10−8
Tungstênio 4,9. 10−8
Platina 100,0. 10−8
Ferro 10,0. 10−8
Chumbo 22,0. 10−8
Aço 20,0. 10−8
Carbono puro
3,5. 10−5
(grafita)
Vidro 1010 − 1014

A resistividade do material varia com a temperatura. Havendo um intervalo de temperatura pequeno


(até cerca de 100ºC), a resistividade do condutor pode ser aproximadamente representada por
ρ(T) = ρ0 [1 + α(T − T0 )]

onde ρ0 é a resistividade para uma temperatura de referência T0 (geralmente considerada como


0ºC ou 20ºC) e α é o coeficiente de temperatura da resistividade.
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Exercícios

01. Nas instalações elétricas de uma casa, geralmente se usa um fio de cobre com diâmetro de
2,05 mm. Calcule a resistência elétrica de um fio de cobre com comprimento 24,0 m.
Resp.: 0,124 Ω

02. Do exercício anterior, qual é a resistência elétrica se o comprimento do fio for duplicado?
Resp.: 0,248 Ω

03. Um fio de cobre de 10,0 m de comprimento, com secção circular, tem resistência elétrica de
0,3 Ω. Calcule o diâmetro do fio.
Resp.: 0,85 mm

04. Um fio de cobre de 200,0 m de comprimento, com secção circular, tem resistência elétrica de 2
Ω. Calcule o diâmetro do fio.
Resp.: 1,47 mm
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05. Um fio de níquel cromo tem comprimento de 100,0 m e diâmetro 0,5 mm. Determinar sua
resistência elétrica.
Resp.: 560,5 Ω

06. Um fio de níquel cromo tem comprimento de 50,0 m e diâmetro 1,0 mm. Determinar sua
resistência elétrica.
Resp.: 70,1 Ω
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07. A resistência elétrica de um fio é 60 Ω. Quando cortamos um pedaço de 3,0 m a sua resistência
elétrica passa a ser 14 Ω. Qual o comprimento original do fio?
Resp.: 3,91 m

08. A resistência elétrica de um fio é 100 Ω. Quando cortamos um pedaço de 2,0 m a sua resistência
elétrica passa a ser 50 Ω. Qual o comprimento original do fio?
Resp.: 4,00 m
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09. Um resistor em forma de fio tem resistência elétrica de 400 Ω. Se a ele for acrescentado um
outro fio idêntico de 2,0 m de comprimento, sua resistência elétrica passa a ser 466,7 Ω. Qual o
comprimento do resistor original?
Resp.: 12 m

10. Um resistor em forma de fio tem resistência elétrica de 110 Ω. Se a ele for acrescentado um
outro fio idêntico de 0,7 m de comprimento, sua resistência elétrica passa a ser 140 Ω. Qual o
comprimento do resistor original?
Resp.: 2,57 m
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11. Um tubo de magnésio de diâmetro interno 3,0 mm e externo 5,0 mm, possui uma certa
resistência elétrica por unidade de comprimento. Qual o diâmetro de um fio cilíndrico maciço que
possui a mesma resistência elétrica por unidade de comprimento?
Resp.: 4,0 mm

12. Um tubo de magnésio de diâmetro interno 4,0 mm e externo 9,0 mm, possui uma certa
resistência elétrica por unidade de comprimento. Qual o diâmetro de um fio cilíndrico maciço que
possui a mesma resistência elétrica por unidade de comprimento?
Resp.: 8,1 mm
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13. Um tubo de aço, de 5,0 m de comprimento, está submetido a uma tensão elétrica de 5,0 V.
Calcule a corrente elétrica que circulará pelo mesmo. Resp.: 35,7 A
Dados:
Diâmetro externo do tubo: dext = 5,0 mm
Diâmetro interno do tubo: dint = 4,0 mm

14. Um tubo de cobre, de 100 m de comprimento, está submetido a uma tensão elétrica de 110 V.
Calcule a corrente elétrica que circulará pelo mesmo. Resp.: 407,4 A
Dados:
Diâmetro externo do tubo: dext = 3,0 mm
Diâmetro interno do tubo: dint = 1,0 mm
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9.0 Potência elétrica

A taxa na qual o trabalho está sendo realizado em um circuito elétrico é chamada de potência
elétrica. Ou seja, a potência elétrica é definida como a taxa de transferência de energia.
Em outras palavras, o trabalho necessário para transportar uma carga de um ponto A (potencial
elétrico VA ) até um ponto B( potencial elétrico VB)
por unidade de tempo é a potência elétrica.

W q(VA − VB ) U2
P= = = U. i = R. i2 =
∆t ∆t R
onde U (VA – VB) é a diferença de potencial (ddp) em volts, i é a corrente elétrica em àmpere e R é
a resistência elétrica. No Sistema Intenacional de Unidades, a potência é dada em watts(W).
A energia elétrica é a capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho. A principal função da
energia elétrica é a transformação desse tipo de energia em outros tipos, como, por exemplo, a
energia mecânica e a energia térmica.
É comum, expressarmos a energia elétrica consumida em kW.h, ou seja, a potênca em kW e o
tempo em hora.

1 kW. h = 3,6. 106 J

Exercícios

01. A lâmpada do circuito abaixo, com resistência interna de 160 Ω, está submetida a uma fonte de
tensão elétrica de 12 V. Determine:
a) a corrente elétrica do circuito;
b) a potência dissipada na lâmpada.

Resp.: a) 75 mA; b) 0,9 W


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02. A lâmpada do circuito abaixo, com resistência interna de 440 Ω, está submetida a uma fonte de
tensão elétrica de 220 V. Determine:
a) a corrente elétrica do circuito;
b) a potência dissipada na lâmpada.

Resp.: a) 0,5 A; b) 110 W

03. Considere um chuveiro de 6,6 kW ligado a fonte de tensão elétrica de 220 V. Determine:
a) a corrente elétrica do chuveiro?
b) o valor da resistência elétrica do chuveiro, tendo em vista que ele foi projetado para dissipar os
6,6 kW em 220 V?

Resp.: a) 30 A; b) 7,3 Ω
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04. Considere um chuveiro de 6,6 kW ligado a fonte de tensão elétrica de 110 V. Determine:
a) a corrente elétrica do chuveiro.
b) o valor da resistência elétrica do chuveiro, tendo em vista que ele foi projetado para dissipar os
6,6 kW em 110 V.

Resp.: a) 60 A; b) 1,8 Ω

05. Uma lâmpada incandescente (de filamento) vem com as seguintes especificações:
220 V – 100 W (potência dissipada). Determine:
a) a resistência elétrica da lâmpada;
b) a potência dissipada se a mesma for conectada em 110 V. (Suponha constante a resistência do
filamento).
c) Ela brilhará mais ou menos se conectada em 110 V?
d) Qual a corrente desta lâmpada, quando ligada em 220 V e em 110 V?
e) Compare o valor obtido no item b) com o valor de potência nominal da lâmpada (100 W)
evidenciando a relação entre as duas potências dissipadas.

Resp.: a) 484 Ω; b) 25 W; d) 0,45 A e 0,23 A


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06. Um eletrodoméstico trabalha com uma tensão elétrica de 120 V e possuí uma resistência
elétrica de 18 Ω. Sabendo que ele foi utilizado por um período de 10 horas e que o custo por
quilowatt-hora é de R$ 3,00, qual será o valor a ser pago para a concessionária de energia?
Resp.: R$24,00

07. Um eletrodoméstico trabalha com uma tensão elétrica de 220 V e possuí uma resistência
elétrica de 6,2 Ω. Sabendo que ele foi utilizado por um período de 5,0 horas e que o custo por
quilowatt-hora é de R$ 3,00, qual será o valor a ser pago para a concessionária de energia?
Resp.: R$117,09
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08. Calcule a energia gasta pelo circuito que trabalhou 20 horas dissipando a potência indicada no
gráfico abaixo.

Resp.: 2,0 kWh

09. Calcule a energia gasta pelo circuito que trabalhou 4,0 horas dissipando a potência indicada
no gráfico abaixo.

Resp.: 0,36 kWh


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10. No circuito a seguir, determine a potência elétrica em cada resistor.

Resp.: 36 W; 12 W e 6,0 W

11. No circuito a seguir, determine a potência elétrica em cada resistor.

Resp.: 160 W; 180 W e 60 W


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Exercícios complementares

01. Um eletricista compra três lâmpadas com as seguintes especificações:

L1 (200 W − 100 V), L2 (100 W − 110 V) e L3 (25 W − 110 V)

Em seguida, ele associa as três lâmpadas em série e aplica à associação uma ddp de 220 V.
O que acontece com as lâmpadas?

Resp.: A lâmpada L3 queima e as outras se apagam.

02. A tomada de sua casa produz uma ddp de 120 V. Você vai ao supermercado e compra duas
lâmpadas, uma de 60 W e outra de 100 W. Essas especificações correspondem à situação em que
a lâmpada é conectada isoladamente à uma ddp considerada. Você conecta as duas lâmpadas
em série como mostrado na figura. Qual a que brilhará mais?

Resp.: 60 W
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MECÂNICA

É a ciência que estuda os movimentos. Por razões didáticas, a Mecânica costuma ser dividida em
três partes: Cinemática, Dinâmica e Estática.
A Cinemática é a descrição geométrica do movimento, por meio de funções matemáticas, isto é,
é o equacionamento do movimento. Na Cinemática, usamos apenas os conceitos da Geometria
associados à ideia de tempo; as grandezas fundamentais utilizadas são apenas o comprimento
(L) e o tempo (T).
A Dinâmica investiga os fatores que produzem ou alteram os movimentos; traduz as leis que
explicam os movimentos. Na Dinâmica, utilizamos como grandezas fundamentais o comprimento
(L), o tempo (T) e a massa (M).
A Estática é o estudo das condições de equilíbrio de um corpo.

DINÂMICA

Na Dinâmica, entendemos FORÇA como sendo o agente físico que produz ACELERAÇÃO, isto é,
a causa que tem como efeito a mudança de velocidade dos corpos.

AS LEIS DE MOVIMENTO DE NEWTON

1ª LEI: PRINCÍPIO DA INÉRCIA

“Uma partícula, livre de forças, mantém sua velocidade vetorial constante por inércia. ”

Se a resultante das forças em uma partícula for nula (𝐅⃗𝐑 = 𝟎), ela permanece em equilíbrio.

estático
𝐯=𝟎
Equilíbrio (repouso)
𝐚=𝟎 dinâmico
𝐯 = 𝐜𝐭𝐞 ≠ 𝟎
(MRU)

2ª LEI: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA (PFD)

“A resultante das forças em um corpo é proporcional ao produto da massa pela aceleração


por ele adquirida. ”

𝐅⃗𝐑 = 𝐦. 𝐚⃗⃗

FR: resultante das forças (em newton – N)


m: massa do corpo (em quilograma – kg)
a: aceleração adquirida (em m/s² ou em N/kg)

3ª LEI: PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO

“Quando um corpo A aplica uma força sobre um corpo B, (𝐅⃗𝐀𝐁 ), o corpo B reage e aplica
sobre o corpo A uma força (𝐅⃗𝐁𝐀 ) com a mesma intensidade, mesma direção e sentido
oposto. ”

𝐅⃗𝐀𝐁 = −𝐅⃗𝐁𝐀
35

Obs.: As forças de ação e reação, embora sejam opostas, não se equilibram, pois não estão
aplicadas ao mesmo corpo: a força de ação está aplicada em B (produz aceleração e/ou
deformação em B) e a força de reação está aplicada em A (produz aceleração e/ou deformação
em A).

Força Peso (P): é o resultado da atração gravitacional exercida pela Terra não somente sobre os
objetos localizados próximo à sua superfície, mas atuando também a distâncias relativamente
longas.

⃗⃗ = 𝐦. 𝐠
𝐏 ⃗⃗

P: força peso (em newton – N)


m: massa (em kg)
g: aceleração gravitacional (em m/s² ou em N/kg)

⃗⃗ aponta para o centro de gravidade da Terra.


Obs.: o vetor 𝐏

Força Normal (N): é aquela realizada por uma superfície a fim de sustentar um objeto colocado
sobre ela, é a reação do apoio.

Obs.: Normal e Peso não constituem um par de ação e reação.


36

Força de tração ou força tensora (T): A força de tração surge em um corpo quando este se
encontra preso a um fio ideal esticado. A tração em um fio é a mesma nas duas pontas, porém
possui sentidos contrários, sendo a força resultante em um fio ideal nula.

Obs.: Um fio ideal é caracterizado por ter massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é
capaz de transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra.
Força elástica (Fel): é a força com a qual uma mola reage a uma força externa que a comprime ou
a distende. A reação da mola age no sentido de desfazer a alteração provocada em sua forma, ou
seja, tende a trazer a mola de volta ao seu comprimento inicial. É uma força restauradora.

Lei de Hooke: Fel = k . x


Fel: força elástica (em N)
K: constante elástica da mola (em N/m)
X: deformação da mola (em m)

Força de atrito (Fat ou A): surge em sentido contrário ao movimento de um objeto que está sob
ação de uma força F, devido às rugosidades das superfícies em contato. Existem dois tipos de
atrito:
- Atrito Estático: é aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito
estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo.
- Atrito Dinâmico: é aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito
estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos
a considerar sua força de atrito dinâmico.

Fat =  . N

Fat: força de atrito (em newton – N)

e: estático
:
coeficiente
de atrito
d: dinâmico

N: força Normal (em newton – N)


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Obs.: O coeficiente de atrito é um número adimensional que depende das rugosidades da face do
corpo que está apoiada e da superfície de contato. Quanto mais áspero for o corpo ou a superfície
maior será o coeficiente, sendo e ≥ d.

PLANO INCLINADO

É um exemplo de máquina simples, trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim
estão a alturas diferentes.
Existem dois tipos de forças que atuam nesse sistema sem atrito:
a força Normal (N) e a força Peso (P).

Componentes da força Peso:


Pt ou Px: componente paralela ao plano, chamada componente tangencial do peso e que induz o
bloco para baixo.
Pt = Px = P . sen 
PN ou Py: componente normal ao plano, chamada componente normal do peso que se
responsabiliza por comprimir o bloco contra o plano de apoio.
PN = Py = P . cos 
38

EXERCÍCIOS

Observação: Nos exercícios a seguir, adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s2.

01. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 5,0 kg, a massa do corpo B é mB = 10 kg e que
o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,3, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 4,6 m/s2 e aB = 2,3 m/s2
b) TA = 38 N e TB = 76 N
39

02. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 2,0 kg, a massa do corpo B é mB = 8,0 kg e
que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,2, determine:
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 9,0 m/s2 e aB = 4,5 m/s2
b) TA = 22 N e TB = 44 N
40

03. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 4,0 kg, a massa do corpo B é mB = 6,0 kg e
que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale 0,4, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 2,6 m/s2 e aB = 1,3 m/s2
b) TA = 26,4 N e TB = 52,8 N
41

04. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 3,0 kg, a massa do corpo B é mB = 8,0 kg, a
massa do corpo C é mC = 2,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 6,0 m/s2, aB = 4,0 m/s2 (↓) e aC = 2,0 m/s2 (  )
b) TA = TC = 24 N e TB = 48 N
42

05. O sistema representado na figura encontra-se inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 4,0 kg, a massa do corpo B é mB = 5,0 kg, a
massa do corpo C é mC = 1,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA = 1,9 m/s2, aB = 3,8 m/s2 (  ) e aC = 5,6 m/s2 (  )
b) TA = TC = 15,6 m/s2 e TB = 31,2 N
43

06. O sistema representado na figura encontra inicialmente em repouso. Os fios e as polias são
ideais. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA = 6,0 kg, a massa do corpo B é mB = 2,0 kg e a
massa do corpo C é mC = 4,0 kg, e que o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície vale
0,2. Determine:
a) as acelerações dos corpos A, B e C;
b) as trações nos fios.
Resp.:
a) aA= 0,2 m/s2, aB = 3,2 m/s2 (  ) e aC = 6,7 m/s2
b) TA = TC = 13,2 N e TB = 26,4 N
44

07. O sistema a seguir está inicialmente em repouso. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA =
5,0 kg e que a do corpo B é mB = 10 kg e que o coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano
inclinado é 0,2, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as forças de tração nos corpos A e B.
Dado: θ = 30º
Resp.:
a) aA = 3,7 m/s2 e aB = 7,4 m/s2 (  )
b) TA = 52 N e TB = 26 N
45

08. O sistema a seguir está inicialmente em repouso. Sabendo-se que a massa do corpo A é mA =
4,0 kg, a do corpo B é mB = 9,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano inclinado
é 0,4, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as forças de tração nos corpos A e B.
Dado: θ = 60º
Resp.:
a) aA = 3,4 m/s2 e aB = 6,8 m/s2 (  )
b) TA = 57,6 N e TB = 28,8 N
46

09. O sistema a seguir está inicialmente em repouso. Sabendo-se a massa do corpo A é mA =


10 kg, a massa do corpo B é de mB = 1,0 kg e que o coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano
inclinado é 0,3, determine
a) as acelerações dos corpos A e B;
b) as forças de tração nos corpos A e B.
Dado: θ = 30º
Resp.:
a) aA = 0,3 m/s2 e aB = 0,6 m/s2 (  )
b) TA = 21,2 N e TB = 10,6 N
47

10. Na ilustração a seguir, os fios e polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso. Sabe-
se que a massa do corpo A é mA = 10 kg, a do corpo B é mB = 40 kg e a do corpo C é mC = 15 kg.
Determine
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 7,6 m/s2 (  ), aB = 5, 6m/s2 (  ) e aC = 4,1 m/s2 (  )
b) TA = TB = 176,4 N e TC = 88,2 N
48

11. Na ilustração a seguir os fios e polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso. Sabe-
se que a massa do corpo A é m A = 30 kg, a do corpo B é mB = 20 kg e a do corpo C é mC =10 kg.
Determine:
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 2,3 m/s2 (  ), aB = 1,5 m/s2 (  ) e aC = 1,5 m/s2 (  )
b) TA = TB = 230,8 N e TC = 115,4 N
49

12. Na ilustração a seguir os fios e as polias são ideais e o sistema é abandonado do repouso.
Sabe-se que a massa do corpo A é mA = 40 kg, a do corpo B é mB = 30 kg e a do corpo C é mC =
20 kg. Determine
a) a aceleração de cada corpo;
b) as trações nos fios dos corpos A, B e C.
Resp.:
a) aA = 1,2 m/s2 (  ), aB = 1,8 m/s2 (  ) e aC = 1,2 m/s2 (  )
b) TA = TB = 353,0 N e TC = 176,5 N
50

TRABALHO DE UMA FORÇA

I. Trabalho de uma força constante:

𝐖 = ⃗𝑭⃗. ⃗𝒅⃗ = 𝐅. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬 𝛂

W: trabalho (em joules – J)


F: força (em newtons – N)
d: deslocamento (em metros – m)
𝜶 (letra grega alfa): ângulo entre a força e o
deslocamento

Obs.:
O trabalho mecânico é uma grandeza escalar, portanto pode ser positivo, negativo ou nulo, quem
define é o ângulo entre o sentido da força aplicada e o sentido do movimento.

II. Trabalho da força Peso:


𝐖 = ± 𝐏. 𝐡 = ± 𝐦. 𝐠. 𝐡
P: força peso (em newtons – N)
m: massa (em kg)
g: aceleração gravitacional (em m/s²)
h: altura (desnível), em metro – m)

Obs.:
a) Na descida o trabalho é positivo.
b) Na subida o trabalho é negativo.
c) O trabalho da força peso não depende da trajetória.

III. Trabalho da força de atrito:


𝐖 = 𝐅𝐚𝐭 . 𝐝. 𝐜𝐨𝐬𝛂 = 𝛍. 𝐍. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬𝟏𝟖𝟎° = −𝛍. 𝐍. 𝐝
Fat: força de atrito (em newtons – N)
: coeficiente de atrito
N: força Normal (em newtons – N)
d: deslocamento (em metros – m)

IV. Trabalho de uma força variável: método gráfico


A área da figura sob o gráfico F x d é numericamente igual ao trabalho realizado pela força.
W = Área

Obs:

a) 𝐀 𝐫𝐞𝐭â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝐛. 𝐡

𝐛.𝐡
b) 𝐀 𝐭𝐫𝐢â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝟐

(𝐁+𝐛)
c) 𝐀 𝐭𝐫𝐚𝐩é𝐳𝐢𝐨 = ∙𝐡
𝟐

V. Trabalho de uma força variável em uma direção:


𝐱𝐟
𝐖 = ∫ 𝐅𝐱 (𝐱)𝐝𝐱
𝐱𝐢
51

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA (TEC)

“A variação da energia cinética de um corpo, num dado intervalo de tempo, é igual à soma dos
trabalhos realizados pelas forças aplicadas nesse corpo.”

W = ∆EC = ECf − ECi

1 1
W= mvf2 − mvi2
2 2

POTÊNCIA MECÂNICA

Potência média: mede a rapidez com que uma força realiza trabalho (W) durante um intervalo de
tempo (t).

∆𝑾
𝐏𝐦 =
∆𝐭

Obs.: também podemos calcular a potência em termos da força (F) que realiza o trabalho e da
velocidade (v) do corpo.
𝐅. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
𝐏= ⇒ 𝐏 = 𝐅. 𝐯. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
∆𝐭

Para força paralela ao movimento ( = 0°): 𝐏 = 𝐅. 𝐯

Potência instantânea: é a taxa instantânea à qual o trabalho é realizado.

∆𝐖 𝐝𝐖
𝐏 = 𝐥𝐢𝐦 ⇒ 𝐏=
∆𝐭→𝟎 ∆𝐭 𝐝𝐭
𝐭
Desta forma, podemos concluir que: 𝐖 = ∫𝐭 𝐟 𝐏(𝐭)𝐝𝐭
𝐢

Unidade de Potência no SI: [P] = watt (W); sendo 1 W = 1J/s

Na prática, é usual a unidade denominada cavalo-vapor (cv), que corresponde a 735 W.

Também existe uma unidade de potência sugerida por James Watt, o horse-power, que equivale
a 746 W.
52

EXERCÍCIOS

01. Um homem puxa um bloco de massa 40 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 60 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,2. Se em um deslocamento de 8,0 m
o trabalho realizado pela força aplicada pelo
homem é de 1000 J, calcule

a) o valor da força aplicada;


b) o trabalho da força de atrito.

Resp.:
a) 250 N
b) -293,6 J
53

02. Um homem empurra um bloco de massa 20 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 30 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,3. Se em um deslocamento de 5,0 m
o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem é de 950 J, calcule:

a) o valor da força aplicada;


b) o trabalho da força de atrito.
Resp.:
a) 219,4 N
b) - 464,6 J
54

03. Um homem puxa um bloco de massa 10 kg, apoiado no chão, aplicando-lhe uma força
constante que forma um ângulo de 45 o em relação a horizontal. A trajetória do bloco é uma reta e
o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,25. Se em um deslocamento de
20 m o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem é de 600 J, calcule

a) o valor da força aplicada:


b) o trabalho da força de atrito.

Resp.:
a) 42,4 N
b) -350,0 J
55

04. Uma partícula de massa m = 2 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝐭 𝟑 ⃗𝐢 + 𝟐𝐭 𝟐 ⃗𝐣 + 𝟑𝐭 𝐤
Determinar
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 2s.
Resp.:
a) ⃗F⃗ = 12t ⃗i + 8 ⃗j (SI); b) P = 36t3 + 32t (SI); c) W = 208 J
56

05. Uma partícula de massa m = 4 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝟐𝐭 𝟑 ⃗𝐢 + 𝟑𝐭 ⃗𝐣 + 𝟓 𝐤
Determinar
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 3s.
Resp.: a) F⃗⃗ = 48t ⃗i (SI); b) P = 288t3 (SI); c) W = 5,8.103 J
57

06. Uma partícula de massa m = 5 kg tem movimento descrito pela seguinte equação horária:
⃗ (𝐒𝐈)
𝐫⃗ = 𝟒𝐭 𝟐 ⃗𝐢 + 𝐭 ⃗𝐣 + 𝟐 𝐤
Determinar:
a) a força resultante que atua na partícula;
b) a potência da resultante;
c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 1s.
Resp.: a) F⃗⃗ = 40 ⃗i N; b) P = 320t (SI); c) W = 160 J
58

07. A potência da resultante numa partícula de massa m = 2 kg varia com o tempo segundo a lei:
P(t) = 6t2 - 4t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 2 m/s (para t = 0) e paralela à força, determine:
a) a velocidade da partícula em t = 2 s;
b) a potência média entre 0 e 2 s;
c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 2 s.
Resp.: a) v = 4,0 m/s; b) P = 6 W; c) F = 4,5 N
59

08. A potência da resultante numa partícula de massa m = 4 kg varia com o tempo segundo a lei:
P(t) = 3t2 - 2t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 1,0 m/s (para t = 0) e paralela à força, determine:
a) a velocidade da partícula em t = 4 s;
b) a potência média entre 0 e 4 s;
c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 4 s.
Resp.: a) v = 5,4 m/s; b) P = 14 W; c) F = 7,8 N
60

09. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua paralelamente
à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 4.x (SI). Calcule o trabalho
realizado por essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição de 2 m até a posição de
4 m.
Resp.: W = 24 J
61

10. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua paralelamente
à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 6x2 + 3 (SI). Calcule o trabalho
realizado por essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição de 1 m até a posição de
3 m.
Resp.: W = 58 J
62

11. Um corpo de massa m = 4 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de uma força
F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo mostra o gráfico
abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar
a) o trabalho da força entre 0 e 8 m;
b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
c) a potência da força na posição x = 2 m.

Resp.: a) W = 70 J; b) x = 6 m; c) P = 90 W
63

12. Um corpo de massa m = 2 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de uma força
F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo mostra o gráfico
abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar
a) o trabalho da força entre 0 e 12 m;
b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
c) a potência da força na posição x = 3 m.

Resp.:(a) W = 225 J; b) x = 9 m; c) P = 570 W


64

13. Um corpo de massa m = 10 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal na posição


x = 0. Entre o corpo e o plano existe atrito de coeficiente μ = 0,2. Sobre o corpo atua uma força
paralela a Ox cuja intensidade varia com a posição do corpo conforme mostra o gráfico abaixo.
Sendo g = 10 m/s2, determine
a) o trabalho de F entre 0 e 5 m;
b) o trabalho do atrito no mesmo deslocamento do item anterior;
c) a potência da força resultante em x = 3 m;
d) o trabalho resultante entre 0 e 5 m;
e) a posição em que a velocidade é máxima.

Resp.:
a) WF = 320 J; b) Wfat = -100 J
c) PR = 360 W; d) WR = 220 J; e) x = 4,5 m
65

14. Um corpo de massa m = 4 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal na posição x


= 0. Entre o corpo e o plano existe atrito de coeficiente μ = 0,25. Sobre o corpo atua uma força
paralela a Ox, cuja intensidade varia com a posição do corpo conforme mostra o gráfico abaixo.
Sendo g = 10 m/s2, determine
a) o trabalho de F entre 0 e 8 m;
b) o trabalho do atrito no mesmo deslocamento do item anterior;
c) a potência resultante em x = 6 m;
d) o trabalho resultante entre 0 e 8 m;
e) a posição em que a velocidade é máxima.

Resp.: a) WF = 280 J; b) Wfa t = -80 J;


c) PR = 285 W; d) WR = 200 J; e) x = 7,5 m
66

15. Uma partícula de massa 4 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 2 m/s sobre um plano
horizontal na posição x = 0. Entre a partícula e o plano existe atrito de coeficiente de 0,25. Atuando
sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo OX que varia com a posição do corpo conforme
mostra o gráfico. Sendo g = 10 m/s2.
Pede-se:
a) o trabalho da força F entre 0 e 8 m.
b) o trabalho da força de atrito entre 0 e 8 m.
c) o trabalho da força resultante entre 0 e 8 m.
d) a potência da força resultante quando x = 3 m.
e) a posição e o valor da velocidade máxima.

Resp.: a) 300 J; b) - 80 J; c) 220 J; d) 400 W;


e) 7,2 m e 10,8 m/s
67

16. Uma partícula de massa 8,0 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 4,0 m/s sobre um
plano horizontal na posição x = 0. Entre a partícula e o plano existe atrito de coeficiente de 0,25.
Atuando sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a posição do corpo
conforme mostra o gráfico. Sendo g = 10,0 m/s², pede-se:
a) o trabalho da força F entre 0 e 10 m;
b) o trabalho da força de atrito entre 0 e 10 m;
c) o trabalho da força resultante entre 0 e 10 m;
d) a potência da força resultante quando x = 4 m;
e) a velocidade máxima atingida.

Resp.: a) 500 J; b) -200 J;


c) 300 J; d) 348,0 W; e) 9,8 m/s
68

17. Um corpo de massa m = 4,0 kg, move-se num plano horizontal, sem atrito, sob a ação de uma
força F, paralela a este plano, que varia com a abscissa x de acordo com o gráfico abaixo. O corpo
parte da origem com velocidade nula. Pede-se
a) o trabalho da força F entre as posições x = 0 m e x = 8 m;
b) a posição em que a velocidade é máxima e o valor dessa velocidade;
c) a posição em que o móvel tem velocidade nula;
d) a potência da força F na posição x = 2 m.

Resp: a) 20 J; b) 5,2 m/s; c) 10 m; d) 84 W


69

18. Um corpo de massa 2 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal perfeitamente liso,
na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a
posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10 m/s 2. Determine
a) o trabalho da força F entre 0 e 6 m;
b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
c) a potência da força quando x = 3 m;
d) a posição em que ela para novamente.

Resp.:
a) WF = 150 J; b) vmáx = 12,6 m/s
c) P = 440 W; d) x = 13,5 m
70

19. Um corpo de massa 4 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal perfeitamente liso,
na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao eixo Ox que varia com a
posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10 m/s 2. Determine:
a) o trabalho da força F entre 0 e 8 m;
b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
c) a potência da força quando x = 4 m;
d) a posição em que ela para novamente.

Resp.: a) WF = 320 J; b) vmáx= 12,8 m/s


c) P = 660 W; d) x = 24 m
71

SISTEMAS CONSERVATIVOS E DISSIPATIVOS DE ENERGIA

ENERGIA MECÂNICA
Energia é a capacidade de executar um trabalho.
Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
• Energia Cinética

• Energia Potencial Gravitacional


• Energia Potencial Elástica

1. Energia Cinética

É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que
põe o corpo em movimento. É dada por:

𝐦. 𝐯 𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐

m: massa do corpo (em kg)


v: velocidade do corpo (em m/s)
Ec: energia cinética (em joule – J)

Teorema da Energia Cinética (TEC)


“O trabalho total realizado por todas as forças atuantes em um corpo extenso, internas e externas,
mede a variação de sua energia cinética. ”

𝛕𝐑𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 = ∆𝐄𝐜 = 𝐄𝐜𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 − 𝐄𝐜𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥


Ec: energia cinética (em joules – J), é a energia associada ao movimento.
𝐦. 𝐯 𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐
m: massa (em kg)
v: velocidade (em m/s)
2. Energia Potencial

Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade
de ser transformada em energia cinética. Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia
cinética e vice-versa.

2.1 Energia Potencial Gravitacional

É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza. É obtido quando consideramos
o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de referência (solo, chão de
uma sala, ...).
72

𝐄𝐩 = 𝐦. 𝐠. 𝐡

m: massa (em kg)


g: aceleração gravitacional (em m/s²)
h: altura/desnível (em metro)
Ep: energia potencial gravitacional (em joule – J)

Obs.: Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a
altura diminui, perde Energia Potencial Gravitacional.

2.2 Energia Potencial Elástica

Podemos entendê-la como a energia associada ou "armazenada" na propriedade elástica dos


materiais. A propriedade elástica ou elasticidade de um corpo está associada ao fato dele ser capaz
de se deformar sob a ação de uma força e retornar à forma original quando a força cessa a sua
atuação.

Corresponde ao trabalho que a força elástica realiza para reconstituir a mola ao seu comprimento
original, transformando a energia potencial elástica em energia cinética.
73

Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do
seu gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser: Fel = k.x

base.altura
Como a área de um triângulo é dada por: A = 2

Então:

deformação. força x. k. x
τFel = Eel = =
2 2

𝐤. 𝐱 𝟐
𝐄𝐞𝐥 =
𝟐

K: constante elástica da mola (em N/m)


x: deformação da mola (em metro – m)
Eel: energia potencial elástica (em joule – J)

SISTEMAS CONSERVATIVOS
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
𝐄𝐌 = 𝐄𝐜 + 𝐄𝐩 + 𝐄𝐞𝐥

Forças conservativas: são aquelas que realizam trabalhos independentemente do caminho


escolhido entre dois pontos distintos e ele aparece como energia cinética ou energia potencial.
Exemplo: força peso.
Forças dissipativas: são as forças que atuam no sistema, transformando energia mecânica em
outras formas de energia, também são denominadas de forças não conservativas.
Exemplo: a força de atrito pode transformar energia cinética em energia sonora (som) e energia
térmica (calor).
Princípio da Conservação da Energia Mecânica:
“Para um sistema conservativo, isto é, um sistema isolado, que não troca energia com o ambiente,
e onde não agem forças dissipativas, a energia cinética e a energia potencial variam, mas a energia
mecânica permanece constante”.
𝐄𝐌𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥 = 𝐄𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥
𝐄𝐜𝐢 + 𝐄𝐩𝐢 + 𝐄𝐞𝐥𝐢 = 𝐄𝐜𝐟 + 𝐄𝐩𝐟 + 𝐄𝐞𝐥𝐟
74

SISTEMA NÃO CONSERVATIVOS

Num sistema de forças não conservativo, há variação da energia mecânica total.


Quando um sistema apresenta forças dissipativas, como a força de resistência do ar, a força de
atrito, a força viscosa de líquidos, ocorre a diminuição da energia mecânica, com a transformação,
principalmente, em energia térmica.
O trabalho das forças não-conservativas é igual à variação da energia mecânica sofrida por um
corpo.
𝐖𝐟𝐨𝐫ç𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐢𝐩𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐬 = 𝐄𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 − 𝐄𝐌𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥
75

EXERCÍCIOS

01. Uma pequena esfera de massa 30 g está sobre uma mola comprimida 4 cm. Solta-se a mola e
deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10 m/s2 e calcule a constante
elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a referida trajetória.
Resp.: k = 168,8 N/m
76

02. Uma pequena esfera de massa 10 g está sobre uma mola comprimida 5 cm. Solta-se a mola e
deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10 m/s 2 e calcule a constante
elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a referida trajetória.
Resp.: k = 53,8 N/m
77

03. Uma esfera de massa m = 2 kg é abandonada no ponto A, descreve a trajetória indicada e para
no ponto C, após comprimir a mola em 0,5 m. Sendo a constante elástica da mola k = 200 N/m e a
aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determinar:
a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo que o raio de curvatura desse ponto é
20 m.

Resp.:
a) hA = 2,25 m
b) NB = 24,5 N.
78

04. Uma esfera de massa m = 4 kg é abandonada, sem velocidade inicial, no ponto A, descreve a
trajetória indicada e para no ponto C, após comprimir a mola em 0,6 m. Sendo a constante elástica
da mola k = 400 N/m e a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determinar:
a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo que o raio de curvatura desse ponto é
10 m.

Resp.:
a) hA = 2,8 m
b) NB = 62,5 N
79

05. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever a curva
ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro O e de raio 20 cm.
Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso, calcular
a) a velocidade da partícula no ponto B;
b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B situado a
80 cm abaixo de A, sendo 60º o ângulo formado pelos segmentos OB e OC. Admitir que a massa
da partícula seja de 5 g e g = 10 m/s2.

Resp.:
a) vB = 4, 0 m/s
b) NB = 0,425 N
80

06. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever a curva
ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro O e de raio 40 cm.
Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso, calcular:
a) a velocidade da partícula no ponto B;
b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B situado a
100 cm abaixo de A, sendo 60° o ângulo formado pelos segmentos OB e OC. Admitir que a massa
da partícula seja 4 g e g = 10 m/s2.

Resp.:
a) vB = 4.5 m/s
b) NB = 0,222 N
81

07. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual pode deslizar,
sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
b) qual deve a altura h para que o carrinho, abandonado do repouso no ponto A, descreva a
circunferência de centro O e raio 20 cm?

Resp.:
a) vmín= 1,4 m/s
b) h = 0,5 m.
82

08. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual pode deslizar,
sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
b) a altura h para que o carrinho, abandonado do repouso no ponto A, descreva a circunferência
de centro O e raio 10 cm.

Resp.:
a) vmín= 1,0 m/s
b) h = 0,25 m
83

09. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo hemisférico de
raio 10 m. Desprezando atrito, calcule:
a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
c) a velocidade com que isso acontece.

Resp.:
a) 6,67 m
b) 48,2º
c) 8,17 m/s
84

10. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo hemisférico de
raio 20 m. Desprezando atrito, calcule:
a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
c) a velocidade com que isso acontece.

Resp.:
a) 13,33 m
c) 11,54 m/s.
85

11. A partícula da figura de massa 2 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por uma canaleta
B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de constante elástica
18.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2 , que o coeficiente de atrito
dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é 0,5, que AB = 10 cm e BC = 10 cm,
determinar a máxima compressão na mola. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola.

Resp.: x = 1,05 cm.


86

12. A partícula da figura de massa 4 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por uma canaleta
B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de constante elástica
2.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2, que o coeficiente de atrito
dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é 0,5, que AB = 40 cm e BC = 40 cm,
determinar a máxima compressão na mola. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola.

Resp.: x = 8,9 cm
87

13. Um corpo de massa m = 1 kg está com a velocidade de 2 m/s na posição A da figura. Ao atingir
a mola de constante elástica 4.103 N/m provoca a deformação máxima de 5.10-2 m. Calcular:
a) o trabalho da força de atrito;
b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de retorno até
a altura h é –1 J.
Adotar g = 10 m/s2.

Resp.:
a) Wfat = - 2 J
b) h = 40 cm.
88

14. Um corpo de massa m = 0,5 kg está com a velocidade de 4 m/s na posição A da figura. Ao
atingir a mola de constante elástica 2.103 N/m provoca a deformação máxima de 4.10-2 m. Calcular
a) o trabalho da força de atrito;
b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de retorno até
a altura h é –0,2 J.
Adotar g = 10 m/s2.

Resp.:
a) Wfat = -4,9 J
b) h = 28 cm
89

15. Um bloco de massa igual a 2,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no ponto A.
A constante da mola é igual a K1 = 100 N/m e está comprimida de 0,3 m. No trecho AB não há atrito.
No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a µ = 0,3. O trecho BC é igual a 2,0 m.
Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola. Determine:
a) a velocidade do bloco no ponto B;
b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é K 2 = 50 N/m.

Resp.:
a) 11,2 m/s
b) 2,1 m
90

16. Um bloco de massa igual a 4,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no ponto A.
A constante elástica da mola é igual a K1 = 200 N/m e está comprimida de 0,2 m. No trecho AB não
há atrito. No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a µ = 0,2. O trecho BC é igual
a 1,0 m. Desconsiderar o atrito durante a deformação da mola. Determine:
a) a velocidade do bloco no ponto B;
b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é K 2 = 500 N/m.

Resp.:
a) 18 m/s
b) 1,6 m
91

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

01. Um carrinho parte do repouso do topo de uma montanha russa de 8,0 m de altura, com atrito
desprezível. Chegando ao ponto A, na base da montanha, ele é freado pelo terreno AB coberto de
areia parando em 1,8 s. Qual é o coeficiente de atrito cinético entre o carrinho e a areia?
Resp.: 0,7
92

02. Um pêndulo simples encontra-se em repouso (Fig. 1). Em seguida, é afastado da vertical de
um ângulo de 60° (Fig. 2) e solto em repouso. Para que ângulo com a vertical sua velocidade será
a metade da velocidade máxima atingida pelo pêndulo?
Resp.: 51,3º
93

03. Uma balança de mola é calibrada de tal forma que o prato desce de 1,0 cm quando uma massa
de 500,0 g está em equilíbrio sobre ele. Uma bola de 1,0 kg de massa fresca de pão, guardada
numa prateleira 1,0 m acima do prato da balança, escorrega da prateleira e cai sobre ele. Não
levando em conta as massas do prato e da mola, de quanto desce o prato da balança?
Resp.: 21,0 cm
94

04. Na figura a seguir, está representado um sistema formado por duas barras homogêneas de
mesma massa m, presas por uma mola de constante elástica k e de massa desprezível. O sistema
encontra-se em equilíbrio sobre uma mesa horizontal.
a) De que distância a mola está comprimida na posição de equilíbrio?
b) Comprime-se a barra superior, abaixando-a de uma distância adicional x a partir da posição de
equilíbrio. De que distância ela subirá acima da posição de equilíbrio, supondo que a barra inferior
permaneça em contato com a mesa?
c) Qual é o valor mínimo de x no item anterior para que a barra inferior salte da mesa?

Resp.:

m. g
a)
K
b) x
2. m. g
c)
K
95

Movimento Oscilatório

Entre os movimentos encontrados na natureza, um dos mais importantes é o movimento oscilatório.


Neste caso, um corpo oscila periodicamente em torno de uma posição de equilíbrio. Vamos estudar,
a seguir, um corpo preso à um fio e à uma mola.

1.0 Pendulo Simples

O pêndulo simples é um tipo de oscilador que para certas condições pode ser considerado um
oscilador harmônico simples. Um pendulo simples é definido como uma partícula de massa m
presa, num ponto O, por um fio de comprimento L e massa desprezível.

Para determinar o tipo de oscilação, precisamos escrever a função do movimento da partícula. A


partícula move-se num arco de círculo com raio 𝐿 = 𝑂𝐵. As forças que agem sobre a partícula são
o peso mg e a tração no fio. A componente tangencial da força resultante é,
F = −mgsinθ

Onde o sinal negativo aparece porque ela tem sentido oposto ao deslocamento CB. Dessa forma,
F = ma = −mgsinθ
Ou ainda.
d2 θ
mL 2 = −mgsinθ
dt
onde
d2 θ
a=L 2
dt
Ou ainda,
d2 θ
2
+ ω2 θ = 0
dt
que é uma equação diferencial de segunda ordem não-linear, com
g
ω=√
L

A solução da equação diferencial nos fornece a função do movimento, dada por


96

θ = θ0 cos (ωt + φ)

E o período e a frequência, como nós já vimos em Física Aplicada, são dados por

2π 1
T= e f=
ω T

Logo, o período do pendulo é

L
T = 2π√
g

Nessas condições, o período do pêndulo simples:


(i) não depende da massa oscilante;
(ii) não depende da amplitude, desde que θ < 10º
(iii) depende apenas da aceleração gravitacional e do comprimento do fio.

Exercícios

01. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 2,5 m? Considere
g =10 m/s².
Resp.: T = 3,14 s e f = 0,32 Hz

02. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 3,6 m? Considere
g =10 m/s²
Resp.: T = 3,77 s e f = 0,27 Hz
97

03. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10 m/s², com um
período de oscilação igual a /2 segundo. Determine o comprimento deste pêndulo.
Resp.: L = 0,62 m

04. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10 m/s², com um
período de oscilação igual a /5 segundo. Determine o comprimento deste pêndulo.
Resp.: L = 0,10 m
98

05. Um astronauta pôs para oscilar um pêndulo simples na Lua, a fim de medir o campo
gravitacional de nosso satélite, e registrou um período de 2,45 s. Se na Terra o mesmo pêndulo
possui período de 1,00 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade da Lua e a da Terra?
gL 1
Resp.: =
gT 6

06. Um marciano pôs para oscilar um pêndulo simples em Marte, a fim de medir o campo
gravitacional do planeta, e registrou um período de 6,28 s. Se na Terra o mesmo pêndulo possui
período de 3,82 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade de Marte e a da Terra?
gM 1
Resp.: =
gT 2,7
99

Exercícios Complementares

01. O pêndulo de um relógio tem período de 2,00 s em um local onde a aceleração da gravidade é
9,80 m/s2. Se o comprimento for aumentado de 1mm, quanto atrasará o relógio em 24 h?
Resp.: 43,2 s

02. O período de um pêndulo é de 3,00 s. Qual será o período se o comprimento for:


a) aumentado de 60%;
b) diminuído de 60%.
Considere g = 10 m/s²

Resp.: a) T = 3,80 s e b) T = 1,90 s


100

03. Um fio de comprimento L, ligado a um ponto fixo, tem em uma extremidade uma massa m que
gira em torno da vertical com velocidade angular constante ω. Achar o ângulo que a corda faz com
a vertical. Este dispositivo é chamado de pêndulo cônico.
g
Resp.: θ = arcos ω2L

04. Um corpo de massa m é amarrado na extremidade de um fio de comprimento 2,00 m, conforme


a figura Ia. Desloca-se o corpo até a posição B e, em seguida, é abandonado (figura Ib). Pergunta-
se:
a) em que ponto o corpo será mais rápido?;
b) qual é a velocidade nesse ponto?

Resp.: b) v = 4,1 m/s


101

2.0 Sistema massa-mola


Um sistema que obedece a lei de Hooke e vibra de maneira única e simples é chamado de
movimento harmônico simples. Considere o sistema massa-mola abaixo.

Na posição (i) o sistema encontra-se em repouso. Seja Fext uma força externa, horizontal e para
direita aplicada sobre o corpo de massa m. Nesse caso, a mola sofre uma deformação x surgindo
na mola a força elástica Fel (ii). Quando a força externa deixar de existir, o corpo oscilará entre A
(amplitude - deformacão máxima na mola) e – A e, a única força sobre o corpo será a força
elástica que é dada por

⃗⃗el = −kx⃗⃗
F

Onde k é a constante da mola. O sinal negativo indica que a força é contrária à deformação.
Aplicando a 2a lei de Newton no sistema,

FR = Fel

d2 x
m 2 = −kx
dt
Ou ainda,
d2 x
m 2 + ω2 x = 0
dt

k
com ω = √ chamada de frequência angular ou pulsação do sistema
m
A solução geral da equação diferencial de 2a ordem acima, tem como solução geral:

x(t) = a. cos (ωt + φ0 ) + b. sin (ωt + φ0 )

onde a e b são constantes. E pelas condições iniciais, é fácil notar que a = A e b = 0.

Nesse caso, a solução fica


x(t) = A. cos (ωt + φ0 )
102

que é a função da posição do corpo preso na extremidade da mola, cujo comportamento gráfico é

Podemos observar que esse sistema é periódico. O período é dado por

2π m
T= = 2π√
ω k
Como é um sistema conservativo, a energia mecânica é constante.

m. v 2 k. x 2
EM = Ec + EP = +
2 2
Nas extremidades, a energia mecânica é
k. A2
EM=
2
103

Exercícios

01. Um corpo de massa 2,0 kg está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal, segundo
uma direção horizontal. Para uma elongação de 10 cm é necessária uma força de intensidade 20
N. Calcule:
a) o período de oscilação;
b) a pulsação do movimento.

Resp.: a) T = 0,63 s; b) ω = 10 rad/s

02. Um corpo de massa 100 g está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal, segundo
uma direção horizontal. Para uma elongação de 4,0 cm é necessária uma força de intensidade 3,0
N. Calcule:
a) o período de oscilação;
b) a pulsação do movimento.

Resp.: a) T = 0,23 s; b) ω = 27,4 rad/s


104

03. Uma mola sofre um alongamento de 15 cm a partir de seu estado de equilíbrio, quando se
aplica uma força de 6,0 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola um corpo de massa
2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando um MHS. Desprezando as
forças dissipativas, determine:
a) a constante elástica da mola;
b) a pulsação do movimento;
c) o período do movimento;
d) a amplitude do movimento.
Resp.: a) K = 40 N/m; b) ω = 4,5 rad/s; c) T = 1,4 s; d) A = 0,15 m

04. Uma mola sofre um alongamento de 25 cm a partir de seu estado de equilíbrio, quando se
aplica uma força de 40 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola um corpo de massa
2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando um MHS. Desprezando as
forças dissipativas, determine:
a) a constante elástica da mola;
b) a pulsação do movimento;
c) o período do movimento;
d) a amplitude do movimento.
Resp.: a) K = 160 N/m; b) ω = 8,9 rad/s; c) T = 0,71 s; d) A = 0,25 m
105

05. Um corpo de massa 0,3 kg oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de movimento
harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante elástica 90 N/m e a
energia mecânica total do sistema é de 0,3 J.
a) Qual a amplitude de oscilação do movimento?
b) Qual a pulsação do movimento?
c) Qual o período do movimento?
Resp.: a) A = 8,2 cm; b) ω = 17,3 rad/s; c) T = 0,4 s

06. Um corpo de massa 100 g oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de movimento
harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante elástica 40 N/m e a
energia mecânica total do sistema é de 0,8 J.
a) Qual a amplitude de oscilação do movimento?
b) Qual a pulsação do movimento?
c) Qual o período do movimento?
Resp.: a) A = 20 cm; b) ω = 20 rad/s; c) T = 0,3 s
106

07. O período de oscilação de um sistema massa-mola é de  s. Se a massa do corpo oscilante é


de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola?
Resp.: K = 4,0 N/m

08. . O período de oscilação de um sistema massa-mola é de 2 s. Se a massa do corpo oscilante


é de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola?
Resp.: K = 1,0 N/m

09. . O período de oscilação de um sistema massa-mola é de 4 s. Se a massa do corpo oscilante


é de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola?
Resp.: K = 0,25 N/m
107

Exercícios complementares

01. A partir da função


x(t) = A. cos (ωt + φ0 )

do movimento do corpo preso a uma mola, obter:

a) a função horária da velocidade;


b) a função horária da aceleração;
c) o gráfico da posição (x), da velocidade (v) e da aceleração (a) em função do tempo.

Resp.: a) v(t) = −ωA. sin(ωt + φ0 ) ; b) a(t) = −ω2 A. cos (ωt + φ0 )


108

02. Um corpo de massa 200 g, preso a uma mola de constante elástica k = 0,8 ² N/m está em
repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito. O corpo é deslocado 3,0 cm da posição de equilíbrio
e, a partir do instante que é abandonado, efetua um movimento harmônico simples. Determine a
velocidade máxima que o corpo adquire. Resp.: v = 6,0 cm/s

03. Um corpo de 50 g, preso à extremidade de uma mola ideal (K = 3,2 ² N/m) comprimida de 30
cm, é abandonado do repouso da posição A da figura. A partir desse instante, o corpo inicia um
movimento harmônico simples. Despreze os atritos e adote o eixo x com origem no ponto de
equilíbrio do corpo (ponto O) e sentido para a direita. Nestas condições, obtenha as funções da
posição, da velocidade e da aceleração do corpo.
Resp.: x(t) = 0,3 cos(8πt + π) (SI)
v(t) = −2,4π sin(8πt + π) (SI)
a(t) = −19,2π2 cos(8πt + π) (SI)

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