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A eletricidade em sua manifestação natural.

A eletricidade é um fenômeno físico originado pela interação de


cargas elétricas estáticas ou em movimento.
Quando uma carga se encontra em repouso, produz forças sobre
outras situadas à sua volta. Se a carga se desloca, produz também
forças magnéticas.

O magnetismo está intimamente ligado ao movimento dos


elétrons nos átomos, pois uma carga em movimento gera um
campo magnético.
O número e a maneira como os elétrons estão organizados nos
átomos constituintes dos diversos materiais é que vai explicar o
comportamento das substâncias quando sobre influência de um
campo magnético de uma segunda substância.
Um átomo é a menor porção em que pode ser dividido um
elemento.
São os componentes básicos das moléculas e da matéria.
São compostos por partículas subatómicas.
As mais conhecidas são os prótons, os nêutrons e os elétrons.

O próton é uma partícula sub-atómica que faz parte do núcleo de


todos os elementos. O próton tem carga elétrica positiva.

O nêutron é uma partícula neutra e forma junto com o prótons os


núcleos atômicos.
O elétron é uma partícula sub-atómica de carga negativa. Num
átomo, os elétrons rodeiam o núcleo atômico.

Compreender o átomo é fundamental para o estudo da química, da física e da


tecnologia do mundo moderno.
Os elétrons que habitam ao redor do núcleo do átomo estão
distribuídos em camadas ou níveis energéticos.
A camada externa da eletrosfera onde se realizam as reações
químicas e elétricas se denomina de CAMADA DE VALÊNCIA.

Em condições normais, os átomos tendem a assumir uma


condição de neutralidade ou equilíbrio elétrico.

Os nêutrons não interferem no equilíbrio elétrico do átomo.


Através de forças externas (magnéticas, térmicas, químicas ,etc.)
é possível retirar ou acrescentar elétrons na camada de valência
de um átomo, fazendo com que haja um desequilíbrio elétrico.
Circuito elétrico - caminho fechado por onde circula a corrente
elétrica.
O circuito elétrico mais simples que se pode “montar” se constitui
de três componentes:
• fonte geradora;
• carga;
• condutores.
Simbologia dos componentes de um circuito
Tensão Elétrica

W=1J
1C

x Vxy= 1 Volt y

Existe uma diferença de potencial ou tensão de 1 Volt entre dois pontos se


acontece uma troca de energia de 1 Joule quando deslocamos uma carga de 1
Coulomb entre dois pontos.

Logo, a d.d.p. entre dois pontos de um circuito é um indicador de quanta


energia é necessária para deslocar uma carga entre dois pontos.
Diferença de potencial ou tensão

Diferença algébrica de potencial entre dois pontos.

Definida por:
W
V
Q
onde
V – d.d.p. ou tensão – Volts (V);
W – energia – Joules (J);
Q – carga elétrica – Coulomb (C).
A unidade de medida de tensão é o VOLT, representada pelo
símbolo V.
A tensão entre dois pontos pode ser medida através de instrumentos.
A unidade de medida de tensão (Volts) também tem múltiplos ou
submúltiplos, adequados a cada situação.

VALOR COM
DENOMINAÇÃO SÍMBOLO RELAÇÃO AO VOLT
megavolt MV 106 V ou 1000000 V
MÚLTIPLOS
Quilovolt kV 10³ V ou 1000 V
UNIDADE volt V 10º ou 1
milivolt mV 10 –3 V ou 0,001 V
SUBMÚLTIPLOS
microvolt V 10-6 V ou 0,000001 V
Fontes de tensão de C.C. ou D.C.

A existência de tensão é condição fundamental para o


funcionamento de todos os aparelhos elétricos.
A partir desta necessidade, foram desenvolvidos dispositivos
que tem a capacidade de criar um desequilíbrio elétrico entre
dois pontos, dando origem a uma tensão elétrica.
Estes dispositivos são denominados de fontes geradoras de
tensão.
Podemos citar como as principais:
• pilhas ou baterias;
• fontes de alimentação;
• geradores.
A tensão fornecida pelas pilhas e geradores de tensão contínua
pode ser representada em um gráfico.
Corrente Elétrica

Quando 6,24 x 1018 elétrons atravessam a seção circular de um


condutor em 1 segundo, dizemos que este escoamento de cargas
corresponde a 1 Ampère.
Quantidade de cargas em Coulombs

1C
Q e = 6 , 25 x 1018 ⇒ Qe = 1 ,6 x 10 C
-19

Logo:
Q
I=
t
I – Intensidade de corrente – Ampères (A);
Q – quantidade de cargas – Coulombs (C);
T – tempo – segundos (C).
A corrente elétrica consiste em um movimento de cargas,
provocado pelo desequilíbrio elétrico (d.d.p.) existente entre dois
pontos.
A unidade de medida da Intensidade da Corrente Elétrica é o
Ampère, representada pelo símbolo A.
A intensidade de corrente em um circuito pode ser medida através
de instrumentos.
A unidade de intensidade de corrente tem múltiplos e submúltiplos
que são apresentados na tabela abaixo..

DENOMINAÇÃO SÍMBOLO VALOR EM


RELAÇÃO A
UNIDADE
MÚLTIPLO Quiloampère KA 10³ A ou 1000A
UNIDADE Ampère A 10º ou 1
SUBMÚLTIPLOS miliampère mA 10- ³ ou 0,011A
microampère A 10 –6 ou 0,000001A
nanoampère nA 10-9 ou 0,000000001A
picoampère pA 10-12 ou
0,000000000001A
A intensidade de corrente contínua que circula em um circuito
elétrico, pode ser representada em um gráfico.
I (A)

t (s)
Resistência Elétrica

Resistência elétrica é a oposição que um material apresenta ao


fluxo de corrente elétrica.Resistência elétrica é a oposição que um
material apresenta à passagem da corrente elétrica
A resistência que os materiais apresentam à passagem da corrente
elétrica tem origem na sua estrutura atômica.
Para que a aplicação de uma d.d.p. a um material origine uma
corrente elétrica, é necessário que a estrutura deste material
propicie a existência de cargas elétricas livres para
movimentação.
Quando um material propicia a existência de um grande número
de cargas livres a corrente elétrica flui com facilidade através do
material
A unidade de medida da resistência elétrica é o Ohm, representado
pelo símbolo .
A intensidade de corrente em um circuito pode ser medida através
de instrumentos.
A unidade de resistência elétrica tem múltiplos que são
apresentados na tabela abaixo..

DENOMINAÇÃO SÍMBOLO VALOR EM RELAÇÃO A


UNIDADE
MÚLTIPLOS Megohm M 106  ou 1000000
Quilohm k 10³  ou 1000
UNIDADE Ohm  10º ou 1
Condutores e Isolantes
Os materiais condutores se caracterizam por permitir a
circulação de corrente elétrica toda a vez que se aplica uma
d.d.p. entre seus extremos.
Existem materiais sólidos, líquidos e gasosos que são condutores
elétricos.
Entretanto, na área da eletricidade e eletrônica os materiais
sólidos são os mais importantes.
Nos materiais sólidos as cargas elétricas que se movimentam são
os elétrons.
Os elétrons que se movimentam no interior dos materiais sólidos,
formando a corrente elétrica são denominados de elétrons livres.
Os isolantes são materiais que possuem muito poucos elétrons
livres, sendo necessárias a aplicação de uma tensão muito elevada
para que eles sejam percorridos por uma corrente mensurável.

Ruptura dielétrica é o nome dado ao fenômeno pelo qual uma


grande quantidade de energia transforma um material
normalmente isolante em condutor.

A formação de faíscas no desligamento de um interruptor


elétrico é um exemplo típico de ruptura dielétrica. A tensão
elevada existente entre os contatos no momento da abertura
fornece uma grande quantidade de energia que provoca a
ruptura dielétrica do ar, propiciando a formação da faísca.
Classificação de alguns materiais condutores, à partir da prata,
em ordem crescente de resistência elétrica.

Resistência

Prata Cobre Ouro Alumínio Tungstênio


Gráficos energéticos dos materiais

Nos materiais condutores os elétrons da camada de valência


estão fracamente ligados ao núcleo. Com uma pequena adição de
energia estes elétrons se liberam da banda de valência passando
para a banda de condução onde se movimentam livremente
Nos materiais isolantes a energia necessária para “arrancar”
os elétrons da camada de valência é muito grande porque estes
elétrons estão fortemente ligados ao núcleo.
Lei de Ohm

Considerando a relação abaixo


causa
Efeito =
oposição

Observamos que qualquer processo de conversão de energia


pode ser relacionado a uma equação desse tipo.
Em circuitos elétricos, o efeito que desejamos estabelecer é o
escoamento de cargas ou corrente. A d.d.p. ou tensão entre dois
pontos do circuito é a causa, e a resistência representa a
oposição ao escoamento de cargas.
Substituindo estes termos na equação, temos a lei de Ohm:

d .d . p
Corrente =
resistência
e
E
I=
R

Quando ligamos os terminais de uma fonte de C.C. cuja


d.d.p. é E Volts, a um componente cuja resistência é R
Ohms, aparece no circuito uma corrente de I Ampères.
Um campo elétrico é o campo de força provocado por cargas
elétricas ou por um sistema de cargas. Cargas elétricas num
campo elétrico estão sujeitas a uma força.
A intensidade em cada ponto se rege pela Lei de Coulomb.

A lei de Coulomb foi descoberta pelo físico francês Charles de


Coulomb, trata do princípio fundamental da eletricidade.
Em particular, diz que a força de atração ou repulsão entre duas
cargas elétricas (q1 e q2) é diretamente proporcional ao produto
dos valores absolutos das duas cargas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância r entre eles.

q1 F F q2
r
Esta lei pode ser descrita por:

Em que:
F é a força, em Newton(N);
k a constante de Coulomb, em (N.m/C);
q as cargas em Coulomb (C);
r a distância, em metro (m).

A constante de Coulomb é, no vácuo, de 9,1 N.m/c.

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