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MODULO: PEPIM
Participar na Elaboração de um
Projeto de Infraestrutura Municipal
Docente: Eng.º Luluva Samuel Luluva
Maputo, janeiro de 2024
ENG.º Luluva 1
Samuel Luluva
Instituto Superior de Transportes e Comunicações
PRINCIPAIS CONTEÚDOS
I. SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
1.1. Introdução
• Sistemas de Abastecimento de Água
• Órgão dos Sistemas de Abastecimento de Água
1.2. Dimensionamento
• Concepção dos Sistemas de Distribuição de Água
• Caudais a assegurar aos Dispositivos de Utilização
• Coeficiente de Simultaneidade e Caudal de Cálculo
• Dimensionamento da Tubagens
• Algumas Regras Construtivas
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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
PREDIAIS
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INTRODUÇÃO
O abastecimento de uma instalação predial de água fria pode ser feito pela rede
pública ou por fonte particular.
Quando não há condições de atendimento pela rede pública ou a edificação situa-se
em área não urbanizada, é preciso se recorrer à captação em nascentes ou no lençol
subterrâneo, havendo necessidade de periódica verificação da potabilidade, em
ambos os casos.
No caso das nascentes, a água é captada, armazenada em reservatórios e, em
alguns casos, sofre um tratamento com cloração.
No caso do lençol subterrâneo, utilizam-se poços, dos quais a água é bombeada
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para a superfície.
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Rede Pública
Captação – Que pode ser feita a partir de rios, riachos, lagos, albufeiras, (águas
superficiais) ou então em furos ou poços (águas subterrâneas). A água das chuvas pode ser
também uma fonte de captação alternativa, mas sempre em muito menor escala;
Tratamento – Dependendo da água captada, será feito o tratamento da mesma, por
filtração ou adição de produtos químicos, tornando a água com a qualidade necessária para
consumo;
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DIMENSIONAMENTO
Considerações Gerais
Geralmente nas zonas urbanas, este ramal é feito a partir de uma conduta da rede
pública de abastecimento de água. Já nos meios onde não existem ou estão fora de
serviço os sistemas públicos de abastecimento de água, a fonte a usar é privada, isto
é, poderá ser garantido o abastecimento a partir de um furo, poço ou qualquer outra
fonte que esteja dentro da propriedade onde será erguido o edifício ou até mesmo
directamente do rio, riacho ou lagoa que passa perto das instalações.
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alimentação
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➢ Posicionamento da rede interior das zonas privadas de cada consumidor (arquitectura, electricidade).
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Apresentam-se as várias formas da água chegar até o seu ponto final de utilização.
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destes, feita a distribuição pelo edifício (por gravidade ou por meio de bombas).
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FORMA DIRECTA
Vantagens
Água de melhor qualidade devido a presença de cloro residual na rede de distribuição
Maior pressão disponível devido a pressão mínima de projeto em redes de distribuição
pública ser da ordem de 14 m.c.a.
Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas,
registros de bóia, etc.
Desvantagens
Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição;
Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior ou de menor
consumo na rede pública;
Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade;
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Desvantagens – cont.
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FORMA INDIRECTA
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FORMA INDIRECTA
Vantagens dos Sistemas de Distribuição Indireta
Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento, tem-se um volume
de água assegurado no reservatório;
Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia;
Permite a instalação de válvula de descarga;
Golpe de aríete desprezível;
Menor consumo que no sistema de abastecimento directo.
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Maior custo da instalação devido a necessidade de reservatórios, registros de bóia e outros acessórios.
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PRESSÕES
Normalmente a estimativa da pressão mínima de água necessária a entrada do
edifício a servir, tendo em vista a satisfação dos consumos domésticos, poderá
ser obtida pela expressão:
H = 100 + 40xn
Em que H = pressão mínima (Kpa);
n = nº de pisos acima do solo, incluindo o piso térreo
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Dispositivos de Utilização Caudais Instantâneos (l/s)
Lavatório individual 0.10
Lavatório Colectivo (por bica) 0.05
Bidé 0.10
Banheira 0.25
Chuveiro individual 0.15
Pia de despejo com torneira de bica de Ø ½ ̋ 0.15
Autoclismo de bacia de retrete 0.10
Urinol com torneira individual 015
Pia lava-louça 0.20
Bebedouro 0.10
Máquina de lavar louça 0.15
Máquina de lavar roupa 0.20
Tanque de lavar roupa 0.20
Bacia de retrete com fluxómetro 1.50
Urinol com fluxómetro 0.50
Boca de rega ou lavagem Ø15mm 0.30
Boca de rega ou lavagem Ø20mm 0.45
Máquinas industriais e outros aparelhos Em conformidade com as instruções do
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fabricante
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INTRODUÇÃO
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• Câmaras de inspecção
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Ramal de descarga
Canalização destinada ao transporte das águas provenientes dos aparelhos
sanitários para o tubo de queda ou colector predial (para águas pluviais pode
também ser aos poços absorventes, valetas ou áreas de recepção apropriadas).
Ramais de Ventilação
Têm por assegurar o fecho hídrico nos sifões, quando tal não é feito de outra forma.
Tubos de queda
Têm por finalidade aglutinar as descargas provenientes dos pisos mais elevados e
transportá-las para o colector predial. Ao mesmo tempo também têm a função de
ventilar a rede pública.
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Coluna de Ventilação
Tem por finalidade completar a ventilação feita através do tubo de queda.
Colector Predial
Canalização que tem por finalidade aglutinar em si as descargas dos tubos de queda
e dos ramais de descarga provenientes do piso adjacente e transportá-las para outro
tubo de queda ou ramal de ligação.
Ramal de Ligação
Tubagem compreendida entre a câmara de ramal de ligação e o colector público de
drenagem. Conduz as águas residuais da rede predial para a rede pública
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Acessórios
Dispositivos a intercalar no sistema, para possibilitar as operações de manutenção,
conservação, e a retenção de determinadas matérias, e garantir as condições de
habitabilidade dos espaços.
Sifões
São dispositivos que estão incorporados nos aparelhos sanitários ou que são
inseridos nos ramais de descarga que têm como finalidade a de impedir a passagem
de gases para o interior das edificações
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Fecho Hídrico
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Ralos
São dispositivos providos de furos ou fendas com a finalidade de impedir a passagem
de matérias sólidas transportadas pelas águas residuais, devendo estas matérias ser
retiradas periodicamente. Exemplo: ralos instalados no topo de tubos de queda de
águas pluviais, ralos lava-loiça com cesto retentor de sólidos, etc.
Câmaras de inspecção
Têm por finalidade assegurar as operações de limpeza e manutenção dos colectores.
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Fig: Drenagem com Elevação Fig: Drenagem Gravítica
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O dimensionamento dos ramais de descarga é feito a partir das equações válidas para o regime
uniforme. Assim, os diâmetros são em função do tipo de material (rugosidade das paredes
interiores), do caudal do cálculo e da inclinação a dar ao ramal a dimensionar.
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CAUDAIS DE DESCARGA
DN (mm) Diâmetro Caudais (l/min)
Interior Inclinação
(mm) 1% 2% 3% 4%
40 36.4 16 23 28 33
50 45.6 30 42 52 60
75 70.6 96 135 165 191
90 85.6 160 226 277 319
110 105.1 276 390 478 552
125 119.5 389 550 673 777
Os caudais das canalizações foram calculados de forma a que o escoamento se processe a ½ secção,
através da fórmula de Manning-Strickler e considerando que o material da tubagem possui uma rugosidade
Ks = 120 m1/3/s
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TUBOS DE QUEDA
Os tubos de queda recebem as águas residuais que são drenadas pelos ramais de descarga.
Normalmente são tubos de traçado vertical, constituídos por um único alinhamento recto. Nos
pontos de mudança de direcção, estes devem estar providos de curvas de concordância
O diâmetro dos tubos de queda não deve ser inferior ao maior dos diâmetros dos
ramais que para ele confluem, com o mínimo de 50mm, devendo ser esse diâmetro
constante ao longo de todo o seu desenvolvimento.
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Em que:
ts - Taxa de ocupação;
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D = 50 1/3
50 < D ≤ 75 1/4
75 < D ≤ 100 1/5
100 < D ≤ 125 1/6
D = 125 1/7
Quadro x - Diâmetro dos tubos de queda e Taxas de ocupação
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Em que:
Q – caudal de escoado através do tubo (l/min);
ts- Taxa de ocupação;
D – diâmetro interior do tubo (mm).
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COLECTORES PREDIAIS
O diâmetro dos colectores prediais não deve ser inferior ao maior dos diâmetros das
canalizações que para ele confluem, com o mínimo de 100mm e as inclinações dos
mesmos devem estar compreendidas entre 10 e 40mm/m.
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Os caudais das canalizações foram calculados de forma a que o escoamento se processe a ½ secção,
através da formula de manning-Strickler e considerando que o material da tubagem possui uma
rugosidade K = 120m1/3/s.
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Ramais de ligação
Os ramais de ligação de ligação só fazem parte dos de drenagem de águas residuais domésticos
quando este está ligado ao sistema público de drenagem. Normalmente, quando não existe
colector público, o colector predial termina numa câmara de inspecção que é ao mesmo tempo
a câmara de entrada na fossa séptica.
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Fossas sépticas
O destino final das águas residuais domésticas é a sua integração num meio aquático
ou terrestre, natural ou artificial, que não conduza a situação de poluição, permitindo,
sempre que possível a valorização dos resíduos.
Sempre que verifique a inexistência de sistema público de drenagem de águas
residuais domésticas, torna-se imperioso proceder à criação de meios que
possibilitem a depuração dessas águas residuais, de modo a que posteriormente
possam ser lançadas numa linha de água ou infiltradas no solo.
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Fossas sépticas
O processo de tratamento privado dos efluentes domésticos mais
generalizado no nosso país é, sem dúvida, aquele que recorre às fossas
sépticas, seguido de drenos filtrantes, quer verticais quer horizontais.
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Dreno Verical
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Fossas sépticas
Não deverão ser encaminhadas para as fossas sépticas as águas residuais pluviais.
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Fossas sépticas
CHA 74
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CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO
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1. Seja dada o esquema da planta de um edificio com 3 pisos.
a) Faça o traçado da rede de abastecimento de agua e de drenagem de águas residuais doméstica (predial) considerando
a zona desprovida de colector público.
b) Dazer o dimensionamento da rede de distribuicao de agua
c) Fazer o dimensionamento da rede de drenagem de aguas residuais domestica (ramais de descarga, tubo de queda,
colectores prediais e fossa septica).
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