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AULA 14

INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS


As instalações de águas pluviais tem o objetivo de
recolher a água da chuva até um local adequado e
permitido para sua destinação final.

A instalação predial de águas pluviais


é exclusiva, para recolhimento e
condução das águas pluviais, não se
admitindo quaisquer interligações
com outras instalações prediais.
O CICLO HIDROLÓGICO
IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO

O QUE MUDOU COM A


URBANIZAÇÃO?

Em áreas urbanizadas, fatores


como: impermeabilização do
terreno, canalização de cursos
fluviais e a remoção da
vegetação, desencadeiam ou
agravam os processos de erosão
e de inundações.
ENCHENTE X INUNDAÇÃO X ALAGAMENTO
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL
Conjunto de elementos destinados a recolher
as águas pluviais precipitadas sobre o meio
urbano, conduzindo-as para um destino final,
visando minimizar os riscos aos quais a
sociedade está sujeita e a diminuição dos
prejuízos causados pelas inundações,
possibilitando o desenvolvimento urbano da
forma mais harmônica possível.

Norma DNIT 030/2004 ES


DRENAGEM - DISPOSITIVOS DE DRENAGEM PLUVIAL URBANA - ESPECIFICAÇÃO
DE SERVIÇO.
OBJETIVOS DA DRENAGEM URBANA

• Garantir o escoamento das águas pluviais, impedindo o


alagamento da cidade;

• Na medida em que existem cursos d’água que atravessam ou


limitam as áreas urbanizadas, é fundamental que os sistemas
de macrodrenagem e microdrenagem sejam integrados;

• As águas pluviais coletadas pela rede de drenagem, através


das bocas de lobo, acabam tendo como ponto final a rede de
drenagem natural, ou seja, os arroios e rios da região.
CLASSIFICAÇÃO
A estrutura física de um sistema de drenagem
urbana pluvial é composta da seguinte maneira:

• Sistemas de Microdrenagem – Medidas não


estruturais (Formadas por soluções destinadas ao
controle do uso e ocupação do solo. Baseados na
conscientização e educação das pessoas).

• Sistemas de Macrodrenagem – Medidas


estruturais (Soluções físicas de engenharia,
envolvendo obras hidráulicas de grande porte).
MICRODRENAGEM
Sarjetas: São as faixas formadas
São obras e ações que impeçam pelo limite da via pública com os
as águas pluviais de ficarem meio-fios, formando uma calha
acumuladas nos quarteirões ou na que coleta as águas pluviais
rede primário urbana e também oriundas da rua.
no sistema viário. É coletar e
conduzir a água pluvial até o
sistema de macro drenagem, afim
de evitar alagamentos,
oferecendo segurança aos
pedestres e motoristas, evitando
ou reduzindo danos.
Os principais elementos do
sistema de microdrenagem são:
MICRODRENAGEM
Bocas-de-lobo: São os dispositivos de captação
das águas das sarjetas.

Poços de visita: São dispositivos colocados em


pontos convenientes do sistema, para permitir
sua manutenção.

Galerias: São as canalizações públicas


destinadas a escoar as águas pluviais
oriundas das ligações privadas e das bocas-
de-lobo. Diâmetro mínimo – 0,30m.
MICRODRENAGEM

Sarjetões: São formados pela própria


pavimentação nos cruzamentos das vias
públicas, formando calhas que servem
para orientar o fluxo das águas que
escoam pelas sarjetas.

Caixas de Passagem: São dispositivos


auxiliares executados para permitir
mudanças na declividade ou na dimensão
dos elementos componentes das galerias.
São subterrâneas e não visitáveis.
MICRODRENAGEM EM SALVADOR
MACRODRENAGEM
É o escoamento final das águas escoadas superficialmente, inclusive
as captadas pelas estruturas de microdrenagem. São obras
dimensionadas para grande vazões e com maiores velocidades de
escoamento.

É composto dos seguintes itens:


• Sistemas de microdrenagem; • Reservatórios de percolação,
• Cursos d’água; retenção e de detenção;
• Zonas de inundação natural; • Extravasores;
• Lagos permanentes; • Comportas.
• Canais, bueiros, pontes;
MICRODRENAGEM X MACRODRENAGEM
Resumindo...

MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
São dispositivos responsáveis pelo
São estruturas que conduzem as
escoamento final das águas
águas do escoamento superficial
pluviais provenientes do sistema
para as galerias ou canais urbanos.
de microdrenagem urbana.

É constituída pelos principais


talvegues, fundos de vales, cursos
É constituída pelas redes coletoras
d’água, independente da execução
de águas pluviais, poços de visita,
de obras específicas e tampouco
sarjetas, bocas-de-lobo e meios-
da localização de extensas áreas
fios.
urbanizadas, por ser o escoadouro
natural das águas pluviais.
NORMA TÉCNICA
A norma que estabelece as exigências e critérios para o
projeto, execução, testes e manutenção dos sistemas
prediais de águas pluviais é:

NBR 10844 - Instalações Prediais de Águas Pluviais.

Fixa exigências pelas quais devem ser projetadas e


executadas as instalações prediais de águas pluviais,
atendendo às condições técnicas mínimas de higiene,
segurança, durabilidade economia e conforto dos
usuários.
INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS
As instalações de águas pluviais devem ser projetadas de
modo a obedecer às seguintes exigências:
a. Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos
dispositivos legais.
b. Ser estanques.
c. Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da
instalação.
d. Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão
submetidas.
e. Nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes às intempéries.
f. Não provocar ruídos excessivos.
g. Resistir às pressões a que podem estar sujeitas.
h. Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.
DEFINIÇÕES
1. CALHAS – canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a
conduz a um ponto de destino.

2. CAIXA DE AREIA – caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a


recolher detritos por deposição.

3. CONDUTOR HORIZONTAL: canal ou tubulação horizontal destinada a recolher


e conduzir águas pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais.

4. CONDUTOR VERTICAL: tubulação vertical destinada a recolher águas de


calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a parte inferior do
edifício.

5. RALO: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas


pluviais. A grelha desses ralos deve ser do tipo hemisférico ou “abacaxi” para
evitar a entrada de detritos na canalização.
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES
MATERIAIS UTILIZADOS

Tubos de PVC devem ser os mesmos adotados para tubulação


de esgoto, devido a maior resistência a altas pressões.
DIMENSIONAMENTO
 Os tubos de PVC a serem adotados nos sistemas prediais
de águas pluviais devem ser da linha esgoto sanitário;
 A ligação entre os condutores verticais e horizontais deve
ser feita com curva de raio longo, com caixa de inspeção
ou caixa de areia, estando o condutor horizontal
aparente ou enterrado;
 O diâmetro mínimo (comercial) dos condutores verticais
é de DN 75;
 A inclinação das calhas deve ser uniforme, com valor
mínimo de 0,5%, ou seja, em cada 1m de tubo na
horizontal, teremos 5 mm de desnível vertical.
SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DA
ÁGUA DA CHUVA
Os principais objetivos do Aproveitamento de Água da Chuva são:

1. Incentivar a população a fazer o aproveitamento correto da água de


chuva;
2. Fazer com que toda casa urbana tenha pelo menos um sistema simples
de Aproveitamento da Água de Chuva;
3. Minimizar o escoamento do alto volume de água nas redes pluviais
durante as chuvas fortes;
4. Usar a água para irrigações nos jardins e lavagens de pisos externos.
Assim, essa água vai infiltrar na terra e ir para o lençol freático,
preservando o seu ciclo natural;
5. Usar a água para lavagens de pisos, carros, máquinas e nas descargas no
vaso sanitário.
FINS NÃO POTÁVEIS!
SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DA
ÁGUA DA CHUVA
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS
As instalações prediais de gás em residências têm por
objetivo a alimentação de fogões domésticos e
aquecedores de água e, mais raramente, algum outro
equipamento que porventura o necessite.

Existem 2 formas do gás combustível chegar às


residências:
– Trazido por caminhões que abastecem centrais que contém
recipientes transportáveis ou estacionários – GLP.
– Através de redes de distribuição pública – GN.
NORMA TÉCNICA
As norma que estabelece as exigências e critérios para o projeto,
execução, testes e manutenção dos sistemas prediais de gás são:

NBR 13932 - Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo


(GLP) – Projeto e execução.
NBR 13933 - Instalações Internas de Gás Natural (GN) – Projeto e
execução.

Fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto e


execução das instalações internas de GLP e GN,
respectivamente.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Definição

O GLP é um gás composto em sua maior parte de


Propano (C3H8) e Butano (C4H10).

O projeto e execução de uma instalação de gás GLP em


edificações além de seguir as normas técnicas, deve
também, seguir os regulamentos e legislação de
prevenção e combate a incêndios e códigos de obras
municipais.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Transporte e Distribuição
Recipientes Transportáveis
Existem cilindros transportáveis para uso residencial:
• 2 kg – cilindro de utilização direta (lampiões e fogareiros);
• 5 kg – requer o uso de válvula reguladora e mangueira;
• 13 kg - requer o uso de válvula reguladora e mangueira.

Em edifícios residenciais, comerciais e industriais, onde é exigido


maior consumo, existem cilindros transportáveis de:
• 45 kg.
• 90 kg.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Transporte e Distribuição
Recipientes Transportáveis
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Transporte e Distribuição

Recipientes Estacionários
As empresas que comercializam o GLP possuem reservatórios
estacionários para grandes consumidores. Possuem
reservatórios que vão de 180 kg até 4.000 kg, abastecidos por
veículos específicos para esse fim.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Transporte e Distribuição
Recipientes Estacionários
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Componentes do Sistema de GLP

Os sistemas de gás centralizado são constituídos


basicamente das seguintes instalações:
1. Central de Gás (Central de GLP) onde ficam armazenados os
cilindros de gás;
2. Rede de canalizações (tubulações) que levam o gás combustível da
Central até as diversas unidades da edificação (pontos de
consumo);
3. Medidores de consumo individuais.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Componentes do Sistema de GLP

As instalações prediais deverão dispor de abrigos, dentro dos


quais serão instalados os medidores de consumo. A localização
desses abrigos deverá obedecer às seguintes condições:
• Estar situado em área comum;
• Possuir fácil acesso;
• Não podem ser instalados em escadas nem em seus
patamares.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GLP
Vantagens do GLP

 Devido à sua distribuição aos pontos de consumo


dar-se a pressões altas, as tubulações possuem
menor diâmetro;
 O poder calorífico é superior ao do gás natural;
 Não dá origem à fumaça e à fuligem;
 Possui limite de inflamabilidade baixo.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Definição

O gás natural é uma energia de origem fóssil, mistura


de hidrocarbonetos leves entre os quais se destaca o
metano (CH4), que se localiza no subsolo da Terra e é
procedente da decomposição da matéria orgânica
espalhada entre os extratos rochosos.

O território brasileiro, especialmente a região litorânea, é rico em gás


natural, o que garante o seu abastecimento por muitos e muitos anos.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
O gás natural é um produto incolor e
Definição inodoro, não é tóxico e é mais leve que
o ar, se dissipa facilmente na atmosfera.

Além disso, o gás natural é uma energia carente de


enxofre e a sua combustão é completa, liberando como
produtos da mesma, o dióxido de carbono (CO2) e
vapor de água, sendo os dois componentes não
tóxicos, o que faz do gás natural uma energia ecológica
e não poluente. É uma fonte de energia totalmente
natural.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Transporte e Distribuição

Uma vez extraído do subsolo, o gás natural deve ser


transportado até as zonas de consumo. O gás natural
chega até as residências e estabelecimentos de
maneira simples e silenciosa, 24 horas por dia. Ele é
transportado das plataformas de extração através de
tubulações especialmente projetadas dentro da mais
avançada tecnologia.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Transporte e Distribuição

O transporte desde as jazidas, é realizado através de


tubulações de grande diâmetro, denominadas
gasodutos. Quando o transporte é feito por mar e não
é possível construir gasodutos submarinos, o gás é
carregado em navios metaneiros.

Todas estas instalações são construídas preservando o meio ambiente, sendo em


grande parte subterrâneas favorecendo a possível restituição da paisagem.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Componentes do Sistema de GN

São elementos do sistema:

1. Ramal externo;
2. Regulador de pressão;
3. Ramal interno
4. Medidores de vazão;
5. Sistema de distribuição;
6. Pontos de Consumo.
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Transporte e Distribuição
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GN
Vantagens do GN

 É a energia de fornecimento contínuo mais barata do


mercado;
 Ganho de espaço físico pela eliminação de recipientes;
 Não precisa ser armazenado, estocado ou transportado;
 Elimina o manuseio de recipientes pressurizados, portanto
aumenta a segurança;
 Por ser mais leve que o ar, ele se dissipa rapidamente na
atmosfera;
INSTALAÇÕES DE GN EM SALVADOR
A cidade do Salvador se apresenta até essa data com
538 km de dutos na Região Metropolitana e municípios
próximos, totalizando um alcance a 18 cidades baianas.

Os bairros que possuem uma estrutura para o acesso


ao gás natural são: Pituba, Itaigara, Iguatemi, Imbuí,
Rio Vermelho, Amaralina, Cidade Jardim e ainda as
avenidas ACM, Ogunjá, Bonocô e Paralela.
INSTALAÇÕES DE GN
INSTALAÇÕES DE GÁS EM SALVADOR
NACIONAL GÁS
BRASIL GÁS
INSTALAÇÕES DE GÁS EM SALVADOR
BAHIA GÁS
INSTALAÇÕES DE GÁS EM SALVADOR
BAHIA GÁS
INSTALAÇÕES DE GÁS EM SALVADOR
BAHIA GÁS

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