ESGOTAMENTO SANITÁRIO
AULA 02: Sistemas Urbanos de Abastecimento
NBR 9648 – Trás a concepção de sistemas de
esgotamento sanitário que são formados pela
junção do Esgoto doméstico, industrial, água de
infiltração e contribuição pluvial parasitária.
Os sistemas de esgotamento urbanos podem ser de
três principais tipos:
1. Unitário: Engloba todos os tipos de
esgotamento sanitário em uma única
tubulação. (Bom para regiões com baixos
índices pluviométricos, Investimento
elevado e não funciona bem em vias
públicas).
2. Separador parcial: uma parcela das águas
de chuva, provenientes de telhados e pátios
das economias são encaminhadas
juntamente com as águas residuárias e
águas de infiltração do subsolo para um
único sistema de coleta e transporte dos
esgotos (É o meio termo).
3. Separados absoluto: As águas residuárias
(Domésticas e industriais) se encaminham
em uma tubulação e as águas de infiltração
em outro sistema. As águas pluviais ficam
a cargo do sistema de drenagem. (Mais
vantajoso economicamente, custo menor,
flexibilidade de execução).
Para se projetar um sistema de esgotamento
sanitário é preciso ter uma concepção de todo o
projeto, analisando diretrizes, parâmetros e
definições necessárias.
Pontos importantes a se observar em uma
concepção:
Rede coletora: conjunto de canalizações
destinadas a receber e conduzir os esgotos dos
edifícios; o sistema de esgotos predial se liga
diretamente à rede coletora por uma tubulação
chamada coletor predial.
Coletor secundário: Recebem o esgotamento das
residências.
Coletor tronco: Coletor principal que recebe a
contribuição do coletor secundário conduzindo-o
para um interceptor ou emissário.
Interceptor: Recebe contribuição do coletor
tronco.
Emissário: Recebe do interceptor e encaminha
para um destino conveniente (ETE ou lançamento).
Sifão invertido: obra destinada à transposição de
obstáculo pela tubulação de esgoto, funcionando
sob pressão.
Corpo de água receptor: Local onde serão
lançados os esgotos.
Estação elevatória: Instalação destinada a
transferir o esgoto de uma cota mais baixa para
outra mais alta (Conduto forçado).
Estação de tratamento: Instalação destinada a
depurar o esgoto antes de seu lançamento.
Obs importante: As canalizações dos coletores e
interceptores devem ser projetadas para
funcionarem sempre como condutos livres. Os
sifões e linhas de recalque das estações elevatórias
funcionam como condutos forçados. Os emissários
podem funcionar como condutos livres ou
forçados, não recebendo contribuições em marcha.
Órgãos acessórios da rede
• Poço de visita (PV): Permite a entrada de
uma pessoa para inspeção do local.
• Terminal de Limpeza (TL): Tubo que
permite a introdução de equipamento de
limpeza e substitui o poço de visita no
início dos coletores.
• Caixa de passagem (CP): Câmara sem
acesso localizadas em curvas e mudanças
de declividade.
• Tubo de inspeção e limpeza (TIL):
dispositivo não visitável que permite
inspeção e introdução de equipamentos de
limpeza.
Concepção do traçado da rede de esgotos
Está intrinsicamente ligado a topografia do local,
observando sempre que o escoamento se processa
segundo o caimento do terreno. Podem ser dos
tipos:
Perpendicular: Traçado para cidades atravessadas
ou circundadas por cursos de água. traçado mais ou
menos perpendicular ao curso de água. Um
interceptar marginal deverá receber esses coletores,
levando os efluentes ao destino adequada.
Leque: Traçado para terrenos acidentados (com
diferenças de cotas). Os coletores troncos correm
pelos fundos dos vales ou pela parte baixa das
bacias e nele incidem os coletores secundários,
com um traçado em forma de leque ou fazendo
lembrar uma espinha de peixe
Radial: Traçado para cidades planas. A cidade é
dividida em distritos ou setores independentes; em
cada um criam-se pontos baixos, para onde são
dirigidos os esgotos. Dos pontos baixos, o esgoto
é recalcado, ou para o distrito vizinho, ou para o
destino final.
Um ponto importante é que a rede coletora de
esgoto pode ser assentada em cinco posições
diferentes, ou seja, eixo, terço par, terço ímpar,
passeio par e passeio ímpar.
Dependendo das condições da via pública, pode-se
assentar uma tubulação (rede simples), ou até duas
tubulações (rede dupla).
Rede dupla: Utilizada na ocorrência de pelo menos
um dos seguintes casos: vias com tráfego intenso;
vias com largura entre os alinhamentos dos lotes
igual ou superior a 14m para ruas asfaltadas, ou 18
m para ruas de terra; vias com interferências que
impossibilitem o assentamento do coletor no leito
carroçável, ou que constituam empecilho à
execução das ligações prediais.
Uma rede de esgoto representa 75% do custo de
implementação do sistema de esgoto sanitário,
sendo 10% os coletores tronco, 1% as estações
elevatórias e 14% as estações de tratamento.
Sistema condominial: é uma forma de concepção
do traçado de redes, onde a ideia central de sua
implementação é a formação de condomínios em
grupos de usuários a nível de quadra urbana como
unidade de esgotamento. Tem baixo custo de
construção de coletores, menor operação e maior
participação de usuários.