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Muniz Roveri 1
SANEAMENTO BÁSICO II
1 - HISTÓRICO
Interceptor: canalização que recebe coletores ao longo de sua extensão, não recebendo
ligações prediais diretas.
Linha de recalque: tubulação entre as EEEs e ETEs, por exemplo, que funcionam como
condutos forçados.
Corpo de água receptor: local onde são lançados os esgotos após tratamento.
São dispositivos que evitam ou minimizam entupimentos nos pontos de singulares das
tubulações, como curvas, pontos de afluência de tubulações, possibilitando ainda o acesso de pessoas
ou equipamentos nesses pontos, pois é necessário que a rede coletora funcione como conduto livre.
Anos atrás, o dispositivo mais utilizado era o Poço de Visita (PV).
Porém, devido ao seu alto custo e a evolução dos processos de limpeza das tubulações, parte
dos PVs foram substituídos por:
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O traçado da rede de esgoto está diretamente relacionado à topografia da região, uma vez que
o escoamento se processe segundo o caimento do terreno. Assim pode-se ter os seguintes tipos de
rede:
- perpendicular: em cidades atravessadas ou circundadas por águas. A rede de esgoto compõe-
se de vários coletores tronco independentes, com traçado mais ou menos perpendicular ao curso de
água. Um interceptor marginal deverá receber esses coletores, levando os efluentes ao destino
adequado.
- leque: é o traçado próprio para terrenos acidentados. Os coletores troncos correm pelos
fundos dos vales ou pela parte baixa das bacias e nele incidem os coletores secundários, com um
traçado em forma de leque ou fazendo lembrar uma espinha de peixe.
O fluxo de esgotos que uma tubulação lança em um PV, ou outro órgão acessório, corre por
canaletas situadas no fundo. Essas canaletas orientam o fluxo, possibilitando ao projetista encontrar
mais ou menos vazão em determinados coletores.
De acordo com a disposição das canaletas do fundo dos órgãos acessórios, pode-se ter para
uma mesma área soluções diferentes de traçado. A topografia é uma dos fatores que devem ser
considerados, conforme mostra o exemplo da figura 10.
Localização da tubulação na via: a rede coletora de esgotos pode ser assentada em cinco
posições diferentes, ou seja, eixo, eixo par, eixo ímpar, passeio par e passeio ímpar, conforme figura
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11. A especificação de par ou ímpar é determinada pela numeração dos imóveis da rua, quando a
mesma for oficializada pela prefeitura do município.
Na figura 12, é indicado a rede de esgotos por um traço contínuo, com sentido de escoamento
assinalado. Está indicada também, a posição da tubulação de esgotos, em planta, em um cruzamento
de duas ruas, com interferência de galeria pluvial.
Dependendo das condições da via pública, pode-se assentar uma tubulação (rede simples), ou
até duas tubulações (rede dupla), conforme as condições do local (tráfego intenso, largura da via,
interferências).
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Também se projeta rede dupla, a partir do ponto em que os coletores se tornam muito grandes
e devem ser construídos em tubos de concreto (Ø ≥ 400 mm). Esses tubos não podem receber ligações
prediais diretas. O mesmo acontece para coletores a grandes profundidades (maiores que 4 m)
8 - VAZÃO DE ESGOTO
- esgoto domésticos;
- águas de infiltração;
- resíduos líquidos industriais ou concentrada (escola, shoppings, hospital, etc).
O esgoto sanitário é um despejo liquido resultante do uso da água pelo homem em seus hábitos
higiênicos e necessidades fisiológicas.
9.2.1 - Método : Cálculo das vazões totais – procedimento quando não existem medições de
vazão utilizáveis no projeto.
Onde:
Qdi,f = vazão máxima inicial e final (l/s)
K1 = coeficiente de máxima vazão diária,
K2 = coeficiente de máxima vazão horária,
Ǭdi ; Ǭdf = vazão média inicial e final de esgoto doméstico (l/s)
Qinf.i ; Qinf.f = vazão de infiltração inicial e final (l/s)
Qc.i ; Qc.f = vazão concentrada ou singular inicial e final (l/s)
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Vazão média inicial de esgoto doméstico (Q d.i ) Vazão média final de esgoto doméstico (Q d.f )
Ǭdi = C . Pi . qi Ǭdf = C . Pf . qf
86400 86400
Onde:
C = coeficiente de retorno
Pi ; Pf = população inicial e final (habitantes)
qi ; qf = consumo de água efetivo per capita inicial e final (litros/habitante . dia)
9.2.2 - Método : Cálculo das vazões totais – procedimento quando existem hidrogramas
utilizáveis no projeto.
Onde:
q = vazão máxima ou mínima do hidrograma medido
tc = valor do parâmetro adotado na bacia para a qual se avalia a vazão inicial e final
tm = valor do parâmetro adotado na bacia cujo hidrograma foi medido
9.3 - Determinação das taxas de contribuição para cálculo das redes coletoras
Início do plano - Txis (l/ s.m ou l/s.km) Final do plano - Txfs ( l/ s.m ou l/s.km )
Início do plano - Txid ( l/ s.m ou l/s.km ) Final do plano - Txfd ( l/ s.m ou l/s.km )
Onde:
Ldi, Ldf = comprimento da rede inicial ou final (m ou km)
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9.3.3 - Método : cálculo das taxas de contribuição para redes simples e dupla (para os casos
em que há redes simples e redes duplas em uma mesma área de ocupação homogênea-residencial e
comercial)
Onde:
L vi,f = comprimento virtual da rede inicial ou final (m ou km)
L si,f = comprimento da rede simples inicial ou final (m ou km)
L di,f = comprimento da rede dupla inicial ou final (m ou km)
Início do plano - Txis (l/ s.m ou l/s.km) Final do plano - Txfs ( l/ s.m ou l/s.km )
Início do plano - Txid (l/ s.m ou l/s.km) Final do plano - Txfd ( l/ s.m ou l/s.km )
Onde:
Ǭ d.i , d.f = vazão média inicial e final de esgoto doméstico
K1 = coeficiente de máxima vazão diária
K2 = coeficiente de máxima vazão horária
Lvi,f = comprimento virtual da rede inicial ou final (metros ou quilômetros)
Tinf = taxa de contribuição de infiltração
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9.4 – Declividades:
- terreno:
terreno coletor
Onde:
Qji = vazão a jusante inicial deve ser > 1,5 l/s
Obs.: Adotar a maior declividade
O diâmetro deve atende a condição Y/D = 0,75, e coeficiente Manning n = 0,013, assim:
D = 0,0463 . Q jf 0,375
√I
Onde:
D = diâmetro em metros
Qf = vazão final (m 3/s)
I = declividade em m/m
σ = ɣ . Rh . I = 1000 . Rh . I
(para Yi / D)
Vc = 6. √ ( g . Rh)
(para Yf / D)
Onde:
g = 9,8 m/s2 (aceleração da gravidade)