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SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

→ Tipos:
• Unitário: águas residuárias (domésticas e industriais), águas de infiltração (água do subsolo
que penetra no sistema), e água pluviais vão por um único sistema. Mais oneroso (grandes
dimensões de condutores), execução difícil e demorada.
• Separador parcial: parte da água pluvial + águas residuárias + águas de infiltração.
• Separador absoluto: cada água corre por um sistema independente. Utilizado no Brasil
(menor custo, maior flexibilidade de execução por etapas, não obriga pavimentação das vias
públicas).

→ Partes de um sistema de esgoto:


• Rede coletora (conduto livre): conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir os
esgotos dos edifícios; o sistema de esgotos predial se liga diretamente à rede coletora por
uma tubulação chamada coletor predial.
Composta de coletores secundários, que recebem diretamente as ligações prediais e
coletores tronco. O coletor tronco é o coletor principal de uma bacia de drenagem, que
recebe a contribuição cos coletores secundários, conduzindo seus efluentes a um
interceptor ou emissário.
• Interceptor (conduto livre): canalização que recebe coletores ao longo do seu comprimento,
não recebendo ligações prediais diretas.
• Emissário (conduto livre ou forçado): canalização destinada à conduzir os esgotos a um
destino conveniente (ETE e/ou lançamento) sem receber contribuições em marcha.
• Sifão invertido (conduto forçado): obra destinada à transposição de obstáculo pela tubulação
de esgoto, funcionando sob pressão.
• Estação elevatória (conduto forçado): conjunto de instalações destinadas a transferir os
esgotos de uma cota mais baixa para outra mais alta.
• ETE: conjunto de instalações destinadas à depuração dos esgotos, antes do seu
lançamento.

→ Órgãos acessórios de redes:


• Terminal de limpeza (TL): tubo que permite a introdução de equipamento de limpeza,
localizado na cabeceira do coletor, e substitui o poço de visita no início dos coletores.
• Caixa de passagem (CP): câmera sem acesso localizada em curvas, mudanças de
declividade, mudanças de material e diâmetro. Permite a passagem de equipamento de
limpeza a jusante. Para uma única caixa, o ângulo de mudança de direção deverá ser menor
que 45°, e para mais de duas a somatória das caixas em relação ao plano horizontal a partir
do PV ou TIL não deve ser maior que 45°. A caixa só pode ser executada se a declividade
de montante for maior ou igual a 0,007m/m para diâm.=150mm e 0,005 m/m para
diâm.=200mm 9com exceção dos pontos de cabeceira).
As caixas de passagem podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção
e declividade, quando as deflexões coincidem as dessas peças.
• Tubos de Inspeção e Limpeza (TIL): dispositivo não visitável que permite inspeção e
introdução de equipamentos de limpeza. Pode substituir o PV na reunião de coletores (até
3 entradas e 1 saída), nos pontos com degrau inferior a 60cm, a jusante de ligações prediais
cujas contribuições podem acarretar problemas de manutenção, e em profundidades de até
3m.
• Poço de visita (PV): câmara que permite o acesso de pessoas e equipamentos para
manutenção. Obrigatórios na reunião de coletores com mais de 3 entradas, na reunião de
coletores quando há necessidade de tubo de queda, nas extremidades de sifões invertidos
e passagens forçadas, profundidades maiores que 3m, e diâmetros de tubos igual ou
superior a 400mm.
• Degrau: usado quando o coletor chega ao PV com diferença de cota inferior a 60cm (o
coletor afluente lança o esgoto diretamente no PV). Para desníveis menores ou iguais a
20cm, pode ser eliminado o degrau afundando-se o coletor.
• Tubo de queda: instalado no PV, ligando um coletor afluente em cota mais alta ao fundo do
poço. Colocado quando o coletor tiver degrau igual ou maior que 60cm para evitar respingos
que prejudiquem o trabalho no poço (não se deve colocar tubos de queda em TIL).
• Distância entre singularidades: o espaçamento entre PV, TIL e TL consecutivos deve ser
limitado pelo alcance dos equipamentos de desobstrução (normalmente adota-se 100m).

→ Tipos de traçado de rede:


• Perpendicular: em cidades atravessadas ou circundadas por cursos de água, possui vários
coletores troncos independentes, com traçado mais ou menos perpendicular ao curso de
água.
• Leque: próprio a terrenos acidentados, com coletores troncos pelos fundos dos vales ou
pela parte baixa das bacias, e nele incidem coletores secundários em forma de leque ou
espinha de peixe.
• Radial: característico de cidades planas, a qual é dividida em setores independentes com
pontos mais baixos, para onde são dirigidos os esgotos.

→ Traçado
• O início da canalização sempre se inicia com uma ponta seca no terminal de limpeza.
Figura A: pontos altos do relevo.

Figura C:pontos baixos do relevo.

Rede dupla: vias com tráfego intenso; vias com largura entre os alinhamentos dos lotes igual
ou maior que 14m para ruas asfaltadas, ou 18m para vias de terra; vias com interferências que
impossibilitem o assentamento do coletor no leito carroçável.

Rede simples: quando não ocorrer nenhum dos casos acima. Lançados no eixo ou no 1/3 do
leito carroçável (quando existir soleiras negativas).

Os condutores, quando assentados nos passeios, deverão ficar em torno de 2 a 2,5m de


profundidade; No leito carroçável e nos terços, deverão ter profundidades máximas de 3 a 4m.
A profundidade mínima no passeio é de 0,65m e na via é de 0,90m.

VAZÕES DE ESGOTOS
→ Esgoto sanitário:
• Esgoto doméstico: depende da população da área de projeto, contribuição per capita,
coeficiente de retorno esgoto/água, coeficientes de variação de vazão.
- Métodos para o estudo demográfico:
a) Método dos componentes demográficos:
𝑃 = 𝑃0 + (𝑁 − 𝑀) + (𝐼 − 𝐸)
Onde:
P: população na data t;
P0: população na data inicial t0;
N: nascimentos no período t- t0;
M: óbitos;
I: imigrantes no período;
E: emigrantes no período;
N-M: crescimento vegetativo no período;
I-E: crescimento social no período.

b) Método matemático:
𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎(𝑡 − 𝑡2)
Onde:
P1: população do penúltimo censo;
Ka: constante;
t: ano da projeção;
t2: ano do último censo.

- Contribuição efetiva per capita: não inclui as perdas de água.


A contribuição per capita de esgoto é o consumo de água efetivo per capita multiplicado
pelo coeficiente de retorno.
Consumo de água micromedido por economia: l/economia x dia;
Consumo de água micromedido per capita: l/hab x dia.

- Coeficiente de retorno: relação Esgoto/Água.


É a relação entre o volume de esgotos recebido na rede coletora e o volume de água
efetivamente fornecido à população. Do total de água consumida, somente uma parcela
retorna ao esgoto. Assim, o coeficiente de retorno depende da localização e tipo de
residência, condição de arruamento das ruas, tipo de clima, etc.
O coeficiente situa-se entre 0,5 a 0,9, dependendo das condições locais (em áreas com
muitos jardins, os valores são menores).

- Coeficientes de variação de vazão:


K1: coeficiente de máxima vazão diária – é a relação entre a maior vazão diária verificada
no ano e a vazão média diária anual;
K2: coeficiente de máxima vazão horária – é a relação entre a maior vazão observada num
dia e a vazão média horária do mesmo dia;
K3: coeficiente de mínima vazão horária – é a relação entre a vazão mínima e a vazão
média anual.

• Infiltrações:
As águas de infiltração são águas subterrâneas originárias do subsolo, quando os
sistemas de coleta e afastamento estão construídos abaixo do nível do lençol freático, sendo
que este nível pode ser alto naturalmente ou devido às chuvas excessivas.
As águas do subsolo penetram no sistema através das juntas das tubulações, das
paredes, ou das estruturas dos poços de visita, TIL, TL CP, estações elevatórias etc.
Quanto as contribuições de águas pluviais, devem ser consideradas apenas para o
dimensionamento dos extravasores dos interceptores, e não deveriam chegar aos coletores
do sistema separador absoluto. Porém, sempre chegam, devido aos defeitos das
instalações e ligações clandestinas.

• Despejos industriais:
O esgotamento dos efluentes industriais deve ser feito, sempre que possível, pela rede
pública. Não é permitido o lançamento in natura na rede de esgotos se: forem nocivos a
saúde ou prejudiciais a segurança dos trabalhos da rede; interferir em qualquer sistema de
tratamento; obstruir tubulações e equipamentos; atacar as tubulações; possuir
temperaturas acima de 45°C.
A vazão máxima não deverá ser superior a 1,5 vezes a vazão média diária.

PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO

→ Custo:
1°: Escoramento de valas; 3°: Escavação de valas; 5°: Reposição de pavimentos.
2°: Poços de visita; 4°: Reaterro de valas;

→ Cálculo das vazões de dimensionamento:


• Quando não existem medições de vazão utilizáveis no projeto:
- Para início de plano:

- Para final de plano:


Para cálculo da vazão média inicial, pode-se utilizar qualquer uma das fórmulas abaixo:

Para cálculo da vazão média final, pode-se utilizar qualquer uma das fórmulas abaixo:

A contribuição singular ou vazão concentrada provém de industrias, hospitais, escolas,


etc., e também de áreas de expansão previstas em projeto.

• Quando existirem hidrogramas utilizáveis no projeto:

❖ EXEMPLO 1: Calcular as vazões máxima e mínima para a cidade B, om população de 20000


habitantes, conhecendo-se o hidrograma medido da cidade A que tem 5000 habitantes,
admitindo que as duas possuem características semelhantes.
• Processo das áreas edificadas:
- Para bacias de ocupação predominantemente residencial:

- Para bacias de ocupação predominantemente industrial ou comercial:

→ Determinação das taxas de contribuição:


São normalmente referidas à unidade de comprimento dos coletores (m, km), ou a
unidade de área esgotada (ha). Para cada área de ocupação homogênea deve ser definida
uma determinada taxa.
Para a determinação da taxa, é necessário considerar as contribuições de esgoto
doméstico e as águas de infiltração. Se na área existirem contribuições significativas como
industrias, escolas etc., não devem ser consideradas no cálculo das taxas, e sim acrescentadas
as vazões calculadas no início do trecho da rede.
• Para rede simples:
o Por unidade de comprimento:
- Para início do plano – Txi (l/s.m ou l/s.km):

- Para final do plano – Txf (l/s.m ou l/s.km):

o Por unidade de área:

- Para início do plano – Tai (l/s.ha):

- Para final do plano – Tai (l/s.ha):

• Para rede dupla:


- Para início do plano – Txi (l/s.m ou l/s.km):

- Para final do plano – Txi (l/s.m ou l/s.km):

• Para rede simples e dupla na mesma área de contribuição:


o Cálculo do comprimento virtual da rede:
o Taxa de contribuição linear para rede simples:
- Para início do plano – Txis (l/s.m ou l/s.km):

- Para final do plano – Txdf (l/s.m ou l/s.km):

o Taxa de contribuição linear para rede dupla:


- Para início do plano – Txid (l/s.m ou l/s.km):

- Para final do plano – Txfd (l/s.m ou l/s.km):

❖ EXEMPLO 1: Calcular as taxas de contribuição linear para a rede coletora de esgoto da figura,
considerando os seguintes dados:
→ Determinação das vazões de dimensionamento de cada trecho: deve-se somar as
contribuições que chegam a montante do trecho com a contribuição do trecho em questão. A
contribuição do trecho é calculada multiplicando-se a taxa de contribuição linear pelo
comprimento do trecho.

HIDRÁULICA DOS COLETORES DE ESGOTO

→ Equações gerais:
O escoamento do esgoto em um conduto é considerado regime permanente e uniforme.
• Equação de energia (Bernoulli):

Para regime permanente uniforme tem-se V1=V2 e Y1=Y2.

• Equação da continuidade:
Q=V.A

→ Equações de perda de carga:


• Para condutos livres:

- Fórmula Universal:

ou
• Perdas de carga localizadas:

→ Tensão trativa e autolimpeza dos coletores:


A tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede do
conduto pelo líquido em escoamento, ou seja, é a componente tangencial do peso do líquido
sobre a unidade de área da parede do coletor, que atua sobre o material sedimentado,
provocando seu arraste.
- Peso do líquido (F) no comprimento L:

- Componente tangencial (T):

Assim, tem-se que a tensão trativa (σ) é dada por:

Y = altura da lâmina d’água.

D = diâmetro.

A máxima tensão trativa ocorre próximo a


geratriz inferior, enquanto a mínima ocorre
próximo a superfície da água. Essa variação tende a ser menos pronunciada quanto maior for a
relação Y/D.

As partículas sólidas são normalmente depositadas nas tubulações de esgoto nas horas de
menor contribuição.

Tensão trativa crítica (deve ser maior que 1,0 Pa): tensão mínima necessária para o início do
movimento das partículas depositadas nas tubulações, e depende do peso específico da partícula e
do líquido, da dimensão das partículas, e da viscosidade do líquido. Quanto maior a tensão trativa,
menor a produção de sulfetos (menor formação de limo).

→ Determinação das declividades mínimas dos coletores de esgoto (considerando tensão trativa
de 1,0 Pa):

´ Para redes de esgoto é usual adotar n=0,013.

→ Velocidade crítica e arraste do ar para o líquido:


Dependendo da turbulência do escoamento poderá haver entrada de bolhas de ar na
superfície do líquido (principalmente em maiores declividades), aumentando a altura da lâmina
d’água, sendo necessária a verificação se a tubulação ainda atua como conduto livre. Caso
contrário, a alta pressão pode destruir a tubulação.
Assim, quando a velocidade final (Vf) for superior a velocidade crítica (Vc), a maior lâmina
admissível deve ser de 50% do diâmetro do coletor.
- Fórmula velocidade crítica:

O arraste de ar é basicamente um jogo de forças entre as tensões turbulentas na


superfície e a forças de tensão superficial. Então pode-se dizer que a concentração de ar (C) é
uma função da viscosidade (v), da velocidade de escoamento (V), da altura da lâmina d’água
(Y), da largura da superfície livre (B), da tensão superficial (σ), do diâmetro do tubo (d), da
rugosidade (K) e da inclinação do tubo (I).
Número de Boussinesq:
Mistura água-ar inicia-se quando B=6,0.
Melhor relação funcional entre os parâmetros apresentados acima se dá por:

- Início do escoamento aerado:


Tendo que a mistura água-ar se inicia quando B=6, temos que a velocidade crítica é
dada pela fórmula abaixo: (a entrada de ar se inicia quando a velocidade de escoamento é igual
a velocidade crítica).

- Escoamento aerado:
Se dá quando B>6,0 (a velocidade de escoamento é maior que a velocidade crítica):

Concentração média de ar: Velocidade média da mistura:

Relação entre a seção molhada da mistura e da água pura:

*Equação válida para C < 0,4

Existindo a mistura água-ar, haverá um aumento na área da seção transversal do escoamento


devido a diminuição da velocidade (Vm<V), e a diminuição da massa específica da mistura (que resulta
no aumento da vazão total).
o Para uma mesma relação Y/D, quanto maior o diâmetro, menor será a declividade para o início
do arraste de ar e maior será a declividade crítica.
o Para um mesmo diâmetro, quanto maior a relação Y/D, menor será a declividade para o início
do arraste de ar e maior será a declividade crítica.
o A simples adoção de Y=0,5D não garante o escoamento livre de modo absoluto.
o O início do arraste de ar ocorre tanto para velocidades maiores como para velocidades menores
(≈1,5 m/s).
o Ocorrendo a mistura água/ar, a capacidade de transporte da tubulação não sofre aumentos
significativos com o aumento da declividade.
o Deverá ser assegurada a ventilação do trecho aerado através de dutos de ventilação para evitar
os transitórios hidráulicos.

DIMENSIONAMENTO DA REDE
1. Regime hidráulico de escoamento:
As redes coletoras são projetadas para funcionar como conduto livre em regime
permanente e uniforme, de modo que a declividade da linha de energia equivale à declividade
da tubulação e é igual à perda de carga unitária.

2. Vazão mínima:
A norma recomenda que em qualquer trecho, o menor valor de vazão deve ser de 1,5
l/s, correspondente ao pico instantâneo de vazão decorrente da descarga do vaso sanitário.
Sempre que a vazão de jusante do trecho for inferior a 1,5 l/s, deve-se utilizar 1,5 l/s.

3. Diâmetro mínimo:
A norma admite o diâmetro mínimo de 100 mm, porém em São Paulo admite-se 150mm
como mínimo, por isso deve-se analisar as condições locais.

4. Declividade mínima:
A declividade deve resultar em uma tensão trativa de no mínimo 1,0Pa, para a
autolimpeza da tubulação. A mesma é determinada pela seguinte fórmula:

5. Declividade máxima:
A declividade máxima deve ser aquela que resulte em uma velocidade na tubulação igual
a 5,0 m/s, para a vazão final de plano, e é dada pela fórmula:

6. Lâmina d’água máxima: igual ou inferior a 75% do diâmetro da tubulação (a parte superior da
tubulação é utilizada para ventilação e as imprevisões do sistema; se a velocidade final for
maior que a velocidade crítica (Vf > Vc), reduz-se a 50% (neste caso geralmente aumenta-se o
diâmetro). A fórmula de Y/D=0,75:

7. Lâmina d’água mínima: não é limitada, só deve cumprir a tensão trativa de 1,0Pa.
8. Velocidade crítica:

9. Condições de controle de remanso: sempre que a cota do nível de água na saída de qualquer
PV ou TIL ficar acima de qualquer das cotas dos níveis de água de entrada, deve ser verificada
a influência do remanso no trecho de montante. Nos projetos geralmente o diâmetro do coletor
de jusante é maior que o de montante, por isso faz-se coincidir a geratriz superior dos tubos.
Para profundidades superiores à mínima, é coincidido os níveis de água de montante e
jusante, em PV e TIL. Quando se tem mais de um coletor afluente, o nível de água da jusante
deverá coincidir com o nível de água mais baixo dentre aqueles de montante.

MATERIAIS DAS TUBULAÇÕES


• Tubos cerâmicos: possuem alta resistência a meios ácidos e a corrosão, não sendo atacado
pelo ácido sulfúrico, porém é frágil e tem grande facilidade de quebra.
- junta de argamassa de cimento e areia (rígida): pouco utilizada devido aos cuidados
especiais para sua execução, possibilidade de agressão por esgotos e pode permitir a
penetração de raízes.
- junta composta de betume (semi-rigída): introduz-se o betume quente na junta após o
estopeamento. Muito utilizada ainda em tubos cerâmicos.
- junta elástica: utiliza o anel de borracha toroidal, colocada entre a bolsa e a ponta de um
tubo ou conexão cerâmica.

• Tubo de concreto: tem sido utilizado para tubulações com diâmetros iguais ou maiores que
400mm, principalmente para coletores-tronco, interceptores e emissários. Podem ser
utilizados tubos de concreto simples ou armado.

• Tubo de plástico:

- Tubo de PVC: destinados a rede coletora e ramais prediais enterrados, cuja temperatura
do fluído não exceda 40°C. Altamente resistentes à corrosão e são utilizados em redes
coletoras na mesma faixa de utilização dos cerâmicos.
- Tubo de polietileno de alta densidade: utilizado em ligações prediais de água e em
emissários submarinos de esgoto.

• Tubos de ferro fundido: muito utilizados em linhas de recalque de elevatórias. Sensívis a


corrosão pelos esgotos ácidos e solos ácidos.
• Tubos de fibrocimento: não são mais fabricados no Brasil.
• Tubos de aço: casos em que ocorrem esforços elevados sobre a linha (é uma tubulação
com peso baixo, estanqueidade absoluta e com grande resistência a pressões de ruptura).

LIGAÇÕES PREDIAIS
Canalização que, partindo do coletor, alcança o alinhamento da rua. A partir desse ponto
inicia-se a instalação predial, já portanto dentro dos limites da propriedade.

→ Sistemas de ligações: depende da posição da rede coletora na via pública, da sua


profundidade, do tipo de terreno, do tipo de pavimentação, da época de execução da rede em
relação a ocupação dos lotes.
• Sistema ortogonal:

- Ligação simples: ocorre quando, para derivação do tê de ligação ou da sela, é encaminhado


um único ramal predial, cujo é instalado perpendicularmente a propriedade.
- Ligações múltiplas: ocorre quando, por um único ramal predial, são esgotados dois ou mais
prédios, através dos seus respectivos ramais internos e sub-ramais. São utilizados quando a
rede coletora está no leito carroçável, a testada dos lotes não é conhecida, ou para evitar novos
danos no pavimento.

• Sistema radial – ligações múltiplas: ocorre quando, para a derivação vertical do tê de ligaçõ
ou sela, são encaminhados dois ou mais ramais prediais, devido:
- os tês de ligação já foram deixados em pontos pré-determinados, durante a execução da
rede coletora, guardando uma distância pré-determinada entre si;
- não foi deixado o tê de ligação onde era necessário e/ou existia impedimento para a
colocação de uma sela.
→ Dimensionamento da ligação predial: devem ser assentados obedecendo a declividade mínima
para cada diâmetro.
⌀100mm: 2% ou 0,02m/m
⌀150mm: 0,7% ou 0,007m/m
⌀200mm: 0,5% ou 0,005m/m

O diâmetro deve ser determinado em função da vazão máxima instantânea de descarga


do prédio. Como a vazão para um determinado diâmetro varia com a declividade, a escolha do
diâmetro adequado pode ser obtido por tabelas.

- Profundidade mínima do coletor público para atender a ligação predial:

O valor de “a” varia de acordo com o ângulo utilizado para conexão do ramal com o
coletor público e os seus diâmetros.
❖ EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA REDE COLETORA:

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