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→ Tipos:
• Unitário: águas residuárias (domésticas e industriais), águas de infiltração (água do subsolo
que penetra no sistema), e água pluviais vão por um único sistema. Mais oneroso (grandes
dimensões de condutores), execução difícil e demorada.
• Separador parcial: parte da água pluvial + águas residuárias + águas de infiltração.
• Separador absoluto: cada água corre por um sistema independente. Utilizado no Brasil
(menor custo, maior flexibilidade de execução por etapas, não obriga pavimentação das vias
públicas).
→ Traçado
• O início da canalização sempre se inicia com uma ponta seca no terminal de limpeza.
Figura A: pontos altos do relevo.
Rede dupla: vias com tráfego intenso; vias com largura entre os alinhamentos dos lotes igual
ou maior que 14m para ruas asfaltadas, ou 18m para vias de terra; vias com interferências que
impossibilitem o assentamento do coletor no leito carroçável.
Rede simples: quando não ocorrer nenhum dos casos acima. Lançados no eixo ou no 1/3 do
leito carroçável (quando existir soleiras negativas).
VAZÕES DE ESGOTOS
→ Esgoto sanitário:
• Esgoto doméstico: depende da população da área de projeto, contribuição per capita,
coeficiente de retorno esgoto/água, coeficientes de variação de vazão.
- Métodos para o estudo demográfico:
a) Método dos componentes demográficos:
𝑃 = 𝑃0 + (𝑁 − 𝑀) + (𝐼 − 𝐸)
Onde:
P: população na data t;
P0: população na data inicial t0;
N: nascimentos no período t- t0;
M: óbitos;
I: imigrantes no período;
E: emigrantes no período;
N-M: crescimento vegetativo no período;
I-E: crescimento social no período.
b) Método matemático:
𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎(𝑡 − 𝑡2)
Onde:
P1: população do penúltimo censo;
Ka: constante;
t: ano da projeção;
t2: ano do último censo.
• Infiltrações:
As águas de infiltração são águas subterrâneas originárias do subsolo, quando os
sistemas de coleta e afastamento estão construídos abaixo do nível do lençol freático, sendo
que este nível pode ser alto naturalmente ou devido às chuvas excessivas.
As águas do subsolo penetram no sistema através das juntas das tubulações, das
paredes, ou das estruturas dos poços de visita, TIL, TL CP, estações elevatórias etc.
Quanto as contribuições de águas pluviais, devem ser consideradas apenas para o
dimensionamento dos extravasores dos interceptores, e não deveriam chegar aos coletores
do sistema separador absoluto. Porém, sempre chegam, devido aos defeitos das
instalações e ligações clandestinas.
• Despejos industriais:
O esgotamento dos efluentes industriais deve ser feito, sempre que possível, pela rede
pública. Não é permitido o lançamento in natura na rede de esgotos se: forem nocivos a
saúde ou prejudiciais a segurança dos trabalhos da rede; interferir em qualquer sistema de
tratamento; obstruir tubulações e equipamentos; atacar as tubulações; possuir
temperaturas acima de 45°C.
A vazão máxima não deverá ser superior a 1,5 vezes a vazão média diária.
→ Custo:
1°: Escoramento de valas; 3°: Escavação de valas; 5°: Reposição de pavimentos.
2°: Poços de visita; 4°: Reaterro de valas;
Para cálculo da vazão média final, pode-se utilizar qualquer uma das fórmulas abaixo:
❖ EXEMPLO 1: Calcular as taxas de contribuição linear para a rede coletora de esgoto da figura,
considerando os seguintes dados:
→ Determinação das vazões de dimensionamento de cada trecho: deve-se somar as
contribuições que chegam a montante do trecho com a contribuição do trecho em questão. A
contribuição do trecho é calculada multiplicando-se a taxa de contribuição linear pelo
comprimento do trecho.
→ Equações gerais:
O escoamento do esgoto em um conduto é considerado regime permanente e uniforme.
• Equação de energia (Bernoulli):
• Equação da continuidade:
Q=V.A
- Fórmula Universal:
ou
• Perdas de carga localizadas:
D = diâmetro.
As partículas sólidas são normalmente depositadas nas tubulações de esgoto nas horas de
menor contribuição.
Tensão trativa crítica (deve ser maior que 1,0 Pa): tensão mínima necessária para o início do
movimento das partículas depositadas nas tubulações, e depende do peso específico da partícula e
do líquido, da dimensão das partículas, e da viscosidade do líquido. Quanto maior a tensão trativa,
menor a produção de sulfetos (menor formação de limo).
→ Determinação das declividades mínimas dos coletores de esgoto (considerando tensão trativa
de 1,0 Pa):
- Escoamento aerado:
Se dá quando B>6,0 (a velocidade de escoamento é maior que a velocidade crítica):
DIMENSIONAMENTO DA REDE
1. Regime hidráulico de escoamento:
As redes coletoras são projetadas para funcionar como conduto livre em regime
permanente e uniforme, de modo que a declividade da linha de energia equivale à declividade
da tubulação e é igual à perda de carga unitária.
2. Vazão mínima:
A norma recomenda que em qualquer trecho, o menor valor de vazão deve ser de 1,5
l/s, correspondente ao pico instantâneo de vazão decorrente da descarga do vaso sanitário.
Sempre que a vazão de jusante do trecho for inferior a 1,5 l/s, deve-se utilizar 1,5 l/s.
3. Diâmetro mínimo:
A norma admite o diâmetro mínimo de 100 mm, porém em São Paulo admite-se 150mm
como mínimo, por isso deve-se analisar as condições locais.
4. Declividade mínima:
A declividade deve resultar em uma tensão trativa de no mínimo 1,0Pa, para a
autolimpeza da tubulação. A mesma é determinada pela seguinte fórmula:
5. Declividade máxima:
A declividade máxima deve ser aquela que resulte em uma velocidade na tubulação igual
a 5,0 m/s, para a vazão final de plano, e é dada pela fórmula:
6. Lâmina d’água máxima: igual ou inferior a 75% do diâmetro da tubulação (a parte superior da
tubulação é utilizada para ventilação e as imprevisões do sistema; se a velocidade final for
maior que a velocidade crítica (Vf > Vc), reduz-se a 50% (neste caso geralmente aumenta-se o
diâmetro). A fórmula de Y/D=0,75:
7. Lâmina d’água mínima: não é limitada, só deve cumprir a tensão trativa de 1,0Pa.
8. Velocidade crítica:
9. Condições de controle de remanso: sempre que a cota do nível de água na saída de qualquer
PV ou TIL ficar acima de qualquer das cotas dos níveis de água de entrada, deve ser verificada
a influência do remanso no trecho de montante. Nos projetos geralmente o diâmetro do coletor
de jusante é maior que o de montante, por isso faz-se coincidir a geratriz superior dos tubos.
Para profundidades superiores à mínima, é coincidido os níveis de água de montante e
jusante, em PV e TIL. Quando se tem mais de um coletor afluente, o nível de água da jusante
deverá coincidir com o nível de água mais baixo dentre aqueles de montante.
• Tubo de concreto: tem sido utilizado para tubulações com diâmetros iguais ou maiores que
400mm, principalmente para coletores-tronco, interceptores e emissários. Podem ser
utilizados tubos de concreto simples ou armado.
• Tubo de plástico:
- Tubo de PVC: destinados a rede coletora e ramais prediais enterrados, cuja temperatura
do fluído não exceda 40°C. Altamente resistentes à corrosão e são utilizados em redes
coletoras na mesma faixa de utilização dos cerâmicos.
- Tubo de polietileno de alta densidade: utilizado em ligações prediais de água e em
emissários submarinos de esgoto.
LIGAÇÕES PREDIAIS
Canalização que, partindo do coletor, alcança o alinhamento da rua. A partir desse ponto
inicia-se a instalação predial, já portanto dentro dos limites da propriedade.
• Sistema radial – ligações múltiplas: ocorre quando, para a derivação vertical do tê de ligaçõ
ou sela, são encaminhados dois ou mais ramais prediais, devido:
- os tês de ligação já foram deixados em pontos pré-determinados, durante a execução da
rede coletora, guardando uma distância pré-determinada entre si;
- não foi deixado o tê de ligação onde era necessário e/ou existia impedimento para a
colocação de uma sela.
→ Dimensionamento da ligação predial: devem ser assentados obedecendo a declividade mínima
para cada diâmetro.
⌀100mm: 2% ou 0,02m/m
⌀150mm: 0,7% ou 0,007m/m
⌀200mm: 0,5% ou 0,005m/m
O valor de “a” varia de acordo com o ângulo utilizado para conexão do ramal com o
coletor público e os seus diâmetros.
❖ EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA REDE COLETORA: