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SANEAMENTO BÁSICO E AMBIENTAL

Prof. Francisco Lorenzini Neto


ESGOTO SANITÁRIO E-mail: francisconeto@ifsul.edu.br

R EDE CO LETO R A
HISTÓRICO
• Idade antiga – sistemas primitivos de esgotamento sanitário

Cloaca Maxima em Roma – 600 A.C.


HISTÓRICO
• Idade antiga – sistemas primitivos de esgotamento sanitário

Latrinas públicas em Roma – Século 2 A.C.


HISTÓRICO
• Idade média – estagnação

Excrementos eram lançados nas ruas. Peste negra – dizimou cerca de um terço da população
europeia entre os anos de 1346 e 1353.
HISTÓRICO
• Idade moderna e contemporânea
• 1778 – Patente do vaso sanitário – Joseph Bramah;
• 1847 – Sistema de esgotamento com transporte hídrico:
• na Europa foi autorizado o lançamento das águas servidas nas
galerias de drenagem de água pluvial – sistema unitário;
epidemia de cólera;
• 1879 – Eng. George Waring Jr. concebeu o sistema George Waring Jr.
separador absoluto em Memphis – EUA.
HISTÓRICO
• Idade moderna e contemporânea

Coletor em Osaka – 1573. Coletor em Tóquio – 1884.


REDE COLETORA DE ESGOTO

Custo de implementação de um sistema


de esgotamento sanitário:

Coletores secundários: 75%


Coletores tronco: 10%
Estações elevatórias: 1%
Estações de tratamento: 14%
Fonte: Adaptado de Sabesp.
REDE COLETORA DE ESGOTO

Sistema de
Coletor Coletor
esgoto Interceptor Emissário
secundário tronco
predial

Rede coletora

• Acessórios: Terminal de Limpeza (TL), Tubo de Inspeção e


Limpeza (TIL) e Poço de Visita (PV).
LIGAÇÃO PREDIAL

Sistema de
Coletor
esgoto
secundário
predial
LIGAÇÃO PREDIAL

• Rede

Sistema Ortogonal – ligação simples Sistema Radial – ligações múltiplas


LIGAÇÃO PREDIAL Inspeção no passeio

Inspeção no passeio
Vedação

Tê inspeção ou junção inspeção

Tê ou junções superpostos Tê inspeção ou junção inspeção

Curva de 90° ou 45°

Rede coletora
Tê de ligação ou sela Sistema Radial – ligações múltiplas
LIGAÇÃO PREDIAL

Ligação no eixo

Ligação no passeio adjacente

Ligação no terço adjacente


ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

• NBR 9649/1986 e NBR 14486/2000* apresentam e definem


algumas características construtivas de alguns órgãos acessórios.
• Comumente utilizados em redes coletoras: Terminal de Limpeza
(TL), Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL) e Poço de Visita (PV).
• O espaçamento entre PVs, TILs ou TLs consecutivos deve ser
limitado pelo alcance dos equipamentos de desobstrução –
normalmente adota-se a distância de 100 m.

*Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário


- Projeto de redes coletoras com tubos de PVC.
POÇO DE VISITA (PV)

• Câmara visitável através de abertura em sua parte superior.


• Objetivo: manutenção da rede coletora.
• Devem ser construídos em todos os pontos singulares:
• início de coletores (em alguns casos tem-se utilizado TL);
• mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material;
• reunião de coletores;
• em degraus.
POÇO DE VISITA (PV)

PV em alvenaria com tubo de queda. PV em aduela de concreto. Se h > 2,5 m, executar chaminé.
POÇO DE VISITA (PV)

PV em tubo de concreto. PV em polietileno.


TERMINAL DE LIMPEZA (TL)

• É um dispositivo que permite a introdução de equipamentos de


limpeza, localizado na cabeceira de qualquer coletor.

TL de peças cerâmicas. TL em PVC.


TUBO DE INSPEÇÃO E LIMPEZA (TIL)

• É um dispositivo não visitável, permite inspeção e introdução de


equipamentos de limpeza.
• Podem substituir os PVs em alguns casos:
• na reunião de até dois trechos de coletor;
• nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m;
• a jusante de ligações prediais, cujas contribuições podem ocasionar
problemas de manutenção como em postos de gasolina, hotéis, hospitais...

Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho (1999).


TUBO DE INSPEÇÃO E LIMPEZA (TIL)

TIL em aduela de concreto. TIL em alvenaria. TIL em PVC.


TUBO DE INSPEÇÃO E LIMPEZA (TIL)

TIL radial em PVC.


TIPO DE TRAÇADO

Coletor Coletor
secundário tronco

Rede coletora

Perpendicular Leque Distrital e Radial

Depende da topografia, uma vez que o escoamento ocorre segundo a declividade do terreno.
TIPO DE TRAÇADO

Característico de cidades
Perpendicular atravessadas ou circundadas
por cursos d’água.

Coletores tronco independentes e perpendiculares ao curso d’água, com ou sem interceptor.


TIPO DE TRAÇADO

O coletor tronco corre pelo fundo


Leque dos vales e nele incidem os
coletores secundários.

Para terrenos acidentados.


TIPO DE TRAÇADO

Em cada setor independente, criam-se


pontos baixos para onde são direcionados os
Distrital e Radial esgotos, sendo então recalcados para o setor
adjacente ou encaminhado ao destino final.

Necessita recalque, como em cidades planas (ex.: cidades litorâneas).


TIPO DE TRAÇADO X ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

Pontos altos. Pontos baixos. Encostas.

Início de uma canalização: ponta seca no TL.


TIPO DE TRAÇADO X ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

• Traçados dependem:
• da disposição das canaletas de fundo dos órgãos acessórios;
• da topografia.
LOCALIZAÇÃO DOS COLETORES NA VIA PÚBLICA

• No eixo do leito carroçável:


• de modo geral, quando o diâmetro do coletor é de até 300 mm, e não há
galerias de águas pluviais.
• A 1/3 da largura entre o eixo e o meio-fio:
• quando há ou está prevista galeria de águas pluviais, o coletor é assentado
lateralmente.
LOCALIZAÇÃO DOS COLETORES NA VIA PÚBLICA

Localização da rede coletora na via pública. Seção transversal com a localização do coletor.
LOCALIZAÇÃO DOS COLETORES NA VIA PÚBLICA

• Em alguns casos, é interessante a implantação de rede dupla:


• ruas com largura > 15 m;
• ruas com tráfego intenso;
• quando existirem galerias de águas pluviais que impeçam ligações prediais;
• quando coletores possuírem grandes diâmetros (> 400 mm).
LOCALIZAÇÃO DOS COLETORES NA VIA PÚBLICA

• Rede simples: sob a via de tráfego;


• Rede dupla: uma tubulação sob cada passeio.
LOCALIZAÇÃO DOS COLETORES NA VIA PÚBLICA

• Rede dupla
FATORES QUE INTERFEREM NO TRAÇADO

• Conhecimento prévio das interferências;

• Aproveitamento canalizações existentes – depende de cadastro;

• Planos diretores de urbanização – estabelecem, geralmente,


densidades demográficas, o sistema viário principal e zonas de
expansão da malha urbana;
FATORES QUE INTERFEREM NO TRAÇADO

• Profundidade dos coletores – função da facilidade de escavação.


No passeio, recomenda-se que varie de 0,65 a 2,0 m; no leito
carroçável, entre 0,90 e 3,0 m;

• Soleira das edificações – a NBR 9649/1986 menciona que a rede


não deve ser aprofundada (para atender edificações com cota de
soleira abaixo do nível da rua). Entretanto, deve-se analisar
técnica e economicamente a possibilidade.
FATORES QUE INTERFEREM NO TRAÇADO

• Profundidade mínima – projetada para atender as condições


mínimas de recobrimento – para proteção e permitir que a
ligação seja realizada de forma adequada:

𝑝 = 𝑎 + 𝑖. 𝐿 + ℎ + 0,50

• p é a profundidade da geratriz inferior do coletor público (m);


a é a distância entre a geratriz inferior interna do coletor
público até a geratriz inferior interna do ramal predial (m); i é
a declividade do ramal predial (m/m); L é a distância entre o
coletor público e a caixa de inspeção (m); h é o desnível entre
o leito da via pública onde passa o coletor público e o
compartimento a ser esgotado (m).
OUTRAS OBSERVAÇÕES

• Distâncias entre tubulações de água e esgoto:


• para valas no leito carroçável – distância horizontal mínima de 1,0 m entre
as tubulações de água e esgoto; tubulação de água deve ficar, no mínimo,
0,20 m acima da tubulação de esgoto;
• para valas nos passeios – distância horizontal mínima de 0,60 m entre as
tubulações de água e esgoto; tubulação de água deve ficar, no mínimo,
0,20 m acima da tubulação de esgoto; eixo das tubulações de esgoto deve
ficar distante, no mínimo, 0,80 m do alinhamento dos lotes.

NBR 12266/1992: Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou
drenagem urbana - Procedimento
SISTEMAS ALTERNATIVOS PARA COLETA E
TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO

Sistema Rede
Rede à vácuo
condominial pressurizada
SISTEMAS ALTERNATIVOS PARA COLETA E
TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO

Sistema
convencional

Sistema
condominial
SISTEMAS ALTERNATIVOS PARA COLETA E
TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO

Rede
pressurizada
SISTEMAS ALTERNATIVOS PARA COLETA E
TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO

Rede à vácuo
DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

Sewer Jet (hidrojateamento).


DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

Equipamento à vácuo. Equipamento combinado (hidrojateamento e vácuo).


DESOBSTRUÇÃO DE REDE COLETORA

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