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MARABÁ-PA
2019
RESUMO
With population growth, and increasing dependence on energy use, especially electricity in
several sectors today, and knowing that in most of the world the main source of energy comes
from nonrenewable resources, which in addition to contributing to pollution of the
environment, we are sure that it will one day run out. New ways of generating energy have
been applied in a large scale in several countries around the world, with the objective of
maintaining the quality of life of all, known as renewable energies. These suggested measures
are intended to induce the economic system to a "low carbon" economy, where matching
between economic needs and environmental constraints would be possible. There are
currently several sources of renewable energy, but for the present work, will be approached
that is coming forces of the seas. Studies related to alternative sources of energy have pointed
out that the exploitation of tidal energy has been gaining space and, therefore, representing an
increasingly significant share of the world energy matrix. The present work deals with an
analysis about the basic aspects of a tidal power plant for the generation of energy, and its
equipment used, as well as the materials that are applied for its performance, also shows the
main studies of this power source in Brazil, also showing the economic feasibility of tidal
power in the national and world scenario, and the analysis of energy losses, ie, how much
consumption and spending we have in Brazil.
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................6
2 OBJETIVOS...........................................................................................................................7
2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................7
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................7
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................8
3.1 ENERGIA GERADA POR MAREMOTRIZ.......................................................................8
3.1.1 Energia das Ondas...........................................................................................................8
3.1.2 Energia das Marés...........................................................................................................9
3.1.3 Energia das Correntes Marítimas................................................................................10
3.2 USINAS MAREMOTRIZES..............................................................................................12
3.2.1 Barragens........................................................................................................................12
3.2.2 Reservatório....................................................................................................................13
3.2.3 Comportas......................................................................................................................13
3.2.4 Componentes Eletromecânicos.....................................................................................13
3.2.4.1 Turbina Kaplan.............................................................................................................14
3.2.4.2 Turbinas Bulbo..............................................................................................................17
3.2.4.3 Turbina Straflo..............................................................................................................18
3.3 MATERIAIS PARA FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS. .19
3.3.1 Aços Inoxidável..............................................................................................................19
3.3.1.1 Aços Inoxidável 304 e 304L..........................................................................................20
3.3.1.2 Aços Inoxidáveis 316 e 316L........................................................................................21
3.4 PROJETOS DE APROVEITAMENTO DA ENERGIA MAREMOTRIZ NO BRASIL E
NO MUNDO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS................................................................23
3.4.1 Projeto La Rance – França...........................................................................................23
3.4.2 Projeto De Coluna De Água Circulante (Açores – Portugal).....................................24
3.4.3 Projeto Pelamis (Varzim – Portugal)...........................................................................26
3.4.4 Projeto Archimedes Wave Swing (Portugal)...............................................................27
3.4.5 Projeto Wave Dragon (Nissum Bredning - Dinamarca).............................................29
3.4.6 Projeto Brasileiro Do Porto De Pecém – Ceará..........................................................30
3.5 VIABILIDADE ECONÔMICA DA ENERGIA MAREMOTRIZ NO BRASIL..............34
3.6 ENERGIA MAREMOTRIZ NO BRASIL: ESTUDO DE CASOS...................................36
3.6.1 Estuário da Bacanga......................................................................................................36
3.6.2 Baía de Turiaçu..............................................................................................................36
4 CONCLUSÃO......................................................................................................................38
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................39
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1 INTRODUÇÃO
de costa, ressalta-se que grande parte da população brasileira vive próximo ao mar
(FLEMING, 2012). tornando-a ainda mais promissora.
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2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar um estudo detalhado a respeito
da fonte de energia renovável Maremotriz, mostrando como parte seu funcionamento e como
anda o desenvolvimento da mesma no Brasil e no Mundo.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A energia das ondas é constituída por módulos, onde cada módulo é constituído por
um flutuador, braço mecânico e uma bomba interligada a um sistema de água doce. A partir
do movimento das ondas, os flutuadores acabam oscilando em um movimento de subida e
descida, desta forma acionando braços as bombas hidráulicas, fazendo que a água doce do
circuito fechado, se movimente por um sistema de alta pressão (SILVA, 2018).
A água contida neste sistema pressurizado é redirecionada para ponto de escape onde é
expelida, com força aproximada de uma queda d`água de 500 metros, em direção a uma
turbina interligada a um gerador que converte energia do movimento em energia elétrica,
redirecionando para uma central de transmissão (COPPE, 2006). A Figura 1 traz visão
esquemática do funcionamento da planta de energia por movimento das ondas.
Segundo (SILVA, 2012) essas usinas, para aproveitar a diferença de nível entre as
marés alta e baixa, a água é represada, se valendo de um estuário ou entrada de uma baía,
muito semelhante com as barragens construídas para hidrelétricas. As marés criam um
desnível entre os lados da barragem suficiente para que turbinas sejam acionadas.
3.2.1 Barragens
A construção da barragem representa uns dos fatores mais relevantes em uma usina
maremotriz, principalmente por se relacionar de forma bastante significativa com os custos
totais de implantação da usina (NETO,2011).
O projeto da barragem em uma usina maremotriz deve prever uma série de condições
que são especificas pra este tipo de aproveitamento onde, de acordo com (CLARCK, 2007):
a) A barragem deve prever os efeitos das ondas que se chocam contra ela. Estes efeitos
podem ser bastantes severos devido à variação constante de pressão entre ambos os
lados;
b) A localização e o formato da barragem podem alterar os fenômenos de ressonância e
reflexão que ocorrem dentro de um estuário. Desta forma, é possível elevar ou
atenuar a amplitude da maré e, consequentemente, a energia produzida pela usina.
Portanto, este é um fator que deve ser analisado cuidadosamente.
14
3.2.2 Reservatório
3.2.3 Comportas
Os equipamentos destinados à conversão de energia são uma das principais parcelas que
compõem o custo total de uma usina maremotriz, podendo ser responsáveis por cerca de 45 a
55% destes custos (CLARCK, 2007)
Segundo (FERREIRA, 2007) em usinas maremotrizes, o equipamento eletromecânico é
muito semelhante aos utilizados em usinas hidrelétricas. Entretanto, as condições de operação
das usinas de maré, notadamente as baixas alturas de queda, as grandes vazões e a
intermitência do funcionamento, implicam no desenvolvimento e na adaptação de turbinas
hidráulicas.
O princípio da geração de energia elétrica a partir do aproveitamento das marés, não
difere fundamentalmente daquele utilizado nas usinas hidrelétricas, que exploram o potencial
de geração dos rios, ou seja, a diferença de energia potencial da água a montante de barragem
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em relação ao seu nível jusante promove o escoamento da água através das turbinas. A
rotação impressa nas turbinas proveniente da passagem de água por suas pás, move o gerador
elétrico, produzindo energia que é então distribuída na rede.
Os tipos de turbina mais comumente aplicados às usinas maremotriz com barragem são
as turbinas tipo Kaplan, tipo Bulbo e a tipo Straflo. Essas turbinas são turbinas de reação, tipo
hélice aplicadas em fluxo axial. Em geral, as turbinas axiais são aplicadas em situações de
baixas quedas e altas vazões (BOTAN, 2014).
De acordo com a (NBR 6445, 1987), que trata de turbinas hidráulicas, turbinas-bombas
e bombas de acumulação, a turbina tipo Kaplan é uma turbina de reação (em que a energia
mecânica é obtida pela transformação das energias cinéticas e de pressão do fluxo d’água,
através do rotor), na qual o fluxo d’água tem direção radial no distribuidor aproximadamente
axial na entrada do rotor, semelhante à turbina tipo hélice, porém no qual as pás podem tem
ter variação de ângulo conforme a vazão, sem variação apreciável do rendimento. A Figura 9
apresenta a representação de uma turbina Kaplan em funcionamento.
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As turbinas Kaplan são usadas em instalações com alturas de queda de 15m a 60m. Os
rotores têm, em geral, de quatro a seis pás, embora um número maior de pás possa ser
utilizado para alturas de queda maiores. O ângulo das pás do rotor é ajustado através de um
servomotor hidráulico, usualmente instalado no núcleo do rotor. A relação correta entre o
ângulo das pás do rotor e a vazão de água admitida pelo distribuidor da turbina é determinada
por um mecanismo de cames operadas por um servomotor, que por sua vez é comandado a
partir do regulador de velocidade. Quando se exige desempenho ótimo sobre uma larga faixa
de alturas de água no reservatório, vários mecanismos como este podem ser necessários, de
modo a compensar as variações de altura da água em cada período de tempo considerado
(COSTA,2003). Esta flexibilidade e particularmente vantajosa em usinas maremotrizes, uma
vez que dependem das variações das marés.
O aumento da eficiência das turbinas Kaplan implica em custos adicionais. Além
disso, os custos de fabricação, assim como os de manutenção são mais elevados. O
equipamento de operação da turbina é mais complexo e há uma redução da confiabilidade
quando se faz a comparação entre as turbinas de pás fixas e este tipo de turbina.
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Neste tipo de máquina, a água sai do rotor com uma considerável reserva de energia
cinética e o tubo de sucção recupera uma grande parte desta energia. Dessa forma, tem-se que
o tubo de sucção é indispensável para este tipo de equipamento (COELHO, 2006).
A palavra Straflo deriva de Straight Flow, e é uma turbina de reação, na qual o fluxo
d’água penetra axialmente no distribuidor e no rotor, estando o rotor do gerador diretamente
ligado à periferia do rotor da turbina (NBR 6445, 1987).
A turbina tipo Straflo é também conhecida como turbina periférica, devido ao seu
gerador ser montado num aro fixo perifericamente às pás do rotor (CLARK, 2007).
O seu rotor pode possuir pás de passo variável, tal qual às da turbina Kaplan. É montada
em um eixo horizontal e tem os polos magnéticos indutores do gerador instalados na periferia
do rotor. Nesta modalidade, pelo fato de o gerador estar localizado fora do rotor, a seção de
escoamento da água é aumentada, o que resulta na redução do diâmetro da turbina comparada
à bulbo. A sua eficiência teórica é maior do que na nas turbinas bulbo e sua grande inércia
garante estabilidade (FERREIRA, 2007). A Figura 11 traz o esquema deste tipo de turbina.
Figura 11 - Seção transversal típica de turbina Straflo de pás fixas e mancais convencionais; 1- pás
diretrizes fixas, 2- pás diretrizes móveis do distribuidor, 3- pás fixas do rotor, 4- gerador.
O aço inoxidável é um aço que tem como maior característica a alta resistência à
corrosão em diversos ambientes. Seu elemento de liga predominante é o cromo, com
concentração próxima a 11%. Uma ampla variedade de propriedades mecânicas combinadas a
uma excelente resistência à corrosão torna os aços inoxidáveis muito versáteis nas suas
aplicabilidades (TEIXEIRA, 2014).
Destaca-se que os aços inoxidáveis estão divididos em três classes com base na fase
constituinte predominante na sua microestrutura, quais sejam: martensítica, ferrítica ou
austenítica.
Alguns aços inoxidáveis são usados com freqüência a temperaturas elevadas e em meio
a ambientes severos, uma vez que eles resistem à oxidação e mantêm as suas integridades
mecânicas sob essas condições; o limite superior de temperatura em uma atmosfera oxidante é
de aproximadamente 1000°C. Os equipamentos que empregam esses aços são as turbinas a
gás, caldeiras de vapor de alta temperatura, fornos de tratamento térmico, aeronaves, mísseis e
unidades geradoras de energia nuclear. Já o aumento de resistência, pode ser obtido através de
tratamentos térmicos de endurecimento por precipitação (CALLISTER, 1999).
Pode-se, em princípio, dividir os aços inoxidáveis em dois grandes grupos: a série 400 e
a série 300, sendo que a série 400 é a dos aços inoxidáveis ferríticos, aços magnéticos com
estrutura cúbica de corpo centrado, basicamente ligas Fe-Cr. A série 300 é a dos aços
inoxidáveis austeníticos, aços não magnéticos com estrutura cúbica de faces centradas,
basicamente ligas Fe-Cr-Ni (CARBÓ, 2012).
Os aços inoxidáveis geralmente utilizados para a aplicação em rotores de turbinas de
usinas maremotrizes são da série 300, por possuírem excelente resistência à corrosão,
excelente ductilidade (existe aqui uma grande mudança nas propriedades mecânicas se
comparados com os ferríticos) e excelente soldabilidade.
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O aço 304L tem uso específico em aplicações industriais, as mesmas que foram
mencionadas para o aço 304, e somente é escolhido quando a precipitação de carbonetos de
cromo, que ocorre nas operações de soldagem no aço 304, possa provocar problemas de
corrosão. Ou, em outras palavras, se o meio é capaz de atacar regiões empobrecidas sem
cromo devido ao problema de sensitização, o material recomendado não será o 304 e sim o
304L.
Em aplicações em altas temperaturas, todos os materiais metálicos têm tendência a
sofrer uma diminuição em suas propriedades mecânicas, o 304L sofre mais com essa perda
que o 304.
Assim como no aço inox 304, no aço inox 316 a diminuição de carbono de sua
composição dá origem ao aço 316L, conforme apresentado na Tabela X. Os aços inoxidáveis
304L e 316L, com carbono máximo de 0,03% são as versões extra baixo carbono para os aços
304, 316 e são utilizados na fabricação de equipamentos que trabalham com meios capazes de
provocar corrosão.
O aço 316/316L tem aplicação no mesmo tipo de indústrias em que são usados o 304 e
o 304L. Se esses dois últimos materiais, em determinados meios (principalmente com
cloretos) possuem tendência à corrosão por pites e em frestas, o 316/316L pode ser uma
solução. Não é só a concentração de cloretos que determina a possibilidade de ocorrer estas
formas de corrosão. A temperatura e o pH também possuem uma influência considerável nos
dois casos. As corrosões por pites e em frestas, em meios com cloretos, são favorecidas pelo
aumento da temperatura e pela acidez do meio. Em cada caso, a determinação real das
condições em que o equipamento deve trabalhar define o aço que será utilizado. Por exemplo,
nas destilarias de álcool, na primeira coluna de destilação, com alta temperatura e com
maiores teores de cloretos, o 316/316L é necessário. Mas a segunda coluna (álcool hidratado)
e a terceira (álcool anidro), onde as concentrações de cloretos são muito baixas, são
construídas com aço 304. Em meios ácidos, em geral, o 316/316L apresenta melhor
comportamento que os aços 304 e 304L. O molibdênio, como elemento de liga, é o
responsável pela diferença de comportamento entre esse material e o 304. O filme passivo do
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aço 316/316L parece ser muito mais resistente às duas formas localizadas de corrosão
mencionadas anteriormente (CARBÓ, 2012).
Uma das primeiras usinas talassométricas a ser construída foi a planta de marés
no estuário de La Rance na França (Figura 13) , em 1966, que apresenta uma média relativa
de marés de oito metros com capacidade instalada de 240 MW, formado por 24 turbinas
em 750 m de dique, e que produzem energia suficiente para abastecer uma cidade de
300 mil pessoas. La Rance apresenta tanto importância histórica quanto tecnológica, uma vez
que serviu de modelo para vários projetos de usinas em vários países, por exemplo no Brasil
quando foi elaborado em 1970 o projeto conceitual de uma usina talassométrica na foz do Rio
Bacanga em São Luís, Maranhão (EDF, 2002).
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Figura 14- Ammodytes hexapterus (1); Pleuronectes platessa (2); Espécie da ordem Sepiida (3);
Dicentrarchus labrax (4).
O maior impacto ambiental que pode ocorrer é durante a sua instalação, além do risco
de contaminação das águas que retornam ao mar, caso haja alguma fonte poluidora no interior
do sistema. Pelo funcionamento da turbina, considerando que a massa de água não toca
diretamente a turbina, percebe-se que a probabilidade de contaminação do mar é remota.
Este tipo de usina costuma gerar alguns impactos: a utilização de cabos para fixação
ao fundo do mar e para a transmissão da energia até a costa interfere na circulação marítima.
Além disso, existe o risco de vazamento de material contaminante, pois todo o sistema
gerador está localizado dentro do oceano, utilizando, inclusive, óleo internamente para o seu
funcionamento. A composição desse fluido e as características poluidoras do mesmo são
relevantes para analisar os reais riscos ao meio ambiente.
O sistema de funcionamento baseia-se na ação das ondas que movem o flutuador para
cima e para baixo, gerando um movimento alternativo. Quando recebe a influência das cristas
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das ondas, ocorre a pressão na parte superior da bóia, que empurra o mecanismo dentro do
cilindro para baixo, comprimindo o gás no interior do cilindro. Quando a cava de onda passa
sobre o flutuador (Figura 19), o processo inverso ocorre, movendo-se para cima a bóia e
ocorre a descompressão do gás no interior do cilindro. Esse movimento alternado gerado pelo
flutuador é convertido em energia elétrica por meio de um sistema hidráulico ou de um
conjunto de motor-gerador (HAMILTON, 2010).
Tráfego marítimo durante a instalação Aumento do tráfego durante a instalação, o que pode
afetar uma gama de espécies.
Cabe destacar, dentro desse contexto, que de acordo com a lei 12.815, de 5 de junho
de 2013, Terminal organizado é “bem público construído e aparelhado para atender a
necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e
33
A Figura 21 mostra uma visão geral do que constitui o Terminal Portuário do Pecém
na região Nordeste.
a simulação de elevadas quedas d’água sem que para isso seja necessário ocupar áreas de
grande extensão, como exigem as hidrelétricas (MOURÃO, 2002).
Fonte
: PALZ (1995).
O local foi escolhido por ser considerado com bom potencial maremotriz: é um porto
offshore, onde o mar apresenta uma profundidade média de 17 metros, com ondas médias de
1,4 metros e períodos médios de 7,53 segundos. O projeto, de caráter apenas experimental, foi
montado no quebra-mar do Terminal Portuário de Pecém e possui apenas duas unidades.
Apresenta a possibilidade de ampliação, por ser modular (COPPE/UFRJ).
Com relação à energia das ondas, o Brasil não possui um grande potencial médio de
geração, comparado com outras regiões do mundo, como o extremo sul do continente
americano, a costa oeste da América do Norte e da Europa. Assim, destaca-se o
posicionamento de SESMIL (2013) de que a viabilidade econômica de projetos dessa
tecnologia no Brasil deve ser avaliada por meio de estudos detalhados e pelo mapeamento de
áreas antes de se decidir pela implantação de projetos que utilizem essa tecnologia.
Com relação ao potencial decorrente da energia das ondas, foram realizadas algumas
estimativas do potencial mundial. Conforme FLEMING (2012), há um potencial teórico
global líquido da ordem de 3 TW, que está distribuído no mundo na forma mostrada pela
Figura 24.
Fonte: FLEMING (2012).
Observa-se que o litoral brasileiro não possui grande potencial médio, atingindo,
somente na região Sul, valores superiores a 20 kW/m. Em outras regiões do mundo, como
no extremo sul do continente americano, na costa oeste da América do Norte e da Europa,
são encontrados valores superiores a 60 kW/m.
Figura 25- Ilustração do layout proposto para a usina maremotriz do Bacanga, Brasil.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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42
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