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RICARDO SCHAEFFER
ENERGIA SOLAR
JOAÇABA
2020
RICARDO SCHAEFFER
ENERGIA SOLAR
JOAÇABA
2020
RESUMO
Energia Solar é um termo que se refere à energia proveniente da luz e do calor do sol, uma
energia renovável que vem ganhando espaço no campo da eletricidade. O presente relatório
teve como objeto de estudo analisar sobre a viabilidade econômica da implantação de Energia
Solar fotovoltaica residencial. Desse modo, a pesquisa que se pretendeu realizar teve como
tema: A Energia Solar: uma análise sobre a viabilidade econômica da implantação de Energia
Solar fotovoltaica residencial. Primeiramente é preciso tecer considerações sobre a Energia
Solar para que posteriormente se possa estabelecer a relação com a economia em adquirir tal
fonte de energia e construir o estudo que aqui se propõe. Em consonância com os estudos
adquiridos sobre a temática, pode-se observar que as energias renováveis vêm ganhando
força no mercado e prometendo enormes economias financeiras nas contas dos
consumidores, e uma dessas formas de geração de energia é a solar fotovoltaica, considerada
uma fonte de energia limpa e uma das fontes alternativas mais promissoras para a obtenção
energética.
Palavras-chave: Fotovoltaica. Energia. Sol. Finanças.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
a) Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou
superior a 69 kV e inferior a 230 kV.
b) Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
superior a 1 kV e inferior a 69 kV.
c) Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual
ou inferior a 1 kV.
Para Leão (2011) as tensões de conexão padronizadas para a alta tensão e a média
tensão são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). O setor terciário, como
hospitais, edifícios administrativos e pequenas indústrias, é o principal usuário da rede de
média tensão.
A rede de baixa tensão representa o nível final na estrutura de um sistema de potência.
Um grande número de consumidores, o setor residencial, é atendido pelas redes de baixa
tensão, que são geralmente operadas de forma manual. Em toda a sociedade moderna, a
energia elétrica representa a base do sistema produtivo, desde atividades industriais de grande
porte, complexos siderúrgicos até o apoio aos hábitos cotidianos dos cidadãos por intermédio
da iluminação residencial.
Nesse contexto, o sistema de distribuição de energia elétrica é entregar esse produto
a todos os locais de consumo – indústrias, lojas, residências, escritórios, fazendas, etc. – no
montante e no nível de tensão desejados pelo consumidor.
De acordo com Reis (2003, p. 146):
Deve-se destacar que nas duas últimas décadas a economia mundial foi tomada pela
onda de desregulamentação. Por isso, a ampliação da competição na área de serviços públicos
tem sido uma preocupação do Banco Mundial, e os monopólios estatais estão sendo
submetidos, quando possível, a mercados mais livres. Além disso, naqueles setores em que
a concorrência no mercado não é possível, tem sido feita a competição pelo mercado, sendo
esses setores alvo de regulamentação ainda maior, em razão do potencial para abusos de
monopólio (VINHAES, 2003).
Para Vinhaes (2003), embora o setor elétrico brasileiro tenha obtido sucesso na
disseminação do uso da eletricidade por consideráveis parcelas da população, o desempenho
das empresas de eletricidade vinha se deteriorando ao longo do tempo em decorrência do
gigantismo, da falta de flexibilidade e da excessiva interferência política na gestão dos seus
negócios. Assim, um novo modo de regulação e de evolução do próprio setor se fez presente,
de forma a retomar o padrão de acumulação e eficiência existente em grande parte dos países
industrializados.
De acordo com Ferreira (1998), entre os vários fatores que fizeram mudar o modelo
de organização e de regulamentação, estão as disfunções do próprio modelo de organização;
as razões internas são o tipo de regulamentação e a falta de incentivos à eficiência, e as razões
externas são decorrentes, principalmente, de profundas alterações macroeconômicas,
tecnológicas, da gestão ambiental e do movimento neoliberal. A década de 1980 é uma época
de profundas modificações na estrutura, propriedade, regulação e desempenho das indústrias
de eletricidade europeias. A década de 1990 mostra modificações em outros países, como é
o caso do Brasil e dos demais países da América Latina.
Existem algumas características que diferenciam o setor elétrico do Brasil de qualquer
outro no contexto internacional. Por outro lado, há também algumas limitações e desafios
para a introdução de um ambiente competitivo no setor elétrico brasileiro trazidos pela base
geradora predominantemente hidráulica, pela ausência de sistema único de transmissão e pela
forte concentração dos mercados regionais em decorrência do poder de mercado de empresas
verticalmente integradas.
Oliveira (2004) atenta para o fato de que, no caso brasileiro, a base geradora de
energia elétrica tem a característica de ser eminentemente hidráulica (95%), com a geração
térmica exercendo a função de complementaridade nos momentos de pico do sistema. As
características do parque gerador fazem com que a geração elétrica brasileira requeira a
coordenação da operação (despacho de energia) das usinas hidrelétricas para a otimização da
utilização do parque instalado. Em sua grande maioria, os reservatórios de água das usinas
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são utilizados de forma planejada para que se possa tirar proveito da diversidade
pluviométrica nas diferentes bacias existentes.
Assim, a possibilidade de interligação de bacias localizadas em diferentes regiões
geográficas assegura ao sistema brasileiro um importante ganho energético, pois, dessa
forma, é possível tirar proveito das diferentes sazonalidades e dos níveis pluviométricos. Em
razão disso, o programa de despacho deve considerar um fator de restrição intertemporal, ou
seja, definir o custo de oportunidade do uso da água armazenada em decorrência da
probabilidade de vertimentos no futuro.
De acordo com Pires (1999, p. 3):
Desde a década de 70, as tarifas de energia elétrica no Brasil foram uniformes para
cada grupo tarifário (industrial, residencial, comercial, rural, outros) em todo o
País. Ao longo desse período, o setor elétrico brasileiro apresentou elevadas taxas
de expansão da oferta de 11,8% nos anos 70, de 4,1% nos anos 80 e de 2,6% nos
anos 90.
Posteriormente aos anos 1970, o Brasil passou a ser considerado um País urbano;
naquela época mais de 52 milhões de pessoas viviam em áreas urbanas, conforme demonstra
a Figura 1 do censo do IBGE (2017).
Atualmente, são muitas as críticas relacionadas ao modelo tarifário pelo custo do
serviço que vigorou no Brasil até meados dos anos 1990, algumas pertinentes, outras nem
tanto.
Com a frequente busca pelo uso de energias renováveis, e com a crise energética, a
Energia Solar fotovoltaica vem apresentando-se como uma alternativa interessante na
geração do sistema de energia elétrica. A Energia Solar fotovoltaica consiste na energia
obtida por meio da conversão direta da luz em eletricidade, na qual o efeito fotovoltaico,
relatado por Edmond Becquerel, em 1839, causou o aparecimento de uma diferença de
potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção
da luz. A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão (CARMO,
2014).
De forma inicial o desenvolvimento da tecnologia apoiou-se na busca, por empresas
do setor de telecomunicações, de fontes de energia para sistemas instalados em localidades
remotas. O segundo agente impulsionador foi a “corrida espacial”. A célula solar era, e
continua sendo, o meio mais adequado (menor custo e peso) para fornecer a quantidade de
energia necessária para longos períodos de permanência no espaço. Outro uso espacial que
impulsionou o desenvolvimento das células solares foi a necessidade de energia para satélites
(CARMO, 2014).
Frente à crise energética da década de 1970, ampliou-se o interesse em aplicações
terrestres, buscando-se para tornar economicamente viável essa forma de conversão de
energia; seria necessário, naquele momento, reduzir em até 100 vezes o custo de produção
das células solares com relação ao daquelas células usadas em explorações espaciais.
Modificou-se, também, o perfil das empresas envolvidas no setor. Nos Estados Unidos, as
empresas de petróleo resolveram diversificar seus investimentos, englobando a produção de
energia a partir da radiação solar (CARMO, 2014).
Segundo Carmo (2014), no ano de 1993 a produção de células fotovoltaicas atingiu a
marca de 60 MWp, sendo o silício quase absoluto no “ranking” dos materiais utilizados. O
silício, segundo elemento mais abundante no Globo Terrestre, tem sido explorado sob
diversas formas: monocristalino, policristalino e amorfo. No entanto, a busca de materiais
alternativos é intensa e concentra-se na área de filmes finos, em que o silício amorfo se
enquadra. Células de filmes finos, além de utilizarem menor quantidade de material do que
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as que apresentam estruturas cristalinas, requerem uma menor quantidade de energia no seu
processo de fabricação, sendo que possuem uma maior eficiência energética.
Para Rodrigues, Teixeira e Braga (2013, p. 2):
É provável que o maior avanço para a geração distribuída tenha ocorrido em função
da regulação dos mini e micro geradores ao ser publicada a Resolução 482/2012,
que viria a ser atualizada pela Resolução 517/2012, pela Aneel. A regulação
permite, basicamente, que os consumidores instalem pequenos geradores em suas
unidades consumidoras e injetem a energia excedente na rede em troca de créditos,
que poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses.
A promulgação da REN 482/2012, a consequente implementação do sistema de
compensação de energia elétrica brasileiro e a modificação do PRODIST, criou
uma possibilidade regulatória para os micros e minigeradores e removeu a barreira
de conexão e contratação. Todavia, não houve nenhum incentivo para estes
geradores, excluindo o aumento dos descontos na TUST e TUSD de 50% para 80%
nos dez primeiros anos de operação das usinas de fonte solar que entrarem em
operação até 2017.
Outro ponto que merece destaque é a modificação da REN 482/2012 pela REN
517/2012, antes do vencimento do prazo de divulgação dos procedimentos de
conexão pelas distribuidoras. As modificações instauradas pela REN 517/2012
representaram um retrocesso na remoção de barreiras para inserção de mini e micro
geradores. A limitação da capacidade à carga da unidade local e a retirada da
21
3 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
rede elétrica, faz com que se obtenha um retorno mais rápido dos custos em decorrência do
alto investimento na Energia Solar fotovoltaica.
Alguns aspectos são importantes para uma análise dessa viabilidade financeira que,
muitas vezes, passam desapercebidos diante dos consumidores, tendo como exemplos a
garantia de vida útil dos equipamentos e a garantia contra distúrbios que possam causar danos
a esses equipamentos, como as descargas atmosféricas, as quais são bastante comuns em
regiões de área rural nos períodos chuvosos.
É notório afirmar que este estudo busca salientar aos pretendentes que desejam aderir
a esse sistema os pontos mais importantes a serem analisados antes de qualquer negociação
que possa vir a se tornar algo não benéfico.
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REFERÊNCIAS
ACCIOLY, José Abdon Luna et al. Determinação dos parâmetros de onda da energia.
0i6300. 2011.
CALAIS, Myrzik et al. A Transformerless Five Level Cascaded Inverter Based Single
Phase Photovoltaic System. In: IEEE POWER ELECTRONICS SPECIALISTS
CONFERENCE, 31., 2000, Galway, Ireland. Proceedings [...]. Galway, Ireland, 2000.
FERREIRA, Victor Cláudio Paradela. Modelos de gestão. [S. l.]: Ed. FGV, 1998.
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KJAER, Simon B.; PEDERSEN, John K.; BLAABJERG, Frede. Power Inverter
Topologies for Photovoltaic Modules – A Review. In: PROCEEDINGS OF THE 37TH
LIMA, Luana Teixeira Costa et al. Energia Solar fotovoltaica: revisão bibliográfica.
Engenharias on-line, v. 1, n. 2, p. 21-33, 2015.
PIRES, Edvaldo Alves de. “Setor elétrico brasileiro: os efeitos do novo modelo”.
Florianópolis: Ed. UFSC, 1999.