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Armazenamento de
Energia Aplicadas ao
Setor Elétrico Brasileiro
Daniel Augusto Cantane
Oswaldo Hideo Ando Junior
Márcio Biehl Hamerschmidt
(Organizadores)
ISBN 978-655668013-2
9 786556 680132
Daniel Augusto Cantane
Oswaldo Hideo Ando Junior
Márcio Biehl Hamerschmidt
(Organizadores)
Tecnologias de
Armazenamento de
Energia Aplicadas ao
Setor Elétrico Brasileiro
2020
Copyright © 2020 - Todos os direitos reservados.
Distribuição gratuita, venda não autorizada.
_______________________________________________________________________________________________________________________________
C166t Cantane, Daniel Augusto; Ando Junior, Oswaldo Hideo;
Hamerschmidt, Márcio Biehl.
Tecnologias de Armazenamento de Energia Aplicadas
ao Setor Elétrico Brasileiro. Daniel Augusto Cantane, Oswaldo
Hideo Ando Junior, Márcio Biehl Hamerschmidt (Orgs.). –
Editora Scienza, 2020 – São Carlos - SP, Brasil.
212 p.
ISBN - 978-65-5668-013-2
DOI - http://dx.doi.org/10.26626/978-65-5668-013-
2.2020B0001
Prefácio I | 7
limite para implantação de geração intermitente. Caso ultrapassado
este limite, a água que não passará nas turbinas deverá ser escoada
por vertedouros e não vai gerar aproveitamento energético.
Outro aspecto que deve ser observado é a característica
flutuante da carga ao longo de horários distintos. Embora já esteja
ultrapassado, o exemplo mais usual ainda é o velho modelo que
considera o acionamento da iluminação pública ao mesmo tempo em
que a população ativa cargas típicas ao chegar em casa após jornada
de trabalho no período comercial. Atualmente a curva típica pode ser
diferente, com concentração de consumo no horário da tarde devido
ao uso intenso de aparelhos de ar condicionado. Entretanto, o horário
considerado de pico geralmente permanece no início da noite e as
medidas de contenção baseadas em sinais tarifários se mostraram
desastrosas. Isto ocorre porque elevar em até dez vezes o custo da
energia ou da demanda contratada induz ao uso de outra fonte
energética no posto horário mais elevado. Há mais de duas décadas
milhares de consumidores do Grupo A investem em geradores a
diesel para suprir o consumo do horário de ponta. É surreal imaginar
que um país com elevado índice de geração renovável ainda queima
muito combustível fóssil de categoria nobre e, indiretamente, encarece
custos de transporte que demandam diesel para os modais rodoviário
e ferroviário.
Uma ideia que ajudaria a resolver esse problema vem da
analogia com a distribuição de água tratada. Atualmente está
presente nas normas de edificações e nos padrões construtivos
urbanos a utilização de caixas d’água em novos empreendimentos.
Ao acumular uma reserva própria, o consumidor fica independente de
flutuações e até mesmo de interrupções no fornecimento no serviço
de distribuição de água. Ao realizar analogia com o sistema elétrico, o
armazenamento de energia permitiria os mesmos benefícios e traria
uma equalização para os problemas de pico de demanda e excesso de
geração intermitente conforme descrito anteriormente. Infelizmente o
armazenamento de energia não é tão simples quanto o de água.
O desenvolvimento de soluções viáveis para o armazenamento
de energia em escala residencial é um desafio global. Variáveis como
o custo, vida útil, tempo de recarga e destino final de baterias motivam
pesquisas em todos os continentes. Neste sentido, investimentos em
tecnologias baseadas em Níquel-Sódio ou Nióbio representam para o
Brasil perspectivas de domínio tecnológico e soberania nacional.
Prefácio I | 9
Prefácio II
Boa leitura!
Prefácio II | 11
Sumário
Capítulo 1
Baterias de Sódio-Cloreto de Níquel: Uma Tecnologia
Promissora para o Setor Elétrico Brasileiro........................................................... 15
Dan Yushin Miyaji, Ediane Karine Scherer Isernhagen,
Helton Fernando Scherer, Fernando Marcos de Oliveira,
Daniel Augusto Cantane
1. Introdução........................................................................................................................17
2. Contextualização Histórica.................................................................................. 18
3. Princípios da Tecnologia.........................................................................................21
Capítulo 2
Contextualização dos Sistemas de Armazenamento
no Cenário Elétrico Brasileiro..........................................................................................45
Felipe Crestani dos Santos, Isabela Aguiar Dias,
Jéssica Marques Binotto, Rodrigo Bueno Otto
1. Contextualização ao Sistema Elétrico Brasileiro................................... 47
2. Geração Distribuída..................................................................................................52
3. Sistemas de Armazenamento em SEEs......................................................59
Capítulo 3
Fundamentos sobre Sistema de Armazenamento de Energia.................71
Valentin Nicolas Silvera Diaz, Giovane Ronei Sylvestrin,
Diego Laurindo De Souza, Romeu Reginatto,
Jorge Javier Gimenez Ledesma, Oswaldo Hideo Ando Junior
1. Introdução....................................................................................................................... 73
2. Tecnologias de Armazenamento de Energia..........................................84
Sumário | 13
3. Armazenamento Mecânico.................................................................................. 91
4. Armazenamento Térmico.................................................................................. 100
5. Armazenamento Elétrico.....................................................................................104
6. Armazenamento Químico...................................................................................107
Capítulo 4
Avaliação do Desempenho dos Sistemas de
Armazenamento de Energia..........................................................................................137
Valentin Nicolas Silvera Diaz, Giovane Ronei Sylvestrin,
Diego Laurindo De Souza, Romeu Reginatto,
Jorge Javier Gimenez Ledesma, Oswaldo Hideo Ando Junior
1. Introdução.....................................................................................................................139
2. Comparação das Características das Tecnologias de
Armazenagem............................................................................................................ 141
3. Análise SWOT & Roadmap.................................................................................163
4. Mapeamento das Tecnologias de Armazenamento
de Energia aplicadas ao Sistema Elétrico Brasileiro........................194
>
Tabela 1. Tensão (E/V vs. sódio) de circuito aberto para os diferentes cloretos
>
metálicos na temperatura de operação.
Célula Quadrada
38 Ah
>
Célula Tubular
50 Ah Célula Planar
© BATTERY CONSULT | Technology Presentation 2017
25 Ah
ÂNODO
Na+
Na+
Na+
Ni
Na+
NaCl
Eletrólito Na+
(NaAlCl4) Na
Na+
NiCl2
> Na+
Na+
Na+
Separador
(Na2O).11Al2O3
E 300ºC = 3,05V
A reação é eletroquimicamente reversível para o intervalo
de 2,58-3,05 V (vs. Na). Além disso, para o sobredescarregamento
da célula, o NaAlCl 4 reage com o sódio, permitindo a operação
teórica da célula até o valor de 1,58V (vs. Na) (LU et al., 2010),
como segue:
E 300ºC = 1,58V
Essa característica é importante para a tecnologia, não >
somente por permitir maiores tolerâncias de operação, mas
também por possibilitar que as células apresentem variações
na capacidade reversível ao longo dos ciclos, sem que haja
impacto significativo no desempenho da bateria. Além disso,
a presente janela de reversibilidade do eletrólito permite
a concepção de baterias com número elevado de células
conectadas em série. Por exemplo, 100 unidades de célula
poderiam ser conectadas em série sem a necessidade do
uso de sistema de gerenciamento individual, tal como o BMS
(Battery Management System) (BRAITHWAITE; AUXER, 2002).
Por fim, a reação química descrita em (5) pode também ocorrer
em condições de falha da célula, ou seja, ruptura do eletrólito
sólido cerâmico (alumina beta), neutralizando o sódio contido
no ânodo (eletrodo negativo). As características descritas acima
revelam que, mesmo em condições de falha de algumas células
(poucas unidades), a bateria pode permanecer em operação
(DUSTMANN, 2004). Do ponto de vista de segurança química,
a reação de neutralização do sódio presente na célula após a
falha, diminui a energia final gerada (650 Wh kg–1 ) – em torno
de 20% menor do que a energia proveniente da reação do sódio
com o cloreto metálico (788 Wh kg–1) e, aproximadamente, 80%
Sódio (Na+ )
-
Oxigênio (O2)
Alumínio (Al+3 )
>
Propriedades Valores
Tensão de fratura 219 MPa
Densidade 3,22 g cm-3
Espessura de parede 1,65 mm
Resistividade a 300ºC 7,7 Ω.cm
>
>
>
Contextualização dos
>
Sistemas de Armazenamento no
Cenário Elétrico Brasileiro
Sistema de transmissão
existente 2019
0º0’0”W
0º0’0”W
Norte
Nordeste
15º0’0”W
15º0’0”W
Centro_Oeste
>
Legenda Sudeste
Subestações
LTs Existentes 500 kV
230 kV 600 kV
345 kV 765 kV
440 kV 800 kV
Sul
30º0’0”W
30º0’0”W
2019
2019
109.212 MW
12.821 MW
(67,6%) (7,9%)
TERM. ÓLEO + DIESEL
2019 >
4.614 MW
EÓLICA (2,9%) BIOMASSA
2019 2019
14.305 MW TERM. CARVÃO 13.353 MW
(8,9%) 2019 (8,3%)
2.672 MW
(1,7%)
>
Usina Bateria de
Hidrelétrica chumbo-ácido, Armazenamento
íon-lítio, de energia por Supercapacitores Célula de
Reversível combustível
(UHR) sódio-enxofre, calor sensível
outras
Bateria de Armazenamento
Ar de energia
comprimido fluxo – redox Por mudança Power
de vanádio de fase magnética em
(CAES) supercondutores to gas
e zinco-bromo
(SMES)
>
Volante
de inércia Reações
(Flywheel) termoquímicas
>
Controlador
de carga
>
Gerador Bateria
back-up
Térmico
100
80
60
40
20
0
1929
1944
1951
1954
1956
1958
1960
1963
1965
1967
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
Figura 2 - Histórico de crescimento de potência instalada de SAE (SANDIA
NATIONAL LABORATORIES, 2019).
6 Eletroquímica
Eletromecânica
5 Hidrogênio
Potência (GW)
Térmico
4
0
1978
1982
1987
1991
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
>
1000
500
0
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
> 160
140
120
100
80
60
40
20
0
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
>
Usina hidrelétrica
reversível (UHR)
>
Armazenamento Ar comprimido CAES adiabático
mecânico (CAES) CAES diabático
Integração UHR
Mecânico
Horas
de FER
Zinco-ar
D-CAES
Tempo de Descarga
VRB PEM
Gerenciamento
Adiamento de Arbitragem Químico
investimento
NaS de energia
de energia de T&D
NaNiCl2 Elétrico
Minutos
Li-ion
Capacidade
Chumbo-ácido
do sistema
SAED - Sistema de
Flywheel Armazenamento
Segundos
de Energia
Suavizado Serviços Distribuído
SAED de FER Anciliares
Qualidade SCES T&D -
de energia Transmissão e >
Distribuição
1 kW 10 kW 100 kW 1 MW 10 MW 100 MW 1 GW
Potência do Sistema
Figura 6 - Classificação com respeito ao tipo de função e capacidade de
descarga.
Barramento
CC Barramento
CA
Fonte de
energia DC Rede
Inversor
Conversor
bidirecional
Carga
>
Sistema de
armazenamento
Barramento
Inversor CA
Fonte de
energia CC
Rede
Barramento Inversor
CA do SAE
Carga
Sistema de
armazenamento
Barramento
CC Barramento
CA
Fonte de
energia DC Inversor Rede
Conversor
bidirecional
Carga
Sistema de
armazenamento
Gerador Turbina
Comporta
dupla
Reservatório
baixo
Bomba
Eletricidade durante
o carregamento
>
Classificação Capacidade
Grande Central Hidroelétrica >10 MW
>100 kW
Pequena Central Hidroelétrica
≤10 MW
>5 kW
Micro Central Hidroelétrica
≤100 kW
Pico Central Hidroelétrica ≤5 kW
Ar Exaustor
Gerenciamento
térmico e
sistema de
Sistema de controle armazenamento
de pressão da
caverna (opcional) Motor Compressor Turbina Gerador
Camada
Ar comprimido de pedra
Caverna
>
Huntorf, Mclntosh,
Comissionamento Alemanha Estados Unidos
1978 1991
Duas cavernas de sal, Uma caverna de sal,
Armazenamento
> 150.000 m3 cada 538.000 m3
Turbina 321 MW durante
Turbina 110 MW
Autonomia 2 h. Compressor 60 MW
durante 26 h.
durante 8 h.
Eficiência global 42% 54%
Tolerância de 46-72 bar 45-75 bar
pressão/energia 1.38-1.94 Wh-1 1.25-2.1 Wh-1
Primeira planta CAES no Primeira planta CAES
Observação
mundo. com recuperador.
Conversor DC-Link
bidirecional
Rolamento
de pressão
M/G w
Motor/ Invólucro
gerador de proteção
Rotor Rolamento
radial
Rolamento Bomba
de pressão de vácuo
Calor
C A B
Armazenamento
A B
Descarga (Exotérmico)
Calor
A B C >
1 v2
E= εA
2 d (Equação 5)
Onde ε é a permissividade do material (ou meio) entre as
> placas e V é a diferença de potencial aplicada. A capacitância C
do capacitor é dada por:
A
C=ε (Equação 6)
d
Comparando as Equações 5 e 6, obtém-se a expressão
para a energia armazenada no capacitor em função de sua
capacitância:
1
E= CV 2
2 (Equação 7)
Analisando a Equação 7 observa-se que a energia
armazenada em um capacitor é diretamente proporcional
à diferença de potencial aplicada e à sua capacitância,
consequentemente, à permissividade do material entre as
placas do capacitor. Por outro lado, a energia é inversamente
proporcional à distância entre as placas, portanto, quanto
menor a espessura do material entre as placas maior a energia
armazenada.
1 2
E= LI
2 (Equação 8)
A quantidade de corrente que flui na bobina pode ser
incrivelmente grande. Com uma densidade de fluxo magnético
de cinco Teslas, os supercondutores podem transportar
correntes de até 300 mil A/cm2 (EPRI-DOE, 2003).
Rede Carga
elétrica
Eletrolizador H2 H2
H2 Ar
H2
Sistema de
armazenamento
H2Oy
calor
Reforma ou
MCFC 650-700 Carbonato alcalino CO2 Ni 50-60 100-300
CO/H2
Polímero perfluor
DMFC 90-120 H+ Pt Metanol 20-30 100-1000
sulfonado
Polímero perfluor
DEFC 90-120 H+ Pt Etanol 20-30 100-1000
sulfonado
Densidade Tensão
Vida útil Tempo Tempo Temp. de
energética Autodesc. crítica
Bateria (anos/ de de operação
[Wh.kg-1/ [%/dia] [V por
ciclo) descarga recarga [°C]
kWh/m³] célula]
Chumbo- 5-15/ 30-50/
min-h 8-16 h 0,1-0,3 –10-40 1,75 V
ácido 2000 75
Níquel- 15-20/ 45-80/
seg-h 1h 0,2-0,6 –40-45 2
cádmio 2000 <200
8-15/ 100-250/
Lítio-íon min-h 9h 0,1-0,3 –10-50 3
500-600 250-620
Sódio- 12-20/ 150-240/ 1,75-
seg-h 9h 20 300
enxofre <2000 <400 1,9
é discutida em detalhe cada tecnologia.
Sódio- 12-20/
125/ 1,8 -
cloreto 4000- min-h 6-8 h 15 270-350
150-200 2,5
de níquel 4500
Zinco- 5-10/ 60-80/ 0,17-
redox (fluxo de vanádio) e brometo de polissulfeto.
Bateria
chumbo-ácido
Seladas (SLA) e
Ventiladas reguladas por
(VLA) válvulas (VRLA)
Estacionária
Li(Ni0,85Co0,05 Li(Ni0,33Mn0,33
Eletrodo positivo LiCoO2 LiNiO2 LiMn2O4 LiFePO4 LMO, NCA
Al0,05)O2 Co0,33)O2
Eletrodo negativo Grafite Grafite Grafite Grafite Grafite Grafite Li4Ti5O12
Tensão de célula (V) 3,7 3,2-4,2 3,7 3,7 3,8 4,2 2,3-2,5
Energia específica 90-180 150 140 <180 160 80-120 70-85
Ciclo de vida ~1000 >300 500 1000-2000 >1000 1000-2000 3000-7000
Carga (C) 0,7-1 0,7-1 0,7 0,7-1 0,7-1 1 1
Descarga (C) 1 1 1 1 1 1 10
Ano Desde 1991 Desde 1996 Desde 1999 Desde 2008 Desde 1996 Desde 1993 Desde 2008
Aplicações
Pequenos
X
dispositivos móveis
Veículos elétricos X X X X X
Rede elétrica X X X X X
Sanyo, SDI, Saft, SDI,
LG Chem,
LG Chem, Johnson Sanyo,
Panasonic, Sanyo, BYD, A123,
BAK, Control, LGC,
Sony, Sony, Lishen, Toshiba,
Panasonic Panasonic, Sony,
Produtores SDI, Lishen, Sony, SDI, Altairnano,
Sony, American Lishen,
Sanyo, BYS, SDI, LGC, and Enerdel
Lishen, Lithium, Panasonic,
SAFT NEC, others
Maxell, Samsung Kokam,
Maxell
Fonte/Carga
>
Ânodo
Cátodo
Anólito Católito
(kWh) (kWh)
(kW)
>
>
Avaliação do Desempenho
>
dos Sistemas de
Armazenamento de Energia
500
450
Energia Específica [Wh/kg]
400
350
300
250
200
150
100
SOFC 773.42
50
UHR 0.86
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
600
Potência Específica [W/Kg]
500
400
300
200
100
6591
5600
8930
0.05
1,31
X
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
Figura 2 - Comparação entre as tecnologias de SAE quanto a potência
específica (SABIHUDDIN; KIPRAKIS; MUELLER, 2015).
>
Densidade de Energia [KWh/m3]
400
350
300
250
200
150
100
Zn-Air 816.5
UHR 1.06
50
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
1457.5
100 6591
8930
0.05
3.03
1.36
5.87
2.75
50
x
x
x
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
Figura 4 - Comparação entre as tecnologias de SAE quanto a densidade de
potência (SABIHUDDIN; KIPRAKIS; MUELLER, 2015).
100
90
80
70
Eficiência [%]
>
60
50
40
30
20
10
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
17.71
0.006
18.63
1.16
8.01
0.00
0,2
7.5
0
0
x
x
x
x
x
x
x
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
Figura 6 - Comparação entre as tecnologias de SAE quanto a auto descarga
(SABIHUDDIN; KIPRAKIS; MUELLER, 2015).
50
45
Vida Útil [ano]
40
35
30
25
20
>
15
10
DMFC 0.23
CTES x
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
302.30
1 41.1
7.75
0,5
29
16
68
x
x
x
x
x
x
x
0
FES
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
Figura 8 - Comparação entre as tecnologias de SAE quanto a ciclos de carga/
descarga (SABIHUDDIN; KIPRAKIS; MUELLER, 2015).
Custo de investimento
Tecnologias $/kWh/
$/kW $/kWh ciclo
600-2.000
5-100
Armazenamento
300-5.288
400-800 2-50
CAES 2-4
400-2250 1-140
250-350 1.000-5.000
FES 3-25
110-330 1.105-3.870
100-300 300-2.000
Armazenamento
110-440 330-4.430
200-300
1000-10.000
SMES 380-489 -
770-7740 >
110-440
PEM 1.950-10.200 70-13.000 -
Combustível
Célula a
220-1.990 16-110
Ion-lito 15-100
175-4.000 200-4.000
55-330 22-110
LA 20-100
200-300 50-100
220-1.105 22-110
Secundárias
NiCd 20-100
Baterias
270-1.500 330-3.500
220-995 9-22
NaS 8-20
350-3.000 150-900
Na- 150-300 100-200
5-10
NiCl2 75-165 5-11
600-1.500 150-1.000
VRB 5-80
110-1.105 5-88
NiMH
NaS
PBB
VRB
ZBB
UHR
LTES
STES
NiZn
NiCd
CTES
CAES
SOFC
SMES
Li-Ion
MCFC
DMFC
Zn-Air
NaNiCl
PEMFC
Pb-Acid
SC
Escala de Conversão de Maturidade Técnica
Muito madura Totalmente comercializado 9
Muito madura Comercializando 8
Madura Comercializando 7
Madura Comercializando 6
Madura Desenvolvimento limitado 5 >
Provado Comercializando 4
Provado Desenvolvimento limitado 3
Provado Em desenvolvimento 2
Pesquisa Em desenvolvimento 1
Termoquímico
UHR
> Tabela 4 - Riscos da Micro Geração por Biomassa (ALTAFINI,2002; ARBEX et al.,
2004).
Compo Impacto
Elemento Risco Classificação
nente Potencial
Prejuízos ao
Impactos
dispositivo
Transporte Tóxico Pode provocar Baixo
químico falhas
Explosão Danos físicos
Prejuízos ao
Impactos
dispositivo
Descarrega Tóxico Pode provocar Muito Baixo
mento químico falhas
Explosão Danos físicos
Bateria Prejuízos ao
Impactos
dispositivo
Instalação Tóxico Pode provocar Muito Baixo
químico falhas >
Explosão Danos físicos
A qualidade
Níveis de do controle
Sistema de
tensão depende do
gerenciamento
sistema Muito Baixo
da Bateria
Pode ocorrer no
(BMS) Danos e
caso de falhas
incêndio
do sistema
Conexões Danos físicos ao
Interligações Explosão Baixo
elétricas sistema
Dados Inabilita o
Sistema de
Conversão Controlador Falha na funcionamento Muito Baixo
comunicação do sistema
Falha por
Danos físicos
Módulos PCH Curto Baixo
menores
Circuito
Compo Impacto
Elemento Risco Classificação
nente Potencial
Perda de
abasteci Perda total das
mento baterias
elétrico
Tempestades e Corrosão dos
Médio
enchentes Risco ao local produtos
Fontes de armazena Custo de
Naturais mento das reposição
baterias para novos
equipamentos
Perigos ao
Movimen transporte e às
Terremotos Muito Baixo
tação instalações dos
> equipamentos
Fatores Positivos Fatores Negativos
Fatores Internos
S – Strenghts W – Weakness
F – Forças F – Fraquezas
Tecnologia
SAE
Fatores Externos
O – Opportunities T – Threats
O – Oportunidades A – Ameaças
Forças Fraquezas
Baixo custo de operação; A instalação depende de
Vida útil elevada; formações geológicas;
Potência alta; Baixa densidade de energia;
Tecnologia madura. Somente grandes unidades
conectadas na rede de >
transmissão são econômicas.
UHR
Oportunidades Ameaças
Modernização de Devido à geografia necessária,
hidroelétricas tradicionais; a perseptiva para novos projetos
Custos de armazenamento é limitada;
competitivos; Normas ambientais estritas;
Tecnologia de velocidade Requer conexão na rede de
variável. transmissão, portanto, não pode
resolver os problemas na rede
de distribuição.
CAES
Oportunidades Ameaças
Multigeração (elétrica, calor e Em comparação com outros SAE,
frio); o start-up é lento;
A implantação de AA-CAES Poucas plantas instaladas;
resulta em emissão zero e alta Requer conexão na rede de
eficiência. transmissão, portanto, não pode
resolver os problemas na rede
> de distribuição.
4 http://beaconpower.com/operating-plants/
Forças Fraquezas
Alta eficiência e vida útil; Baixa capacidade de armazenamento
Rápida resposta; de energia;
Alta saída de potência em curtos Alto custo de instalação (1 a 1,4 vezes superior
períodos de tempo (segundos a em comparação com as baterias;
poucos minutos); Alto custo associado a sistemas de resfriamento
Ambientalmente amigável; (HSF com uso de supercondutores);
O monitoramento do estado Consumo de energia para bomba de vácuo;
de carga é simples e robusto. Alta taxa de auto-descarga no período inativo.
>
FES
Oportunidades Ameaças
Regulação de potência na geração eólica; Baixa capacidade empreendedora
HSF apresenta baixas perdas (0,1% e comercial;
da potência nominal); HSF apresenta um custo cerca de cinco vezes
Em 2011 foi instalada em New York uma superior que a tecnologia de baixa velocidade
planta com capacidade de 20 MW. para a mesma capacidade nominal;
Não existem normas de operação e
proteção publicadas.
Forças Fraquezas
>
Alta capacidade, densidade de potência e Armazenamento de curta duração;
eficiência; Alto custo por KWh;
Longo ciclo de vida (dezena de milhares); Baixa densidade energética (1/10 da densidade
Extensa faixa de temperatura de operação; energética das baterias);
Altas taxas de descarga; Alta taxa de autodescarga;
Baixo impacto ambiental; Alta taxa de perdas parasitas;
Rápidas respostas e taxas de carga/descarga; Operação em baixa tensão.
Maturidade técnica para comercialização.
SCES
Oportunidades Ameaças
Uso em serviços de qualidade de energia;
SCES otimiza o controle de carga quando Competitividade de custo, cerca de cinco vezes
colocado em paralelo com uma bateria; mais caro que as baterias de chumbo-ácido;
Aumento do desempenho com o uso de Tecnologia de alta performance utilizando
espumas de carbono, fibras, aerogéis, carbono apresenta alto custo devido a
xerogéis, nanotubos e uso de polímeros poucos fornecedores;
condutores e óxidos metálicos; Desequilíbrio de corrente e tensão de célula
“Electrochemical Flow Capacitors” (EFC) para durante o processo de carga.
aplicação na rede;
Desenvolvedores de SCES: SAFT, NESS, ESMA,
Powe Cache, ELIT, Chubu Eletric Power.
Célula a
combustível
Oportunidades Ameaças
Dispositivos portáteis e Alto custo para produzir os componentes;
sistemas estacionários; Durabilidade (no mercado de transporte);
Pequenas aplicações (algumas centenas Regulamentação governamental;
de watts); Nenhuma tecnologia definida;
Sistema de transporte; Ainda não há infraestrutura para usar
Para gerar energia em sistemas isolados; hidrogênio (o principal combustível).
Cogeração.
>
Forças Fraquezas
Eficiência elétrica moderada (~85%); Peso e volume elevado;
Baixo custo; Ciclo de vida limitado;
Alta tolerância a sobrecarga; A toxicidade do chumbo é alta;
Facilidade de fabricação; Problemas de sulfatação;
Maturidade comercial; Aplicações limitadas apenas a
Chumbo é o metal mais descargas curtas;
eficientemente reciclado. Risco de explosão (devido a produção H2).
Chumbo-
Ácido
Oportunidades Ameaças >
Baterias avançadas de alta eficiência com
incremento de ciclos;
Desenvolvedores de baterias avançadas: A tecnologia UltraBattery ainda apresenta
Ecoul/East Penn, Axion Power International altos custos e necessidade de desenvolvimento
and Xtreme Power; (problemas na duração da descarga);
Sistema com UltraBattery pode apresentar Existem poucas aplicações na áres de
aumento de 50% na potência de descarga, transmissão e distribuição.
60% na potência de carga e
aproximadamente 17000 ciclos;
Banco de 1MW/1.5MWh GNB Industrial Power
em Metlakatla, AK.
Forças Fraquezas
>
Vida útil prolongada em Baixa tolerância de sobrecarga ou descarga;
descargas profundas; Baixa tolerância a temperaturas extremas;
Alta densidade de energia e potência; Aplicações limitadas a pequena e
Baixo autodescarga; média escala;
Alta eficiência energética; Requer um circuito de proteção
Não há requisito de manutenção de segurança.
e nem efeitos de memória.
íon Li
Oportunidades Ameaças
Mercado de veículos elétricos pode
acelerar a expansão da tecnologia e
reduzir os preços de aplicações fixas; Alto custo da tecnologia em comparação
Li-ion domina o atual cenário de com baterias de chumbo-ácido e
implantação para sistemas de níquel-hidreto metálico;
armazenamento em escala de grade Fontes limitadas de lítio;
nos EUA (estimado em 100MW); Experiência limitada em aplicações de
Aumento da densidade de energia por um suporte à rede elétrica;
fator de 2 ou 3 através das baterias de ar Dificuldade em mater eletrodos estáveis
de lítio e enxofre de lítio. de lítio e oxigênio (bateria lítio-ar).
Baterias
de Sódio
Oportunidades Ameaças
Desenvolvimento da célula planar; Métodos sofisticados de construção
Baixo custo do sódio; da bateria;
Aplicações de média e grande escala com Baixo número de empresas comercializando
tempo de descarga de até 4 horas. a tecnologia.
>
VRB
Oportunidades Ameaças
Baterias de fluxo orgânico; Tecnologia com baixa maturidade;
Aplicações estacionárias em grande escala; Atualmente apresenta alto custo;
Desenvolvimento de eletrodos, membranas Manufatura com baixo grau de automação.
e eletrólito de alta duração e eficiência.
>
3.10. Roadmap
Baseado no levantamento SWOT das tecnologias, o
qual forneceu uma visão geral e atual das tecnologias de
armazenamento apresentadas, e combinado com informações
obtidas na literatura, estimou-se o ponto atual e as perspectivas
do estado de desenvolvimento até o horizonte de 2030.
Algumas tecnologias apesar de exibirem bom potencial
técnico e econômico, como o caso do CAES e das baterias
de fluxo, ainda apresentam um baixo nível de maturidade
tecnológica e é necessário um esforço significativo para a
comercialização.
Outros meios de armazenamento como as baterias de
chumbo ácido e UHR parecem ter pouco a evoluir, de modo que
já apresentam um estado maduro e implementado.
D-CAES
A-CAES
FES >
SCES
Li-base
VRB
Chumbo-
ácido
NaS
Na-NiCl2
CaC
Armazenamento térmico
SMES LTES VRB
>
SC ZnMn CTES
PEMFC
ZnAg DMFC
Tenologias com maior
Escala muito pequena
NiMH Zn-Air
Duração do armazenamento
PHE
D-CAES
FES
LA
Li-ion
NaS
Na-NiCl2
PEM
VRB
SC
Aplicação Exemplo
Arbitragem
Armazenamento
de grande porte
Deslocamento de pico
Regulação de tensão
Regulação de frequência
Reserva girante
Carga flutuante
Geração de eólica no
Interação de nordeste do Brasil
FER (geração
> intermitente) Parques fotovoltaicos no
centro e nordeste do país
Rede de Suprimentos de
distribuição carga prioritária
Compensação de fases
desbalanceadas
Fornecimento contínuo
Sistema isolado de energia em sistemas
isolados no norte do Brasil
Aplicabilidade
Inviável (nula) Possível (baixa) Viável (alta)
>
>
>
ISBN 978-655668013-2
9 786556 680132