03/04/2019 ANEEL - Curso EAD: Fundamentos do Setor Elétrico

CURSO EAD
PRODUÇÃO
Fundamentos do setor
elétrico

MÓDULO 1 Visão geral do Setor Elétrico Brasileiro ABRIR 

UNIDADE Breve histórico da evolução do marco legal e regulatório do setor

LINHA DO TEMPO
EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL

1990

A partir dos anos 1990 tomou forma no país um

gradual movimento de reformas, que visava mudar
a fonte de financiamento e a forma de gestão de
várias concessionárias de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica.

1988

Em 1988, a Constituição Federal instituiu a

necessidade de licitação para outorga de
concessão e permissão de todos os serviços
públicos, incluindo os de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica.

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Entretanto, o inegável sucesso obtido nos anos

1960 e 1970 do século passado, com o modelo
baseado na forte presença estatal no setor elétrico
não resistiu à crise fiscal do país no final dos anos
1980.
1995

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Em 1995, a Constituição Federal foi alterada,

eliminando-se as restrições existentes para a
participação da iniciativa privada no setor elétrico
nacional. As Leis 8.987/1995 e 9.074/1995
regulamentaram as alterações constitucionais,
1996
dispondo sobre o regime de concessão e permissão
para a prestação dos serviços públicos e sobre
normas para outorga e prorrogação das
Essa mudança do concessões.
marco regulatório foi levada
Ficaram estabelecidas as bases do
adiante em maio de 1996,
então commodelo,
novo a edição da Lei nº em quatro diretrizes
sustentado
9.648/98 que regulamentou o art. 175 da
básicas, aprimoradas por leis e decretos
Constituição Federal e permitiu a reestruturação
posteriores:
das Centrais Elétricas Brasileiras S/A–
ELETROBRAS, e suas subsidiárias, com vistas a
promover a desverticalização das empresas
•
A introdução da licitação para os novos
concessionárias e a sua privatização. Também foi
empreendimentos de geração;
modificada a forma de comercialização da energia
elétrica, passando a ser livre a negociação, a
compra e a venda de energia
•
elétricadaentre
A criação
concessionários, permissionários
Independente
osdo Produtor
figura
e autorizados do
de Energia;
setor elétrico. A Lei nº 9.648/98 também criou o
Mercado Atacadista de Energia (MAE) e o Operador
Nacional do Sistema (ONS), •
A criação
a fim dedo Consumidor
permitir a Livre;
operacionalização do modelo de competição na
venda de energia no atacado, então proposto para o
•
setor elétrico nacional. A possibilidade do livre acesso aos
sistemas de transmissão e distribuição;

• A progressiva liberdade de contratação

de energia pelos grandes
consumidores.

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Também naquele ano, o Ministério de Minas e

Energia (MME), pelo Projeto RE-SEB, iniciou
trabalhos para a reestruturação do setor elétrico
brasileiro, centrada em dois objetivos fundamentais

Em dezembro de 1996, foi criada a Agência

Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), pela Lei nº
9.427/96, com a missão de regular e fiscalizar a
produção, transmissão, distribuição e a
comercialização de energia elétrica, a qual iniciou
os seus trabalhos em 1997.

2001

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Entretanto, algumas indefinições legais relativas
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aos mercados de energia provocaram uma redução
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dos investimentos na expansão da geração e da

transmissão. Tal fato, aliado à baixa pluviosidade,
resultaram no racionamento de energia elétrica de
2001. A fim de contornar aConcentrar as atividades
grave situação do do Estado
nas funções
fornecimento de energia elétrica deforam
no país, planejamento,
formulação
tomadas medidas emergenciais, e regulamentação das
que culminaram
políticas
na redução de cerca de 20% energéticas e fiscalização
da carga.
das respectivas atividades;

Transferir à iniciativa privada os

investimentos e a operação no setor
elétrico. Foi concebido, então, um
modelo setorial baseado na
segregação das atividades dos
serviços de energia elétrica em
quatro segmentos, a saber, geração
ou produção, transmissão,
distribuição e comercialização e na
livre competição entre agentes
setoriais, cuja implementação
dependia, dentre outros fatores, do
livre acesso aos sistemas de
transmissão e distribuição de
energia elétrica.
2002

Como consequência do racionamento de 2001,

orquestrou-se o Acordo Geral do Setor Elétrico, que
foi oficializado em abril de 2002, com a

 Slide 2 de 4 promulgação
Fundamentos do Setor
 da Lei nº 10.438/2002. Essa Lei
versou sobre:
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• a expansão da oferta de energia

emergencial;
Os arranjos institucionais e comerciais necessários

• a criação doà implementação

Programa de Incentivo
Fontes Alternativas
além da de
do livre às
Energia Elétrica
segmentação
acesso compreendiam,
dos custos e encargos
(Proinfa); afetos às atividades de transmissão e de
distribuição, o estabelecimento de procedimentos
• o financiamento da expansão do parque
claros e transparentes destinados a regulamentar
gerador brasileiro e divisão dos custos
as novas ligações ou conexões à rede. Foram
advindos do uso de energia emergencial
também avaliadas, no âmbito do Projeto RE-SEB, as
durante o racionamento, também foi criada
condições de atendimento aos clientes e a
a Recomposição Tarifária Extraordinária
necessidade de regulamentação técnica, resultando
(RTE), que passou a ser paga pelos
na propositura de medidas para a manutenção da
consumidores de energia elétrica, com
qualidade do serviço e para a garantia de
exceção daqueles classificados como de
tratamento adequado aos diversos usuários.
baixa renda;

• também foi criada a Conta de

Desenvolvimento Energética (CDE), encargo
setorial repassado aos consumidores de
energia com a finalidade de prover recursos
para viabilizar a competitividade da energia
produzida a partir de fontes eólicas,
pequenas centrais hidrelétricas, biomassa,
gás natural e carvão mineral nas áreas
atendidas pelos sistemas elétricos
interligados, e prover fundos para o 2004
programa de universalização da distribuição
de energia elétrica. Posteriormente foram
integrados à CDE, todos os fundos setoriais,
incluindo a Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC).

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Finalmente, a Lei nº 10.848/2004 alterou
novamente o marco regulatório do setor elétrico,
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com a introdução do que veio a ser chamado de

novo modelo do setor elétrico brasileiro. Naquela
ocasião, foram criadas:

• a Empresa de Pesquisa Energética (EPE),

para prestar serviços na área de estudos e
pesquisas destinadas a subsidiar o
planejamento do setor energético;

• a Câmara de Comercialização da Energia

Elétrica (CCEE), que veio substituir o
Mercado Atacadista de Energia (MAE).

A Lei nº 10.848/2004 alterou também a forma de

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 comercialização da energia elétrica por atacado,
MÓDULOde
pela criação de dois sistemas 1 comercialização:
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• Ambiente de Contratação Livre (ACL);

• Ambiente de Contratação Regulado (ACR).

No ACL são realizadas as operações de compra e

venda de energia entre os consumidores livres e os
comercializadores e produtores de energia. Já o
ACR é o sistema utilizado pelas concessionárias e
permissionárias de distribuição de energia elétrica,
que passaram a comprar a energia fornecida a seus
consumidores mediante licitação centralizada,
executada pela ANEEL.

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Com essas informações finalizamos

este item e vamos ao próximo.

PROGRESSÃO DO CURSO

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PROGRESSÃO NO CURSO

14% COMPLETADO

CURSO EAD
Produção
Fundamentos do Setor
Elétrico

ANEEL / AGÊNCIA NACIONAL DE Endereço: SGAN 603 módulos I e J - CEP: 70830-110 Curso EaD - AUTOINSTRUCIONAL - 1ª edição
ENERGIA ELÉTRICA Brasília/DF, 2017. atualizada .

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