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Histórico, Organização e

Estrutura do Setor Elétrico


Brasileiro
Histórico do Setor Elétrico
Brasileiro
Rio de Janeiro no século XIX

 A iluminação, que era feita com azeite de peixe, nas


vias públicas passa a uma responsabilidade do governo
em 1801, na administração do Vice-Rei Conde de
Resende D. José Luís de Castro.
 Isso perdura até 1854, quando foram inseridas as
primeiras luminárias a gás no Rio de Janeiro através de
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá
 As primeiras experiências com luz elétrica foram feitas
na estação férrea D. Pedro II (atual estação Central do
Brasil) e nas oficinas do Jornal do Comércio, em 1879
O inicio - {1879}

Central do Brasil, 1º. prédio público iluminado por luz elétrica no Brasil - 1879 - Marc
Ferrez, 1890
O começo da Produção Hidráulica
com a mineração-{1883}
 O brasil passou a utilizar a água dos rios para geração
de energia elétrica em 1883, quando entrou em
operação a usina hidrelétrica de Ribeirão do Inferno,
em Diamantina (MG). Era um usina de pequeno porte,
direcionada exclusivamente uma mineradora de
diamantes.

 D. Pedro II inaugurou na cidade de Campos, o primeiro


serviço público municipal de iluminação elétrica do
Brasil e da América do Sul.
Grandes Indústrias e Grandes Hidrelétricas -
{1889-1891}

1º Usina de Grande porte Para a época(250kW-375kW)


- Usina de Marmelos-zero
 A central de Marmelos-zero foi inaugurada com
capacidade de 250 kW. A combinação de energia
elétrica e industrialização transformou Juiz de Fora na
“Manchester mineira”. A solução empregada em Juiz
de Fora contemplava dois sistemas: um em corrente
contínua, para os usos industriais; o outro em corrente
alternada, para a iluminação.
Nessa época várias hidrelétricas começaram a ser
construídas para suprir a necessidade da iluminação
pública / mineração / início da indústria Brasileira.

Grandes usinas têxteis da época


O começo de um controle internacional -
{1900-1920}
A expansão do setor elétrico no início do século XX no brasil
foi devido ao capital privado e internacional.

❖The São Paulo Gás Company.

❖São Paulo Tramway, Light and Power Company(São Paulo


Tramway, Light and Power Company)
Crescimento sem controle -{1920-1940}
 Houve um Crescimento populacional de 17 milhões para
31 milhões

 As indústrias Cresceram principalmente o setor têxtil

 Empresas de fora entravam facilmente no Brasil

 1927 - Compra de dezenas de concessionárias pela:


American & Foreign Power Company

 Controle de 80% do mercado elétrico brasileiro


 Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE)
❖companhia foi criada com a intenção de fornecer
energia para as principais capitais do país.

❖A empresa queria mostrar que, caso conseguisse a


autorização do governo, poderia fornecer energia
para a cidade de São Paulo a preços baixos,
ajudando especialmente as áreas não atendidas da
cidade.
Centralização do setor Elétrico -{1920-
1940}
 Após muitos acontecimentos como a crise de 29 e
guerras externas o Brasil começou a impor mudanças
para todo o setor.

 Contudo a maior mudança pro setor elétrico veio em


1934 quando o Brasil estipulou o decreto 24.643
Decreto nº 24.643 de 10 de Julho de
1934
 traça diretrizes que permitam ao poder público
controlar e incentivar o aproveitamento industrial das
águas.
Um mundo pós guerra -{1945-1950}

 Em um mundo pós segunda-guerra investimentos


estrangeiros estavam em queda

 Situação financeira do Brasil não estava estável havia


crise e racionamento
Época de mudanças-{1955-1977}

Investimento para a expansão do Setor elétrico

Mudanças nas atitudes governamentais


referente às empresas estrangeiras

Estatização (CEPISA)
Época de mudanças-{1955-1977}

A década de 60 e 70 foram boas e ruins


❖grande inflação e instabilidade política
❖ "milagre econômico" e o II plano nacional de
desenvolvimento
O setor internacional

O setor internacional
❖Guerras e Crise do Petróleo
Uma década perdida-{1980-1990}

Os investimentos estavam parados pois a


inflação chegava a valores absurdos
36.850.000 %
E o governo preferiu congelar as tarifas no setor
elétrico
Obra monumentais : Itaipu e o programa
nuclear
Não podiam conseguir empréstimos e nem
geravam caixa para pagar as dívidas
Usina Hidrelétrica de Itaipu

 Em sua construção, foi utilizada uma quantidade de mais de 12 milhões de


metros cúbicos de concreto, essa quantidade era suficiente para construir
mais de 200 Maracanãs. O ferro utilizado em suas fundações era suficiente
para a construção de 380 torres Eiffel.
Usina Angra 1

Foi às 20h23m de 13 de março de 1982 que o reator


nuclear da usina Angra 1 começou, efetivamente, a
funcionar.
Uma década perdida-{1980-1990}
 Medidas Como o PROCEL foram criadas

 Com a constituição de 1988 a crise piorou já que o


imposto único foi transferido para os estados e a
arrecadação tributária equivalente através do ICMS
Reorganização do setor elétrico-{1990-
2000}
 Aconteceu o plano de desestatização no governo de
Collor
 O governo saiu do caráter executor e começou a ser
fiscalizador
 Nessa mesma época foi criada a Aneel e diminuída a
atuação da Eletrobras
 Contudo não havia uma visão técnica do setor nem
ummplanejamento cuidadoso das ações que deveriam
ser tomadas
Reorganização do setor elétrico-{2000-
hoje}
 2001 Muitos casos de racionamento

 2004 Lei do novo modelo do setor elétrico / CMSE

 2012 Redução do valor da cobrança tarifária

 2015 Crise de falta de agua.


Organização do Setor Elétrico
Brasileiro
24 Organização do Setor Elétrico Brasileiro

▪ A atual estrutura do setor elétrico teve início com a onda de reformas


ocorridas no setor iniciadas na década de 90.
▪ Ineficiência do modelo institucional existente;
▪ Privatizações e cisões das empresas do setor elétrico nacional em três
grandes partes geração, transmissão e distribuição.
▪ Isso estimulou a competição das empresas, melhorando a qualidade
principalmente e criando entidades e atribuições.
25 Novo Modelo

Principais objetivos do novo modelo:


 A busca pela modicidade tarifária;
 A garantia da segurança de suprimento de energia elétrica;
A estabilização do mercado para a atração de novos investidores;
A universalização do fornecimento de energia elétrica.
Modelo institucional do setor elétrico
26
brasileiro
CNPE –
Conselho
CNPEde
Nacional
Política
Energética.

MME -
CMSE – Comitê de EPE – Empresa
CMSE Ministério
MME de EPE
Monitoramento de Pesquisa
Minas e
do Setor Elétrico. Energética.
Energia.
ANEEL –
Agência
ANEEL
Nacional de
Energia
Elétrica.
ONS – CCEE – Câmara
Operador
ONS Agentes de
CCEE
Comercializaçã
Nacional do
Sistema. o de Energia
Elétrica
27 Ministério de Minas e Energia - MME

▪ Encarregado de formulação, do planejamento e da


implementação de ações do Governo Federal no que diz
respeito a política energética nacional.
▪ Detém o poder concedente.
28 Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico -
CMSE
Presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia e tem a função
de monitorar constantemente o sistema elétrico brasileiro, através de
avaliação da continuidade e segurança do suprimento e a elaboração de
propostas para a solução de problemas.
29 Conselho Nacional de Política Energética-
CNPE
Presidido pelo ministro de Estado de Minas e Energia, o órgão tem
como objetivo:
 Aproveitamento racional dos recursos energéticos;
 Assegurar o suprimento de insumos energéticos;
 Atendimento à demanda de energia elétrica.
30 Empresa de Pesquisa Energética - EPE

Tem por finalidade prestar serviços ao MME na área de estudo e


pesquisa que servem de base para o planejamento do setor energético
(planejamento a longo prazo).
 Matriz energética do país;
 Capacidade instalada de geração de energia elétrica;
 Estimativa de demanda futura;
 Planejamento de expansão do sistema elétrico.
31 Agência Nacional de Energia Elétrica -
ANEEL
 Criada em 1996, é uma autarquia de regime especial vinculada ao
MME que tem a finalidade de regular e fiscalizar a geração,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no
Brasil
 PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional)
32
33
34 Operador Nacional do Sistema - ONS

 O ONS é responsável pela coordenação e controle da operação das


instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema
Interligado Nacional (SIN).
 É regulada e fiscalizada pela ANEEL.
35 Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica - CCEE
A CCEE é uma entidade sem fins lucrativos que é responsável por
viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país e é
um órgão técnico, assim com o ONS :
 Realização de leilões de contratação de energia elétrica
 Registro dos contratos firmados entre compradores e vendedores
Estrutura do Setor Elétrico
Brasileiro
Geração, Transmissão e Distribuição
Visão Geral do Funcionamento do Setor Elétrico Brasileiro
37
Geração
38
39 A capacidade de geração de energia elétrica segundo o
Banco de Informações de Geração (BIG), dados de 2019:

7.462 empreendimentos
Em operação

165.871.253 kW
Potência instalada
40
Empreendimentos em Operação

Potencia Potencia
Quantidade
Outorgada (kW) Fiscalizada (kW)
Usina
Hidrelétricas 217 102.532.178 99.922.634

Usina
2 1.990.000 1.990.000
Termonuclear
Central 15.079.493
615 15.106.789
Geradora Eólica
Usina
3.017 42.313.826 40.803.397
Termelétrica
Central Geradora 2.106.241 2.103.241
2.475
Solar Fotovoltaica
41
Empreendimentos em Construção

Quantidade Potencia Outorgada (kW)


Usina
Hidrelétricas 3 579.780

Usina
1 1.350.000
Termonuclear
Central
Geradora Eólica 56 1.129.985
Usina 85 3.865.356
Termelétrica
Central Geradora
31 810.668
Solar Fotovoltaica
42

Geração
Distribuída
43 Geração Distribuída

 O consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a


partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive
fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.

“crédito de energia”
para abater o consumo da unidade consumidora nos meses
subsequentes ou em outras unidades de mesma titularidade.
44

Transmissão
45

141.388 quilômetros
Extensão da rede de transmissão no Brasil

Com projeção pelo ONS de cerca de

185.000 quilômetros
Extensão da rede de transmissão em 2023.
46
47 Sistema Interligado Nacional - SIN

900 linhas 96,6 %


Linhas de Transmissão Porcentagem da capacidade
nas tensões 230, 345, de produção de energia
440, 500 e 750 kV elétrica do país
48 Sistema Isolado

246 localidades 760 mil


Estão isoladas no Brasil Consumidores dependem
da área isolada
49
50

Distribuição
51 Conexão e atendimento ao consumidor final
para o fornecimento direto de energia elétrica.

Concessionárias de Energia Cooperativas de


Elétrica Eletrificação Rural (CER)
Possuem concessão da Aneel para Servem de apoio ao
distribuição de energia elétrica. desenvolvimento e
eletrificação rural
52

63
Concessionárias de Energia Elétrica.
Ex.: ELETROBRAS PI, CEMAR, ALIANÇA.

CEMAR

Mais de 61,5 milhões


Unidades Consumidoras (UC)
Referências Bibliográficas
53

1. DO BRASIL, Atlas de Energia Elétrica. Agência Nacional de Energia Elétrica.


ANEEL, Brasília, Brasil. 3 Ed, 2008.
2. ONS, Portal. “Sistemas Isolados”. Disponível em: <http://ons.org.br/paginas/sobre-
o-sin/sistemas-isolados>. Acesso em: 08/08/2019.
3. ANEEL, Portal. “Capacidade de Geração do Brasil”. Disponível
em:<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm>.
Acesso em: 11/08/2019.
4. SOLAR, Portal. “O que é geração distribuída”. Disponível em:
<https://www.portalsolar.com.br/o-que-e-geracao-distribuida.html>. Acesso em:
08/08/2019.
5. ANEEL, Portal. “Geração distribuída”. Disponível em:
<http://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida>. Acesso em: 08/08/2019.
6. VÉRAS, K. F. C; PRADO, M. C. P; OLIVEIRA, N. R. M. Histórico, Organização e
54 Estrutura do Setor Elétrico Brasileiro. 2018. 61 slides.

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