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Prática 6: Amplificador Classe B


20159049702 - Mariana de Sousa Moura - Turma 01 - 2018.2

I. O BJETIVOS • Cabos de conexão;


Verificar experimentalmente o comportamento de um ampli- • Capacitores de 2,2uF, 10nF, 10nF e 470uF;
ficador classe “B” transistorizado e analisar as formas de onda • Amplificador Operacional LM741;
obtidas na saı́da em função de um sinal aplicado na entrada. • Diodo 1N4148;
Analisar a eficiência do amplificador em função das formas • Transistor npn e pnp de potência classe B (TIP31A e
de onda da saı́da e tensão da fonte. TIP32A).

II. I NTRODUÇ ÃO


IV. R ESULTADOS E XPERIMENTAIS
O amplificador de potência classe B apresenta sinal de
saı́da de apenas 180° do sinal de entrada, sendo o transistor O circuito da Figura 2 trata-se de um amplificador de áudio
polarizado de 0 V até metade do ciclo do sinal de entrada. formado por um amp-op, dois transistores de potência e um
Assim, necessita-se de dois transistores classe B para realizar diodo. É fornecido pouco mais de 1 W a uma carga de 5,6 Ω,
a amplificação e obter-se o sinal para o ciclo completo na que simula um alto-falante.
saı́da. Cada transistor é polarizado para um semiciclo do sinal
de entrada, sendo o circuito chamado de circuito push-pull,
em um semiciclo o sinal é empurrado (push) e no outro, é
puxado (pull).
A Figura 1 mostra um esquema simplificado para um
circuito push-pull. Nota-se que há dois transistores comple-
mentares, npn e pnp. O transistor npn é polarizado no semi-
ciclo positivo, enquanto o pnp conduz no semiciclo negativo
em que é polarizado. Durante um ciclo completo, sempre há
um conduzindo e outro em corte.

Fig. 2: Amplificador classe B transistorizado.

A fonte de tensão aplicada foi de 0,3 V(p-p). Este circuito


foi simulado, obtendo-se valores de tensão e corrente na carga
para o cálculo do rendimento do circuito. Desse, modo foram
Fig. 1: Amplificador classe B transistorizado.
primeiro calculadas as potências de entrada e saı́da do circuito
conforme (1) e (2).
Este circuito apresenta rendimento máximo bem superior
aos amplificadores de classe A, sendo em torno de 78,5%. Pi (CC) = VCC · ICC (1)
Porém, uma desvantagem deste tipo de circuito é a distorção
por cruzamento ou crossover presente no sinal de saı́da. Isso
se deve ao não chaveamento perfeito dos transistores, visto VL2 (p)
Po (CA) = (2)
que em algum momento ambos os transistores podem estar 2RL
parciamente cortados. [1] Mediu-se a corrente de pico na carga, sendo IL (p) = 129
mA, para calcular a corrente ICC .
III. M ATERIAIS E M ÉTODOS 2
• Protoboard; ICC = IL (p)
π
• Fonte de tensão contı́nua de 12V;
• Osciloscópio; 2
ICC = 129 × 10−3
• Resistores de 100kΩ, 120kΩ, 6,8kΩ, 680Ω, 1kΩ e 5,6Ω; π
• Gerador de função para tensão CA de 0,15 V(p-p) com
frequência de 1 kHz; ICC = 82, 12mA
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Tabela I:
−3 Resultados para o circuito amplificador classe B a transistores.
Pi (CC) = 12 · 82, 12 × 10
Valores Teórico Experimental
Pi (CC) = 0, 985W %η 4,77% 4,68%

A tensão de pico sobre a carga VL (p) é obtida por meio de


Percebe-se que, apesar de o valor experimental da tensão
medições com oscilocópio sobre a carga, sendo VL (p) = 0,723
na carga ser menor do que o valor obtido na simulação (sendo
V. Portanto, a potência CA é dada tomando-se a (2).
o valor teórico quase o dobro do experimental), a proporção
0, 7232 entre os valores das potências foi aproximadamente o mesmo,
Po (CA) = sendo em ambos os casos, potência de entrada 10 vezes maior
2 · 5, 6
que a potência de saı́da, o que resulta rendimentos teórico e
experimental aproximadamente iguais.
Po (CA) = 0, 047W
Para a máxima eficiência, a tensão sobre a carga deve ser
A eficiência é, portanto, dada por (3). igual a tensão VCC que alimenta o circuito.
As formas de onda das tensões de entrada e saı́da obtidas
Po (CA) na simulação são apresentadas na Figura 3.
%η = × 100% (3)
Pi (CC)
0, 047
%η = × 100%
0, 985
%η = 4, 77%
Desenvolveu-se este circuito em laboratório e mediu-se a
tensão de pico sobre a carga de 5,6 Ω, sendo VL (p) = 0,72 V.
Assim, os cálculos de potência de entrada e saı́da do circuito
podem ser obtidos como segue.
2
ICC = IL (p)
π

VL (p)
IL (p) =
RL
Fig. 3: Formas de onda obtidas na simulação.
0, 72
IL (p) =
5, 6 As formas de onda das tensões de entrada e saı́da obtidas
IL (p) = 128, 6mA em laboratório são apresentadas na Figura 4.

2
ICC = 128, 6 × 10−3
π
ICC = 81, 87mA

Pi (CC) = 12 · 81, 87 × 10−3


Pi (CC) = 0, 982W

0, 722
Po (CA) =
2 · 5, 6

Po (CA) = 0, 046W
Fig. 4: Formas de onda obtidas no experimento.
Desse modo, a eficiência do circuito experimenta é, por-
tanto, dada por (4).
V. C ONCLUS ÃO
0, 046 Os valores obtidos estão conforme o esperado previamente
%η = × 100%
0, 982 pelas simulações. As tensões na carga tanto na simulação
%η = 4, 68% (4) quanto no experimento foram aproximadamente iguais, o que
fez com que o rendimento do circuito fosse muito próximo do
Os valores teóricos e experimentais foram anotados na valor teórico. As potências mantiveram uma relação constante,
Tabela I. sendo a potência de entrada 4 vezes a potência de saı́da
3

em ambos os casos, teórico e experimental. As diferenças se


devem às imprecisões dos valores dos resistores utilizados no
desenvolvimento da prática e possı́veis perdas nas protoboards
e nos dispositivos de medição utilizados.
Essa potência de saı́da, apesar de pequena, foi capaz de ligar
um alto-falante de pouco mais de 1 W em laboratório, sendo
o resistor de 5,6 Ω subtituı́do pelo dispositivo.

R EFER ÊNCIAS
[1] BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos
e Teoria dos Circuitos; São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

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