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net/publication/350820003
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Adilson Andrade
Polytechnic Institute of Technology and Science
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All content following this page was uploaded by Adilson Andrade on 12 April 2021.
2020/2021
1. VISÃO GERAL DO SECTOR ELÉCTRICO ANGOLANO
O sector de energia em Angola é caracterizado por um baixo consumo per capita (cerca de 375 kWh por
habitante), resultantes de uma baixa taxa de electrificação de cerca de 30% da população.
Como na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, a produção (ou geração) de EE
consiste em transformar outras formas de energia em energia elétrica, nomeadamente: Hídrica,
Térmica, Eólica, Solar, Química etc. Sendo, em grande parte, transformadas primeiramente em
energia mecânica e só depois em EE.
A produção de EE, faz-se normalmente longe das zonas urbanas, e portanto é necessário transporta-la
do ponto onde é produzida. Depois de se dispor da EE em determinados pontos estratégicos (centros de
consumo), é necessário distribuir essa energia aos consumidores. Para que eles a possam utilizar de
uma forma fiável e segura
Os sistemas elétricos de potência podem ser subdivididos em três grandes blocos:
A produção industrial de EE é conseguida a partir de outras formas de energia. Existem diversos meios de
produção de EE que correspondem ao aproveitamento de diferentes formas de energia disponíveis, os
quais dão lugar a diferentes tipos de centrais. Entre estas, Centrais Eólicas, Hidroeléctricas e
Termoeléctricas
O setor elétrico angolano está constituído por quatro (4) sistemas principais independentes, alicerçados
em aproveitamentos hidrelétricos que são: Sistema Norte, Sistema Central, Sistema Sul e Leste.
Tabela 1 - Características das Centrais Hidroelétricas das Região Mapa da Região Norte
Norte
2004 MW
Fonte: www.prodel.co.ao
Tabela 2 - Características das Centrais Hidroelétricas das Tabela 3 - Características das Centrais Hidroelétricas das
Região Centro Região Sul
Fonte: www.prodel.co.ao
Tabela 4 - Características das Centrais Hidroelétricas das Tabela 5 – Principais Centrais Elétricas de Angola
Região Centro
Fonte: www.prodel.co.ao
Mapa Região Norte CT Mapa Região Cabinda CT
▪ Produção Térmica e de Motores
Fonte: www.prodel.co.ao
Mapa Região Norte CD Mapa Região Cabinda CD Mapa Região Sul
Fonte: www.prodel.co.ao
▪ Interligação de Centrais Produtoras
Quanto maior for a intensidade da corrente eléctrica (I), maior o efeito de aquecimento dos condutores.
A queda de tensão (U) ao longo do transporte de EE também é tanto maior quanto maior a intensidade
da corrente eléctrica. Estes fenómenos traduzem-se numa perdas energéticas indesejáveis. Para reduzir
estes efeito, devem:
Sempre que se pretende elevar (subestações elevadoras), ou baixar (subestações abaixadoras, postos
de transformação) o valor da tensão elétrica, recorre-se ao uso de transformadores. Estes,
conservando a energia da entrada para a saída (a menos das perdas), reduzem ou aumentam o valor da
tensão.
Figura 3. Transformador
A RNT, realiza o transporte de energia elétrica
através da gestão do Sistema Eléctrico Nacional, da
operação e exploração da Rede Nacional de
Transporte, que compreende a rede de muito alta
tensão (MAT), a rede de interligação, as instalações
do despacho e os bens e direitos conexos.
Fonte: www.prodel.co.ao
Tabela 6 – Algumas Linhas de Transmissão
Fonte: www.rnt.co.ao
220 KV
220 KV
1.2.3 Distribuição
Depois de feito o transporte da EE em alta tensão (AT), até às subestações existentes nos centros de
consumo, destas é feita distribuição, em várias linhas, cada uma delas destinada a alimentar a sua zona.
Das linhas de distribuição de AT são tiradas derivações para postos de transformação (PT) que
transformam a EE para baixa tensão (BT), de forma a ser entregue ao utilizador.
A ENDE possui actualmente um total de Um Milhão, 275 mil e 468 clientes, subdivididos entre industriais,
comércio e serviços e clientes domésticos contratados a nível do País. As previsões de crescimento da
cliente apontam conforme o quadro abaixo:
Angola tem tido historicamente tarifas de Categoria Tarifa Anterior 2019, Novas
kwanzas / kWh Tarifas
eletricidade baixas que prejudicam seriamente a
kwanzas/ kWh
situação financeira do sector energético angolano e
a capacidade de aumentar o acesso à eletricidade.
A tarifa média para as empresas é de Kz 6.05/kWh Categoria 7.04 14.74
doméstica especial
(US$0.02/kWh), para além de que o consumo de
(trifásica)
electricidade não é medido em alguns casos
Por outro lado o sistema de facturação da ENDE Categoria geral 6.53 10.89
doméstica
permanece abaixo dos padrões, o que limita ainda
mais a capacidade da ENDE para expandir a sua Consumo de 3 6.41
<200kW
rede e de ligar a novos clientes
Categoria social 2.46 2.46
(clientes com
consumo reduzido)
Comércio e 14 14.74
Serviços
Fonte: www.ende.co.ao
1.2.4 Estrutura do setor Elétrico (Atual e futura)
2. Desafios e Estratégias do setor Elétrico
Projeção da procura até 2025 prevê-se um forte crescimento da procura que deverá atingir os 7,2 GW,
ou seja, mais de quatro vezes a procura actual, estimando-se um crescimento médio anual de 15% até
2017 e de 12,5% entre 2017 e 2025.
Ao nível da procura, foi considerada a possibilidade de serem implementadas indústrias intensivas, não
previstas até ao momento, com uma potência de até 800 MW, bem como a possibilidade de exportação
de energia para o mercado da SADC de até 800 MW.
Consumo referido à produção deverá atingir os 39,1 TWh, em 2025 com um forte peso do segmento
doméstico (37%) e um importante contributo dos serviços (28%) e da indústria (25%). Angola registará
assim um forte aumento do consumo, passando de um consumo médio de electricidade de 375 kWh por
habitante em 2013 para 1.230 kWh em 2025.
Tabela 6 - Capacidade Instalada, atual e projetada, por
Tecnologia
O governo atual fez da diversificação do mix
Tecnologia Capacidade Capacidade Plano de Nova Estratégia
energético uma alta prioridade. O objetivo da Angola Instalada/20 Estimada/201 acção Meta para as
Energia 2025 é atingir uma capacidade total 17 8 2018-2022 Renováveis 2025
Fonte: www.minea.co.ao
Figura 5. Evolução da ponta máxima anual do sistema até 2025 Figura 6. Evolução do consumo por tipo de cliente até 2025
2.1. Distribuição da carga por sistema
De acordo com os critérios adotados para eletrificação no modelo “Economicista ou de Equilíbrio” obtém-
se uma repartição de cargas entre os sistemas que permite um maior equilíbrio regional e territorial do
país. O Sistema Norte crescerá de 1 GW para 4,3 GW, mas verá o seu peso reduzir de 80% para 60%. O
Sistema Centro vem a seguir com 19%, o Sistema Sul com 11%, o Sistema Leste com 7% e Cabinda
com 3%.
Figura 9. Taxa de electrificação por província em 2025 no modelo de expansão Figura 10. Distribuição da carga por sistema até 2025
“Economicista ou de Equilíbrio”
2.2. Potencial de Energia Fotovoltaico
Fonte: https://globalsolaratlas.info/map?r=AGO&c=-11.307708,17.885742,5
2.3. Panorama dos projetos de Energia Renovaveis
2.4. Estatísticas segundo a IEA
Fonte: www.iea.org
2.2. Visão até 2025
O MINEA, no âmbito da Estratégia Angola Energia 2025, prevê para o sector eléctrico em Angola:
❖ 60% da população, com acesso à energia eléctrica a partir da rede (aproximadamente 18.6 milhões),
nomeadamente as populações nas Capitais de Província e 120 Centros Municipais, com as restantes
regiões gradativamente alimentadas por sistemas isolados, até conexão final com a Rede, após 2025.
❖ A demanda máxima está prevista para 7.2 GW aproximadamente (5 vezes o valor actual).
❖ Expansão dos sistemas de tensão 400 kV, 220 kV e 60 kV Para acomodar o aumento do requisito de
fluxo de energia das novas centrais até a rede nacional de transporte.
❖ Conexões internacionais com o Congo e a Namíbia e possivelmente Zâmbia Para permitir a Angola, a
compra em demanda de ponta e/ou venda o excedente de energia em período de baixa demanda.
❖ Estas centrais incluirão um sistema hidro/gás devidamente equilibrado, a fim de permitir a reserva
circulante e produção adequada, mesmo durante os períodos de seca: Hidro 66%, Gás 19% Outros
(diesel, etc.) 14%. Para áreas remotas e/ou fora da rede, sistemas de energia renovável autónomos,
incluindo mini-hídricas, hidro-térmicas, eólicas e centrais de biomassa estão a ser analisados.
No Sector de Distribuição será realizado o seguinte:
❖ Expansão dos utilizadores com contadores eléctricos (KWH) para 3.7 milhões.
❖ Para áreas remotas, sem possibilidade atual de interligação com a rede de transporte nacional, serão
fornecidos sistemas de baixa ou média tensão, a fim de acomodar os sistemas de energia renovável em
sistemas isolados
OBRIGADO